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Show beneficente em SP traz grandes nomes do nosso rock

hard cuore 400x

Por Fabian Chacur

Hard Cuore- Um Coração Duro na Queda é o show beneficente que será realizado em São Paulo nesta quinta-feira (12) às 22h no Beco 203 (rua Augusta, nº609- Consolação), com ingressos custando R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (para quem trouxer um quilo de alimento não perecível. Estão no elenco Dinho Ouro Preto, Edgard Scandurra, Ultraje a Rigor, Brothers Of Brazil, NX Zero, Nem Liminha Ouviu, Bianca Jhordão, Egypcio, Edu K, Badauí, Lucas Fresno e Cachorro Grande.

Os valores arrecadados ajudarão a custear o procedimento necessário para que a estilista Layana Thomaz possa se manter firme e forte em sua luta pela vida. Ela possui um problema congênito de coração, passou por três operações e para evitar uma quarta, precisa iniciar com urgência um tratamento, cujo orçamento é em torno de R$ 160 mil. Como forma de ajuda-la, o baterista do Ultraje a Rigor, Bacalhau, teve a ideia de realizar o show desta quinta-feira (12).

Layana, que comanda o projeto itinerante de moda Aloja, é irmã do músico Gabriel, conhecido por seus trabalhos nos grupos Autoramas e Little Quail And The Mad Birds. Foi neste último que ele tocou com Bacalhau, que desde então acompanha a luta da irmã do amigo para se manter saudável. Quem não puder ir ao show e quiser colaborar, eis os dados bancários: Layana Thomas Nunes- Banco do Brasil- Agência 2887-8 – conta corrente: 20994-5, CPF.: 0764-991-807-19.

Stress, Depressão & Síndrome Do Pânico (CD na íntegra em streaming)- Autoramas:

Lírou quêiol en de méd bârds(CD na íntegra em streaming) – Little Quail and the Mad Birds:

Capital Inicial relê 1º álbum com categoria

Por Fabian Chacur

Em gravação realizada na noite desta quarta-feira (21), o Capital Inicial participou do projeto Mix Ao Vivo- Álbuns Clássicos, feito pelo conglomerado Mix FM/TV/Internet e no qual grandes bandas do rock brasileiro fazem releituras na íntegra de seus álbuns mais emblemáticos, para exibição em breve. Aqui, o escolhido foi Capital Inicial (1986), estreia do grupo nascido em Brasília há mais de 30 anos.

Foi uma deliciosa viagem ao passado de uma das mais bem-sucedidas bandas surgidas no tsunami roqueiro que invadiu o Brasil na década de 80. Dinho Ouro Preto (vocal), Fê Lemos (bateria) e seu irmão Flávio Lemos (baixo), na época com Lôro Jones na guitarra e o auxílio luxuoso de Bozzo Barretti (teclados, depois oficializado como integrante do time) não poderiam ter estreado melhor.

Capital Inicial, o disco, é uma vibrante mistura de punk, pós punk e rock básico com um tempero pop preciso. Inclui hits como Fátima, Música Urbana e Veraneio Vascaína, até hoje no set list de seus shows, e também faixas hoje mais obscuras, mas tão marcantes quanto, como a pop-folk Linhas Cruzadas, a contundente Cavalheiros e a punkíssima e ótima Psicopata. Para se ouvir de ponta a ponta, sempre.

Estive no show de lançamento deste álbum em São Paulo, no segundo semestre de 1986, em apresentação dividida com o Biquíni Cavadão no extinto Projeto SP em sua fase no formato circo, situado na rua Caio Prado, no centro de São Paulo. Foi uma apresentação memorável da banda, e ficava a expectativa de como seria a retomada única desse material tão impactante.

Da formação de 1986, saíram Lôro e Bozzo e entraram Yves Passarell (guitarra) como integrante oficial e Fabiano Carelli (guitarra) e Robledo Silva (teclados e violão) como músicos de apoio. Os novos membros ajudaram a injetar energia rejuvenescedora na mistura, mas isso não adiantaria nada se os três remanescentes não dessem conta do recado.

