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No Doubt volta com álbum pop exemplar

Por Fabian Chacur

Foram longos 11 anos fora de cena, período durante o qual só tivemos uma canção nova incluída na coletânea The Singles 1992-2003, a releitura de It’s My Life, sucesso oitentista do Talk Talk. Mas o vazio acabou, e finalmente temos um novo álbum do No Doubt para curtir, Push And Shove, que a Universal Music acaba de lançar no Brasil. Felizmente, valeu a espera.

A expectativa criada em torno do novo álbum do grupo integrado por Gwen Stefani (vocal), Tony Kanal (baixo), Tom Dumont (guitarra) e Adriam Young (bateria e percussão) aumentou ainda mais quando o matador single Settle Down começou a tocar nas rádios e nas MTVs da vida, com sua levada ultra-dançante na linha raggamuffin eletrônica.

Do início como banda de ska há longos 26 anos, o grupo californiano evoluiu e estourou em 1996 com Tragic Kingdom, álbum no qual passou a apostar em uma sonoridade mais abrangente, com direito a ska, mas também a raggamuffin, pop eletrônico, rock, dance music e black music, além de baladas aqui e ali.

O novo álbum mantém essa pegada, desta vez sem se valer de vários produtores da moda e concentrando o trabalho na mão de Mark “Spike” Stent, que já habia trabalhado antes com o quarteto, mas não com esse espaço todo. E valeu a pena a aposta no “prata da casa”, pois o álbum soa diversificado e sem ficar repetindo fórmulas o tempo todo.

A sonoridade de Push And Shove tem um forte sabor do pop dos anos 80 filtrado para a musicalidade de agora, com ecos de New Order, Madonna, Kylie Minogue e UB 40, sem no entanto cair numa repetição de clichês. Pelo contrário. As 11 canções se pautam por boas melodias, batidas bacanas e timbres instrumentais bem escolhidos.

A ala mais afeita ao raggamuffin eletrônico do CD inclui, além de Settle Down, a energética Looking Hot, a quase reggae Sparkle e a faixa título, essa com um tempero meio Black Eyed Peas. Com timbragem que lembra o New Order, especialmente nas guitarras, Heaven é simplesmente um eletro-rock delicioso.

Para quem virou fã do grupo da loirinha Gwen Stefani graças a Don’t Speak, temos aqui duas baladas diferentes entre si, mas mortais, daquelas de cortar os pulsos. Easy, apaixonamente e com aquele timbre de guitarra do hit It Must Have Been Love, do Roxette, deixará qualquer apaixonado longe do ser amado à beira das lágrimas.

E para se emocionar no melhor clima de rock balada daqueles de fazer todos em um estádio acenderem os celulares (antes eram os isqueiros…) temos Undone, aquele tipo de balada romântica que, se entrar em uma trilha de novela, vira mania nos quatro cantos do país e entra nas paradas de sucesso a mil por hora.

One More Summer e um roquinho bacana que equivale ao que seria o New Order com Madonna anos 80 nos vocais, enquanto Gravity é pop rock eletrônico puro, Kyle Minogue style. Undercover, com mais teclados, vai pelo mesmo caminho, e bem, também.

Dreaming The Same Dream encerra a festa a festa como se estivesse saindo do True Love (1986), da Madonna, ou coisa assim. Mas justiça se faça: as influências são essas, mas o No Doubt soa como No Doubt, sem xerocopiar na cara dura.

Se vivêssemos outros tempos, Push And Shove seria daqueles discos que se manteriam durante meses entre os mais vendidos e emplacando single atrás de single. Como hoje tudo mudou, o álbum estreou na terceira posição da Billboard e já despencou para abaixo do número 70. Tomara que esse álbum consiga uma reviravolta, pois é um belo exemplo de música pop bem feita, diversificada e que não apela para tentar conquistar os fãs.

Ouça Easy, com o No Doubt:

Ouça Heaven, com o No Doubt:

Ouça Undone, com o No Doubt:

Morre Dick Clark, do American Bandstand

Por Fabian Chacur

Sabe aqueles inúmeros programas musicais de TV, nos quais há a presença de uma plateia que dança ao som de seus ídolos? Todos eles devem ao pioneirismo de American Bandstand. Dick Clark, seu apresentador e criador, morreu nesta terça-feira (18) aos 82 anos, conforme informação do site TMZ. Ele teve um ataque cardíaco em Los Angeles, sendo que havia conseguido sobreviver a um gravíssimo derrame em 2004.

Dick Clark nasceu em 30 de novembro de 1929. Ele se tornou apresentador permanente do programa (iniciado em 1952 e que ganhou o nome de American Bandstand após ele tê-lo assumido) em 1956, sendo que a atração passou a ser transmitida em termos nacionais nos EUA em 5 de agosto de 1957. Clark deu sorte de pegar o auge da primeira fase do rock and roll, e soube aproveitar esse clima positivo.

A atração se manteve no ar até 1989, e viveu seu auge nas décadas de 50 e 60, apresentando os grandes astros da Motown Records como The Supremes e Stevie Wonder e grupos como The Mamas And The Papas, The Doors e Steppenwolf. Curiosamente, dois dos grandes ícones do rock, Elvis Presley e os Beatles, nunca participaram da atração, o que não diminui sua importância.

O formato “artistas dublando seus hits em meio a dançarinos e clima alto astral” firmado por American Bandstand continua sendo utilizado até hoje por programas de TV dos quatro cantos do mundo, Brasil incluso. Influenciou até mesmo o Soul Train, clássica atração dedicada à música negra americana cujo apresentador, Don Cornelius, também nos disse adeus neste 2012. Tipo da coincidência triste, não é mesmo?

Veja cenas do programa American Bandstand:

Adele quebra recordes nos EUA e Reino Unido

Por Fabian Chacur

Um ano após o seu lançamento, o álbum 21, da cantora Adele, parece se recusar a parar de quebrar recordes. Nesta semana, o segundo disco da simpática estrela inglesa agitou novamente os mercados britânico e americano.

Na Inglaterra, 21 ultrapassou Bad (1987), do Rei do Pop Michael Jackson, e agora é o oitavo álbum mais vendido da história fonográfica britânica, com 4.02 milhões de cópias comercializadas, segundo informações da Official Charts Company, que faz essas medições oficialmente por lá.

Se o álbum vender mais 150 mil cópias nas próximas semanas, o que parece algo bem provável de ocorrer, ele irá ultrapassar Brothers In Arms (1985), do Dire Straits, e The Dark Side Of The Moon (1973), do Pink Floyd, assumindo então a sexta posição.

O álbum mais vendido de todos os tempos no Reino Unido continua sendo Greatest Hits (1981), do Queen, com 5.83 milhões de exemplares comercializados, seguido por Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, com 5.04 milhões de cópias vendidas até hoje.

Nos EUA, 21 acaba de emplacar a 22ª semana não consecutiva na ponta da parada da revista Billboard, com 297 mil cópias comercializadas durante a semana encerrada no dia 26 de fevereiro.

Trata-se do álbum que se mantém há mais tempo na liderança da parada da terra de Barack Obama desde a trilha de Purple Rain, de Prince, que permaneceu 24 semanas na liderança entre 1984 e 1985.

Até hoje, 21 já vendeu 7.65 milhões de cópias nos EUA e 4.02 no Reino Unido, e algo em torno de 20 milhões de cópias, se computarmos o resto do mundo. Vai vender álbuns ali adiante!

Ouça One And Only, com Adele:

Os 10 CDs mais vendidos nos EUA em 2011

Por Fabian Chacur

O ano de 2011 pode ser considerado como a da consolidação de Adele como estrela da música pop. A cantora britânica conseguiu rara unanimidade de público e crítica, graças a seu segundo álbum, 21.

O trabalho também conseguiu ser o mais vendido nos Estados Unidos durante 2011, superando todos os concorrentes e mostrando que a intérprete deixou de ser apenas uma promessa.

O levantamento feito pela revista americana Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, não deixa margem a dúvidas. De quebra, 21 superou o recorde de Bad (1987), do Rei do Pop Michael Jackson, como CD com maior número de semanas consecutivas no top 5 americano.

A jovem cantora country Taylor Swift, com Speak Now, e o fenômeno Lady Gaga, com Born This Way, aparecem logo a seguir. Por sinal, 2011 foi um ano de forte predominância feminina nos charts americanos.

Dos 10 álbuns incluídos na lista, sete são de garotas, prova de que elas realmente estão dando as cartas em termos de música pop na atualidade. Será que os homens e os grupos de rock reagirão em 2012?

Os 10 álbuns mais vendidos em 2011 nos EUA:

1) 21 – Adele

2) Speak Now – Taylor Swift

3) Born This Way – Lady Gaga

4) My Kinda Party – Jason Aldean

5) The Gift – Susan Boyle

6) Tha Carter IV – Lil’ Wayne

7) Pink Friday – Nick Minaj

8)Sigh No More – Mumford & Sons

9) Loud – Rihanna

10) Teenage Dream – Katy Perry

Vendas de novo CD de Lady Gaga despencam

Por Fabian Chacur

Em sua primeira semana de lançamento, Born This Way, novo trabalho da onipresente Lady Gaga, conseguiu vender 1.1 milhão de cópias nos Estados Unidos segundo a revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial.

Esses números a fizeram estrear na parada de lá direto no primeiro posto.

Pois a moça conseguiu manter a posição em sua segunda semana no mercado, mas não sem uma queda colossal em seus números.

Do mais de um milhão, Born This Way teve apenas 174 mil exemplares comercializados neste novo período de sete dias.

Embora os números iniciais tenham sido inflados graças a uma megapromoção de venda de MP3 legais a menos de dois reais (R$ 0,99) durante dois dias, uma matéria da mesma Billboard afirma que a queda foi muito grande, para ser mais exato de 84%.

A reportagem também prevê que a cantora Adele, que já liderou o ranking americano e que nesta semana ocupa o segundo posto, com 121 mil cópias vendidas de seu álbum 21, retorne ao topo na próxima semana.

Resta saber se a sucessão de novos clipes que a Lady Esquisita certamente lançará nos próximos meses será capaz de levantar de novo esses números a seu favor. Ou será que virá por aí um novo vestido de carne, desta vez de peixe?

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