Toda vez em que o tema for o blues feito no Brasil, o nome de Duca Belintani merece ser citado com entusiasmo. Esse grande cantor, compositor e guitarrista possui uma carreira repleta de bons momentos. O mais recente é Electric Delta, seu 8º álbum, cujo repertório será apresentado ao vivo para o público paulistano no próximo dia 6/9 (quarta-feira) às 20h no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 45,00.
Electric Delta foi inspirado pela viagem que Duca realizou em 2019 entre Chicago e New Orleans, região que é um dos berços nobres do blues. Ele mostra o repertório deste álbum e também algumas de trabalhos anteriores, sendo que poderemos ter músicas inéditas também na programação.
Leia mais sobre esse grande bluesman brasileiro aqui.
Em 2018, Joe Abujamra voltou ao Brasil após uma temporada estudando no Musicians Institute em Los Angeles, EUA. Desde então, fez diversos shows e preparou material para seu álbum de estréia, que acaba de sair. E é para mostrar esse trabalho ao público paulistano que o cantor, compositor e guitarrista se apresenta nesta quarta-feira (30) às 20h no tradicional Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 194- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 45,00.
Para acompanhá-lo, Joe, que também usa o codinome Illegal Joe, terá a seu lado os experientes músicos Mauro Sanches (bateria, ex-Nau) e Xantilee Jesus (contrabaixo), além de ter como convidado especial o cantor, gaitista e guitarrista Big Chico, um dos grandes expoentes do blues brasileiro.
O set list trará faixas autorais de Found, como My Life, Find Myself, For You e Free, com espaços para clássicos de artistas que o influenciaram, como B.B.King, Jimi Hendrix, Jimmy Reed, Muddy Waters e Sonny Boy Williamson.
Se o sobrenome desse talentoso blueseiro da nova geração pareceu familiar, saiba que ele é filho do grande cantor, compositor, produtor, músico e ator André Abujamra, e da cineasta Anna Muylaert.
Nasi prepara um novo álbum solo, previsto para sair ainda este ano. E a amostra inicial desse trabalho, que será lançado pela Ditto Music, é das mais animadoras e já está disponível nas gloriosas plataformas digitai. Trata-se de Dias de Luta, canção do Ira! que em sua versão original integrou o álbum Vivendo e Não Aprendendo (1986), o 2º da banda paulistana.
Desta vez, o cantor nos mostra esse clássico do rock brasileiro dos anos 1980 com um arranjo blueseiro que remete a maravilhas do porte de The Thrill Is Gone, uma das canções seminais do repertório do saudoso B.B. King.
Para dar autenticidade e vibração à gravação, Nasi convidou para acompanhá-lo um dos melhores guitarristas de blues do Brasil, o excelente Igor Prado, que nos proporciona bases certeiras e solos repletos daquela emoção que só blueseiros de alma são capazes de nos proporcionar.
O blues possui um público fiel no Brasil. Além de acolher de forma muito afetiva os grandes nomes internacionais que passam por aqui, ainda temos o surgimento de um número significativos de cantores, cantoras e grupos extremamente consistentes nesse gênero musical. Um nome que desponta com força é o da cantora Bidu Sous, que se apresentará em São Paulo nesta quarta-feira (12) às 22h no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 194- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 65,00.
Oriunda de São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos (SP), Bidu Sous é filha de um violeiro, e ao descobrir o blues não só sentiu semelhanças com a nossa música rural como mergulhou de cabeça nessa seara. Com o decorrer do tempo, foi se tornando figurinha fácil em festivais de blues e ao lado de artistas do calibre de Nuno Mindelis e Adriano Grineberg.
Ela gravou o álbum Don’t Wake Me Up Early em parceria com o excelente guitarrista Lancaster Ferreira, trabalho que mereceu muitos elogios na cena. Esse repertório será a base do show, no qual será acompanhada por Lucas Espildora (guitarra), Marcos Manfredini (baixo) e André Georges (bateria), e participações especiais também estão programadas.
Don’t Wake Me Up Early (ao vivo)– Bidu Sous e Lancaster Ferreira:
Meu professor de violão, o grande e saudoso Ruy Weber, me disse certa vez que esse instrumento era o mais fácil de se tocar….mal! Ou seja, com poucos acordes você já sai enganando por aí. Agora, tocar bem, aí é outra história. É possível dizer o mesmo do blues, levando-se em conta sua estrutura aparentemente simples e básica. Para ser craque, no entanto, é preciso muita dedicação. E Duca Belintani faz parte do restrito time de músicos brasileiros que brilham nessa área.
Com quase quatro décadas de estrada, este cantor, compositor, guitarrista, educador, produtor e escritor (leia mais sobre ele aqui) mostra todo o seu talento em um novo e excelente CD. Trata-se de Electric Delta, desdobramento do single lançado anteriormente por ele exclusivamente em vinil com as músicas A Long Time e I’m Back.
A inspiração para este álbum veio da viagem que Duca fez em 2019 à trilha do blues nos EUA de Chicago a New Orleans, durante a qual se apaixonou de uma vez por todas pelo som do delta do Mississipi. Nessa viagem, ele inclusive tocou no lendário Blue Front Cafe em Bentonia. Suas maiores influências no novo CD foram os mestres Muddy Waters e RL Burnside.
Cantando e tocando guitarra, Belintani tem como banda base nas 9 faixas de Electric Delta Vinas Peixoto (bateria, percussão, coprodução e dono do estúdio onde foram realizadas as gravações) e Benigno Sobral (baixo). O álbum também conta com as participações especiais de Otávio Rocha (guitarra, do Blues Etílicos), Luiz Bueno (guitarra, do Duofel), Matheus Schanovski (teclados),Ulisses da Hora (bateria) e Ricardo Scaff (gaita).
Autor de todas as faixas, Duca nos oferece um vocal áspero e intenso, na melhor tradição do blues americano. Sua performance na guitarra é pautada por bom gosto na escolha dos timbres, bases sólidas e solos que dizem muito sem esbanjar notas, com uma concisão típica de quem tem muita rodagem e sabe exatamente o necessário para obter um grande resultado.
Belintani esbanja conhecimento do blues elétrico, e não perde tempo com exageros técnicos ególatras, valendo-se de convenções e riffs tradicionais com muita personalidade e fugindo da mera cópia ou caricatura. O que ele toca e canta vem do fundo da alma, e só assim para ser relevante nessa área.
A levada seca e contagiante de Seven Dollars, o hard blues Just An Old Man, a quase hipnótica A Long Time, a linda homenagem Muddy’s Goove (com direito a citação de clássicos de Muddy “Mississipi” Waters) e a sensacional I’m Going Down In Mississipi (gravada ao vivo) são destaques de um CD de padrão internacional. Coisa de quem fez a lição de casa, e muito bem feita.
I’m Going Down To Mississipi (live)– Duca Belintani:
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