Os Lemos Brothers continuam formando uma das cozinhas rítmicas mais sólidas e eficientes do rock brasileiro, sempre seguros e bem entrosados. Enquanto isso, Dinho Ouro Preto deveria ser apelidado de o vampiro Edward do rock brazuca. Como um cara pode, aos 49 anos, manter a mesma energia de seus tempos de garotão? E com o mesmo carisma? A mesma energia?

Dinho foi sempre um bom cantor, mas o tempo lhe ajudou a aprimorar muito o seu desempenho, hoje bem mais seguro e sólido do que antigamente. Nem mesmo o terrível acidente que quase o leva antes do tempo em 2009 conseguiu retirar dele esse carisma que leva as mulheres ao delírio e aos fãs do rock à vibração. Simples, alegre e simpático como sempre.

As onze faixas do primeiro álbum do Capital foram relidas em aproximadamente uma hora e dez minutos de gravação, entre comentários sobre as músicas que detalhavam suas feituras. Momentos hilários ficaram por conta da revelação de trechos extraídos das versões definitivas das letras e da lembrança do trecho de Psicopata que citava de forma irônica Francisco Cuoco (“e o cara está aí até hoje”, comentou Dinho, gerando gargalhadas).

Os arranjos seguiram basicamente os originais, com um pouco menos de ênfase nos teclados, e apenas duas músicas apareceram em tons mais baixos do que os originais, Fátima e Música Urbana. Música Urbana, Gritos, Fátima e Cavalheiros tiveram que ser tocadas novamente por problemas técnicos imperceptíveis para o leigo. O público, que lotou o Teatro da Mix e ocupou até os degraus entre as cadeiras e o fundo do teatro (de pé), vibrou o tempo todo.

Após a gravação, a banda tocou mais duas músicas de seu repertório mais recente, os megahits Natasha e À Sua Maneira, e aí a garotada, boa parte dela com bem menos do que os 27 anos decorridos desde o lançamento do trabalho de estreia do Capital Inicial, gritou, cantou junto e dançou ainda mais. Legal eles terem tido a oportunidade de ouvir um disco tão bom e difícil de ser encontrado em CD ou vinil como esse.

Fica a torcida para que a execução de Capital Inicial, o disco, não fique apenas nesse imperdível especial de rádio e TV, e que de repente a banda se anime a gravar um DVD/CD ao vivo com esse repertório, tal qual os Titãs fizeram em relação a Cabeça Dinossauro (1986), outro álbum esmiuçado pelo projeto Mix Ao Vivo -Álbuns Clássicos.

Saiba mais sobre Mix Ao Vivo- Álbuns Clássicos em www.mixfm.com.br/albunsclassicos

Ouça Linhas Cruzadas, com o Capital Inicial:

Ouça Psicopata, com o Capital Inicial:

Dinho detona os coloridos: porque não?

Por Fabian Chacur

Dinho Ouro Preto anda pegando no pé das bandas do chamado rock colorido, ou happy rock, ou como você preferir.

Em entrevista à jornalista Vanessa Sulina, do R7, o roqueiro afirmou que encara bandas do tipo Restart e Cine como algo “pré-adolescente, meio Disney, fora do nosso universo”.

Em outra entrevista, em 2010, o vocalista do Capital Inicial previu que, no futuro, os músicos do Restart ficarão com vergonha das roupas e do visual que usam atualmente.

Teve gente que achou absurdo o cantor de sucessos como Fogo, Independência e Natasha detonar dessa forma colegas de profissão.

Quer saber? Acho que Ouro Preto não fez rigorosamente nada que se possa criticar.

Ao ser perguntado sobre o tema happy rock, ou rock colorido, ou (inspirando-se em seu comentário) disney rock, ele disse o que pensava.

Em nenhum momento desrespeitou o ítem mais importante da liberdade de expressão, que é não ultrapassar os limites.

Ele não mandou neguinho encher os Pe Lus da vida de porrada, nem sugeriu que quebrassem os discos deles, nem mesmo recomendou aos fãs do Capital Inicial jogar ovos podres ou tomates fedorentos nas cabeças coloridas dos carinhas.

Apenas deixou claro que não gosta do som e do visual deles.

Às vezes, essa praga chamada “politicamente correto”, que surgiu no final dos anos 80, só serve para encher o saco, sabiam?

Veja o Capital Inicial tocando Fogo em versão acústica:

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