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Lô Borges retoma parceria com irmão Márcio em novo álbum

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Por Fabian Chacur

Já tem data marcada para o lançamento do novo álbum de Lô Borges. Intitulado Muito Além do Fim, o disco sairá em formatos físico e digital no dia 5 de março via gravadora Deck. Este trabalho marcará a retomada da parceria do cantor, compositor e músico mineiro com seu irmão Márcio, dobradinha que já rendeu clássicos da música brasileira do porte de Tudo Que Você Podia Ser, Nau Sem Rumo e Clube da Esquina, só para citar alguns. Eles não escreviam juntos há dez anos.

Lô se diz muito feliz com esse reencontro profissional com o irmão. São 10 composições inéditas. Em comunicado enviado à imprensa, ele comenta sobre a importância de Márcio em sua carreira como compositor: “Para mim está sendo maravilhoso, foi com ele que aprendi a compor quando tinha 14 anos. É um cara fundamental na minha vida”.

A primeira faixa a ser trabalhado é exatamente a que dá nome ao CD, com participação especial de Paulinho Moska nos vocais. Além do próprio Lô cantando e tocando guitarra, o álbum traz também Henrique Matheus (guitarra) e Thiago Corrêa (baixo, teclados e percussão), ambos coprodutores do disco ao lado de Lô, com Robinson Matos (bateria) completando o time ao seu redor.

Muito Além do Fim– Lô Borges e Paulinho Moska:

Fernanda Takai, Marcos Valle e Roberto Menescal visitam o Tom

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Por Fabian Chacur

Uma parte do charme da bossa nova fica por conta de ter nascido em torno de reuniões informais e intimistas de amigos em apartamentos cariocas para tocar suas canções. A semente de O Tom da Takai (2018), álbum que reuniu Fernanda Takai e dois dos papas da bossa, Marcos Valle e Roberto Menescal, surgiu assim, e gerou um belo CD, que agora ganha a esperada releitura ao vivo. O Tom da Takai Ao Vivo, lançado pela gravadora Deck, está disponível em DVD físico e também nas plataformas digitais.

A vocalista do Pato Fu participava de um show em homenagem a Tom Jobim e, em um determinado momento, Menescal sugeriu que ela gravasse um disco com aquele tipo de canção. A moça topou na hora, e Valle, que estava lá também, de bate pronto se incluiu no projeto, que a gravadora Deck encampou. Além das afinidades musicais, o que deu liga à parceria do trio foi a afinidade pessoal entre eles, no melhor estilo “bons amigos trabalhando juntos”.

Para a versão ao vivo do álbum, foi escolhido como palco uma suíte do Hotel La Suite By Dussol, que tem uma belíssima visão das praias cariocas como cenário. Além de Takai (vocal principal), Marcos Valle (teclados e vocais) e Roberto Menescal (guitarra e vocal), quatro músicos selecionados a dedo entraram no time. O veterano Fernando Merlino, por exemplo, se incumbiu dos teclados.

O excelente Thiago Delegado, também conhecido como cantor e compositor de destaque das novas gerações, ficou incumbido do violão, enquanto os competentes e talentosos Caio Plínio e Diego Mancini se incumbiram, respectivamente, de bateria e baixo. O entrosamento e o swing deles se mostrou perfeito para a missão de encarar um repertório tão bom e sofisticado.

Em clima descontraído, Fernandinha interpretou as 13 músicas do álbum original, uma adicional do próprio Tom (Once I Loved- Amor em Paz), uma de Marcos Valle (Samba de Verão) e outra de Roberto Menescal (um pot-pourry incluindo O Barquinho e sua versão para o japonês, Kobune), em um total de 16 faixas. Entre uma e outra, o trio principal relembra deliciosas histórias envolvendo essas composições de Tom, bastidores da nossa música e também sobre a parceria deles nesse projeto.

Como já havia ficado claro em trabalhos anteriores dela, a voz da cantora do Pato Fu se mostra mais do que adequada para esse tipo de repertório, e brilha ainda mais do que a média já alta em Olha Pro Céu, Brigas Nunca Mais, Estrada do Sol e Esquecendo Você. Menescal faz dueto com ela em Ai Quem Me Dera, enquanto Valle exerce esse papel em Discussão, Fotografia e Samba de Verão.

Uma boa sacada foi ter colocado Fernanda e Menescal sentados em um sofá repleto de almofadas, com os outros músicos próximos e bem distribuídos pelo cenário. Temos também uma pequena plateia, em meio à qual se destaca Zélia Duncan, mas que só se manifesta com palmas em raros momentos, como forma de ressaltar a atmosfera delicada do evento.

Houve quem questionasse o fato de Fernanda Takai ter relido músicas de Tom Jobim, um autor já tão abordado por outros artistas, mas seria um pecado que alguém tão talhada para essa missão como ela deixasse uma oportunidade como essa passar batida. Ainda mais ao lado de dois dos grandes estilistas do gênero. Tom certamente deve estar sorrindo feliz, onde estiver, ao ver e ouvir suas obras tão bem abordadas por esse septeto afiado e inspirado.

Olha Pro Céu (ao vivo)- Fernanda Takai:

Fernanda Takai, Marcos Valle e Roberto Menescal, juntos

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Por Fabian Chacur

A música de Tom Jobim é eterna, e merece ser eternamente celebrada. Especialmente se isso ocorrer através de artistas de talento comprovado. A expectativa, portanto, é grande em relação ao trabalho que reunirá Roberto Menescal, Marcos Valle e Fernanda Takai, um álbum cujo título já está definido- O Tom da Takai– e que trará releituras de 12 composições do saudoso Maestro Soberano. O lançamento está previsto para maio, via gravadora Deck.

O encontro do trio ocorreu em um dos shows que celebrou em 2017 os 80 anos de idade de Roberto Menescal, violonista, compositor e um dos nomes mais importantes da história da bossa nova. Aliás, foi ali mesmo que ele fez o convite aos parceiros, de forma pública, e recebeu um sonoro sim como resposta. Os arranjos e a produção serão divididos meio a meio entre ele e o tecladista Marcos Valle, sendo que eles tocarão juntos em todas as faixas e Takai será a cantora.

Com gravações agendadas para o estúdio Tambor, no Rio de Janeiro, o álbum tem tudo para ser dos melhores, pois as recentes experiências de Fernanda Takai interpretando canções do repertório de Nara Leão foram simplesmente impecáveis. Com sua voz suave e afinadíssima, ela fez fama como cantora do grupo Pato Fu, e há dez anos desenvolve paralelamente uma carreira solo que tem gerado frutos bem bacanas, com forte presença de bossa nova no repertório.

Chega de Saudade (ao vivo)- Fernanda, Menescal e Valle:

Primavera nos Dentes lançará seu primeiro álbum em breve

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Por Fabian Chacur

Charles Gavin, ex-baterista dos Titãs e apresentador do programa do Canal Brasil O Som do Vinil, voltará em breve ao mundo do disco com um novo projeto. Trata-se do Primavera Nos Dentes, cujo objetivo é a releitura de músicas dos Secos & Molhados. O trabalho sairá via gravadora Deck a partir do fim deste mês, nos formatos vinil e digital.

Além de Gavin, o time conta com o lendário guitarrista Paulo Rafael (Alceu Valença e Ave Sangria), Duda Brack (vocal), Pedro Coelho (baixo, de Cassia Eller- O Musical e Dona Joana) e Felipe Ventura (violino e guitarra, de Xôo e Cícero). Foram aproximadamente um ano e meio de ensaios e gravações de demos. A ideia era começar pelos shows, mas o produtor Rafael Ramos (Pitty, Titãs, Vanguart) ouviu uma das demos, gostou e os convidou para gravar.

“A sonoridade e os arranjos se distanciaram bastante dos originais, diria que cada versão que fizemos tem a assinatura de cada um de nós. Também foi surpreendente constatar o fato de que a poesia das letras permanece extremamente atual e assertiva após décadas, deliciosamente doce e ácida, ingênua e politizada ao mesmo tempo, conectando-se com pessoas de qualquer geração e qualquer lugar”, comenta Charles Gavin. Primavera nos Dentes é uma das faixas do álbum de estreia dos Secos & Molhados, lançado em 1973.

Primavera nos Dentes– Secos e Molhados:

Agridoce lança clipe com uma releitura da bonita Hallelujah

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Por Fabian Chacur

Em 2011, a cantora, guitarrista e compositora Pitty e o guitarrista e compositor Martin surpreenderam a todos ao lançar um CD e fazer shows sob a alcunha Agridoce. Era um projeto paralelo à carreira-solo da roqueira baiana, com ênfase no folk, e que fez muito sucesso. Agora, o duo proporciona aos fãs um videoclipe com uma releitura inspirada de Hallelujah, composição de Leonard Cohen, o genial compositor canadense que nos deixou em novembro.

