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Fuad Chacur, comerciante, fã de Carlos Gardel, meu amado pai!

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Por Fabian Chacur

Se estivesse vivo (e está, no meu coração), meu pai faria 110 anos nesta quarta (24). Fuad Chacur nasceu no dia 24 de julho de 1909 e se foi em um triste 21 de setembro de 1998, um dos dias mais tristes de minha vida.

Ele foi comerciante, dono de uma das lojas de calçados mais badaladas de São Paulo dos anos 40 aos 60, as Casas Paraíso, cuja sede ficava na esquina da rua Vergueiro com a rua do Paraíso, em frente ao Centro de Operações do Metrô, sendo que no seu auge tinha várias filiais. Uma delas, situada na Praça Oswaldo Cruz, no comecinho da avenida Paulista, é ainda hoje uma loja de calçados.

Hoje tem um bar no lugar da antiga sede, vaga sombra de um tempo de glória. O prédio ficou por muitos anos desocupado, como se vivesse uma maldição causada pelo fato de o novo dono de lá ter despejado de forma cruel o meu pai (que havia sido proprietário daquele local) de lá por volta de 1977-78.

Fuad Chacur era um fã entusiástico de tango. Chegou a patrocinar em São Paulo, nos idos dos anos 40, um programa de rádio dedicado ao estilo. Ele até me disse que patrocinou a vinda de um cantor argentino do gênero ao Brasil, nos tempos em que meu saudoso velhinho morava no edifício Martinelli, algo comparável, hoje em dia, a morar em um Mofarrej Sheraton da vida. O cara era poderoso.

Ele amava Carlos Gardel, e até tínhamos em casa um disco de 78 rotações com a música Arrabal Amargo, clássico do Bob Marley do tango, ou seja, ícone máximo de um gênero ainda relevante nos dias de hoje.

Seo Fuad não era muito fã de música moderna. Mas, lá pelos idos de 1973, apaixonou-se por uma canção chamada Do You Love Me, interpretada por um certo Shariff Dean. A ponto de eu ter comprado o compacto simples para ele, que várias vezes pediu para que eu o colocasse em nosso toca discos.

Só para constar, Shariff Dean cantava essa música em dueto com a cantora Eveline D’Haese. Ele teve mais dois sucessos nas paradas, No More Troubles e uma releitura simpática de Stand By Me, hit de Ben E. King e também gravada com categoria por John Lennon no álbum Rock And Roll (1975).

Só em outra ocasião ele me pediu um disco novamente. Foi Clair de Lune, de Debussy, tema da novela global Chega Mais por volta de 1980. Era tema da personagem Gelly Maia, vivido por Sonia Braga. Curiosamente, a melodia de Do You Love Me tem uma certa semelhança com essa obra-prima de Debussy.

Ah! Também comprei nos anos 80 um LP de vinil com os maiores sucessos de Carlos Gardel para ele, disco que hoje está comigo.

Quando eu nasci, meu pai estava com 52 anos. Não deve ter sido fácil para ele conviver com um filho tão mais novo. Minha mãe certa vez me contou que, na maternidade, uma enfermeira viu meu pai por lá e o parabenizou pelo “netinho”. Ele ficou quieto e aceitou o cumprimento. Nem precisa dizer que a enfermeira, ao saber o fora que tinha dado, não sabia onde enfiar a cara…

Mas seo Fuad encarou o desafio da melhor forma possível. Todo dia ele levava chocolate para o caçulinha dele. A partir de um determinado momento, passou a me dar uma pequena mesada, com a qual eu comprava revistas em quadrinhos, a Placar e também discos, pois minha paixão por música começou muito cedo.

O mais legal era quando ele acordava bem disposto, em um domingo, e me levava para ver um jogo de futebol no campo, Pacaembu ou Palestra Itália. Íamos de ônibus, e por lá, sempre rolava aquele picolé. Dias inesquecíveis. Ele nem se importou com o fato de eu não torcer para o mesmo time dele, de eu ser “palmeirista”, como ele dizia.

Era democrata, seguidor fiel do antigo PSD, e especialmente de Ulysses Guimarães, seu político favorito e no qual ele votada sempre, invariavelmente. Na época das eleições, eu sempre brincava, perguntando em quem ele iria votar para deputado federal, e a resposta era sempre “no mesmo!”

Meu pai era meio fechado, e só conversava com quem conhecia ou gostava. Pelo menos, ele era assim, quando convivi com ele. Adorava ouvir suas histórias, sobre futebol, a sua loja de calçados (que infelizmente fechou no finalzinho dos anos 70), seus tempos de Síria (ele era filho de um nativo daquele país)…

Sua vida não foi nada fácil. Vivenciou os dois extremos, da riqueza no auge da carreira de comerciante ao sofrimento dos tempos de criança, especialmente nos anos em que viveu na Síria, em meio à Primeira Guerra Mundial, após a morte prematura de sua mãe, período no qual, ele me contou certa vez, ganhava um torrão de açúcar e o consumia pedacinho a pedacinho por muitos e muitos dias, pois era o doce possível, naqueles dias tão difíceis.

Com a morte também prematura do pai, virou arrimo de família ainda adolescente, e deu conta do recado como poucos seriam capazes. Ele nunca foi de ficar reclamando, embora tivesse temperamento forte, típico de leonino.

Nas Casas Paraíso, ele liderava o time, mas também vendia. E foi em uma dessas vendas que ele conheceu uma morena que, embora muito mais nova do que ele, cativou seu coração. Essa garota, Victoria Irene, com seus 20 e poucos anos, resistiu bravamente a aquele filho de árabes, mas sucumbiu ao charme dele. Deu casório, com direito aos filhos Victor e Fabian (este que vos tecla).

Com o tombo que levou no comércio, viveu seus últimos 20 anos de forma muito mais modesta, mas manteve a espinha ereta. Foi digno até o seu último momento. Cometeu erros, obviamente. Afinal, não somos todos seres humanos? Mas foi um sujeito que fez a diferença de forma positiva para seus parentes e amigos. Amigos que, em sua grande parte, sumiram quando a bonança se foi….

Vai fazer falta assim ali adiante. Beijão no seu coração, Seo Fuad!

Do You Love Me– Shariff Dean e Eveline D’Haese:

Encontros e despedidas com o genial Milton Nascimento

Por Fabian Chacur

A primeira entrevista coletiva a gente nunca esquece. A número um deste jornalista especializado em música que vos tecla ocorreu precisamente em um 15 de agosto de 1985. O artista em questão era Milton Nascimento, e o local, uma das salas do então badalado hotel Maksoud Plaza, localizado na Alameda Campinas, 150, perto da Paulista.

Fui convidado pelo Valdimir D’Angelo, figura fantástica a quem fui apresentado pelo músico, jornalista e amigo Ayrton Mugnaini Jr. em uma feira de compra, venda e troca de discos realizada naquela época em uma loja, a Golden Hits, situada em uma travessa da Rua Augusta (rua Mathias Aires, para ser mais preciso), próxima à Pàulista e na qual fiz belos negócios com discos de vinil.

D’Angelo, que depois seria até meu padrinho de casamento, era o editor de uma publicação que em breve chegaria à bancas, a Revista de Som & Imagem, e em cujo número 1 seriam publicadas minhas primeiras matérias como jornalista profissional. Ele me levou na coletiva para eu conhecer o ambiente do jornalismo especializado em música.

E posso dizer que comecei bem e mal, ao mesmo tempo. Bem, pois tive a cara de pau de fazer logo a primeira pergunta da coletiva. Mal porque eu perguntei ao Bituca se Milton Nascimento Ao Vivo (1984), seu então mais recente LP, havia sido o primeiro disco de ouro da carreira dele, e ouvi um não como resposta. E bem de novo, pois não perdi o fio da meada e consegui fazer uma nova e boa pergunta, de bate-pronto, sem perder o pique. Virei o jogo!

Ao fim da concorrida coletiva, da qual participaram jornalistas de todos os órgãos bacanas de imprensa da época, não só peguei um autógrafo dele, como também tirei uma foto simplesmente hilária, na qual apareço atrás do Milton (que autografava alguns discos), enquanto eu fazia sinal de positivo, sorria e posava na maior cara de pau. Um ingênuo idealista no fosso dos crocodilos…

Nessa coletiva, encontrei com a Silvana Silva, colega de Cásper Líbero que já estava há algum tempo trabalhando como reporter de TV. Aquela seria apenas a primeira de incontáveis entrevistas coletivas de que participei com Deus e o mundo, em termos de música.

A segunda entrevista com o autor de Travessia da qual participei ocorreu em 1986, na primeira versão do extinto Projeto SP, situado em um circo montado na rua Caio Prado, pertinho da avenida Consolação. Ele estava lá junto com o músico americano Wayne Shorter, com o qual iria gravar lá, ao vivo, o sublime álbum A Barca dos Amantes (1986).

Ironia: no dia seguinte, o Estado de S.Paulo publicou matéria sobre a coletiva, e na foto publicada, lá estou eu, da cintura para baixo. Teria sido eu, naquela ocasião, o primeiro caso de um “barriga de pirata”, ao invés de papagaio de pirata?

Reencontraria o mesmo Milton em 1987, desta vez no escritório da então CBS (hoje Sony Music), que na época ficava no início da avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros. Também tenho fotos dessa ocasião.

Teria depois outras boas oportunidades de entrevistar o Bituca de Três Pontas, uma figura sempre tímida, mas simpática e adorável. E vamos ser sinceros: sou muito fã dele, embora saiba reconhecer que sua discografia comporta tanto títulos sublimes como alguns bem irregulares, do tipo Yauaretê (o álbum que ele lançou em 1987).

Ah, e tive a honra de estar na plateia, no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, quando Milton gravou outro álbum ao vivo, O Planeta Blue Na Estrada do Sol, lançado em 1992.

Como os raros leitores de Mondo Pop sabem, fui em 2011 no belíssimo show de lançamento do álbum …E A Gente Sonhando, na Via Funchal. Publiquei resenha aqui. E que venha a próxima entrevista com o Milton! E o próximo show, também!

Encontros e Despedidas, com Milton Nascimento, versão de estúdio:

Encontros e despedidas com o Bituca

Por Fabian Chacur

A primeira entrevista coletiva a gente nunca esquece. A número um deste jornalista especializado em música que vos tecla ocorreu precisamente em um 15 de agosto de 1985. O artista em questão era Milton Nascimento, e o local, uma das salas do então badalado hotel Maksoud Plaza, ainda hoje localizado na mesma Alameda Campinas, 150, perto da Paulista.

Fui convidado pelo Valdimir D’Angelo, figura fantástica a quem fui apresentado pelo músico, jornalista e amigo Ayrton Mugnaini Jr. em uma feira de compra, venda e troca de discos realizada naquela época em uma loja, a Golden Hits, situada em uma travessa da Rua Augusta (rua Mathias Aires, para ser mais preciso), próxima à Pàulista e na qual fiz belos negócios com discos de vinil.

D’Angelo, que depois seria até meu padrinho de casamento, era o editor de uma publicação que em breve chegaria à bancas, a Revista de Som & Imagem, e em cujo número 1 seriam publicadas minhas primeiras matérias como jornalista profissional. Ele me levou na coletiva do Milton para que eu entrasse em contato direto com o ambiente da música.

E posso dizer que comecei bem e mal, ao mesmo tempo. Bem, pois tive a cara de pau de fazer logo a primeira pergunta da coletiva. Mal porque eu perguntei ao Bituca se Milton Nascimento Ao Vivo (1984), seu então mais recente LP, havia sido o primeiro disco de ouro da carreira dele, e ouvi um não como resposta. E bem de novo, pois não perdi o fio da meada e consegui fazer uma nova e boa pergunta, de bate-pronto, sem perder o pique.

Ao fim da entrevista, da qual participaram jornalistas de todos os órgãos bacanas de imprensa da época, não só peguei um autógrafo dele, como também tirei uma foto hilária, na qual apareço atrás do Milton, que autografava alguns discos, enquanto eu fazia sinal de positivo, sorria e posava na maior cara de pau. Um ingênuo idealista no fosso dos crocodilos…

Nessa coletiva, encontrei com a Silvana Silva, colega de Cásper Líbero que já estava há algum tempo trabalhando como reporter de TV. Aquela seria apenas a primeira de incontáveis entrevistas com Deus e o mundo, em termos de música.

A segunda coletiva com o autor de Travessia ocorreu em 1986, na primeira versão do extinto Projeto SP, na época situado em um circo montado na rua Caio Prado, pertinho da avenida Consolação. Ele estava lá junto com o músico americano Wayne Shorter, com o qual iria gravar lá, ao vivo, o álbum A Barca dos Amantes (1986).

Ironia: no dia seguinte, o Estado de S.Paulo publicou matéria sobre a coletiva, e na foto publicada, lá estou eu, da cintura para baixo. Teria sido eu, naquela ocasião, o primeiro caso de um “barriga de pirata”, ao invés de papagaio de pirata?

Reencontraria o mesmo Milton em 1987, desta vez no escritório da então CBS (hoje Sony Music), que na época ficava no início da avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros. Também tenho fotos dessa ocasião. Um dia posto aqui.

Teria depois mais umas duas oportunidades de entrevistar o Bituca de Três Pontas, uma figura sempre tímida, mas simpática e adorável. E vamos ser sinceros: sou muito fã dele, embora saiba reconhecer que sua discografia comporta tanto títulos sublimes como alguns bem irregulares, do tipo Yauaretê (o álbum que ele lançou em 1987),por exemplo.

Ah, e tive a honra de estar na plateia, no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, quando Milton gravou outro álbum ao vivo, O Planeta Blue Na Estrada do Sol, lançado em 1992.

Como os raros leitores de Mondo Pop sabem, fui em 2011 no belíssimo show de lançamento do álbum …E A Gente Sonhando, na Via Funchal. Publiquei resenha aqui. E que venha a próxima entrevista com o Milton! E o próximo show, também!

Encontros e Despedidas, com Milton Nascimento, versão de estúdio:

R7 é passado, vamos rumo ao futuro, e já!

Por Fabian Chacur

No dia 6 de junho de 2009, comecei a trabalhar no que ali era ainda um projeto: o portal R7, que seria criado pela Rede Record com o objetivo de se tornar um dos maiores do Brasil, competindo com UOL, Terra etc.

Até a entrada no ar do tal r7.com, que ocorreu em 27 de setembro daquele ano, vivemos, eu e a equipe designada para realizar tal tarefa, um sufoco daqueles, tendo de aprender coisas em no time at all.

Sabe Deus como o amigo Thales de Menezes e todos os soldados empenhados em realizar tal façanha, eu humildemente incluso, conseguimos.

Desde então, foi pura luta. Horários malucos, exigências exacerbadas, cobranças nem sempre justas, luta contra problemas estruturais etc etc etc.

E também amizades surgindo, momentos de puro prazer, aprendizado, a honra de ver novos talentos nascendo ali, na nossa frente, como verdadeiros milagres da criação.

No entanto, hoje o R7 é uma realidade, para o bem ou para o mal. Não tem como ser ignorado. Seguirá em frente, firme e forte. Ou não. Não tenho bola de cristal, nem sou a Mãe Dinah ou coisa que o valha.

Desde o dia 1º de junho, no entanto, isso já é passado para mim. Desliguei-me desse projeto, e agora sigo o meu rumo, como antes daquele 6 de junho de 2009 e como depois, que é exatamente agora.

Desejo a quem fica por lá boa sorte, mas obviamente desejo muito mais sorte para mim e para os projetos que tocarei logo a seguir.

Afinal, quem vive de passado é museu, dizem por aí. Se bem que adoro coisas velhas. Velhas, não, vintage. E amo não ter um perfil baixaria, sabem?

Viva a vida, viva os novos projetos, viva a saúde, viva as pessoas dignas, viva quem importa. O resto, a poeira come, a ferrugem detona, a vida ensina (ou não). E pobre de quem não aprender.

A seguir, cenas dos próximos capítulos!!! Aqui mesmo, nesse blog. E obrigado por todos que sempre torceram/torcem por mim e que continuarão acompanhando meu trabalho, esteja eu onde estiver. E, como se diz em inglês, “the best is yet to come”!

Meninos, eu vi Ozzy Osbourne de perto!

Por Fabian Chacur

A tarde desta sexta-feira, 1º de abril, teve uma verdade para mim. Participei da entrevista coletiva concedida por Ozzy Osbourne no hotel Tivoli Moffarej em São Paulo.

De cara, a curiosidade. Normalmente, entrevistas coletivas de astros internacionais costumam atrasar sempre. A do Príncipe das Trevas do rock se iniciou exatamente no horário previsto, 13h em ponto!

Durante 26 minutos, o cantor do Black Sabbath e artista solo de sucesso consolidado premiou os jornalistas presentes com bom-humor, simpatia e boas lembranças.

Ele, que se apresenta neste sábado (2) no estádio do Morumbi, em São Paulo, na turnê de divulgação do álbum Scream, explicou o porque sempre escolhe guitarristas novatos para suas bandas de apoio.

“Sempre me fazem essa pergunta. Eu prefiro escolher músicos que tenham fome, que ainda tenham ambições, vontade de mostrar o seu valor. É melhor do que pegar músicos consagrados que estejam acomodados”.

Essa política ajudou a revelar nomes como Randy Rhoads, Zakk Wylde e outros guitar heroes.

Em pergunta feita por mim que você poderá ver abaixo em vídeo do UOL (bizarro, não?), ele relembrou de sua participação na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, sua estreia no Brasil.

“Eu me lembro muito bem daquele show, foi para a maior plateia e no maior palco em que já toquei. Os brasileiros gostam muito de música, é impressionante, adoro cantar aqui.”

Ao ser questionado sobre uma possível volta do Black Sabbath, ele respondeu de forma curta e direta:

“Possível? É! Quando? Não sei!”

Quanto ao repertório de seus shows, ele explicou como faz a seleção de músicas.

“Procuro colocar um pouco de cada época. Se for tocar todas as coisas que os fãs querem ouvir, meu show duraria uns cinco dias!”

Em relação a uma possível competição entre ele e Keith Richards para ver quem é o maior doidão do rock, ele esbanjou bom-humor.

“Não existe uma competição entre nós, ambos somos “locos”!

Aliás, ele se definiu da seguinte forma: “I’m loco!”.

Que figura!

Veja a minha pergunta ao Príncipe das Trevas e a resposta:

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