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Daft Punk lançará reedição do CD Randon Access Memories

daft punk random access-400x

Por Fabian Chacur

Random Access Memories, do Daft Punk, celebra dez anos de seu lançamento (leia mais sobre esse álbum aqui). Como forma de marcar essa efeméride bacana, será lançada no dia 12 de maio uma edição comemorativa, que será disponibilizada nas plataformas digitais e também nos formatos CD duplo e LP de vinil triplo.

Além da versão remasterizada do conteúdo do álbum original, o fã terá aproximadamente 35 minutos de conteúdo adicional, com direito a outtakes e demos. Como forma de divulgar esse lançamento, entrou nas plataformas digitais a faixa The Writing of Fragments of Life (ouça aqui), que mostra um pouco do processo de criação da faixa Fragments of Life.

Uma segunda amostra do material adicional deste relançamento foi disponibilizado agora, desta vez referente à faixa Give Life Back to Music, que você poderá conferir no fim desse post.

Este lançamento será uma espécie de consolo para os milhões de fãs do Daft Punk pelo mundo afora, que desde fevereiro de 2021 lamenta a separação do duo francês após uma carreira de quase 30 anos repleta de grandes momentos (leia mais sobre a história do grupo aqui ).

Aliás, o mistério em torno de quais seriam as razões para o fim da dupla foram enfim esclarecidos em entrevista concedida este mês por Thomas Bangalter (que integrava o time ao lado de Guy-Manuel de Homem-Christo) à conceituada publicação britânica New Musical Express (leia aqui).

Essencialmente, Bangalter explicou que ele e seu colega temiam que seu trabalho fosse confundido com um apoio a coisas como o atual desenvolvimento da inteligência artificial. “A última coisa que eu quero ser no mundo em que vivemos em 2023 é um robô”, afirmou, referindo-se aos personagens que ele e seu parceiro viviam, nunca mostrando seus rostos.

Ele deu ainda mais detalhes: “Com o Daft Punk, tentamos usar essas máquinas tecnológicas para expressar algo extremamente tocante, que uma máquina não pode sentir, mas um ser humano pode; sempre estivemos do lado humano, e não da tecnologia pura”.

Uma prova dessa nova abordagem de Thomas Bangalter é seu surpreendente e recém-lançado álbum solo Mythologies (ouça aqui), composto no melhor estilo da música erudita e interpretado pela Orchestre National Bordeaux Equitaine. Um trabalho delicado e muito bom de se ouvir.

Eis as faixas de Random Access Memories-10 Years:

Give Life Back To Music
The Game Of Love
Giorgio by Moroder
Within
Instant Crush
Lose Yourself To Dance
Touch
Get Lucky
Beyond
Motherboard
Fragments Of Time
Doin’ It Right
Contact
Horizon (Japan CD)
GLBTM (Studio Outtakes)
Infinity Repeating (2013 Demo)
GL (Early Take)
Prime (2012 Unfinished)
LYTD (Vocoder Tests)
The Writing Of Fragments Of Time
Touch (2021 Epilogue)

GLBTM (Studio Outtakes)– Daft Punk:

Daft Punk, 28 anos, o grupo que levou a música eletrônica ao topo

daft punk 400x

Por Fabian Chacur

Em 2013, a música eletrônica viveu provavelmente o seu momento mais bem sucedido em termos comerciais graças ao Daft Punk. O duo francês lançou, naquele ano, o álbum Random Access Memories, que chegou ao topo das paradas de sucesso de todo o mundo, incluindo as dos EUA e Reino Unido, além de emplacar vários de seus singles em alta rotação nas rádios. Oito anos depois, neste 22 de fevereiro de 2021, eles infelizmente nos anunciam sua separação, sem detalhar as razões que os levaram a tal atitude.

