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Paulo Miklos celebra seus 60 anos com dois shows em SP

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Por Fabian Chacur

Nesta segunda-feira (21), Paulo Miklos completou 60 anos de idade. Como forma de celebrar essa bela efeméride com seus fãs paulistanos, o cantor, compositor e músico fará shows nesta sexta (25) às 18h e sábado (26) às 21h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A base para o repertório será o seu mais recente trabalho solo, A Gente Mora no Agora (2017), que inclui pelo menos um grande sucesso, Vou Te Encontrar, composição do ex-colega de Titãs Nando Reis que integrou com destaque a trilha sonora da novela global O Outro Lado do Paraíso. Também teremos composições escritas por ele em parceria com Emicida (A Lei Desse Troço), Guilherme Arantes (Estou Pronto) e Céu (Risco Azul).

Lógico que farão parte do set list canções de seus tempos de Titãs, e entre elas estão escaladas É Preciso Saber Viver (clássico de Roberto e Erasmo Carlos que a banda trouxe de volta às paradas nos anos 1990), Pra Dizer Adeus, Sonífera Ilha e Vossa Excelência, esta última lançada há mais de dez anos e mais atual do que nunca. Paulo, que cantará e tocará violão e guitarra, terá a seu lado Michelle Abu (bateria), Michelle Cordeiro (guitarra) e Otávio Carvalho (baixo).

Vou Te Encontrar (clipe)- Paulo Miklos:

Abaixo a ditadura do show só com sucessos!

Por Fabian Chacur

A reação de algumas pessoas presentes ao show realizado por Milton Nascimento na noite deste sábado (18) na Via Funchal (SP) certamente abre espaço para uma discussão saudável.

Para quem não estava lá, eis um resumo do que rolou.

Algumas pessoas (flagrante minoria, é bom ressaltar) ficou durante todo o show pedindo algumas músicas clássicas do astro carioca/mineiro de forma acintosa, especialmente quando rolou uma longa sequência de canções do novo CD do astro, …E A Gente Sonhando.

Na abertura e no final, ele cantou alguns de seus grandes hits, mas a maior parte do espetáculo foi dedicado às novas canções.

Algo errado? Na minha opinião, não.

O fato de ser dono de um extenso repertório repleto de sucessos não pode ser uma espécie de amarra para um artista consagrado, condenando-o a tocar apenas aquelas canções e dando pouco ou nenhum espaço a sua produção mais recente.

Para mim, só shows em festivais grandes e ao ar livre justificam essa postura, pois ali é coisa de multidão, e multidões são bem menos afeitas a novidades, querem mesmo é ouvir o que já conhecem.

E não dá para negar que é lindo ver um estádio lotado com um público entusiástico cantando e dançando junto com seus ídolos, o que só ocorre quando rolam canções suficientemente conhecidas por outros.

Mas em um show de carreira como o feito pelo Bituca neste sábado (18), não faria sentido ele ficar reprisando seus eternos sucessos tendo músicas novas tão belas a serem apresentadas.

E ninguém pode dizer que a cigana o enganou, pois o show foi divulgado na mídia como de lançamento de …E A Gente Sonhando, ou seja, não era difícil saber que o novo repertório teria presença privilegiada.

O fã de verdade quer é ver seu artista favorito esbanjando energia e felicidade, e quer coisa que agrade mais a um criador de verdade do que apresentar suas novas crias ao público?

Portanto, abaixo a ditadura do show só com sucessos! Parabéns, Milton, pela ousadia de dtocar ao vivo suas novas e belas canções, deixando vários sucessos antigos e eternos descansando um pouquinho.

Milton Nascimento emociona em show perfeito

Por Fabian Chacur

Após ouvir dezenas de vezes …E a Gente Sonhando, mais recente álbum de Milton Nascimento, tive a oportunidade de vê-lo no show de lançamento desse trabalho na Via Funchal, em São Paulo.

Com lotação total, quem foi à casa de espetáculo na noite deste sábado (18) teve a chance de ver um dos grandes nomes da história da MPB em estado de graça, esbanjando energia às vésperas de completar 70 anos.

Milton tomou uma verdadeira injeção de juventude ao se associar a jovens músicos de sua amada Três Pontas no CD, e trouxe vários deles para participarem do show.

A abertura, por volta das 22h40, ocorreu com uma sequência de quatro clássicos de seu repertório, para deixar a plateia sem fôlego logo de cara: Encontros e Despedidas, Caxangá, Caçador de Mim e Nos Bailes da Vida.

A quinta música foi a primeira do repertório do novo álbum a entrar na roda, a belíssima Amor do Céu, Amor do Mar, que homenageia Elis Regina de forma sofisticada, viajante e encantadora.

Daí para frente, a base do espetáculo foi mesmo o trabalho novo, que tem 16 faixas que vão do bom ao arrepiante.

A participação dos jovens talentos ao lado do “velho lobo do mar” (como ele canta na belíssima Me Faz Bem, parceria dele com Fernando Brant) deu ao espetáculo uma energia absurda.

Em determinados momentos, tínhamos no palco mais de vinte pessoas, entre músicos e vocalistas, esbanjando entusiasmo e talento, tendo Milton como o genial regente da história toda.

Generoso, o Bituca de Três Pontas soube mostrar seu talento hipnótico e sua maravilhosa voz (cada vez melhor, por sinal) e também abrir espaços para seus garotos e garotas darem o seu recado.

Seria injusto elogiar alguém em particular, pois todos os participantes mandaram muito, mas muito bem mesmo.

Mas não resisto e citarei dois nomes para representar o todo: o cantor Bruno Cabral, que interpreta com Milton a maravilhosa faixa-título do álbum, e o carismático Pedrinho do Cavaco.

Esse último foi um espetáculo à parte, pois além de dividir o palco com Milton em Gota de Primavera, ainda solou com desenvoltura Brasileirinho e cantou a fantástica Todo Menino é Um Rei, sucesso nos anos 70 com o saudoso sambista Roberto Ribeiro.

Na hora do bis, Milton abriu a porteira para hits como Canção da América (que ele pôs a plateia para cantar, dando uma de regente) e Maria, Maria. Um bis como se deve, sem a sombra da menor dúvida.

O único ponto negativo veio de alguns seres inconvenientes na plateia, provavelmente com algumas (muitas) a mais na cuca, pedindo Travessia aos gritos o tempo todo e perdendo a chance de degustar um espetáculo tão especial. Tomara que vire DVD (o show, não os gritões, obviamente!)

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