A faixa foi gravada durante as sessões que geraram o até agora único álbum do Agridoce, mas acabou ficando de fora. Pitty explica o porque do resgate dessa joia perdida em seus arquivos neste exato momento:

“Tinha muita jam entre as sessões de gravação, tocávamos várias músicas de outros artistas, essa foi uma delas, uma sobra de estúdio que lembramos agora que existia. Não só por causa de Cohen, mas por todo o ano de 2016, que parece ter tido uma aura mais densa, com tanta coisa acontecendo, decidimos compartilhar. Vi muita gente comentando sobre esse ano ter sido tenso. Que todas as perdas sejam curadas e que venha o ano novo. Que esse vídeo sirva para fechar a tampa de 2016, levando embora as coisas pesadas, e abrir os caminhos para 2017”.

Hallelujah– Agridoce:

Hyldon lançará o seu novo CD só de inéditas em novembro

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs da soul music à moda brasileira. Está previsto para sair em novembro, ou seja, no próximo mês, o novo trabalho do cantor, compositor e músico Hyldon. O título já está definido, As Coisas Simples do Mundo, assim como a gravadora, a Deck. A capa e o trabalho gráfico do CD ficaram por conta com designer Flavio Albino e do fotógrafo Daryan Dornelles.

Gravado em estúdio com a banda que o acompanha em shows, o disco traz dez composições de autoria do artista, sendo todas as letras escritas por ele e algumas melodias assinadas por Cris Delano, Alex Moreira, Luiz Otávio e Alex Malheiros. Hyldon adianta que as músicas tem como tema família, amizade, memórias afetivas e paixões, e que será um prazer sair para uma turnê com os mesmos músicos que gravaram com ele este álbum.

Com mais de 40 anos de estrada, Hyldon é conhecido como um dos mestres da soul music tupiniquim, ao lado de Tim Maia, Cassiano e Claudio Zoli. Em seu repertório, temos canções sublimes do porte de Na Rua Na Chuva Na Fazenda (Casinha de Sapê), As Dores do Mundo e Na Sombra de Uma Árvore, todas de 1976. Sempre na ativa, continua lançando novos trabalhos e feito shows pelos quatro cantos do país.

Ouça o CD Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, do Hyldon, na íntegra:

Vespas Mandarinas esbanjam pique em ótimo DVD ao vivo

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Por Fabian Chacur

Após o lançamento de seu álbum de estreia, o ótimo Animal Nacional, a banda Vespas Mandarinas nos oferece agora o registro de um visceral show realizado no palco do Centro Cultural São Paulo em 27 de julho de 2013. Animal Nacional Ao Vivo é um DVD necessário para quem por ventura ainda tem dúvidas em relação ao futuro do rock nacional. A depender desse quarteto aqui, será de glórias, riffs e pura emoção. Coisa finíssima!

Desde o seu início, há quase cinco anos, esse grupo vem dignificando o rock brazuca. Suas armas: dois ótimos vocalistas e guitarristas que se alternam, os ótimos e carismáticos Chuck Hipolitho e Thadeu Meneghini, e uma sólida cozinha rítmica formada por André Dea (bateria e vocais) e Flávio Guarnieri (baixo). Não são músicos do tipo virtuoses. Eles jogam a favor do trabalho em grupo e das boas canções que compõem. Bela aposta, vencida com categoria.

Animal Nacional Ao Vivo aproveita bem o mitológico espaço do Centro Cultural São Paulo e flagra os músicos bem próximos do público, com direito a belos closes e entrada na intimidade das performances deles. Nada além de alguns poucos efeitos de iluminação são usados. O que vale aqui é a visceralidade dos quatro caras, sem rodeios nem frescuras.

O repertório traz as músicas do CD de estreia mais Sasha Grey, lançada em um EP em 2011. Adalberto Rabelo Filho, parceiro dos integrantes da banda na maior parte de suas composições, marca presença no show, assim como os integrantes da banda baiana Vivendo do Ócio. Não Sei o Que Fazer Comigo, Santa Sampa, Antes que Você Conte Até Dez, Cobra de Vidro, O Inimigo, é uma bala atrás da outra.

Como forma de dar um tom apocalíptico à parte final do show, ninguém menos do que Edgard Scandurra entra em cena para tocar e cantar com as Vespas Mandarinas três clássicos do Ira!, as eternas Gritos na Multidão, Dias de Luta e Núcleo Base, encerrando de forma brilhante um show que mostra uma banda promissora em belíssimo momento de sua ainda curta trajetória. Vem mais coisa boa por aí.

