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Blondie lança trilha de doc que registra visita a Cuba em 2019

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Por Fabian Chacur

Em 2019, o grupo americano Blondie foi à Cuba para um intercâmbio cultural planejado pelo Ministério da Cultura daquele país. A visita gerou uma apresentação ao vivo para o público local, que foi devidamente registrada. Vivir En La Habana, o curta-metragem dirigido por Rob Roth que equivale à parte audiovisual do projeto, estreou em junho nos festivais Sheffield Doc (Reino Unido) e Tribeca Film (EUA). Agora, chega a vez da trilha sonora, que já está disponível nas plataformas digitais e sairá no dia 15 de agosto, no exterior, em edição limitada em vinil azul.

A apresentação ocorreu no Teatro Mella, e contou com as participações dos músicos cubanos Carlos Alfonso, Ele Valdés, María del Carmen Ávila, Alejandro Delgado, Juan Carlos Marin, Jamil Schery, Degnis Bofill e Adel González, alguns deles integrantes do grupo Sintesis. O repertório traz os hits clássicos The Tide is High (1980), Heart of Glass (1978), Rapture (1980) e Dreaming (1979), e duas canções mais recentes, Wipe Off My Sweat (do álbum Panic Of Girls, de 2011) e Long Time (do álbum Pollinator, de 2017).

As versões ao vivo ficaram muito boas e quentes. The Tide Is High, por exemplo, ganhou vocais de apoio deliciosos de Ele Valdés e Maria Dal Carmen, além de incluir trechos de Groove Is In The Heart, hit de 1990 do trio americano Deee-Lite. Sua latinidade ficou ainda mais explícita, o que também ocorreu com Wipe Off My Sweat, que conta com letra em castelhano e inglês.

Por sua vez, a turbinada releitura de Heart Of Glass traz em sua parte final citações de I Feel Love, composição de Giorgio Moroder, Donna Summer e Pete Bellote que fez imenso sucesso na voz de Miss Summer em 1977. E A surpresa no finalzinho da longa releitura de Rapture (com quase 10 minutos de duração) nos oferece a citação energética de Fight For Your Right To Party, hitaço dos Beastie Boys em 1986-87.

Tide Is Hide (live in Cuba)- Blondie:

Debbie Harry aos 70 continua a eterna pin up do rock ‘n’ roll

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Por Fabian Chacur

A “classe de 1945” é repleta de grandes nomes da música. Estão chegando aos 70 anos (em vida ou em memória) gênios do porte de Eric Clapton, Raul Seixas, Elis Regina, Ivan Lins, Bob Marley e Pete Townshend, só para citar alguns. Neste 1º de junho, chegou a vez da pin up do rock and roll, a genial cantora e compositora americana Debbie Harry. Outro ícone da música pop.

Nascida em Miami e criada em New Jersey e Nova York, Debbie demorou a mergulhar de cabeça na carreira de cantora. Antes de isso ocorrer, foi vocalista de apoio, dançarina de boates e até mesmo coelhinha da Playboy, atuando em um dos clubes de Hugh Hefner. Aí, conheceu o guitarrista e compositor Chris Stein, e sua vida enfim tomaria o rumo certo, já aos 30 anos de idade.

Com ele, que se tornaria seu parceiro musical e afetivo, criou a banda Blondie, que se tornou conhecida atuando em lugares como o célebre CBGB e conseguiu um contrato com a Chrysalis Records, lançando o primeiro álbum em 1976. Em plena efervescência do punk rock, o Blondie aproveitou o som energético daquele movimento para ir além.

Pode-se dizer que Harry, Stein e sua turma foram fundamentais na criação da new wave, estilo roqueiro que propunha uma mistura de rock, funk, o então ainda incipiente rap, pop e o que mais pintasse com uma roupagem sacudida e calcada em boas melodias e batidas rítmicas. Como ponta de lança, a ótima voz e o visual blonde ambition de Harry.

Em pouco tempo, Debbie Harry se tornou um dos rostos mais marcantes do rock and roll. Lógico que só a beleza não conseguiria tornar a loira fatal tão marcante. Além de ótima voz, seu carisma nos palcos e as ótimas composições feitas por ela em parceria com Stein e os outros colegas de banda foram os responsáveis por tanto sucesso.

O catálogo do grupo americano inúmeras maravilhas. One Way Or Another, por exemplo, é o punch do punk lapidado rumo a uma pegada rocker mais tradicional. Rapture traz o rap para o olho do furacão pop em 1980, enquanto The Tide Is High faz o mesmo com uma releitura pop deliciosa do reggae. Heart Of Glass, por sua vez, com a então no auge disco music. E por aí vai. e vai muito bem.

E outros hits devem ser citados: Atomic, Call Me (bela parceria com Giorgio Moroder), Union City Blues, Picture This… Após 18 anos longe dos palcos, o grupo voltou à cena em 1999 com outro sucesso explosivo, Maria, e desde então vem se mantendo na ativa, tendo lançado um novo trabalho em 2014.

Como artista solo, Miss Harry também lançou alguns trabalhos bacanas, entre os quais Koo Koo (1981), produzido por Nile Rodgers e incluindo a ótima Backfired. Ela também atuou como atriz em diversos filmes, incluindo o perturbador Videodrome. Caso típico de incrível beleza externa e interna. Parabéns!!!

Heart Of Glass– Blondie:

One Way Or Another– Blondie:

Rapture– Blondie:

Call Me– Blondie:

Backfired– Debbie Harry:

Porque sou fã da Debbie Harry e do Blondie

Por Fabian Chacur

Graças ao amigo Daniel Vaughan, fiquei sabendo que nesta segunda-feira (1º) Debbie Harry está completando 68 anos. Nem lembrava que ela era da safra de 1945, que gerou craques da música popular do naipe de Eric Clapton, Bob Marley, Ivan Lins, Elis Regina e Gonzaguinha, só para citar alguns. Belo ano, heim?

Sou fã dessa cantora e compositora americana desde que Heart Of Glass estourou aqui no Brasil em 1978, faixa do ótimo álbum Parallel Lines. Ex-coelhinha do conglomerado Playboy de Hugh Hefner, ela encontrou no rock and roll o seu verdadeiro lugar, liderando uma das bandas mais interessantes da chamada new wave.

O grande barato do Blondie foi se valer da energia minimalista e furiosa do punk para abordar diversos outros universos musicais, entre os quais o rock básico, o então emergente rap, a disco music, o pop tradicional, a música latina e o que mais pintasse pela frente, sempre de forma original, descontraída e envolvente.

A voz gostosa e versátil de Debbie é o que dava liga a essa mistureba toda, além da contribuição efetiva dos músicos que a acompanhavam nessas aventuras todas. Resultado: hits certeiros e bons de se ouvir como os já citados e também Call Me, The Tide Is High, Union City Blues, Denis, Maria e tantos outros, curtidos nos quatro cantos do planeta.

Quando o Blondie deu um tempo, na primeira metade dos anos 80, Debbie Harry se dedicou ao trabalho de atriz em filmes como Videodrome (1983) e também a discos solo, entre os quais o badalado Koo Koo (1981, produção de Nile Rodgers, do Chic) e o simpático Rockbird (1986). A repercussão foi menor, mas o respeito a ela se manteve firme e forte.

Após sair de cena por quase vinte anos, o Blondie voltou com força total em 1999 com o hit Maria, e se mantém na ativa, lançando novos álbuns e fazendo shows por aí. Não vieram ao Brasil, infelizmente, mas quem sabe um dia? Enquanto isso, dou meus parabéns a uma das loiras mais envolventes, talentosas, inteligentes e importantes da história do rock.

Ouça One Day Or Another, do Blondie:

Ouça Rapture, do Blondie:

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