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Por Fabian Chacur

Na metade dos anos 1960, Elliot Roberts tinha vinte e poucos anos e resolveu sair da Willian Morris, a mais famosa empresa de empresariamento de artistas americana, rumo a um desafio. Ele ouviu a fita demo de uma jovem cantora e compositora canadense então radicada em Nova York e decidiu encarar o desafio de ajudá-la a se tornar uma estrela. A aposta deu certo para os dois lados. Enquanto a garota virou Joni Mitchell, uma das maiores e mais influentes estrelas do rock, ele se tornou um dos grandes managers do ramo. Ele infelizmente nos deixou nessa sexta (21) aos 76 anos, de causa não revelada.

Com o nome de batismo Elliot Rabinowitz, ele nasceu no Bronx, Nova York (EUA) em 22 de fevereiro de 1943, e pensava inicialmente em ser ator, até que arrumou um emprego na já citada William Morris. Lá, conheceu outro aspirante à fama empresarial, David Geffen, e tornou-se seu sócio na tarefa de empresariar artistas. Para isso, ele se mudou para Los Angeles junto com sua aposta, Joni, e o namorado famoso dela na época, um certo David Crosby.

Com o fim do grupo Buffalo Springfield, a cantora o aconselhou a ser o manager de um dos integrantes daquele time, ninguém menos do que Neil Young, em 1968. Nascia ali uma parceria que só se encerraria com a morte de Roberts. Em seu livro de memórias Waging Heavy Peace (2012), o roqueiro canadense definiu o amigo como o melhor manager de todos os tempos, capaz de ajudá-lo a viabilizar todos os seus projetos, até aqueles mais complicados.

A parceria com David Geffen também resultou na criação da Asylum Records, selo com o qual lançou artistas como Linda Ronstadt, Jackson Browne e os Eagles. Em 1973, vendeu sua parte na gravadora e montou a Lookout Management, com a qual permaneceu empresariando artistas, entre os quais Joni Mitchell (com quem trabalhou até 1985), Crosby Stills Nash & Young, Tom Petty & The Heartbreakers, Talking Heads e Devo. A parceria com Neil Young era tão intensa que ele opinava nos projetos do roqueiro canadense e dava sugestões de que rumos ele deveria tomar.

Cinnamon Girl– Neil Young: