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Gwen Stefani está de volta com o single Let Me Reintroduce Myself

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Por Fabian Chacur

Tem single novo de Gwen Stefani na área. A cantora e compositora americana, que além de integrar o grupo No Doubt desenvolve uma sólida carreira solo, acaba de lançar nas plataformas digitais Let Me Reintroduce Myself. Trata-se de uma composição assinada por ela e pelos badalados Ross Golan e Luke Niccoli. O som tem tudo a ver com trabalhos anteriores da loirinha, com uma batida reggae pop e elementos eletrônicos.

Em comunicado enviado à imprensa, ela explica a inspiração deste single:
“Esta canção é uma forma de dizer ‘estou de volta com música nova’. É divertida e leve. Eu me inspirei e espero poder levar um pouco de alegria a vocês. A ideia era escrever uma música que passasse um sentimento de nostalgia, então, eu acredito que, musicalmente, o single lembrará a vocês dos velhos tempos, quando eu comecei, com o ska e o reggae. Eu ainda sou a mesma, mas aqui está um pouco mais de mim, caso vocês queiram ouvir um pouco mais”.

Além desta novidade, a cantora de 51 anos (que não aparenta, por sinal) também nos oferece uma nova edição de seu disco natalino You Make It Feel Like Christmas (2017), que traz como bônus duas faixas adicionais, sendo uma delas Here This Christmas, composta em parceria com o hitmaker e integrante do grupo One Republic, o talentoso Ryan Tedder.

Na ativa há 30 anos, Gwen Stefani lançou seis álbuns como integrante do No Doubt e quatro na carreira individual. Seu disco solo This Is What The Truth Feels Like (2016) consolidou de vez sua trajetória sem a banda que a projetou ao alcançar o topo da parada americana.

Let Me Reintroduce Myself (clipe)- Gwen Stefani:

Stevie Nicks mostra single prévio extraído de novo álbum ao vivo

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Por Fabian Chacur

A presença de palco de Stevie Nicks sempre foi um de seus pontos altos em termos artísticos, nesses seus quase 50 anos de estrada. Logo, trabalhos nos quais ela foi flagrada ao vivo, na carreira solo ou como integrante do Fleetwood Mac, sempre atraem as atenções dos seus milhões de fãs mundo afora. O mais recente sairá no dia 4 de novembro. Trata-se de Live In Concert- The 24 Karat Gold Tour, gravado ao vivo em 2017 e agora lançado pela gravadora BMG.

O conteúdo deste live album foi registrado em dois shows durante a turnê que divulgou o álbum 24 Karat Gold (2014, leia a resenha aqui), que atingiu o posto de nº 7 nos EUA. Além das plataformas digitais, o trabalho também será comercializado no exterior nos formatos CD duplo e LP de vinil duplo.

O filme que registra estes shows foi exibido nos cinemas americanos nos dias 21 e 25 próximos passados, e estará disponível no formato video in demand entre os dias 29 deste mês e 5 de novembro, também apenas no exterior. Ainda não foi divulgado se teremos lançamentos em DVD e/ou Blu-ray. Nele, além das músicas, Stevie também fala um pouco sobre cada uma das canções do set list.

O repertório de Live In Concert- The 24 Karat Gold Tour se divide entre sucessos do Fleetwood Mac como Gypsy, hits de sua carreira solo como Stand Back e Edge Of Seventeen e algumas surpresas. Entre elas, a primeira versão ao vivo da fantástica Crying In The Night, faixa de abertura do hoje raríssimo álbum Buckingham Nicks (1973), gravado por ela em dupla com Linsey Buckingham antes de ambos entrarem no Fleetwood Mac.

Crying In The Night (live)- Stevie Nicks:

Betty Wright, 66 anos, uma diva sensual e genial da black music

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Por Fabian Chacur

Se eu tiver de listar minhas 10 gravações favoritas de todos os tempos, acho difícil não incluir a versão ao vivo de Tonight’s The Night feita em 1978 por Betty Wright. Por isso, é muito dolorido ter mais uma vez de fazer um obituário sobre uma artista da qual eu gosto muito. A espetacular cantora, compositora e arranjadora vocal americana teve a sua morte anunciada neste domingo (10), de causa ainda não revelada. Com apenas 66 anos de idade, deixa uma obra repleta de clássicos.

Nascida em Miami, Flórida, em 21 de dezembro de 1953, Betty mergulhou no mundo da música ainda criança. Como boa parte dos artistas negros americanos, esse início foi na música gospel, cantando hinos religiosos e canções com essa temática. Em 1966, no entanto, resolveu entrar no cenário da música secular, como os evangélicos chamam a canção não religiosa. Em 1968, lançou seu primeiro álbum, My First Time Around, em um selo que seria a semente da futura T.K. Records, a gravadora mais influente de Miami.

O primeiro hit gravado por Miss Wright não foi qualquer um. Trata-se de Clean Up Woman (ouça aqui), explosiva canção dançante com cunho feminista de Clarence Reid e Willie Clarke que invadiu as paradas de sucesso, atingindo o topo da de r&b e ao 6º posto no chart pop dos EUA.

Era o início de um repertório dos melhores. Com a certeira Where Is The Love (ouça aqui), Betty ganharia um Grammy na categoria melhor canção r&b de 1975 e firmaria seu estilo, com uma voz potente e assertiva que, no entanto, também trazia muita melodia e sensualidade. A música foi escrita por ela em parceria com Willie Clarke e a dupla Harry Wayne Casey e Richard Finch, líderes do célebre grupo KC & The Sunshine Band.

Na mesma época, ela lançou a versão de estúdio de Tonight’s The Night, parceria dela com Willie Clarke. Mas a gravação definitiva desta canção surgiu em seu espetacular álbum Betty Wright Live (1978), na qual o groove da canção é realçado e ela inclui uma introdução na qual explica como se inspirou na sua primeira relação sexual para escrever a letra, e na reação da mãe quando a ouviu. São mais de oito minutos de puro êxtase auditivo. Enchia as pistas da Chic Show e outros bailes blacks aqui em Sampa City!

Sempre generosa, foi ela quem indiciou George McCrae (do hit Rock Your Baby) e sua esposa Gwen para a gravadora de Henry Stone. Ela repetiria a gentileza em 1977 ao ser a madrinha do cantor, compositor e músico Peter Brown na TK Records, além de participar com destaque do hit da disco music Dance With Me.

Naquele mesmo 1978, gravou um dueto com ninguém menos do que Alice Cooper. A faixa é excelente, No Tricks (ouça aqui), e curiosamente foi lançada originalmente apenas como lado B do single How You Gonna See Me Now, só chegando ao formato CD na caixa The Life And Crimes Of Alice Cooper (1999).A música é uma parceria de Cooper com Bernie Taupin (o maior parceiro de Elton John) e do guitarrista Dick Wagner.

Em 1979, outro momento bem bacana: ela fez os shows de abertura da turnê na qual o grande nome da história do reggae, Bob Marley, divulgou o seu então mais recente álbum, Survival. Belo item no currículo!

Com a falência da T.K. Records, Betty Wright resolveu montar o seu próprio selo, Miss B Records, que teve início em 1985. E em 1987 ela lançou um álbum marcante, Mother Wit, que trouxe como destaque um de seus maiores e melhores hits, a deliciosa No Pain (No Gain) (composição só dela, ouça aqui).

Esse álbum rendeu a ela um disco de ouro, e afirma-se que se trata da primeira artista negra a criar seu próprio selo e conseguir essa façanha, motivada pela vendagem de mais de 500 mil cópias naquela época. Em 1988, a cantora veio a São Paulo para um show patrocinado por uma equipe de bailes, com ótima repercussão e direito a entrevista na TV Globo.

Os anos 1990 trouxeram alguns momentos bacanas. Em 1991, por exemplo, Gloria Estefan a convidou para fazer o arranjo vocal da maravilhosa balada Coming Out Of The Dark, que chegou ao número 1 na parada americana e integra o álbum de muito sucesso comercial Into The Light.

Em 1992, o jovem grupo vocal Color Me Badd estourou mundialmente com a sensual I Wanna Sex You Up, da trilha do filme New Jack City e também integrante de seu primeiro álbum, C.M.B. . O problema é que eles fizeram a música totalmente em cima de Tonight’s The Night, de Betty Wright, e não a creditaram. A questão foi resolvida na Justiça, com a cantora ganhando, no fim das contas, uma boa bolada de direitos autorais.

Betty também atuou como vocalista de apoio (backing vocals) para uma incontável lista de artistas. Além dos já citados por aqui, vale elencar mais alguns: Bill Wyman (ex-Rolling Stones), Timmy Thomas, Johnny Nash, Jimmy Cliff, David Byrne, Jon Secada, Erikah Badu, Billie Myers, Gerald Alston, Phylis Hyman e Clarence Clemons (o eterno saxofonista de Bruce Springsteen).

O sucesso de seu trabalho de arranjadora para Gloria Estefan gerou mais convites, e artistas como Jennifer Lopez e Joss Stone se valeram de seus préstimos profissionais nessa área. Ela também participou de programas de TV e gravou em 2011 o álbum Betty Wright:The Movie, em parceria com o ótimo grupo The Roots. Seu álbum mais recente, Living…Love…Lies, saiu em 2014.

No dia 2 de maio, em sua conta no Twitter, a cantora Chaka Khan pediu preces para Betty Wright, sem dar detalhes do que estava ocorrendo com a cantora. E agora, esta notícia péssima. 2020 está pegando pesado com todos nós, especialmente os fãs de boa música. Descanse em paz, querida Betty! E sua Tonight’s The Night continuará sendo minha trilha sonora, até chegar a minha vez de dar adeus, que espero que demore…

Tonight’s The Night (live)– Betty Wright:

Musical One Night Of Tina chega ao nosso país em maio de 2020

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Por Fabian Chacur

Tina Turner completou 80 anos de idade recentemente (leia texto de Mondo Pop aqui). Longe dos palcos por opção própria, a cantora deixou saudades de suas incríveis performances nos palcos de todo o mundo. Como isso no momento não rola mais, um consolo pode ser ver o espetáculo britânico One Night Of Tina, que chegará ao Brasil em maio de 2020.

One Night Of Tina tem 90 minutos de duração, e durante eles o espectador terá a oportunidade de ouvir hits de todas as fases da carreira da estrela americana, como Nutbush City Limits, River Deep Mountain High, The Best, Private Dancer, We Don’t Need Another Hero e Goldeneye, entre outros, com direito a coreografias e figurinos representando detalhadamente cada período.

A direção do espetáculo ficou a cargo do britânico Gary Lloyd, que em sua carreira já trabalhou com Paul McCartney, Giorgio Moroder, Cliff Richard, Tom Jones e Robin Gibb em shows e clipes, e tem em seu extenso currículo de espetáculos musicais Thriller Live!, homenagem a Michael Jackson que vem sendo exibido nos palcos londrinos e de outros países há mais de dez anos.

A incumbida de representar Tina Turner em cena é a experiente e talentosa cantora e atriz britânica Sharon Ballard, que além de cantar muito bem tem uma certa semelhança com a diva pop. Ela é conhecida por sua participação em musicais teatrais e também como atriz em séries televisivas com Sherlock. Um de seus marcos foi participar de um show com vários artistas importantes no qual fez duetos com Bill Medley (ex-Righteous Brothers) e o saudoso Peabo Bryson (conhecido por seus duetos com Roberta Flack).

