Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: cantora e compositora

Colbie Caillat lança clipe para Hold On

Por Fabian Chacur

A cantora americana Colbie Caillat, que já fez shows no Brasil e é conhecida por aqui graças ao hit Bubbly, acaba de lançar um videoclipe para divulgar seu novo single, Hold On. A música, que já está nas ondas virtuais e das rádios desde o fim de 2013, é a primeira a ser conhecida de seu quinto álbum, previsto para sair este ano mas ainda sem uma data fixada para isso ocorrer.

Hold On conta com a produção de Ryan Tedder, do grupo One Republic. Ele já havia trabalhado com Colbie no álbum anterior da estrela pop, All Of You (2011), nas faixas Brighter Than The Sun e What If. A primeira, por sinal, surpreendeu aos fãs com sua levada pop latina dançante e acabou se tornando a canção mais popular daquele disco.

E mais uma vez a cantora e compositora norte-americana nascida em 1985 demonstra inquietude. A nova música envereda por uma bem calibrada mistura de dance music com melodias sessentistas, em estilo que lembra um pouco o desenvolvido nos anos 90 pelo grupo britânico Texas, capitaneado pela belíssima e estilosa cantora e compositora Sharleen Spiteri. O refrão é matador, e o arranjo, idem.

Colbie Caillat é filha do engenheiro de som Ken Caillat, conhecido por seus trabalhos com o Fleetwood Mac e seu guitarrista Lindsey Buckingham. Seu disco de estreia, Coco, saiu em 2007, e emplacou dois hits, a deliciosa Bubbly (incluída em trilha de novela global) e a envolvente Feeling’s Show. Esse CD folk pop atingiu o quinto lugar nos EUA.

Breakthrough (2009) veio a seguir e foi ainda além, atingindo o topo da parada da Billboard graças a hits como Fallin’ For You, Droplets (dueto com Jason Reeves) e Lucky (interpretada em parceria com o ídolo pop Jason Mraz). Antes de seu lançamento, Colbie fez shows no Brasil, ainda durante a turnê de divulgação de seu álbum de estreia.

All Of You (2011), com Favorite Song (dueto com Common), Brighter Than The Sun e What If como destaques, atingiu o sexto lugar na parada americana, e mostrou que a vontade de diversificar sua sonoridade estava presente. Em 2012, apostando em uma tradição da música americana, lançou um álbum com repertório natalino, Christmas In The Sand.

Ouça Hold On, com Colbie Caillat:

Joni Mitchell, a autora das canções atemporais

Por Fabian Chacur

Nesta quinta-feira (7/11), uma certa Joni Mitchell atinge a marca de 70 primaveras completadas. E quem é ela para ser tão reverenciada, tão relembrada, tão citada, sempre por gente com estatura suficiente para ter suas opiniões respeitadas? Quem é essa loira de feições duras, embora com um quê de doçura, mas que certamente intimida muitas pessoas? Eis algumas pistas.

Não sei se gostaria de conhece-la pessoalmente. Às vezes, é melhor manter distância dos ídolos. E quem já leu sobre essa cantora, compositora e musicista canadense sabe que a mulher tem um temperamento bastante peculiar. Ou pelo menos aparenta isso. Mas o que de fato importa é que Miss Mitchell merece todos os elogios que pudermos fazer a ela na área da música popular. E vamos a alguns deles.

Joni Mitchell é uma das pioneiras nessa história de mulher merecer o respeito no meio do rock, folk e música pop e trincar o até então eterno Clube do Bolinha. Ao lado de Laura Nyro e Carole King, forma a santíssima trindade do pioneirismo e da força feminina nos anos 60/70. Lógico que temos Janis Joplin, Grace Slick e outras, mas aqui nessa trinca temos um caso de autossuficiência total e de influência total sobre quem veio depois.

No caso específico da nossa agora setentona, a moça começou na cena folk, proporcionando a nós canções incríveis como Both Sides Now, The Circle Game e Woodstock. Nos anos 70, foi aos poucos ampliando seus horizontes e incorporando doses de rock, jazz e experimentalismo na sua receita, sem nunca deixar de lado o bom gosto, a ousadia e a paixão pelas canções.

