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Ginger Baker, um dos maiores bateristas da história do rock

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Por Fabian Chacur

De todas as músicas do Cream, a que mais me impressiona é provavelmente seu maior hit, Sunshine Of Your Love. Seu ponto alto é uma levada de bateria simplesmente impossível de ser reproduzida por outro baterista que não seja aquele que a gravou originalmente, Ginger Baker. Pois esse grande músico britânico nos deixou neste domingo (6), aos 80 anos, “em paz”, segundo informação de seus familiares. Algo raro durante sua atribulada trajetória de vida.

Nascido em 19 de agosto de 1939, Baker tornou-se conhecido no cenário musical britânico ao integrar as bandas Blues Incorporated e Graham Bond Organization. Em ambas, tocava com outro músico emergente, o baixista Jack Bruce. Eles se estranhavam com frequência, mas apostando em suas imensas afinidades musicais, resolveram montar sua própria banda ao lado do guitarrista Eric Clapton, mais novo do que eles e também muito badalado naquele 1966.

Nascia o Cream, que desde o berço dava a impressão de que não estava surgindo só para passar o tempo. Durante seus menos de três anos de vida, lançou álbuns marcantes como Disraely Gears (1967) e emplacou hits como Sunshine Of Your Love, Strange Brew e Badge. Ao vivo, faziam um show repleto de improvisos e energia, nos quais a inventividade dos três gerava duelos musicais impressionantes e históricos.

Com o fim do grupo, Baker montou com Clapton, Steve Winwood e Rick Grech, o super grupo Blind Faith, que em 1969 lançou seu único álbum, autointitulado, e também entrou para a história do rock, durando apenas aquele ano.

A partir daí, o cara teve inúmeras experiências. Montou outros grupos, entre os quais o Ginger Baker’s Air Force e o trio Baker Gurvitz Army, este último ao lado dos irmãos Paul e Adrian Gurvitz (este último fez sucesso em carreira-solo com a balada Classic, que foi tema de novela global Sétimo Sentido em 1982).

Montou um estúdio de gravação em Lagos, na Nigéria, e gravou com o genial músico africano Fela Kuti. Em 1986, participou de Album, do grupo Public Image Ltd., e posteriormente montou um trio de jazz com Charlie Haden e Bill Frisell.

Em 2005, voltou a tocar com o Cream, e esse retorno gerou shows no mesmo lugar onde haviam se despedido dos palcos em 1968, o lendário Royal Albert Hall. Esses shows geraram registros em CD, DVD e Blu-ray. Como seria de se esperar, essa reunião não durou muito, novamente por causa das brigas entre Baker e o saudoso Jack Bruce (leia mais sobre Bruce aqui )

O genial e imperdível documentário Beware Of Mr.Baker (2012, leia a resenha aqui), de Jay Bulger, mostra de forma brilhante a trajetória desse músico genial e ser humano de temperamento difícil e contraditório.

Sunshine Of Your Love– Cream:

Eric Clapton nos traz mistério e belas canções em I Still Do

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Por Fabian Chacur

Logo de cara, I Still Do, novo álbum de Eric Clapton, propõe um desafio aos fãs. Nos créditos de músicos que participaram do trabalho, está listado como violonista e vocalista na faixa I Will Be There um certo Angelo Mysterioso. Os fanáticos por Beatles sabem que um pseudônimo quase idêntico (L’Angelo Mysterioso) foi usado em 1968 por George Harrison em sua participação especial na faixa Badge, do grupo Cream, do qual Eric Clapton era um dos integrantes.

Nem é preciso dizer que isso criou um frisson em torno da mídia especializada. Seria I Will Be There uma faixa gravada antes da morte do ex-Beatle (em 2001) e somente resgatada agora por Clapton, um grande amigo do autor de Something? A verdade é que o astro britânico se recusa a revelar quem é o artista que se valeu desse pseudônimo. E surgiram novos candidatos. Um é Dhani Harrison, filho de George.

