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Tag: dezembro 2018

Barão Vermelho mostra um novo single com show no Circo Voador

Foto: Leo Aversa

Foto: Leo Aversa

Por Fabian Chacur

O Barão Vermelho sofreu dois fortes abalos nos últimos meses, com as saídas de Roberto Frejat (vocal e guitarra) e Rodrigo Santos (baixo e vocais). No entanto, a histórica banda carioca sacudiu a poeira, deu a volta por cima e se mantém mais na ativa do que nunca. Após a entrada de Rodrigo Suricato na vaga de Frejat, com Márcio Alencar assumindo a função de baixista, eles lançam um primeiro single inédito, o contagiante A Solidão Te Engole Vivo, que será mostrado em show para o público pela primeira vez nesta sexta (28) às 23h no Rio, no Circo Voador (avenida dos Arcos, s-nº- Lapa- fone 0xx21-2533-0354), com ingressos a R$ 60,00 (meia) e R$ 120,00 (inteira).

Em entrevista via fone a Mondo Pop, o guitarrista Fernando Magalhães, há mais de trinta anos no grupo ao lado dos fundadores Guto Goffi (bateria) e Maurício Barros (teclados) nos conta tudo sobre a fase atual da banda que ajudou a consolidar o rock no Brasil, e também sobre seus planos para o futuro.

MONDO POP- O que gerou as saídas de Roberto Frejat e Rodrigo Santos, e como o grupo as encarou?
FERNANDO MAGALHÃES
– O Frejat e o Rodrigo tem carreiras muito solidificadas. Ficou difícil se dedicar ao Barão e aos outros projetos que possuem, ao mesmo tempo. Para eles, no fim das contas, foi melhor sair. A saída do Frejat não foi nenhuma surpresa, víamos a carreira-solo dele consolidada, abriu para o Eric Clapton, tocou no Rock in Rio.

MONDO POP- E como está sendo seguir em frente, com esses dois belos desfalques?
FERNANDO MAGALHÃES
– Fico muito feliz de tocar no grupo. A entrada do Rodrigo Suricato nos deu uma nova energia, um gás muito grande, pois ele é muito fã do Barão, além de ser uma pessoa muito boa, maravilhosa. Logo no primeiro ensaio, tocamos 19 músicas de cara, sem ensaios anteriores, e ele sabia todas essas músicas, voz e guitarra! O cara tem muita intimidade com esse repertório, que todos na banda gostam muito de tocar. Isso nos ajudou bastante.

MONDO POP- Fale um pouco sobre A Solidão Te Engole Vivo, que é uma parceria sua com o Guto e o Maurício, como surgiu e como foi escolhida como o cartão de apresentações dessa nova fase do grupo.
FERNANDO MAGALHÃES
– Escolhemos essa música porque ela tem bem a cara do Barão, mas com elementos novos. Fala de amor, sem apontar na cara de ninguém, é de âmbito geral. O tema básico é o fato de que as pessoas fazem melhor as coisas juntos do que sozinhas, não tem uma conotação política. A letra foi escrita pelo Guto.

MONDO POP- E como sendo está esse processo de compor canções novas, nessa nova fase da banda?
FERNANDO MAGALHÃES
– A gente já vem compondo há algum tempo. Antes, gravamos algumas músicas antigas com o Suricato nos vocais, colocamos nas plataformas digitais e depois saímos para a estrada. O projeto de composições novas veio logo a seguir. O Barão sempre fez trabalhos diferentes em cada novo disco, e procuramos ver como seria esse novo momento do grupo. Estamos compondo os quatro, em várias formações.

MONDO POP- Vocês pretendem lançar em breve um novo álbum? Será em formato físico também?
FERNANDO MAGALHÃES
– Vamos lançar o disco em formato físico, é um produto maneiro de se ter na mão. Ainda iremos lançar mais um single antes do álbum completo, que deve sair no primeiro semestre de 2019.

MONDO POP- Como tem sido esse contato inicial com os fãs após a entrada do Suricato?
FERNANDO MAGALHÃES
– Para nós, é um grande desafio, um novo recomeço, mas que você recomeça não como se fosse um bebê. A reação do público ao Suricato está sendo muito boa, estamos nos divertindo muito. Tem gente conhecendo a banda agora. O documentário Por que a Gente é Assim? nos ajudou a ficar mais conhecidos pelas novas gerações, que estão demonstrando uma curiosidade muito grande pelo Barão. E o show sempre foi o nosso forte.

MONDO POP- Em 2017, você lançou um belo álbum em dupla com o Rodrigo Santos, o Efeito Borboleta (leia a resenha aqui). Como avalia a repercussão dele?
FERNANDO MAGALHÃES
– Tenho muito orgulho desse trabalho, mas acho que lançamos em uma época imprópria, quando as atenções estavam mais voltadas para a reformulação do Barão Vermelho.

A Solidão Te Engole Vivo (video)- Barão Vermelho:

Ritchie relê seus vários hits com requinte em show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

A essa altura dos acontecimentos, pode-se se dizer, sem medo de errar, que Richard David Court é bem mais brasileiro do que inglês. Afinal de contas, o cantor, compositor e músico britânico de 66 anos viveu 46 deles na Terra Brasilis, incorporando à sua personalidade a simpatia e informalidade típicas dos nascidos aqui. Mas ele conserva marcas britânicas como a educação e o refinamento. É dessa forma chique e popular que ele se apresentará nesta sexta (21) às 21h30 em São Paulo no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nª 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 120,00.

A sofisticação começa não só pelas roupas elegantes vestidas pelo comandante da festa e seus parceiros, mas especialmente pela alta categoria desses músicos que integram a banda de apoio de Ritchie, batizada não por acaso de Black Tie. Integram o timaço os incríveis Mário Manga (cello e guitarra), Fernando Nunes (baixo), Tuco Marcondes (violão de aço), Fabio Tagliaferri (viola de arco) e Kuki Stolarski (bateria), músicos com currículos equivalentes a listas telefônicas.

O repertório fará um verdadeiro voo de coração pelos diversos hits de Ritchie nos anos 1980, sua época de maior popularidade, durante a qual era presença garantida em programas de TV populares. Com versões mais acústicas e requintadas, hits como Menina Veneno, Voo de Coração, Casanova, Pelo Interfone e Transas estão garantidos. Tomara que rolem também algumas das faixas do recente álbum Old Friends- The Songs Of Paul Simon (2016), no qual o cantor releu ao lado da Black Tie clássicos do grande Paul Simon com muita categoria.

Old Friends- Songs Of Paul Simon (ouça em streaming):

Roberta Campos lança single com um grande hit de Paul McCartney

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Por Fabian Chacur

Roberta Campos lançará pela gravadora Deck o seu primeiro DVD gravado ao vivo, Todo Caminho é Sorte Ao Vivo, no início de 2019. Ela já lançou um single que estará incluído nesse trabalho (saiba mais aqui). Agora, a cantora e compositora nos proporciona outra faixa que estará nesse trabalho, só que em um single no qual a versão foi gravada em estúdio. E a canção é bem especial, de um autor dos mais consagrados.

Trata-se de My Love, um dos maiores sucessos da carreira-solo de Paul McCartney, lançada por ele em 1973 em single e também como faixa do álbum Red Rose Speedway. A música equivale a uma homenagem à saudosa Linda McCartney, com quem ele foi casado por quase 30 anos. Roberta comenta:

“Sempre amei os Beatles, e o Paul sempre foi o beatle com quem eu mais me identifico. My Love é uma canção que me toca, tem um amor muito verdadeiro, igual ao que tem em mim. Gostaria de tê-la composto”. Com dez anos de carreira, Roberta Campos tem em seu currículo quatro álbuns e diversos sucessos, alguns deles incluídos em trilhas de novelas televisivas.

Ouça My Love, com Roberta Campos:

Patricia Marx procura fugir do tédio em seu novo álbum, Nova

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Por Fabian Chacur

Patricia Marx está de volta ao universo das canções inéditas, após o sucesso de seu álbum Trinta (2013), no qual releu sucessos de seus trabalhos anteriores. Apropriadamente intitulado Nova e lançado pela gravadora LAB 344, o novo CD da cantora e compositora paulistana nos oferece 14 faixas, com direito a letras em português e inglês, participações especiais bacanas e uma consistência artística compatível com sua extensa experiência artística.

Em entrevista a Mondo Pop, ela dá detalhes sobre o seu 13º álbum de carreira, além de falar sobre sua trajetória e novos projetos, um deles sendo uma parceria com Luciano Nassyn intitulada Trem da Alegria Celebration, na qual os dois integrantes do célebre grupo infantil de muito sucesso nos anos 1980 irão reler os hits daqueles tempos em shows ao vivo.

Mondo Pop- Como você define o álbum Nova, comparado com seus trabalhos anteriores?
Patricia Marx
– Consegui experimentar mais nesse álbum do que nos anteriores. Teve um ganho gigantesco, eram ideias que eu já tinha, e que agora consegui concretizar. É um disco no qual você vai descobrindo novas coisas a cada audição, tem sutilezas, como a faixa a capella Cathedral, por exemplo. A gravadora LAB 344 me deu liberdade para fazer isso, me deixou muito livre.

Mondo Pop- Em termos de estilo, musicalmente falando, que caminhos o Nova tomou?
Patricia Marx
– É um trabalho de pop, soul,com umas coisas estranhas no meio. Se eu me sinto me repetindo, fico entediada, sempre busco coisas novas. Não é uma mudança radical em relação ao que já fiz, mas a mudança está lá.

Mondo Pop- Como começou a sua parceria musical com o Herbert Medeiros, e qual a importância dele neste CD?
Patricia Marx
– O Herbert é um coautor desse álbum, meu braço direito, o parceiro musical perfeito, além de arranjador, músico, parceiro de composições. Começamos a trabalhar juntos quando ele era músico da banda do Trinta, inicialmente só como músico e depois como arranjador e tudo o mais.

Mondo Pop- O álbum tem algumas parcerias bem legais. Com o Paul Pesco, por exemplo.
Patricia Marx
– O Paul Pesco, produtor americano que trabalhou com Daryl Hall & John Oates, Madonna, Steve Winwood, Mary J. Blige e Miguel, entre outros, eu conheci através do Sérgio Martins (diretor e criador da LAB 344). Começamos a nos comunicar via whatsapp, ele de Nova York e eu e o Herbert daqui. Gostei demais de trabalhar com ele, que é muito rápido.

Mondo Pop- Tem outros parceiros bacanas, também, fale sobre eles.
Patricia Marx
– O Jorge Ailton, que toca na banda do Lulu Santos e lançou um disco solo há pouco (Arrembi, pela mesma LAB 344), é meu parceiro na música Lá No Espaço. O Marc Mac, da banda londrina 4Hero, fez letras em inglês. O Jair Oliveira é parceiro na música Luz Numa Lágrima, enquanto o rapper francês radicado no Canadá Lou Piensa participou da música Don’t Break My Heart.

Mondo Pop- Aliás, o disco mescla letras em inglês com outras em português. Isso tem um pouco a ver com a repercussão que seu trabalho tem no exterior, e do fato de você ter morado em Londres?
Patricia Marx
– Eu, por mim, teria feito um álbum inteiro em inglês, mas é muito bom cantar na minha língua, também. Desde 2001, quando morei em Londres, tive abertura para me divulgar no exterior, estou no mundo há algum tempo.

Mondo Pop- Para encerrar, diga algo sobre seus projetos para 2019.
Patricia Marx
– Farei um show para divulgar o Nova, vou bolar uma forma nova de fazer isso. Pretendo lançar uma biografia, e farei junto com o Luciano Nassyn o Trem da Alegria Celebration, uma série de shows com músicas do Trem de Alegria, cujos discos foram disponibilizados nas plataformas digitais.

You Showed Me How (clipe)- Patricia Marx:

Cris Narchi interpreta canções natalinas neste sábado (15) em SP

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Por Fabian Chacur

Dezembro é um mês cuja data máxima é sem sombra de dúvidas o natal. Em torno dele, giram o comércio, as emoções, o carinho e a oportunidade da reunião da família em torno de uma mesa farta e bem arrumada. Também temos o predomínio das canções feitas especialmente para a ocasião, e shows temáticos. E é exatamente um deles que a cantora Cris Narchi irá proporcionar ao público neste sábado (15) às 11h em São Paulo, na Praça Pereira Coutinho, Vila Nova Conceição, com entrada gratuita.

Com produção a cargo dos consagrados Luiz Carlos Maluly e Marcos Caixote Pontes, Cris irá interpretar um repertório de canções natalinas para encantar os corações das mais diversas gerações, com direito a All I Want For Christmas Is You e Jingle Bells. A intérprete atualmente prepara o lançamento de um novo single, e investe em uma sonoridade que mescla soul, pop, MPB e muito mais, sempre com direito a muita emoção e qualidade artística (leia mais sobre ela aqui).

The Greatest Love Of All (ao vivo)– Cris Narchi:

Tânia Grinberg e Fabio Madureira lançam CD com show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Tânia Grinberg e Fabio Madureira se conheceram em 2013, quando participavam do curso de pós-graduação em canção popular da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Em 2015, deram início a um trabalho em dupla cujo primeiro fruto, o CD Gota Onde Nada o Peixe, acaba de sair. Um desses trabalhos mágicos, envolventes, que te capturam logo de cara, na primeira audição, de bate-pronto. Eles mostram suas canções em São Paulo neste sábado (15) às 21h no Teatro da Rotina (rua Augusta, nª 912- cj.12- Consolação- fone 0xx-3582-4479), com ingressos a R$ 20,00 e R$ 40,00.

Se a dupla ainda vive momentos iniciais, o currículo de seus integrantes é repleto de itens. Tânia é cantora, compositora, escritora, educadora e atriz. Integra o grupo Azdi, que investe em música judia. Lançou o livro Balada dos Bichos, e este ano, três anos depois, nos oferece um disco com músicas compostas a partir do livro. Por sua vez, Fábio, que canta, compõe e toca violão e percussão, é formado em música e estudou violão popular e clássico, além de ser professor de guitarra e violão. Toda essa experiência se refletiu na qualidade deste primeiro trabalho.

Definir as 11 faixas de Gota Onde Nada o Peixe é uma tarefa complicada, pois o duo mostra versatilidade, mostrando influências de folk, música de vanguarda, ritmos brasileiros e até mesmo rock progressivo, com um tempero psicodélico simplesmente irresistível. Cada canção equivale a uma nova viagem sensorial por mares nunca dantes apreciados. Participam do álbum gente talentosa do porte de Antonio Nóbrega, Alexandre Fontanetti, Guilherme Kastrup e Ari Colares, entre outros. Uma turma afiada, jogando em prol de cada canção.

Novelo, Dragão Dourado, Gota Onde Nada o Peixe, Toca o que Não Vê , Semente e Fluir, Florir são destaques de um trabalho no qual temos a voz límpida e extremamente bem colocada de Tânia, aliada ao violão delicado de Fabio. No show deste sábado, eles terão a participação de Priscila Brigante na percussão. Distribuído pela Tratore, o CD Gota Onde Nada o Peixe é um dos lançamentos mais bacanas de 2018, ideal para quem curte música inventiva e boa de se ouvir.

Gota Onde Nada o Peixe -Tânia Grinberg e Fabio Madureira:

Luiz Ayrão revisita seus hits e clássicos alheios em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Luiz Ayrão é um artista cujo currículo é dos mais responsáveis. Começou a ser conhecido no cenário musical como compositor, e nos anos 1970 tornou-se um dos grandes nomes da nossa música popular. Ele será a atração nesta sexta-feira (14) às 21h30 em São Paulo no Sesc Belenzinho- Comedoria (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00. Ele será acompanhado pela banda Catedral do Samba, composta por seis músicos.

Nascido no Rio de Janeiro em 19 de janeiro de 1942, este cantor, compositor e músico tirou a sorte grande ao ter músicas como Nossa Canção e Ciúme de Você gravadas por ninguém menos do que Roberto Carlos, quando o Rei vivia o seu auge na era da Jovem Guarda, na segunda metade dos anos 1960. Tendo como marca o romantismo, ele passou a fazer sucesso com sua própria (e ótima, por sinal) voz nos anos 1970, graças a hits marcantes como Porta Aberta, Bola Dividida, Lencinho e Os Amantes, canções que provam ser ele um legítimo precursor do pagode romântico dos anos 1990.

No show em São Paulo, Ayrão dará uma geral em seus principais sucessos, e também abrirá espaços para composições alheias de nomes acima de quaisquer suspeitas em termos de qualidade, entre os quais Tim Maia, Ataulfo Alves, Noel Rosa e Dorival Caymmi. Entre uma canção e outra, ele, com sua simpatia e carisma, relembrará de passagens de sua extensa carreira envolvendo grandes nomes da MPB, episódios que descreveu em seu livro Meus Ídolos e Eu.

Bola Dividida– Luiz Ayrão:

Biquini Cavadão mostra em SP suas releituras de Herbert Vianna

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Por Fabian Chacur

Em 2017, o Biquini Cavadão lançou As Voltas Que o Mundo Dá, um dos melhores álbuns de seus 35 anos de carreira (leia resenha aqui). Após esse ótimo trabalho de canções inéditas, o quarteto carioca volta com um projeto restrito às plataformas digitais. Trata-se de Ilustre Guerreiro, que traz a releitura de oito composições de Herbert Vianna. Eles mostram esse projeto em São Paulo com um show único neste sábado (1º-12) às 21h no Teatro Bradesco (avenida Palestra Itália, nº 500- Loja 263- 3º piso- Bourbon Shopping- fone 0xx11-3670-4100), com ingressos de R$ 60,00 a R$ 200,00.

A homenagem ao cantor, guitarrista e líder dos Paralamas do Sucesso não ocorre por acaso. Herbert foi quem sugeriu à banda, em 1983, batizar-se de Biquini Cavadão, além de ter tocado guitarra no primeiro single deles, o hit Tédio. Desde então, a amizade entre eles se manteve firme, forte e sólida. O vocalista Bruno Gouveia explica os critérios usados para a seleção do repertório:

“Nossa busca foi por canções que pudessem ser traduzidas por nós. Certamente, grandes hits ficaram de fora e não nos prendemos a uma cronologia. Antes de gravar, chegamos a ficar horas no estúdio buscando entender a responsabilidade deste tributo. Os arranjos originais sempre foram perfeitos. Portanto, buscamos passear por novas searas, encontrar novas ideias para cada canção”.

O título do álbum virtual vem do significado do nome Herbert, que tem origem alemã e pode ser traduzido como “ilustre guerreiro”. Muito adequado, por sinal. Com produção do consagrado Liminha, o álbum traz Como Se Não Te Amasse Tanto Assim, Só Pra Te Mostrar, Ska, Vital e Sua Moto, Aonde Quer Que Eu Vá, Cuide Bem do Seu Amor, Mensagem de Amor e O Amor Não Sabe Esperar.

Além das canções do trabalho digital, a banda formada por Bruno, Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclados) e Álvaro Birita (bateria), mais músicos de apoio, mostrará alguns de seus sucessos nessas quase quatro décadas de estrada, entre os quais Vento Ventania, Timidez, Janaína e Zé Ninguém, com aquela mistura de rock, reggae, pop e música brasileira que os tornou uma das bandas mais bem-sucedidas do rock oitentista em todo o Brasil.

Onde Quer Que Eu Vá (clipe)- Biquini Cavadão:

Ednardo mostra seu disco mais famoso na íntegra ao vivo em SP

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Por Fabian Chacur

Ednardo lançou o seu álbum O Romance do Pavão Mysteriozo em 1974. O trabalho, elogiado pela crítica, estava passando batido pelo grande público quando, em 1976, uma de suas faixas, Pavão Mysteriozo, foi escolhida para a abertura da novela global Saramandaia. Pronto. O estouro enfim veio. E é o material deste LP, na íntegra, que o cantor, compositor e músico cearense irá mostrar neste sábado (1º-12) às 21h e domingo (2-12) às 18h no teatro do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Nascido em Fortaleza (CE) em 17 de abril de 1945, Ednardo faz parte da mesma geração de Belchior, Fagner, Amelinha e outros nomes bacanas da música cearense. Apelidados de Pessoal do Ceará, surgiram no cenário universitário de sua cidade natal no início dos anos 1970. O Romance do Pavão Mysteriozo, seu primeiro disco solo, traz 12 músicas, a grande maioria de sua autoria. Pavão Mysteriozo tornou-se seu principal hit, com levada marcial, forte tempero nordestino e versos fortes como “não tenha sinhá donzela nossa sorte nessa guerra, eles são muitos mas não podem voar”.

O álbum traz outras canções marcantes, entre as quais Carneiro, Ausência (com participação especial de Amelinha, então ainda desconhecida), Varal, Dorothy Lamour e A Palo Seco, esta última do amigo e parceiro Belchior. O violeiro Manassés participou desse trabalho, e marcará presença nos shows que Ednardo fará no Sesc Belenzinho, ao lado do artista cearense e de uma banda afiada, pronta para todos os desafios sonoros.

Além de ter lançado mais de dez discos individuais, Ednardo também teve trabalhos feitos em parcerias com outros artistas, como o projeto Massafeira (1980) e o álbum Pessoal do Ceará (2002- com Amelinha e Belchior, álbum que saiu rapidamente de catálogo e é hoje uma bela raridade). Ele também compôs trilhas sonoras para cinema e teatro, e dirigiu um filme. Seu trabalho mais recente é o DVD 40 Anos de Canção, lançado em 2015.

O Romance do Pavão Mysteriozo- ouça em streaming:

Fito Paes faz turnê no Brasil e divulga o seu novo trabalho

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Por Fabian Chacur

Fito Paez, um dos maiores nomes do rock latino, voltará ao Brasil em dezembro para três shows, nos quais cantará seus sucessos e divulgará por aqui seu mais recente álbum, La Ciudad Liberada (2017- ouça aqui ). O início será no dia 2/12 (domingo) às 21h em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna (av. Osvaldo Aranha, nº 685- fone 0xx51-3268-6664), com ingressos de R$ 55,00 a R$ 280,00. Em São Paulo será em 3/12(segunda-feira) às 21h no Teatro Bradesco (av. Palestra Itália, nº 500-3º piso- Bourbon Shopping SP-fone 0xx11-3670-4100), com ingressos de R$ 80,00 a R$ 280,00.

No Rio, será dia 5/12 (quarta-feira) às 21 no Teatro Bradesco Rio (av. das Américas, nº 3.900- loja 160-Shopping Village Mall- Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 110,00 a R$ 280,00.

Com 55 anos e oriundo de Rosário, Argentina, Fito é cantor, compositor, músico, cineasta, roteirista e escritor. Ele lançou seu primeiro trabalho solo, Del 63 (1984), quando ainda integrava a banda de apoio de um de seu ídolos, o ícone do rock portenho Charly Garcia. Em 1986, passou a se dedicar apenas à trajetória individual, fazendo uma irrequieta e inteligente fusão de rock, pop, jazz, soul e latinidades mil.

Em 1992, seu álbum El Amor Después Del Amor se tornou o mais bem-sucedido da história do rock argentino. Hits como Dar Es Dar, Mariposa Technicolor, Y Dale Alegria A Mi Corazón e Ciudad de Pobres Corazones o impulsionaram a fazer shows pela América Latina e outros países, sempre com ótima repercussão por parte do público. Seu CD Abre (1996) foi produzido pelo lendário Phil Ramone (que trabalhou com Paul McCartney, Billy Joel, Frank Sinatra, George Michael etc)

A ligação de Fito Paes com o Brasil vem desde os anos 1980, quando participou do filme Rock Estrela (1986) e gravou com Caetano Veloso. Desde então, gravou com Paralamas do Sucesso (é de sua autoria a música Trac Trac, grande hit do trio), Chico Buarque, Rita Lee e Titãs, além de ter lançado em 2015 o elogiado álbum Loucura Total, gravado em dupla com Paulinho Moska.

La Ciudad Liberada (clipe)- Fito Paez:

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