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Bruce Hornsby divulga single e anuncia álbum ‘Flicted para maio

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Por Fabian Chacur

A parceria entre o cantor, compositor e músico Bruce Hornsby e o cineasta Spike Lee ultrapassa os 30 anos. Como forma de transformar em canções temas incidentais que compôs para filmes do diretor de Faça a Coisa Certa e outras obras-primas do cinema, o tecladista iniciou em 2019 uma trilogia com o álbum Absolute Zero (2019), prosseguida com Non-Secure Connection (2020) e que será encerrada em 27 de maio com o lançamento de ‘Flicted. A 1ª faixa deste novo trabalho acaba de ser divulgada, com direito a um belo clipe de animação.

Sidelines, escrita em parceria com Ezra Koenig, conhecido por liderar a ótima banda americana Vampire Weekend, é uma canção hipnótica e deliciosa, e conta com a participação especial do cantor e guitarrista Blake Mills. Uma amostra de alto calibre desse trabalho que soa promissor. Quem também participa do disco é Danielle Haim, da banda Haim, na faixa Days Ahead. Uma das marcas da trajetória de Bruce Hornsby é exatamente a sua capacidade de colaborar com músicos das mais diferentes áreas musicais, sempre com categoria e inspiração.

Outro destaque do álbum, que terá 12 faixas, é uma releitura bastante autoral e peculiar de Too Much Monkey Business, escrita e lançada pelo grande Chuck Berry em 1956. Aos 67 anos de idade, Bruce Hornsby estourou mundialmente em 1986 com o megahit The Way It Is, e desde então construiu uma obra sólida e criativa, enveredando por rock, country, soul, jazz, psicodelia e o que mais pintar. Um verdadeiro craque, que merecia ser mais conhecido pelo público brasileiro. Ele ainda não tocou por aqui, e espero que isso ocorra um dia!

Sidelines (clipe)- Bruce Hornsby & Blake Mills:

Vampire Weekend dá conta do recado ao vivo

Por Fabian Chacur

Acho sempre muito interessante ter a oportunidade de ver ao vivo uma banda que acabou de estourar.

Isso ocorreu várias vezes em minha vida. Às vezes, a experiência é boa, em outras, nem tanto. Mas sempre vale a pena tentar.

Foi isso que me levou a, na última hora, sozinho e na raça, ir ver na noite da última terça-feira (1º) o show que o grupo americano Vampire Weekend fez em São Paulo na Via Funchal.

E quer saber? Acho que me dei bem.

Com cinco anos de estrada e dois discos no currículo, os americanos fizeram a façanha de atingir o primeiro posto da parada americana no início de 2010  com o álbum Contra, recentemente lançado por aqui e comentado por Mondo Pop.

Live, o quarteto composto por Ezra Koenig (vocal e guitarra), Rostam Batmanglij (teclados e guitarra), Christopher Tomson (bateria) e Chris Baio (baixo) mostrou muita fome de bola.

O som dos caras é bastante rítmico, com fortes influências do Paul Simon fase Graceland/Rhythm Of The Saints, os Talking Heads de Remain In Light e o movimento Two Tone (Specials, The Beat, Selecters etc).

Lógico que, para funcionar, o batera teria de ser bom, e Tomson é um verdadeiro dínamo, embora seja auxiliado por programações eletrônicas de percussão, o que não é nenhum demérito.

O frontman Koenig segura a onda com muita simpatia e uma timidez que se transforma em charme.

Por sinal, os quatro integrantes do “Fim de semana vampírico” parecem saídos de algum episódio da série de TV The Big Bang Theory. Mais nerds, impossível.

O show incluiu músicas dos dois álbuns da banda, incluindo as ótimas Horchata, Giving Up The Gun e I Think Ur a Contra, esta última um dos poucos momentos mais reflexivos de um show dançante por excelência.

Por sinal, o que me surpreendeu e muito foi o fato de a plateia presente (uns três mil, ótimo para uma noite de terça-feira) cantar praticamente todas as músicas.

Isso, mesmo com apenas um disco lançado por aqui, e há pouco. Prova de que a internet ajuda e muito a propagar os bons trabalhos musicais.

O espetáculo não foi além do que deveria, com uma hora de show e quase 15 minutos de bis.

Posso até quebrar a cara, mas a impressão que o Vampire Weekend me deu é de que certamente progredirá ainda mais nos próximos anos. Tomara eu esteja certo.

Veja A-Punk, com o Vampire Weekend:

Banda americana Vampire Weekend aposta em sutilezas e ritmos africanos em seu CD Contra

Por Fabian Chacur

A banda independente americana Vampire Weekend é uma das atrações internacionais aguardadas para shows ao vivo no Brasil em 2011.

O quarteto americano formado por Ezra Koenig (vocal principal e guitarra), Rostam Batmanglij (teclados, guitarra, efeitos e vocais), Chris Baio (baixo) e  Chris Tomson (bateria) tocará em São Paulo no dia 1º de fevereiro, na Via Funchal.

Como forma de já criar o clima positivo para a presença dos rapazes por aqui, o selo brasileiro Lab 344 acaba de lançar em nosso país Contra, o segundo álbum do time que está na estrada há quatro anos.

Contra conseguiu a façanha de atingir o primeiro posto na parada americana no início deste ano, algo raro para um trabalho independente e que não aposta em fórmulas óbvias e comerciais.

A principal e mais evidente influência no som do grupo oriundo de Nova York é a fusão folk-rock-música africana feita por Paul Simon nos anos 80 em álbuns como Graceland (1986) e The Rhythm Of The Saints (1990).

O trabalho do grupo Talking Heads e da carreira solo de seu líder, David Byrne, a new wave, o ska e o reggae são outros elementos utilizados pela banda em sua musicalidade.

O timbre melódico e belo da voz de Ezra Koenig pode ser definido de forma simplista como um mix da de Paul Simon e Chris Martin (Coldplay).

As dez canções de Contra tem como características a leveza, as boas melodias, o trabalho rítmico inteligente e as letras irônicas e bem construídas.

Horchata, Holiday, Taxi Cab, Cousins e Giving Up The Gun são destaques de um disco que flui sem grandes dificuldades, esbanjando originalidade, bom gosto e um lugar próprio no atual cenário pop mundial.

Resta saber como eles fazem para segurar a onda ao vivo, já que no CD se valem do auxílio luxuoso de diversos músicos de estúdio, entre os quais o brasileiro Mauro Refosco, o mesmo que já fez shows com Thom Yorke, do Radiohead.

Mas esta resposta nós só teremos em fevereiro.

Veja o videoclipe de Giving Up The Gun:

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