Em 1974, lançou um álbum simplesmente espetacular, Court And Spark, que inclui diamantes do mais alto quilate como Help Me (a música que me fez virar fã dela), Free Man In Paris e tantas outras. Aqui, o jazz, os ritmos quebrados e os arranjos elaborados já haviam tomado a ponta da coisa, mas sem deixar a sensibilidade pop ser engolida.

A partir daí, a vida da moça só nos proporcionou coisas boas. Aliás, como já vinha proporcionando desde aquele impressionante começo nos anos 60, com direito a disco de estreia produzido pelo seletivo David Crosby, namoro e parceria com Graham Nash etc. Sempre com uma voz de timbre lírico e agridoce e um violão simplesmente cativante para acompanhar suas canções. Gravou até com Charles Mingus, um dos grandes mestres do jazz.

Nos anos 80, alguns fãs de mente menos aberta torceram o nariz para seu mergulho na sonoridade eletrônica de então, que gerou o espetacular Dog Eat Dog (1985), que inclui uma das faixas mais belas de todo o seu brilhante repertório, Impossible Dreamer. E nos anos 90, a obra da moça teve o retorno às paradas de sucesso e aos Grammys da vida que merecia com o estupendo Turbulent Indigo (1994).

E tem também as letras, sempre profundas e investindo em temas relevantes e universais como as inúmeras curvas e retas dos relacionamentos afetivos, o medo do futuro, a insegurança quanto aos caminhos que seguimos, as paixões, os maravilhosos gatos… Acho que eu tremeria feito vara verde na frente dessa mulher, pelo tamanho de sua obra e a emoção que algumas de suas canções me proporcionam.

Curta cinco canções inesquecíveis desse maravilhoso acervo que é a obra de Joni Mitchell. Que ela possa viver com saúde por muitos e muitos anos mais. Uma coisa, no entanto é fato: estamos por aí, vivendo e dando voltas e voltas nesse “circle game”.

Impossible Dreamer – Joni Mitchell

Help Me- Joni Mitchell

Big Yellow Taxi- Joni Mitchell

Both Sides Now – Joni Mitchell

The Circle Game – Joni Mitchell

Priscilla Pach mostra talento em CD Blue

Por Fabian Chacur

Boa voz, composições interessantes e um estilo que mostra influências de artistas como Taylor Swift, Jewel e Shania Twain. Tudo isso com apenas 17 anos. Essa é Priscilla Pach, que está estreando no meio fonográfico com o CD Blue, álbum produzido por Ronaldo Rayol que soa como eficiente cartão de apresentações.

Um bom exemplo do repertório do disco de estreia dessa jovem cantora e compositora de cabelos longos é Get Over You, canção com levada country moderna, melodia delicada e letra direta na qual a voz funciona como a cereja do bolo, afinada e colocada com bom gosto.

Priscilla morou nos EUA e estudou em escolas de lá desde os 11 anos, o que a ajudou a desenvolver de forma muito boa a pronúncia da língua inglesa, idioma que usa para escrever suas letras. Ela afirma ter por volta de 40 composições próprias em seu acervo, e revela ser também fã das brasileiras Rita Lee e Cássia Eller.

O álbum Blue traz 12 faixas e foge das traquitanas eletrônicas que às vezes só servem para disfarçar a falta de talento de algumas artistas. Aqui, temos guitarras, violões, baixo, teclados, bateria e percussão, com arranjos de cordas em três faixas. O foco fica na voz de Priscilla.

Se em alguns momentos o noviciado cobra o seu preço, algo bastante natural para quem está começando, no todo a estreia de Priscilla Pach mostra que o cenário country pop brasileiro (e, porque não, mundial) está ganhando mais um nome com um potencial bastante grande a ser desenvolvido. Vale ficar de olho nessa garota!

Saiba mais sobre ela em www.priscillapach.com

Ouça Get Over You (versão acústica) com Priscilla Pach:

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