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Stevie Nicks lança single e clipe incentivando o americano a votar

stevie nicks single 2020 400x

Por Fabian Chacur

A eleição presidencial americana de novembro poderá definir os rumos do mundo nos próximos quatro anos, sendo uma das mais importantes dos últimos tempos. Como por lá o voto é facultativo, uma das questões que se impõem é incentivar as pessoas a exercerem seu direito democrático. Esse é o objetivo de Show Them The Way, canção composta por Stevie Nicks em parceria com o produtor Greg Kurstin (trabalhou com Adele, Paul McCartney, Beck e inúmeros outros) que a cantora do Fleetwood Mac acaba de lançar.

O clipe, dirigido pelo consagrado diretor Cameron Crowe (Quase Famosos), traz uma reunião de imagens de líderes progressistas americanos desde a década de 1960, entre os quais Martin Luther King, Barack Obama e John F. Kennedy, com direito a registros dos protestos realizados este ano, além de algumas aparições de Stevie e cartazes com os dizeres “November Is Coming” e “Vote”.

A canção é um rock típico dessa grande cantora e compositora americana, e conta com as participações na parte instrumental do produtor Kurstin (baixo, teclados, guitarra e percussão), Dave Grohl (bateria, do Foo Fighters e Nirvana) e Dave Stewart (guitarra, ex-Eurythmics). Todos os lucros obtidos com o single serão doados à associação MusiCares, conhecida pelos shows beneficentes que promove homenageando grandes nomes da música.

Show Them The Way (clipe)- Stevie Nicks:

SuperHeavy é mistura de astros que não dá liga

Por Fabian Chacur

No final dos anos 60, surgiram no cenário do rock bandas integradas por músicos que já haviam se tornado famosos em outras formações, entre as quais o Cream, o Blind Faith, o Crosby, Stills & Nash (que depois ganharia o Young de quebra) e o Emerson, Lake & Palmer.

Essas agremiações roqueiras ganharam o rótulo de supergrupos, por reunir gente que já havia ganho a atenção dos fãs e também por atrair de forma imediata a atenção do cenário musical graças ao pedigree dos envolvidos.

Nesses 40 anos, tivemos tanto bandas fantásticas surgidas dessa forma, como Crosby, Stills & Nash, até outras que soaram apenas como tentativas de se faturar um dinheiro fácil, como o Asia, por exemplo.

A mais nova criatura a surgir dessa fórmula de se criar um grupo leva o título SuperHeavy, e inclui Mick Jagger (Rolling Stones), Joss Stone, Dave Stewart (ex-Eurythmics), Damian Jr. Gong Marley e A. R. Rahman (vencedor de Oscar com a trilha do filme Quem Quer Ser Um Milionário?).

Para infelicidade geral da nação roqueira, o resultado final, exibido no álbum de estreia da nova trupe de superstars, SuperHeavy (Universal Music), soa como uma diluição dos estilos dos vários artistas envolvidos, sem chegar a um resultado consistente.

As 16 faixas do álbum enveredam principalmente pelo reggae pop e pelo raggamuffin, com elementos de rock, soul, pop e rhythm and blues injetados. A mistura não dá liga, soando como uma mistura de óleo e água.

Cada faixa soa como algo já feito anteriormente (e melhor). Beautiful People, por exemplo, soa como Nights On Broadway, dos Bee Gees, enquanto a tentativa de rock I Can’t Take It No More dilui até o osso Undercover Of The Night, dos Stones. E por aí vai. E vai mal.

A música mais aceitável do álbum é Never Gonna Change, que tem a ver com aquelas baladas acústicas bacanas dos Stones, enquanto a fraca Miracle Worker, música de trabalho de SuperHeavy (o CD) soa clássica, ao ser comparada ao resto do conteúdo do álbum.

Não sei quais serão os desdobramentos do trabalho deste grupo (shows, DVD, novos CDs etc), mas se depender da qualidade do álbum de estreia, esse supergrupo não irá muito longe.

Para o calibre dos artistas envolvidos, especialmente Jagger, Joss e Stewart, o que eles nos oferecem neste álbum é muito pouco. Mais para superleve do que SuperHeavy…

Ouça o áudio de Never Gonna Change, do SuperHeavy:

Supergrupo de Mick Jagger lançará CD

Por Fabian Chacur

A banda SuperHeavy deverá lançar seu trabalho de estreia no mês de setembro, segundo o selo A&M, pertencente à gravadora Universal Music, em informação publicada pelo site da revista americana Billboard.

A curiosidade em torno do grupo é grande, e fica fácil entender o porquê disso ao descobrirmos quem são os seus integrantes.

O time inclui Mick Jagger, Dave Stewart (ex-Eurythmics), Joss Stone, Damian Marley (filho do Rei do Reggae) e o compositor A. R. Rahman.

Os astros se reuniram pela primeira vez no início do anos, sendo que em um período de três semanas compuseram 22 músicas.

As gravações foram realizadas em estúdios na França, Chipre, Miami e India, sendo que o primeiro single, a música Miracle Worker, leva a assinatura de Jagger e Stewart.

Antes de criar o SuperHeavy, Dave Stewart havia trabalhado com o cantor dos Rolling Stones na trilha do filme Alfie (2004), além de ter produzido o mais recente álbum de Joss Stone.

O que irá sair desse verdadeiro saco de gatos do pop rock, só Deus (e quem já teve a oportunidade de ouvir as gravações) sabe. Aguardemos setembro, ou uma cópia do álbum na rede.

Annie Lennox me deixou com o queixo caído

Por Fabian Chacur

Cobri todas as edições do extinto festival Hollywood Rock pelo também extinto jornal Diário Popular, com exceção da última, realizada em janeiro de 1996. Tenho belas lembranças de shows e entrevistas coletivas desse evento.

Uma delas ocorreu em janeiro de 1990. Tive a oportunidade de participar, em um hotel em São Paulo, da entrevista coletiva com Annie Lennox e Dave Stewart, respectivamente vocalista e guitarrista do Eurythmics.

O duo britânico fez muito sucesso nos anos 80 graças a hits como Sweet Dreams (Are Made Of This), Revival, The Miracle Of Love e dezenas de outros. Eles estiveram por aqui durante uma turnê que seria a última por quase dez anos.

Curiosamente, considero Peace (1999), o disco que marcou a volta provisória do duo à ativa, como o melhor de sua carreira.

Além da produção apurada e dos ótimos dotes de Dave Stewart como músico, o Eurythmics tinha como arma a voz poderosa e negroide de Annie Lennox, uma das melhores da história do pop. Sua carreira solo, iniciada nos anos 90, é também excelente, como discos como Diva (1992) e Medusa (1995) comprovam.

Além disso, tinha o visual da moça, com seus marcantes cabelos curtíssimos e loiros (vez por outra, vermelhos, também) e um rosto belíssimo. Uma mulher cativante, estonteante e única. Essa beleza se mostrou ainda mais evidente na coletiva.

Simpáticos, Stewart e Lennox falaram sobre carreira, show e tudo com muita simpatia e atenção. Mas o melhor ficou mesmo para o final. Eles explicaram que, sempre após encerrar suas coletivas de imprensa, tocavam uma música para os jornalistas.

Com Dave no violão e Annie nos vocais, eles mandaram ver um arranjo estilo blues mais lento do sensacional rock Missionary Man. Em pouco tempos os jornalistas entraram em êxtase, a ponto de não se assustarem quando o músico quebrou um copo, que usava para fazer efeitos de slide guitar, em mesa próxima a ele. Pelo contrário, todos vibraram, adrenalina a mil!

Ao final, aplaudíamos entusiasmados. Nunca vou esquecer dessa performance exclusiva a que apenas eu e mais alguns repórteres tivemos a oportunidade e a honra de conferir.

Por mim, eles teriam ficado ali tocando por no mínimo umas duas horas…. O show? Foi legal, mas nada comparável a esse aperitivo acústico. E exclusivo.

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