Outro candidato é o astro pop Ed Sheeran, que por sinal participou do show de Clapton no dia 13 de abril no Budokan Hall, no Japão, interpretando exatamente essa música. E aí? Bem, a voz não parece a de Dhani, estando mais próxima do timbre de Sheeran. Seja como for, a assessoria de Clapton garante que ele não irá revelar quem é o tal “anjo misterioso”. E quer saber? O importante é que I Will Be There, uma espécie de folk-ska-reggae-balada, é linda!

Essa canção serve como bom chamariz para I Still Do, que atingiu o sexto lugar nas paradas dos EUA e do Reino Unido em sua semana de lançamento, algo habitual na carreira deste genial cantor, compositor e guitarrista britânico. Trata-se de um trabalho “Clapton per se”, ou seja, sem novidades ou influências diferenciadas do que estamos habituados. Temos várias variações de blues, tempero rock e folk, um pouco de pop, e por aí vai. E vai bem. O tal do bife com fritas bem feito.

O mais legal é a sutileza da coisa. A voz de Clapton está cada vez mais apurada e deliciosa, sem toda essa potência mas repleta de paixão. Cercado por músicos que o acompanham há muitos anos, como Andy Fairweather Low, Simon Climie, Chris Stainton e Henry Spinetti, o cara desliza sua guitarra com a categoria de quem sabe todos os atalhos para chegar ao ponto G dos seus ouvintes. São 12 faixas deliciosas.

O repertório traz apenas duas canções assinadas por Clapton, a quase pop Catch The Blues e a ótima Spiral. Entre os autores, alguns dos favoritos do ex-integrante do Blind Faith e Derek And The Dominoes, como Bob Dylan, JJ Cale e Robert Johnson. O clima vai do blues ardido em Alabama Woman Blues, que abre o álbum, à quase jazzística e delicada I’ll Be Seeing You, que pôe fim à festa. Tipo do álbum muito bom de se ouvir, descomplicado e simples.

Em entrevista recente, o músico afirmou que está sofrendo de neuropatia periférica, que lhe provoca dormência e dores nas mãos e nos pés, dificultando, portanto, o seu trabalho. Como ele já está com 71 anos, nos resta torcer para que Eric Clapton possa domar essas dificuldades físicas e continue em cena, fazendo shows pelo mundo e gravando discos deliciosos como este I Still Do. Se isso é “apenas mais do mesmo”, eu amo esse “mais do mesmo”!

I Will Be There– Eric Clapton e “Angelo Mysterioso”:

Catch The Blues– Eric Clapton:

Can’t Let You Do It– Eric Clapton:

Stones In My Passway– Eric Clapton:

Jack Bruce, mestre do baixo e da música, morre aos 71 anos

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Por Fabian Chacur

Nem acreditei quando fui escalado, em 2012, para entrevistar via telefone o célebre cantor, compositor e baixista britânico Jack Bruce. Ele estava agendado para tocar no Brasil, o que ocorreu em outubro daquele ano. A entrevista foi deliciosa (leia aqui) e o show do mestre da música em São Paulo, idem na mesma data (leia crítica aqui). Infelizmente, não o veremos mais. Ele nos deixou neste sábado (25) aos 71 anos, vítima de doença hepática. Descanse em paz, gênio brilhante!

Nascido em 14 de maio de 1943 em Glasgow, Escócia, Jack Bruce teve uma carreira brilhante como cantor e compositor, e é considerado um dos grandes virtuoses do baixo não só no rock, como em qualquer outro estilo musical. Mondo Pop deu uma geral em sua carreira e em seus pontos altos quando ele nos visitou em 2012 (leia aqui).

Normalmente, as matérias publicadas em jornais são editadas a partir de um texto de maior tamanho enviado pelo jornalista. No caso de minha entrevista com Jack Bruce para a Folha de S.Paulo, não foi diferente. A edição ficou bacana, mas omitiu algumas declarações do agora saudoso músico britânico. Para os curiosos, segue abaixo, na íntegra, o texto original da entrevista, sem os cortes posteriores:

“Jack Bruce, baixista e vocalista de um dos mais importantes grupos da história do rock, o Cream, enfim irá tocar no Brasil. Ele se apresenta em São Paulo no dia 24 de outubro (quarta-feira) no Teatro Bradesco ao lado da sua Big Blues Band.
Em entrevista exclusiva por telefone à Folha, o músico escocês confessou que não sabe o que esperar do público brasileiro.
“Não tenho a mínima ideia do que eu encontrarei aí, mas faz tempo que eu desejo tocar no Brasil”, diz.
Ele virá acompanhado por uma banda composta por sete músicos, com a qual gravou recentemente um álbum duplo ao vivo (“Live 2012”), e promete dar uma geral em suas cinco décadas de estrada, incluindo hits do Cream como “Sunshine Of Your Love”.
Os arranjos das músicas tendem para o blues, embora tenham fortes elementos de rock, soul e jazz no meio. Bruce diz que não é chegado a rótulos.
“Comecei a tocar ainda jovem, e desde o começo o meu grande prazer era improvisar, independente do gênero musical que toco. Aliás, eu não toco jazz, toco Jack”, diz, rindo.
Entre os inúmeros músicos com quem já trabalhou em sua carreira, Bruce destaca o baterista Tony Williams (1945-1997), considerado um dos melhores da história do jazz e com o qual tocou na banda Lifetime na década de 1970.
“Ele morreu jovem demais! Era um gênio, o maior gênio com quem toquei durante a minha carreira. Gravei o álbum “Spectrum Road” (2012) em homenagem a ele, ao lado de Vernon Reid (Living Colour, guitarra), John Medesky (Medesky, Martin & Wood, teclados) e Cindy Blackman Santana (bateria)”, diz.
“Não me culpem pelo heavy metal!”
Mesmo tendo um currículo longo e repleto de realizações, Jack Bruce costuma ser lembrado com mais frequência por ter feito parte do Cream, ao lado de Eric Clapton e Ginger Baker. Ele acha isso normal.
“O Cream foi uma ótima banda. Levamos a linguagem do blues para um rumo pop. Acho Eric Clapton um grande guitarrista, seus solos são ótimos, ele toca com muita paixão e amor. Foi a minha grande oportunidade de tocar em uma banda de rock de sucesso. Mas eu queria fazer outras coisas, por isso o grupo durou pouco”.
Ele só faz uma ressalva em relação a quem considera o trio britânico, que esteve na ativa entre 1966 e 1968 e teve um breve retorno em 2005, um dos criadores do heavy metal.
“Não me acho o pai do heavy metal, não. Culpem o Led Zeppelin por isso!”, disse, rindo bastante.
Outra parceria que Bruce relembra com carinho foi a que o ligou a Ringo Starr nos anos 1990. Ele integrou uma das várias formações da All Starr Band, ao lado de Ringo, Peter Frampton, Todd Rundgren e Gary Brooker, entre outros.
Das novas gerações, Bruce elogia muito o guitarrista Joe Bonamassa, com quem tocou ao vivo há alguns anos, e revela que adoraria gravar com ele, assim como com a cantora Christina Aguilera.”

Dance The Night Away – Cream:

Sunshine Of Your Love- Cream:

Filme traz inacreditável vida de Ginger Baker

Por Fabian Chacur

Que tal um documentário que abre com o personagem principal acertando uma certeira bengalada no nariz de seu respectivo diretor? É assim que tem início Beware Of Mr. Baker, que registra de forma brilhante e abrangente a trajetória de Ginger Baker,ex-integrante do Cream e considerado um dos melhores bateristas de todos os tempos. E também um ser humano inacreditável.

Jay Bulger, o diretor que tomou a porrada no nariz e sangrou de dar gosto, levou três anos para realizar o seu sonho. Ele passou três meses na casa de Baker, na África do Sul, período durante o qual teve a chance de conhecer a fundo seu personagem. Inicialmente, escreveu uma matéria para a Rolling Stone americana (leia aqui) publicada em agosto de 2009, quando o músico completava 70 anos. Depois, registrou as entrevistas com o músico em vídeo.

O documentário mergulha de cabeça na trajetória do baterista britânico nascido em 19 de agosto de 1939. Desde a infância, quando perdeu o pai aos 4 anos de idade durante a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje. Seu envolvimento com a música, as drogas, os relacionamentos afetivos, nada fica de fora.

