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A magia dos Beatles ao vivo e seu registro remasterizado

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Por Fabian Chacur

Em 1977, foi lançado de forma póstuma o primeiro álbum totalmente gravado ao vivo dos Beatles, intitulado The Beatles At The Hollywood Bowl. Fora de catálogo há décadas, esse trabalho histórico enfim chega ao formato CD, com o título Live At The Hollywood Bowl e agora funcionando como uma espécie de trilha sonora do documentário Eight Days a Week- The Touring Years, documentário de Ron Howard sobre as turnês dos Fab Four.

O lançamento original tinha como marca a qualidade de som não muito boa. Gravado em apenas três canais e de forma absolutamente precária em shows realizados pela seminal banda inglesa no Hollywood Bowl, em Hollywood, EUA, em 23 de agosto de 1964 e 29 de agosto de 1965, o que tínhamos era muita gritaria das fãs enlouquecidas e o som dos Beatles tentando sobreviver no meio dessa barulheira toda. Mas, ainda assim, era um álbum incrível por sua energia e conteúdo histórico.

Se o mítico George Martin fez milagres com os parcos recursos que tinha em 1977 para trabalhar com essas fitas, seu filho Giles Martin teve bem mais sorte. Suando a camisa para tirar o melhor daquele material histórico, ele nos proporciona um resultado técnico que, se não é perfeito (e não teria mesmo como ser), ressalta muito melhor a performance da banda, especialmente em termos de vocais. O baixo continua lá atrás, mas dá para aguentar numa boa.

Live At The Hollywood Bowl serve como uma prova concreta da potência e virilidade do trabalho dos Beatles nos palcos. Perante quase 18 mil pessoas por apresentação nesses dois shows nos EUA, o quarteto esbanja garra, afinação (na medida do possível para quem tocava sem retorno, algo impensável nos dias de hoje) e um carisma simplesmente imbatível. Superando as dificuldades técnicas com categoria, eles simplesmente detonam, enlouquecendo os fãs.

O repertório mistura hits fulminantes como Twist And Shout, Ticket To Ride, Can’t Buy Me Love, Help!, A Hard Day’s Night e She Loves You com outras também fortes, tipo She’s a Woman, Boys e Things We Said Today. São nove gravações realizadas no show de 1964 e oito no de 1965, provavelmente selecionadas devido a razões técnicas e de performance. A edição tem alguns brancos, mas no geral dá para se imaginar como se fosse uma única apresentação contínua.

A nova edição traz como marcas uma nova capa, desta vez digipack plastificada, dupla e com direito a encarte colorido repleto de fotos e dois textos, um inédito do jornalista David Fricke e outro presente na edição original do álbum e escrito por George Martin. De quebra, quatro faixas bônus não presentes no LP original: You Can’t Do That, I Want To Hold Your Hand, Everybody’s Trying To Be My Baby e Baby’s In Black.

Ouvir os Beatles ao vivo nesses registros feitos nos anos heroicos do rock and roll é a prova de que o talento e a garra são capazes de superar todas as barreiras, mesmo as técnicas. Chega a ser inacreditável pensar como esses caras conseguiam tocar tão bem um repertório desse altíssimo nível em condições tão precárias. O mais legal é que dá para se ouvir Live At The Hollywood Bowl para curtir, e não só como curiosidade de uma era de ouro do rock. Que ótimo!

The Beatles Live At The Hollywood Bowl show de 1964:

Polysom relança em vinil fase progressiva dos Mutantes

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Por Fabian Chacur

Após ter lançado uma caixa com seis LPs da fase dos Mutantes com Rita Lee, a Polysom agora completa a discografia anos 60/70 da banda paulistana no formato bolachão colocando nas lojas versões em vinil de 180 gramas com prensagem premium e remasterizadas dos álbuns Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974) e Ao Vivo (1976), discos que na época saíram com o selo da Som Livre, a gravadora global. São trabalhos muito interessantes.

Tudo Foi Feito Pelo Sol marca o início de uma nova era do grupo, que mantinha de sua escalação clássica apenas Sergio Dias (guitarras, violão, sitar e voz), agora acompanhado por Túlio Mourão (piano, órgão Hammond, Minimoog e voz), Antonio Pedro de Medeiros (baixo e voz) e Rui Mota (bateria, percussão e voz). Com sete faixas, o álbum marca a adesão dos músicos ao rock progressivo na melhor tradição de Yes, Emerson Lake & Palmer e outros, e vendeu na época 30 mil cópias, a melhor marca da história desses roqueiros.

Ao vivo trouxe mais novidades, com as saídas de Antônio Pedro e Tulio Mourão. O quarteto agora era integrado por Sergio Dias (guitarras, violão, sitar e voz), Paul de Castro (guitarra e violino), Luciano Alves (teclados) e Rui Mota (bateria, percussão e voz). Ao contrário do que se poderia esperar, o disco gravado ao vivo no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro trouxe 12 faixas inéditas, sem canções antigas.

Tudo Foi Feito Pelo Sol- Os Mutantes (LP em streaming):

Mutantes Ao Vivo- Os Mutantes (LP em streaming):

Tony Babalu lança clipe para a música Suzi, feito ao vivo; veja

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Por Fabian Chacur

O guitarrista Tony Babalu continua divulgando o seu mais recente CD, o excelente Live Sessions At Mosh (leia a crítica de Mondo Pop aqui). Desta vez, ele lança o clipe para ilustrar a música Suzi, uma das faixas desse elogiado e badalado álbum instrumental.

Suzi esbanja lirismo e delicadeza, e tem a divulga-la um clipe simples e de realização técnica impecável. Trata-se do registro do show de divulgação de Live Sessions At Mosh realizado no mítico palco do Centro Cultural São Paulo no dia 31 de julho de 2014. Além de Babalu, estão em cena Franklin Paolilo (bateria), Adriano Augusto (teclados) e Leandro Gusman (baixo), um time que esbanja garra e habilidade.

Os músicos são flagrados em cena de forma direta e sem muitas firulas, com direito a alguns expressivos closes em Babalu solando como se estivesse acariciando a guitarra, e extraindo dela notas envolventes e apaixonadas, sem afetação. Lirismo puro. Veja o clipe abaixo:

Novo álbum dos Beatles é para colecionadores

Por Fabian Chacur

Poucos fãs são tão devotados ao seu objeto de paixão como os dos Beatles. Os mais fanáticos consomem literalmente tudo que leva a logomarca dos Fab Four. Camisetas, livros, revistas, pôsteres e especialmente discos. O mais recente lançamento, On Air- Live At The BBC Volume 2, marca o primeiro item da banda a sair pela Universal Music, que adquiriu o acervo da EMI. Belo início dessa nova parceria.

Logo de cara, é importante ressaltar que este álbum duplo é recomendável apenas àqueles que já possuem a coleção completa dos álbuns lançados pelo mitológico grupo britânico entre 1963 e 1970 e também a coletânea Past Masters Volumes 1 e 2, que compila os singles que não integraram os LPs e foram lançados naquele período. Esse é o Santo Graal, com as gravações perfeitas do mais fantástico repertório jamais lançado por um grupo, duo, artista ou coisa que o valha na história da música.

Para quem ainda não possui esse acervo, adquirir On Air- Live At The BBC Volume 2 soa meio fora de propósito, e a explicação é simples. Este álbum duplo traz 63 faixas, sendo 40 músicas e 23 vinhetas e pequenas entrevistas com os quatro músicos. Essas gravações foram registradas entre 1963 e 1966 essencialmente nos estúdios da rádio BBC de Londres, sendo flagrantes da banda tocando ao vivo canções já registradas por ele em seus álbuns normais ou outras nunca gravadas por eles oficialmente.

Boa parte dos registros tem qualidade de áudio bem inferior ao dos álbuns regulamentares e com performances bem próximas das, digamos assim, “oficiais”. Para quem quer ouvir os Beatles no topo de sua atuação, é muito melhor comprar Please Please Me, Help!, Revolver, Sgt. Pepper’s, Abbey Road e seus outros espetaculares discos de carreira, pois é lá que eles nos mostram o porque merecem tanta adulação.

Live At The BBC Volume 2, assim como seu antecessor, Live At The BBC (1994), são destinados ao fã mais detalhista, que curte conferir versões diferentes da mesma música e que não se importa de fazer isso valendo-se de gravações de qualidade técnica inferior, como ocorre aqui, especialmente nas faixas I’m Talking About You e Beautiful Dreamer.

Também é delicioso ouvir John, Paul, George e Ringo mandando ver em canções não gravadas por eles oficialmente, embora até tivessem sido incluídas nos set lists de shows de seus primeiros tempos, como Lucille, The Hippy Hippy Shake e Sure To Fall (In Love With You). Mas o ouvinte médio certamente não aguentará ouvir os dois CDs na íntegra, ainda mais com as entrevistas entre uma canção e outra. Melhor deixar isso para nós, os fanáticos.

A apresentação de Live At The BBC em CD e LP de vinil é simplesmente espetacular, com direito a capa digipack (no caso do CD), encarte luxuoso feito com papel especial e repleto de fotos e informações detalhadas sobre cada faixas, além de um bom trabalho de remasterização das faixas, que só não soam melhores pelo fato de terem sido gravadas de forma menos caprichosa do que as feitas nos célebres estúdios da EMI situados em Abbey Road.

Para quem não sabe, os Beatles tinham um contrato com a BBC de Londres que os obrigava a participar de vários programas da emissora, sempre tocando ao vivo. Eles fizeram isso entre 1962 e 1965, o que era considerado uma bela forma de divulgação para a banda. Esse material foi bastante pirateado a partir dos anos 70, e só começou a sair oficialmente em 1994.

A Universal Music também lançou no exterior uma caixa reunindo os quatro CDs contidos nos volumes 1 e 2 de Live At The BBC, outro item de colecionador bem bacana, especialmente para quem por ventura não havia ainda adquirido o volume 1. Esses álbuns mostram a melhor banda de todos os tempos desnuda, mostrando sua garra e seu imenso talento em gravações mais toscas. Indispensável para os integrantes do núcleo duro dos beatlemaníacos.

Ouça The Hippy Hippy Shake, com os Beatles:

Ouça Words Of Love, com os Beatles:

Cyro Aguiar esbanja jovialidade em DVD/CD

Por Fabian Chacur

Quem já teve a oportunidade de conversar recentemente com Cyro Aguiar dificilmente acreditará que ele está às vésperas de completar 70 anos de idade, o que irá ocorrer no próximo dia 9 de dezembro. Este cantor, compositor e músico baiano esbanja boa forma, simpatia e jovialidade. E essas são as marcas de Cyro Aguiar Ao Vivo, seu novo lançamento.

Gravado ao vivo no Carioca Club (SP), o DVD/CD equivale a uma equilibrada mistura de grandes sucessos de seus quase 50 anos de carreira, releituras de hits alheios e canções inéditas em sua voz. Acompanhado por uma banda afiada e versátil, Cyro dá um banho de ritmo, carisma e jogo de cintura, com uma voz cristalina e swingada.

Aliás, swing é uma palavra que sempre esteve associada a seu trabalho. Para quem não sabe, Mr. Aguiar é um dos pais do samba rock, uma das vertentes mais dançantes e criativas da MPB, e que muita gente costuma associar apenas a Jorge Ben Jor quando o tema é pioneirismo. Quem estudar um pouco verá que a coisa não é bem assim. Cyro também é.

O samba mais melódico e romântico também teve em Cyro um seguidor talentoso, como prova Crítica, um de seus grandes sucessos, além da versão brasileira do rock inglês dos anos 60, a Jovem Guarda, movimento de que participou e no qual conseguiu fazer grandes amizades, além de cativar inúmeros fãs.

Cyro Aguiar Ao Vivo inclui várias participações especiais. A ótima cantora Adryana Ribeiro marca presença em Amor Na Contramão, provavelmente a melhor faixa deste trabalho, enquanto Jorge Aragão é o convidado na bela releitura de Volta Por Cima, maior sucesso da carreira do saudoso cantor Noite Ilustrada.

Os Demônios da Garoa trocam figurinhas com Aguiar em um pot-pourry que inclui quatro grandes sucessos do grupo paulistano: Samba do Arnesto, Iracema, Saudosa Maloca e Trem das Onze, interpretados de forma entusiasmada e fazendo justiça à importância dessas canções no repertório da MPB tradicional.

O talentoso cantor Eder Miguel está em Crítica. O grupo Katinguelê bate o cartão em Sim Ou Não, enquanto seu ex-cantor, Salgadinho, é a voz em Se a Saudade Apertar. A sambista histórica Lecy Brandão dá brilho a Me Ilumina. Nas canções em que fica sozinho no holofote, Cyro Aguiar também tira de letra.

Entre esses momentos, destaco a bela Eu Vou Ter Sempre Versão, sucesso americano dos anos 40 vertido para o português pelo saudoso Antonio Marcos, Minha Vida (versão de My Way, o sucesso de Frank Sinatra), Depende Muito de Você, Asfalto Falsificado e Aviso Prévio. E tem também a versão de Blue Suede Shoes, de Carl Perkins e estouro com Elvis Presley, que virou Sapato de Camurça Azul sem perder a elegância.

Cyro Aguiar Ao Vivo é um trabalho gostoso, despretencioso e com um clima dançante que o permeia do começo ao vim. Pelo visto, aquela frase “a vida começa aos 40” terá de ser alterada no caso desse artista baiano. Para ele, chegar aos 70 com esse pique certamente significa um eterno recomeço espiritual com a maturidade que só a estrada da vida nos dá.

Ouça Amor Na Contramão, com Cyro Aguiar e Adryana Ribeiro:

Peter Gabriel canta com orquestra em DVD

Por Fabian Chacur

Peter Gabriel é um artista inovador desde seus tempos como vocalista do Genesis, banda em que esteve até 1975. Na carreira solo desde então, ele sempre busca novos rumos para a sua música.

Dessa forma, criou uma discografia impecável e repleta de grandes momentos, que incluem elementos de rock progressivo, funk, soul, world music e o que mais lhe deu na telha, mas sempre no capricho.

O músico sempre soube se valer das inovações proporcionadas pela tecnologia, tanto em termos de instrumentos musicais como de elementos cênicos, tendo em vista a teatralidade costumeiramente presente na obra desde cantor, compositor e músico britânico.

Aos 61 anos, essa inesgotável disposição de inovar não o abandonou, se levarmos em conta seu mais recente lançamento. Trata-se de New Blood – Live In London, registro hi-tech de show realizado por Gabriel no Hammersmith Apollo, em Londres, em março de 2011.

De cara, a ousadia surge no fato de o produtor ser lançado (inclusive no Brasil, pela ST2) em três formatos diferentes: DVD, Blu-Ray e em 3D. Deve ser provavelmente o primeiro produto musical a sair com essas três opções.

A qualidade técnica da captação de áudio e vídeo é magistral, com direito a diversas sacadas interessantes. Uma delas é o uso, em algumas músicas, de uma câmera com base no corpo do artista e o filmando de frente. O resultado é um efeito que mostra o fundo como se o cantor estivesse no mar ou flutuando.

Telões de alta definição e iluminação impecável são outros pontos a serem destacados, além da qualidade de áudio.

Até agora, só falei do lado técnico da bagaça. Obviamente, toda essa parafernália seria inútil se a qualidade artística da obra apresentada não fosse boa. Mas felizmente o conteúdo aqui é de primeira e prevalece sobre todo o resto.