Datas da Tour Brasil ONE NIGHT OF TINA

28 de Maio de 2020 São Paulo – Brasil Espaco das Américas

29 de Maio de 2020 Rio de Janeiro – Brasil Vivo Rio

30 de Maio de 2020 Belo Horizonte – Brasil Teatro Palácio das Artes

31 de Maio de 2020 Porto Alegre Teatro Bourbon Country

Veja trechos do show One Night Of Tina:

Fantasia lança single PSTD e anuncia álbum para outubro

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Por Fabian Chacur

A cantora americana Fantasia promete para outubro o seu sétimo álbum. Intitulado Sketchbook, o trabalho será lançado pelo selo Rock Soul/BMG (com distribuição da Warner Music), e terá participações especiais de Meghan Trainor, T.I., Jazmine Sullivan, Brandy e T. Pain. Este último, um rapper consagrado, marca presença no single PSTD, que acaba de ser disponibilizado nas plataformas digitais e possui uma levada hipnótica muito afinada com o rap/r&b atual.

Trata-se do segundo single deste álbum. O primeiro, a envolvente balada estilo r&b anos 1980 intitulada Enough (ouça aqui ), saiu em maio, com mais de dois milhões de visualizações no youtube. A mostra, portanto, é bem atrativa. A cantora iniciará no dia 17 de outubro uma turnê pelos EUA que passará por 29 cidades e com Robin Thicke, Thank e The Bonfyre incluídos na programação.

Fantasia Barrino nasceu em 30 de junho de 1984 em High Point, Carolina do Norte (EUA). e tornou-se conhecida em 2004 ao vencer a terceira edição do reality show musical American Idol. Seu primeiro single, I Believe, estreou no topo da parada americana, e o álbum de estreia, Free Yourself chegou ao 8º posto. Com forte presença cênica e uma voz elogiada por Chaka Khan, Aretha Franklin e Patti LaBelle, ela surgiu de forma promissora, e a promessa se cumpriu.

Dos seis álbuns que lançou até o momento, quatro atingiram o Top 10 da parada americana. Em 2011, ela faturou seu primeiro Grammy, o Oscar da música, na categoria Melhor Performance de R&B, graças à sua performance na canção Bittersweet. Ela brilhou em espetáculos musicais exibidos na Broadway, entre eles The Color Purple (2007), no qual viveu o papel principal, de Celie, e também representou a lendária cantora gospel Mahalia Jackson em um filme televisivo.

Os problemas que teve de superar para se tornar uma cantora de sucesso foram revelados em uma autobiografia, Life Is Not a Fairytale (2006), que no ano seguinte gerou um filme com o mesmo título e estrelado por ela própria. De quebra, a moça viveu o papel de Aretha Franklin em um episódio da excelente série televisiva American Dreams em 2005, e também dublou um personagem em um dos episódios do icônico desenho animado The Simpsons. Ufa!

PTSD– Fantasia e T-Pain:

Lana Del Rey relê clássico de Donovan para filme de terror

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Por Fabian Chacur

A sonoridade desenvolvida pela cantora e compositora americana Lana Del Rey tem forte influência do pop-rock dos anos 1960. Essa proximidade se mostra ainda mais forte em seu mais recente single, Season Of The Witch, não por acaso um clássico daquele período. A ótima regravação integra a trilha sonora de Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro, filme de terror do cineasta Guilhermo Del Toro programado para estrear nos cinemas brasileiros no dia 26 de setembro.

Season Of The Witch foi lançada originalmente em 1966 pelo seu autor, o cantor, compositor e músico britânico Donovan Leitch (ouça aqui), que a escreveu em parceria com o cantor e compositor americano Shawn Phillips. Essa gravação traz como charme a participação especial de Jimmy Page, então ainda um muito requisitado músico de estúdio e às vésperas de integrar os Yardbirds e em seguida criar a banda que o eternizou no panteão do rock, o Led Zeppelin.

Com seu clima psicodélico, essa incrível canção foi posteriormente relida e regravada por inúmeros grupos e artistas, entre os quais Al Kooper & Stephen Stills (no projeto Super Session), Vanilla Fudge, Lou Rawls, Joan Jett, Robert Plant (apenas em shows), Richard Thompson, Karen Elson, Terry Reid e Sam Gopal. Além disso, entrou em trilhas de filmes e seriados de TV, entre os quais Crossing Jordan, em episódio clássico da marcante série estrelada pela excelente atriz Jill Hennessy na década passada.

Além dessa faixa, restrita à trilha do filme, Lana também acaba de divulgar outra gravação inédita. Trata-se da delicada balada Looking For America (ouça aqui), mais uma prévia de seu novo álbum, com o polêmico título Norman Fucking Rockwell e programado para lançamento no dia 30 deste mês. A capa traz Lana ao lado de um jovem ator com pedigree: Duke Nicholson, neto de Jack Nicholson.

Season Of The Witch (clipe)- Lana Del Rey:

Sheryl Crow divulga single com Joe Walsh e lança CD em agosto

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Por Fabian Chacur

Acaba de ser disponibilizado nas plataformas digitais um dueto inédito de Sheryl Crow com o cantor, compositor e guitarrista dos Eagles Joe Walsh. A canção é o ótimo rock funkeado Still The Good Old Days. Trata-se da quarta faixa divulgada de Threads, novo álbum da cantora, compositora e musicista americana, cujas versões físicas e digital serão disponibilizadas no exterior no dia 30 de agosto pela Universal Music.

O álbum mostra Sheryl gravando com vários artistas do primeiro escalão da música. Prove You Wrong, outro rockão invocado (ouça aqui), traz as presenças de Stevie Nicks e Maren Morris, enquanto o blues rock Live Wire (ouça aqui) reúne a roqueira americana com as incríveis Bonnie Raitt e Mavis Staples.

A faixa restante, das já divulgadas do álbum até aqui, traz um dueto possibilitado pela tecnologia com o saudoso Johnny Cash na introspectiva balada Redemption Day (ouça a nova versão aqui), canção que ela lançou originalmente em seu álbum autointitulado de 1996. Pela qualidade das amostras, um dos melhores trabalhos de sua carreira está a caminho.

Nascida em 11 de fevereiro de 1962, Sheryl Crow gramou bastante antes de conseguir sucesso individual. Antes, foi vocalista de apoio de artistas como Eric Clapton e Michael Jackson, entre outros. Teve um álbum solo abortado em 1991, e só lançou um primeiro disco em 1993. Mas valeu a espera, pois Tuesday Night Music Club vendeu milhões de cópias e abriu de vez as portas do cenário musical para o seu rock-pop-folk-soul-country de alta qualidade.

Clipe de Still The Good Old Days– Sheryl Crow e Joe Walsh:

Linda Ronstadt brilha em álbum ao vivo inédito gravado em 1980

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Por Fabian Chacur

Com mais de 35 álbuns lançados em seus 50 anos de carreira discográfica, Linda Ronstadt nunca havia nos ofertado um disco gravado ao vivo. Pois essa lacuna acaba de ser preenchida de forma brilhante com Live In Hollywood, que a Warner Music lançou nos formatos CD e vinil no exterior, e também nas plataformas digitais de todo o mundo. Eis um registro sensacional de uma cantora considerada uma das grandes da história do country rock, e não só dele, por sinal.

Infelizmente, esta icônica artista se afastou do cenário musical em 2011. Em agosto de 2013, revelou a razão: é portadora do mal de Parkinson, que a impede de desempenhar o dom que a tornou capaz de emplacar três álbuns no topo da parada americana, de ganhar 13 troféus Grammy, vender mais de 30 milhões de discos em todo o mundo, entrar no Rock And Roll Hall Of Fame e ser considerada a pioneira entre as roqueiras solo a lotar grandes arenas, na década de 1970.

Live In Hollywood foi gravado ao vivo em um show registrado para exibição no canal a cabo HBO em 24 de abril de 1980 no Television Center Studios, em Hollywood. Aos 33 anos (completaria 34 no dia 15 de julho daquele mesmo ano), a moça vivia o auge em termos de popularidade, estando no início da turnê que divulgou o álbum Mad Love, lançado dois meses antes e que atingiu o terceiro lugar na parada ianque graças a hits como I Can’t Let Go e How Do I Make To You, que por sinal fazem parte do set list do show que gerou este trabalho ao vivo.

O elenco de músicos que a acompanha no show é uma verdadeira seleção de craques da cena de Los Angeles, mais precisamente do bittersweet rock e do country rock. O saudoso Kenny Edwards (guitarra), que esteve a seu lado no efêmero (porém influente) grupo The Stone Poneys em 1967-1968 e depois se tornou seu braço direito, Danny Kortchmar (guitarra), Dan Dugmore (pedal steel), Russell Kunkel (bateria), Bob Glaub (baixo), Bill Payne (do grupo Little Feat, teclados), Wendy Waldman (vocais de apoio) e Peter Asher (seu produtor, percussão e vocais de apoio). Um timaço, nomes que você encontra em discos das feras dessa praia, tipo James Taylor, Jackson Browne e tantos outros.

Além das músicas do álbum mais recente, ela também nos mostra hits bacanas do seu repertório, entre os quais uma explosiva releitura de You’re No Good com direito a belas performances dos músicos, incluindo um solo de guitarra espetacular de Kenny Edwards. Outras canções matadoras são Just One Look, Back In The U.S.A. e Desperado. Aliás, vale recordar que esta última foi composta e gravada originalmente por uma banda que em 1971, por alguns meses, foi sua banda de apoio, e deixou a função para se aventurar no voraz mundo do rock. Seu nome: The Eagles, ninguém menos do que eles.

Coincidência ou não, Live In Hollywood sai no ano em que a carreira-solo de Linda Ronstadt completa 50 anos, ela que anteriormente havia gravado três álbuns com os Stone Poneys. Em 1969, a cantora lançou Hand Sown…Home Grown, e se criou no cenário do clube Troubadour (West Hollywood, California), que revelou ela, os Eagles, Jackson Browne, James Taylor, Carole King (como cantora) e até mesmo o britânico Elton John (que iniciou sua conquista do mercado americano com um show lá em 1970).

Com forte veia roqueira, Linda no entanto não se limitou a esse estilo musical em sua carreira. Quando criança e adolescente, ouviu literalmente de tudo na casa dos pais, e a partir da década de 1980, deu vasão a essa veia eclética gravando standards do jazz, música mexicana, gospel, ópera e até new age. Entre esses trabalho, destacam-se os gravados com direção do célebre arranjador e maestro Nelson Riddle (que trabalhou com Frank Sinatra) e o grupo Trio, que integrou ao lado das amigas Dolly Parton e Emmylou Harris. Vale recordar que ela foi uma das primeiras a gravar músicas de Elvis Costello.

Eis as músicas de Live In Hollywood:

1. I Can’t Let Go
2. It’s So Easy
3. “Willin’
4. Just One Look
5. Blue Bayou
6. Faithless Love
7. Hurt So Bad
8. Poor Poor Pitiful Me
9. You’re No Good
10. How Do I Make You
11. Back In The U.S.A.
12. Desperado”

You’re No Good (ao vivo)– do álbum Live In Hollywood:

Carole King conta sua bela história em Natural Woman

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Por Fabian Chacur

Em uma época na qual a participação feminina no mundo da música parece aumentar e ser mais valorizado, nada melhor do que relembrar a trajetória de uma pioneira no setor. Carole King é o tema do excelente documentário Natural Woman (2016), integrante da série American Masters, já lançado em DVD no exterior. O filme, com aproximadamente 60 minutos de duração, será exibido pelo Canal Bis nesta terça (22) às 13h30 e nesta quarta (23) às 10h na faixa Arquivo Musical, além de já estar disponível na plataforma de streaming pago do canal, a Bis Play.

Nascida em Nova York em 9 de fevereiro de 1942, Carole King começou a tocar piano ainda criança, e não demorou a dominar o instrumento. Ainda adolescente, já compunha, e em 1959 não só arrumou um parceiro para composições, o letrista Gerry Goffin, como ganhou de quebra um marido, pois eles se casaram naquele ano. O documentário registra bem esse período, no qual ela e Goffin escreviam músicas para outros artistas, emplacando hits clássicos como Up On The Roof, The Loco-Motion, One Fine Day, Chains, Will You Love Me Tomorrow, Take a Giant Step, Going Back e (You Make Me Feel Like a) Natural Woman, só para citar alguns dos mais bem-sucedidos.

Com uma mescla de entrevistas feitas em épocas diferentes (incluindo uma realizada especialmente para Natural Woman), a cantora, compositora e pianista relembra com franqueza a dolorosa separação de Goffin, o início de sua carreira como cantora, a parceria musical com James Taylor e o estouro do álbum Tapestry (1971), que vendeu milhões de cópias e a consagrou de uma vez por todas. Os problemas com os outros maridos, a dificuldade de fazer shows e ter de ficar semanas longe das filhas são outros temas muito bem abordados.

Foram aproveitadas imagens de vários momentos da vida de Carole, incluindo fofíssimas cenas de quando ela era criança e começava a tocar piano. Temos também deliciosos depoimentos de amigos e cúmplices do mundo da música como James Taylor, o guitarrista fantástico Danny Kortchmar, o produtor Peter Asher, o casal de compositores Barry Mann e Cynthia Weil, a letrista Toni Stern (parceria dela em hits como It’s Too Late), o produtor Lou Adler e outros.

Natural Woman aproveita muito bem o curto espaço de tempo para abranger uma brilhante carreira que beira 60 anos e equivale a um belíssimo cartão de apresentações para quem não tem muita ideia de quem seja essa tal de Carole King. Duvido que, após ver esse documentário, você não se disponha a ouvir mais, ver mais e saber mais sobre a obra dessa incrível artista, que além de ter uma obra incrível no pop-rock ainda arruma tempo para um ativismo civil muito importante. Temos até ela recebendo o importante prêmio Guershwin das mãos do então presidente americano Barack Obama em 2013.

Veja o trailer do documentário Natural Woman:

Taryn Donath mostra o swing do beatnik blues em Sampa

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Por Fabian Chacur

Em 1998, Taryn Donath lançou o seu álbum de estreia, Have Piano Will Travel, com o qual surpreendeu os fãs de r&b, jazz, soul e swing, mesmo tendo apenas 17 anos de idade. Desde então, essa talentosa cantora e pianista californiana ampliou seus horizontes e se consolidou como uma artista de rara consistência musical. Ela se apresenta em São Paulo pela primeira vez nesta quarta (5) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 50,00.

Com 37 anos de idade, Taryn tocou com bandas, mas tornou-se conhecida por se dedicar a um formato não tão comum em seu estilo musical, no qual se acompanha ao piano e tem a seu lado apenas um baterista, um tipo inusitado de duo. Dessa forma, conquistou fãs em seu pais com o que ela apelidou de beatnik blues, mescla de swing, rhythm and blues, soul e jazz no qual se destacam sua voz bem colocada e um balanço contagiante no piano inspirado nos grandes mestres.

No show do Bourbon Street, Taryn terá a seu lado dois músicos brasileiros, o baterista Jaderson Cardoso e o gaitista Marcelo Naves. O repertório deve trazer músicas de CDs como o de estreia e também de Gardenia (2012) e Memories Of Ruth, este último uma homenagem à saudosa e brilhante cantora de rhythm de blues Ruth Brown (1928-2006). Músicas como I’ll Wait For You e The Mess Around, hits respectivamente de Ruth Brown e Ray Charles, são destaques.

I’ll Wait For You– Taryn Donath:

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