Ginger Baker surge na tela como um indivíduo contraditório. Ora agressivo, ora afetivo, mas sempre controverso e capaz das maiores brigas, o que explica a duração sempre reduzida de seus projetos musicais. O Cream, por exemplo, considerado um dos grandes trios da história do rock (com Baker, Jack Bruce e Eric Clapton), durou apenas dois anos (1966 a 1968). O Blind Faith, menos ainda (nem um mísero ano).

A qualidade musical dessas diversas incursões, no entanto, sempre foi no mínimo interessante, e frequentemente seminal para a história da música. Os depoimentos de músicos do naipe de Bill Ward (Black Sabbath), Neil Peart (Rush), Johnny Rotten (Sex Pistols, PIL), Steve Winwood, Denny Laine (Wings), Stewart Copeland (The Police), Eric Clapton e Jack Bruce (Cream), entre outros, sustentam essa visão durante o documentário.

As entrevistas com seus familiares, incluindo quatro ex-mulheres, duas filhas e o filho Kofi (que também é baterista) servem como ilustração de seu temperamento difícil. Kofi acha que o pai não deveria ter tido filhos, enquanto uma das ex-esposas questiona se Ginger merece elogios por sempre ir em frente ou críticas por não ter capacidade de consolidar seus relacionamentos pessoais e profissionais, fugindo no fim das contas.

Além das excelentes entrevistas feitas especialmente para o filme, temos também belíssimas animações ilustrando vários momentos da vida do músico, incluindo alguns pornográficos e outros com mapas contextualizando suas várias viagens pelo mundo durante sua longa trajetória de vida. Ele morou na Inglaterra, Itália, Nigéria, EUA e África do Sul.

O título do filme teve como inspiração a placa que o ex-integrante do Cream colocou na entrada de sua casa na África do Sul (Beware Of Mr. Baker- cuidado com Mr. Baker). Durante a atração, temos acesso também a seu amor aos cavalos e cães, sua faceta como jogador de cricket e a relação sempre complicada com as drogas.

Jazzista, roqueiro, precursor do heavy metal e da world music, capaz de jogar no lixo milhões de dólares em diferentes épocas de sua vida, Ginger Baker é um personagem que nem o autor mais criativo conseguiria conceber, tal a sua complexidade como músico e ser humano.

Beware Of Mr. Baker foi exibido durante a edição 2013 do festival In-Edit de documentários musicais em São Paulo e é um dos melhores trabalhos nesse setor que já vi nos meus 51 anos de vida. E olha que sou um verdadeiro devorador de documentários musicais…

Duas notas finais: o produtor de Beware Of Mr. Baker é Fisher Stevens, que fez inúmeros trabalhos bacanas como ator, um deles na maravilhosa e extinta série televisiva Early Edition, além de ter namorado com Michelle Pfeifer nos anos 80, quando ela estava no auge. E em uma cena de arquivo, temos a chance de ver Mr.Baker cair sentado no palco, obviamente encharcado de drogas e quetais…

Veja o trailer de Beware Of Mr. Baker:

Jack Bruce faz juz à fama em show em SP

Por Fabian Chacur

Jack Bruce, um dos melhores e mais influentes baixistas da história do rock, tocou pela primeira vez no Brasil na noite desta quarta-feira (24) no Teatro Bradesco (SP). Acompanhado pela sua Big Blues Band, o cantor, compositor e músico escocês conseguiu cativar a plateia presente, com direito a canções clássicas e solos marcantes.

Aos 69 anos de idade, Bruce é um sobrevivente, pois teve de superar sérios problemas de saúde na década passada. Sua voz continua potente, enquanto a habilidade com seu belo e sóbrio baixo cor de madeira se mostrou melhor do que nunca. Suas linhas de baixo fogem do óbvio e se baseiam em improvisos pulsantes, sem nunca sair do ritmo.

Ele teve a seu lado uma banda bastante afiada, com direito a naipe de metais e teclados vintage. Os destaques foram o trombonista Winston Rollins e o baterista Frank Tontoh, ambos responsáveis pelos solos mais eletrizantes da noite, fazendo juz ao fato de integrarem a atual banda do ex-integrante do Cream (que também tocou teclados em algumas músicas).