Random Access Memories, que também faturou cinco troféus Grammy, o Oscar da música, ficará sem um sucessor, pois, desde então, o grupo não lançou mais nada próprio. Eles apenas participaram de várias faixas do álbum Yeezus (2013), do rapper americano Kanye West, e do single Starboy (2016), do astro canadense The Weeknd, sendo que este último atingiu o primeiro posto na parada americana. A informação sobre a separação foi confirmada por Kathryn Frazier, da assessoria da banda, e com o enigmático vídeo Epilogue.

Criado em 1993 em Paris, França, por Guy Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter, e usando como nome o título de uma ácida crítica sobre um trabalho anterior dos dois amigos, o Daft Punk lançou seu primeiro álbum, Homework, em 1997. O segundo, Discovery (2001), estourou graças ao hit One More Time , e os mostrava com as roupas de robô que passariam a usar desde então.

Desde o início, o duo francês mostrava sua intenção de não se restringir aos parâmetros habituais da música eletrônica, mergulhando em elementos de r&b, rock, pop, funk e disco music como forma de criar uma sonoridade própria, com pegada pop e dando valor a coisas como melodia e letras.

Em 2005, lançaram Humam After All, sem a mesma repercussão do CD anterior, mas chacoalharam o mundo do show business em 2006 com um mega-show no festival Coachella, nos EUA, revolucionando a forma de apresentar música eletrônica nos palcos e ajudando a criar uma jurisprudência de grandes espetáculos do gênero, até então confinado a clubes e salas mais restritas em termos de lotação.

A trilha do filme Tron: Legacy (2010) ajudou a dar uma ainda maior respeitabilidade a Homem-Christo e Balgalter, mas o que os tornaria uma dupla cultuada nos quatro cantos do mundo era, na verdade, um projeto que teve início em 2008, embora só tenha sido concretizado em 2013.

Random Access Memories marcou o desejo da dupla de misturar os sons eletrônicos com músicos de carne e osso, e traz inúmeras participações especiais marcantes, entre as quais as de Nile Rodgers, Giorgio Moroder, Paul Williams, Pharrell Williams e Nathan East. O disco vendeu milhões de cópias e emplacou dois dos maiores hits da década, as incríveis Move Yourself To Dance e Get Lucky.

Fica no ar a pergunta: o que os hoje ex-integrantes do Daft Punk farão a partir de agora? Será que irão se aposentar, quando se aproximam de completar 50 anos de idade? Farão trabalhos individuais como produtores ou artistas-solo? Montarão novos grupos? O futuro, e apenas ele, nos dirá. Enquanto isso, vale nos divertimos com as ótimas músicas deixadas por esses criativos robôs como maravilhosas heranças.

Veja o vídeo de despedida, Epilogue:

Grammy consagra Random Access Memory

Por Fabian Chacur

Há críticos musicais que adoram detonar sempre e sempre os Grammy Awards, encarando-os como um monumento ao brega e à música comercial mais banal. Nem sempre, tolinhos, nem sempre. Com mais frequência do que se imagina, o Oscar da música consagra exatamente aqueles trabalhos que merecem ser consagrados. E isso ocorreu na noite deste domingo (26) com o Daft Punk. Vitória merecidíssima!

O duo radicado na França e integrado por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo abocanhou cinco troféus na cerimônia realizada no Staples Center, em Los Angeles, incluindo os dois mais importantes, como Álbum do Ano (por Random Access Memories) e Single do Ano, com Get Lucky. Eles ainda levaram nas categorias Melhor Performance de Duo/Grupo Pop (com Get Lucky), Melhor Álbum Dance/Eletrônico) e Melhor Álbum Em Termos Técnicos.

Vale lembrar que, segundo o site da revista americana Billboard, Random Access Memory é o primeiro álbum de dance music a ganhar como Álbum do Ano desde 1978, quando a trilha de Saturday Night Fever (Os Embalos de Sábado à Noite) conseguiu esse feito. Curiosamente (ou não), Random Access Memory soa como se tivesse sido gravado e lançado exatamente naquela época, quando a disco music dominava o cenário pop.

Random Access Memory, um dos álbuns mais vendidos de 2013, possui inúmeros méritos, sendo o principal a incrível mistura de teclados e efeitos eletrônicos com músicos de verdade, o que deu ao trabalho um sabor ao mesmo tempo retrô e atualíssimo, 1978 e 2013 no mesmo pacote. O duo resolveu investir em músicos, e trouxe para o seu time alguns gênios da raça.

Logo de cara, Random Access Memory se tornou histórico por trazer de volta às paradas de sucessos o guitarrista Nile Rodgers, líder do grupo Chic e um dos grandes craques da guitarra rítmica. Ele dá o norte a três faixas matadoras do disco, Give Life Back To Music e os hit singles Get Lucky e Lose Yourself To Dance. Rodgers se encaixou feito luva na proposta musical do Daft Punk, agregando muito valor a essas músicas.

Giorgio Moroder, outro gênio da disco e da música eletrônica, faz participação bastante peculiar na deliciosa Giorgio By Moroder. Ele, ao invés de cantar ou tocar, conta um pouco da história da sua vida e do sonho que conseguiu concretizar, o de ser músico de sucesso, que ele admite que considerava impossível, quando ainda era moleque. O resultado é delicioso.

Paul Williams, compositor de clássicos da música pop como Rainy Days And Mondays e We’ve Only Just Begun e autor das músicas e estrela do sensacional filme cult musical O Fantasma do Paraíso (1974, dirigido por Brian De Palma), é cantor e coautor de Touch, faixa mais épica do álbum. É o momento de maior destaque da orquestra que o Daft Punk montou especialmente para gravar este trabalho.

Inteligentes, Bangalter e De Homem-Christo também trouxeram convidados da nova geração, entre os quais Pharrell Williams (o vocalista principal nos hits Get Lucky e Move Yourself To Dance) e Julian Casablancas, vocalista dos Strokes e responsável por vocais, guitarras e coautoria da deliciosa Instant Crush, outro momento surpreendente em um disco surpreendente como um todo. A soma perfeita do eletrônico com o orgânico.

De quebra, ainda estão no elenco de músicos presentes neste CD feras consagradas como Nathan East (baixo), Omar Hakim (bateria) e Paul Jackson Jr. (guitarra). Ou seja, o Daft Punk reuniu um time realmente grandioso, mas nada disso teria dado certo se todos não fossem escalados em suas posições corretas, nas músicas certas e objetivando soluções musicais bem específicas. Todos jogando em função da música, não do estrelismo.

O resultado, Random Access Memory, pode ser considerado sem susto um dos melhores álbuns pop deste século, e um trabalho que, tal qual Saturday Night Fever, será relembrado, ouvido e dançado por gerações e gerações. Nada melhor do que ter a oportunidade de ver um clássico nascer. E os Grammy Awards se incumbiram de o tornar definitivo. Parabéns à Academia, e parabéns ao Daft Punk, que terá dificuldades em lançar um novo álbum com tanta qualidade. Vamos ver o que o futuro nos dirá…

Ouça Touch, com Paul Williams e o Daft Punk:

Ouça Give Life Back To Music, com Nile Rodgers e o Daft Punk:

Duas ou três coisas sobre a música em 2013

Por Fabian Chacur

Muita gente odeia essa história de retrospectivas dos “anos velhos” que acabam de se mandar. Também tem quem goste. Se bem feitas, acho que essa passada de olhos no que ocorreu nos doze meses anteriores ao novo janeiro são até úteis, como um balanço e uma avaliação de fatos. Seja como for, não estou com saco de ser detalhista, mês a mês. Então, vamos com uma viagem aleatória a alguns fatos ocorridos no mundo da música em 2013.

The Voice Brasil, The Choice Brasil, Que Joça, Brasil!

Se há uma verdadeira praga que veio para infernizar a vida de quem realmente gosta de música são os tais reality shows musicais. Há mais de uma década nas programações das mais diversas redes de TV do mundo, e disponíveis em várias versões, esse tipo de programa tenta formatar de jeito rígido o que deveria ocorrer de forma mais espontânea: a revelação de novos talentos.

Se em alguns países essa fórmula até ajudou a destacar alguns nomes bacanas, no Brasil tornou-se mais um tipo de “loteria musical”. No fim das contas, são sempre dois os fatores que levam alguém a vencer uma atração assim por aqui. Basicamente, quem grita mais ou quem é mais pobre e pode sair da zona do rebaixamento da vida se embolsar a grana disputada.

The Voice Brasil é apenas mais um capítulo desse universo dos “not so reality” shows. Exibicionismo de jurados e candidatos, vozeirões ocos, disputa por dinheiro e vencedores que, posteriormente, voltam ao anonimato. Ellen Oléria, a vencedora de 2012, já está caminhando para ficar ao lado das Vanessas Jacksons da vida, sumindo de cena. Uma pena, em um formato no qual o que menos importa é a música. Mas não se iludam. Mais programas assim virão e virão e virão. Procure talentos em outros cantos…

Dominguinhos agora está ao lado de Gonzagão no Céu do Forró

Recentemente, reli uma entrevista de 1999 do músico paulista Miltinho Edilberto no qual ele comentava sobre Dominguinhos, definindo-o como uma espécie de Gonzagão que merecia ser mais cultuado pelas pessoas, e ser homenageado enquanto estava vivo e com saúde.

Pois Dominguinhos infelizmente nos deixou em 2013. Grande músico, cantor, compositor e ser humano, ele nos deixou uma obra impecável dedicada ao melhor da cultura popular. Tive a honra de cobrir seu último grande show em São Paulo na Virada Cultural 2011, e vi esse mestre, mesmo com limitações físicas evidentes, dar um banho de garra e musicalidade.

Se merecia ter sido mais reverenciado, até que Dominguinhos foi bastante “acarinhado” pelo povo em suas mais de quatro décadas de carreira, na qual nos proporcionou tantos sucessos próprios e também colocou suas cerejas em bolos confeccionados por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho e tantos outros. Simples, simpático, genial. Descanse em paz!

Reginaldo Rossi e a fórmula para agradar gregos e troianos musicais

Não é para qualquer um se manter durante quase cinquenta anos no cenário musical, ainda mais se o artista em questão nunca se dobrou aos modismos da vida para fazer sucesso. Outra grande perda brasileira em 2013, Reginaldo Rossi começou na onda da Jovem Guarda, mas logo entortou suas influências musicais e criou um estilo próprio, bem-humorado, romântico e pé na porta, sem preocupações com sutileza ou politicamente correto.

Se só virou uma espécie de unanimidade em 1998, quando seu CD Ao Vivo turbinou o antigo sucesso Garçom e o fez ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas, “The King” sempre teve público fiel no Norte e Nordeste. Felizmente, Rossi teve as flores em vida, e nos deixou sabendo ser amado por milhões de fãs. Um estilista da canção popular. Uma figuraça!!!

Paul McCartney, David Bowie e Elton John mais gênios do que nunca

Três nomes que há décadas fazem parte da história do rock and roll provaram em 2013 que continuam com fome de bola, dispostos a nos oferecer novos trabalhos repletos de boas canções. David Bowie nos ofereceu The Next Day, uma espécie de álbum síntese com ecos de várias fases de sua carreira e uma surpresa para quem não lançava um trabalhos só de inéditas há dez anos. Aposentado uma ova!

Macca e Elton, por sua vez, continuam na estrada e ativos nos últimos anos, mas lançaram em 2013 CDs comparáveis a seus grandes momentos. Se o único ponto negativo de Elton John em The Diving Board é a voz já não tão impactante, no caso de McCartney não dá para reclamar de nada em seu New, repleto de boas canções, vocais excelentes e a fome de bola do eterno beatle.

Ringo Starr, Matchbox Twenty, Black Sabbath, Joyce Moreno, Springsteen…

Em um ano repleto de shows nacionais e internacionais em nossos palcos, alguns merecem destaques especiais. Bruce Springsteen, que não tocava por aqui há 25 longos anos, conquistou os fãs no Rio e em São Paulo com um show vigoroso, repleto de hits e com Sociedade Alternativa, de Raul Seixas, como surpreendente e detonante música de abertura. Quem nasceu para The Boss sempre será The Boss, pelo visto.

Ringo Starr voltou a São Paulo e conquistou os beatlemaníacos e afins com uma performance impecável, cantando, tocando e cativando a plateia com muita energia para um setentão. A seu lado, mestres como Todd Rundgren, Steve Lukhater, Richard Paige e Gregg Rollie, que tornaram o que já seria bom um momento absolutamente inesquecível.

Embora ignorada pelos críticos brasileiros, o grupo americano Matchbox Twenty deu aos brasileiros a prova de que não estão nas paradas de sucesso há quase 20 anos por acaso. Seu rock and roll com tempero pop e influências de Bruce Springsteen, John Mellencamp, Beatles e outros é apresentado ao vivo com muita vibração, refinamento e carisma. Belos shows, que os fãs adoraram e que me tornou ainda mais fã deles.

Fecho com um destaque especial para o maravilhoso show que a genial Joyce Moreno fez no Sesc Bom Retiro mostrando o repertório de seu excelente novo álbum, Tudo. A se lamentar, o fato de menos de cem pessoas terem comparecido para ver essa verdadeira aula de música brasileira melódica, poética e rítmica. Uma performance de lavar a alma de quem teve a honra de presenciá-la. Dica: não perca o próximo, role onde rolar.

A emoção de ver o Black Sabbath com sua quase formação clássica

Eu não estive lá, mas quem esteve classifica o show feito pelo Black Sabbath em São Paulo, no Campo de Marte, em outubro de 2013, como um dos mais emocionantes de todos os tempos. E não é para menos. Ver no mesmo palco três dos quatro integrantes originais de uma das mais influentes e poderosas bandas de rock de todos os tempos não é coisa banal.

Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler arrancaram lágrimas e alegria de um verdadeiro mar de gente que nem se importou tanto ao não ver desta vez o baterista original da banda, Bill Ward, que tocou com o Black Sabbath no Brasil nos anos 90, em show que não teve o vocalista comedor de morcegos. Se o show foi como o do ótimo DVD lançado há pouco por aqui, invejo quem esteve lá. Histórico, simples assim.

Daft Punk, ou como tornar fazer 2013 soar como 1978 sem cair em caricatura

Ver Nile Rodgers, o genial capitão da Chic Organization, de volta às paradas de sucesso após muitos e muitos anos já tornaria Random Access Memories um álbum histórico. Mas o trabalho do duo Daft Punk (o primeiro de inéditas em 8 anos) vai muito além de incluir dois dos melhores e maiores hits de 2013, Get Lucky e Move Yourself To Dance.

Gastando uma grana lascada, a dupla radicada na França investiu em músicos de verdade para tocar uma mistura de disco music com música eletrônica, pop e rock, gerando um álbum que consegue a façanha de soar como se tivesse sido lançado em 1978 e ainda assim parecer totalmente sintonizado com o espírito musical de 2013. Discoteca básica total e eterna!

Lou Reed sai da Wild Side e vai para a Eternal Side…

Um dos artistas mais influentes e talentosos da história do rock nos deixou em 2013. Lou Reed morreu setentão, faixa etária que muitos não acreditavam que ele atingiria, levando-se em conta o tipo de vida que teve durante as décadas de 60 e 70. Belo exemplo de que o destino a Deus pertence, e que a gente morre quando chega a hora, nem antes, nem depois.

Lou Reed conseguiu fundir rock básico a elementos eruditos, especialmente de ordem poética, com suas letras evocando a barra pesada, os personagens sombrios dos grandes centros urbanos e os poderosos riffs de guitarra. O brasileiro teve a chance de vê-lo nos anos 90 em show de rock and roll básico e em 2010 no formato experimental Metal Machine Music. Que bela obra ele nos deixou!

E que venha muita coisa boa em 2014. Feliz ano novo, queridos leitores!!!

Perfect Day, com Lou Reed:

I Can’t Stand It – Lou Reed:

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