No show, Peter Gabriel é acompanhado por uma orquestra integrada por 46 integrantes. Até aí, muito roqueiro já gravou com orquestra, não é mesmo? A novidade fica por conta de não termos aqui um grupo de rock dando a base para o som. Todo o acompanhamento é orquestral.

O repertório inclui clássicos do repertório do astro britânico, como Mercy Street, Biko, San Jacinto, Digging In The Dirt, Don’t Give Up e Red Rain, com algumas faixas de seu recente álbum de covers (New Blood), entre elas The Boy In The Bubble, de Paul Simon.

A interação Gabriel/orquestra é perfeita, e vale destacar os cantores que o acompanham: Ane Brun, Tom Cawley, Sevara Nazarkhan e Melanie Gabriel, sendo esta última filha do roqueiro. A garota canta muito bem e merece a força do papai famoso.

Os extras mostram de forma satisfatória os bastidores da gravação de New Blood Live In London, desde já um dos melhores lançamentos no setor vídeo de rock dos últimos tempos. Muito bom ver um artista com a vida já feita, como Gabriel, ainda disposto a ousadias produtivas como esse DVD.

Veja Mercy Street (live), com Peter Gabriel:

Cantor e guitarrista Edgard Scandurra esbanja maturidade em seu novo trabalho solo, Ao Vivo

Por Fabian Chacur

Em 1989, Edgard Scandurra lançou seu primeiro disco solo, Amigos Invisíveis. Na época, o guitarrista e principal força criativa do ótimo grupo Ira! mostrou que tinha potencial para uma carreira solo.

Desde então, ele aproveitou pausas no trabalho com a banda para se envolver com projetos individuais, como o Benzina, ligado à música eletrônica, ou mesmo atuar com outros artistas, especialmente Arnaldo Antunes, com quem fez shows e gravou como espécie de  músico de apoio de luxo.

O fim abrupto e ainda não muito bem explicado do Ira! em 2007 deu a ele a senha para tornar o que antes rolava apenas nas horas vagas como o seu novo dia a dia. A ex-banda é passado.

Com o CD e DVD Ao Vivo, o roqueiro prova que essa virada em sua trajetória não poderia ter ocorrido em melhor hora. As gravações ocorreram em maio de 2009 no Teatro Fecap, em São Paulo. O trabalho foi realizado em parceria com a TV Cultura e a Agência Produtora.

A seleção de músicas (14 no CD e 18 no DVD) abrange toda a sua trajetória, incluindo desde algumas músicas do Ira! com faixas dos trabalhos solo e três inéditas: A Dança do Soldado, Kaput e Não Precisa Me Amar.

A faixa de abertura do CD, Minha Mente Ainda é a Mesma, mostra de forma bastante clara que, se era um cantor bem interessante anteriormente, agora ele realmente ficou bom de fato.

O sujeito solta a voz de forma potente e com o vigor que o rock and roll exige. As músicas são ótimas, e sua capacidade de esmerilhar na guitarra continua firme e forte.

Várias participações especiais rolaram nas gravações, todas muito bem encaixadas.

Fernanda Takai em Tolices, Zélia Duncan (na foto com Edgard) em Abraços e Brigas e Jorge Du Peixe (da Nação Zumbi) em Você Não Sabe Quem Eu Sou são algumas delas.

Meu Mundo e Nada Mais junta Scandurra ao autor desse clássico do pop brasileiro, Guilherme Arantes, em uma dobradinha que deu super certo.

Só achei estranho Arnaldo Antunes não estar no elenco. Teria havido uma incompatibilidade de agendas?

No geral, Ao Vivo é um excelente disco, a prova concreta de que, sim, Edgard Scandurra tem tudo para ter uma carreira solo sólida e brilhante, compatível com a que ele levou com dignidade com o Ira!, além de certamente colaborar com inúmeros outros artistas, como sempre vez.

Ele está livre para criar, e isso só pode ser ótimo.

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