O set list incluiu várias músicas do repertório do Cream. O novo arranjo para Spoonful, por exemplo, tocado de forma mais compassada e valorizando os metais, arrepiou, assim como a marcante Politician, que explorou de forma inteligente seu marcante riff. Aliás, os arranjos da banda para essas músicas merecem elogios ao inovar, sem no entanto descaracterizar canções que fazem parte do imaginário do fã de classic rock.

A sequência de hits do Cream Deserted Cities Of The Heart (que Jack afirmou ser a sua canção favorita), White Room (seguida pelo solo mortal de bateria de Tontoh, com direito até a levadas de escola de samba!) e Sunshine Of Your Love (última canção antes do bis) acabou sendo o ponto alto de um show quente e que durou quase duas horas.

A comunicação entre Jack Bruce e o público presente se mostrou bastante positiva, com o músico mostrando simpatia e aparentando muita felicidade por enfim tocar no Brasil.

Estranhamente, ele, que havia saído do palco no fim do show normal de forma simpática, retirou-se de modo intempestivo logo após a segunda e última canção do bis. Teria ocorrido algo que o desagradou? Mas isso não tira o brilho de uma performance totalmente elogiável.

Spoonful, com Jack Bruce & His Blues Band:

Sunshine Of Your Love, com Jack Bruce & His Blues Band:

Jack Bruce tocará em SP em outubro

Por Fabian Chacur

Jack Bruce, um dos nomes mais importantes da história do rock, finalmente tocará em São Paulo. A apresentação está marcada para o dia 24 de outubro no Teatro Bradesco (rua Turiassu, nº 2.100 – fone 3670-4100- www.teatrobradesco.com.br), com ingressos de R$ 100 a R$ 250.

O astro britânico terá ao seu lado a Big Blues Band, que conta com ele no baixo, vocal e piano e mais os músicos Tony Remy (guitarra), Paddy Milner (teclados), Winston Rollins (trombone), Frank Tontoh (bateria), Paul Newton (trompete), Nick Cohen (baixo) e Derek Nash (sax tenor).

Nascido na Inglaterra em 14 de maio de 1943, Jack Bruce iniciou a carreira integrando grupos britânicos que se propunham a reler o blues americano, entre os quais a Graham Bond Organization e John Mayall’s Bluesbreaker.

Em 1966, já considerado um dos grandes nomes da cena do blues de Londres como cantor e baixista, uniu-se a dois outros músicos que também brilhavam por lá, o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker.

Surgia o Cream, que em menos de três anos se tornou um dos melhores e mais infuentes power trios da historia do rock, graças a álbuns como Disraely Gears e Wheels Of Fire e canções como Strange Brew, Sunshine Of Your Love e Badge.

Após o fim do Cream, Jack mergulhou em inúmeras experiências e intercâmbios com outros músicos, além de investir em rica carreira solo que rendeu otimos álbuns como Songs For a Taylor e A Question Of Time.

Investindo em rock, blues e jazz, ele participou do Lifetime, ao lado do saudoso e fantástico baterista Tony Williams, West, Bruce & Laing (power trio com o guitarrista Leslie West e o baterista Corky Laing) e BBM (outro power trio, desta vez com Gary Moore na guitarra e o velho amigo Ginger Baker na bateria), além de tocar na All Star Band de Ringo Starr.

Ele também gravou e fez shows com nomes do porte de Lou Reed, Frank Zappa, Mitch Mitchell e Robin Trower. Em 2005, participou do breve e mais do que histórico retorno do Cream, que rendeu um DVD/CD gravado ao vivo no mesmo Royal Albert Hall que presenciou a despedida do célebre grupo, em 1968.

Seu mais recente álbum é Seven Moons, gravado em dobradinha com Robin Trower, ex-guitarrista do Procol Harum. Outros lançamentos recentes são a caixa retrospectiva Can You Follow?, com seis CDs, e o documentário sobre sua carreira Rope Ladder To The Moon.

Valeu pelo toque, Cláudio Foá, amigo que me deu essa ótima notícia e a quem dedico este post!

Born Under a Bad Sight, ao vivo em 2011, com Jack Bruce e banda:

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