De quebra, o DVD nos proporciona os cinco clipes que divulgaram faixas de Animal Nacional, todos muito legais, com destaque para os de Santa Sampa (ambientado no histórico Bar Riviera) e Não Sei o que Fazer Comigo. Animal Nacional Ao Vivo é a prova concreta de que as grandes bandas do rock brasileiro dos anos 1980 enfim tem seguidores à altura.

Não Sei o Que Fazer Comigo (clipe)- Vespas Mandarinas:

Gritos na Multidão (ao vivo)- Vespas Mandarinas e Edgard Scandurra:

Núcleo Base (ao vivo)- Vespas Mandarinas e Edgard Scandurra:

Deck lança série com CD de Antonio Adolfo

Por Fabian Chacur

O Piano de Antônio Adolfo, já disponível no formato digital e previsto para sair em termos físicos em maio, será o primeiro lançamento de uma nova série da Deck. A gravadora carioca comemorou 15 anos de existência em 2013, e aproveitou para ampliar e modernizar seus estúdios. De quebra, comprou um grand piano Yamaha direto do Japão, e é este instrumento que será usado por músicos convidados a gravar álbuns instrumentais pelo selo. E o nome escolhido para abrir a série é altamente elogiável.

Na ativa desde os anos 60, Antônio Adolfo é um pianista ao mesmo tempo refinado e com vários sucessos populares em seu currículo. Autor de maravilhas como Teletema, mergulhou no aprendizado formal e ganhou uma consistência artística que poucos possuem no Brasil. Lançou em 1977 o fantástico Feito em Casa (leia resenha aqui), pioneiro da cena independente no Brasil e um clássico da nossa música. Ele também tocou com grandes nomes da MPB e liderou o grupo A Brazuca.

Radicado nos EUA há um bom tempo, ele se mostra em fase bastante produtiva, tendo lançado recentemente um CD nada menos do que brilhante, Finas Misturas (leia resenha aqui), no qual o som fluente e criativo de seu piano atinge um patamar simplesmente arrebatador.

Neste trabalho feito para a Deck Disc, Antônio Adolfo nos mostra 14 releituras de músicas de sua autoria como Teletema e Chora Baião e também de clássicos de mestres como Tom Jobim e Vinícius de Moraes (Insensatez e A Felicidade), Jacob do Bandolim (Doce de Coco) e Pixinguinha e Benedito Lacerda (Ingênuo), entre outros. Um disco que nasce clássico.

Teletema, com Antônio Adolfo e A Brazuca:

Deck lançará 4 obras do Black Keys no Brasil

Por Fabian Chacur

O duo The Black Keys estourou com seus álbuns Brothers (2010) e El Camino (2011), que venderam milhões de cópias, atingiram as primeiras posições da parada americana e lhes renderam seis troféus Grammy, o Oscar da música. Mas eles já estavam na estrada há uns bons anos. Como forma de resgatar um pouco dessa história, a Deck lançará no Brasil pela 1ª vez quatro trabalhos importantes dos rapazes.

O guitarrista e cantor Dan Auerbach e o baterista Patrick Carney tocam juntos desde meados dos anos 90, mas lançaram seu primeiro álbum em 2002, The Big Come Up. O pacote que a Deck disponibilizará ao público nos formatos físico e digital a partir de março tem como primeiro item o segundo trabalho deles, Thickfreakness (2003), com 11 faixas e incluindo como destaque o cover Have Love Will Travel, de Richard Berry.

Rubber Factory (2004) marca a primeira vez que a dupla oriunda de Akron, Ohio, entrou no Top 200 da Billboard. O DVD Live (2005), primeiro registro ao vivo da carreira deles, foi gravado em show realizado em Sidney na Austrália, com 17 faixas. O quarteto de lançamentos da Deck se completa com Chulahoma: The Songs Of Junior Kimbrough (2006), EP com cinco músicas do blueseiro Junior Kimbrough, entre as quais Keep Your Hands Off Her.

Os álbuns Brothers e El Camino saíram no Brasil via Warner, com direito a hits como a irresistível Lonely Boy. O duo tocou no Brasil como uma das atrações principais do Lollapalooza Brasil em 2013, com boa repercussão por parte do público e crítica especializada. Garage rock revisitado e blues rock são duas definições cabíveis para o som do duo, que é cru, agitado e bem interessante, além de ter boa presença de palco.

Veja o clipe de Lonely Boy, com The Black Keys:

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