Por Fabian Chacur

Em 2010, Suzanne Vega resolveu reler canções extraídas dos sete álbuns de estúdio lançados por ela entre 1985 e 2007, incluindo no meio uma ou outra canção inédita. O projeto intitula-se Close-Up, e prevê quatro CDs.

A cantora, compositora e musicista americana dividiu o repertório dos álbuns de forma temática. Vol.1, Love Songs e Vol.2, Peoples & Places já foram resenhados aqui.

Agora, é a vez de Close-Up Vol.3, States Of Being, sendo que o último da série, Songs Of Family, deverá chegar às lojas em 2012.

Em formato predominantemente acústico, com espaços para instrumentos elétricos e cordas em alguns momentos, Suzanne realça o violão acústico e sua belíssima voz, que continua com a doçura e introspecção dos anos 80, além de enfatizar as sempre profundas letras.

Ela define o repertório de States Of Being como músicas com uma abordagem mais introspectiva, ou “the freakier side of my songwriting” (o lado mais pirado da minha obra como compositora”).

As músicas, só para variar, são maravilhosas, com destaque para as sensacionais Solitude Standing, Blood Makes Noise (a mais elétrica do CD, embora mais intimista em relação à gravação original de 1992), Last Years Troubles e Cracking.

Bem longe de um projeto preguiçoso de revisitação de obras passadas, a série Close-Up serve como bom exemplo de como um artista pode mergulhar no seu passado sem soar saudosista ou desprovido de novas ideias.

Veja o clipe da versão original de Blood Makes Noise: