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Por Fabian Chacur

Se pedirem para mim um nome que equivalha a um verdadeiro sinônimo de rock no Brasil, o primeiro que me vem à mente é o de Serguei. Não necessariamente pela qualidade de sua obra, ou pela potência de sua voz, ou mesmo por suas performances ao vivo. Mas pela personificação do espírito libertário desse gênero musical que muitos dão como morto, mas que muitos outros continuam e continuarão cultuando para sempre e sempre. Essa figura fascinante infelizmente nos deixou nesta sexta-feira (7), aos incríveis 85 anos, mas seu legado é precioso. E o melhor de tudo: ele teve a chance de saber o tamanho do amor que tínhamos por ele. Menos mal.

Já escrevi bastante e recentemente por aqui sobre Sergio Augusto Bustamante, esse carioca nascido no dia 8 de novembro de 1933. Em dezembro de 2018, por exemplo, resenhei o excelente documentário Serguei, O Último Psicodélico (2017), um belo registro exibido pelo Canal Brasil sobre a sua inusitada e incrível carreira no mundo do rock and roll (leia aqui ).

Também resenhei, em 2010, o que acabou se tornando o seu último CD, o divertido e muito competente Bom Selvagem (leia a resenha aqui). A entrega desse cara era uma coisa impressionante, mesmo que não fosse o mais afinado cantor do mundo. Mas melhor ele do que muitos afinadinhos que soam como robôs insossos e efêmeros, concordam?

Serguei foi surpreendente até pelo fato de ter vivido tanto. Roqueiros com o seu perfil frequentemente nos deixaram muito cedo, vide a sua amada Janis Joplin, com apenas 27, ou mesmo o influenciado por ele Cazuza, com apenas 32 anos. Pode-se dizer que ele nasceu antes mesmo do gênero que tão bem ajudou a cultuar e divulgar. Uma grande perda, que todo roqueiro de alma lamentará!

Eu Sou Psicodélico– Serguei: