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Mick Jagger lança um belo single em dobradinha com Dave Grohl

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Por Fabian Chacur

Muita gente tem escrito canções tendo como tema o isolamento social exigido pelo combate ao novo coronavírus. Uma das melhores acaba de ser disponibilizada nas plataformas digitais, e tem assinatura nobre. Trata-se de Easy Sleazy, canção assinada por Mick Jagger que o vocalista dos Rolling Stones canta e toca guitarra tendo o apoio de Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) nos vocais, guitarra, baixo e bateria. O resultado é uma faixa bastante energética, na melhor tradição dos Rolling Stones e com uma letra muito inteligente.

Sobre sua motivação, Jagger falou o seguinte, em comunicado enviado à imprensa: “É uma música que escrevi sobre como sair do lockdown, com um certo otimismo, que é muito necessário. Obrigado a Dave Grohl por pular na bateria, baixo e guitarra, foi muito divertido trabalhar com você. Espero que todos gostem de Eazy Sleazy”.

Por sua vez, Dave Grohl ressaltou a importância da parceria para o seu já extenso currículo: “É difícil colocar em palavras o que foi a experiência de gravar essa música com Sir Mick, o que isso significa para mim. Está além de um sonho tornado realidade. Bem, quando eu pensei que a vida não poderia ficar mais louca … achamos a música do verão, sem dúvida!”.

Easy Sleasy (clipe)- Mick Jagger e Dave Grohl:

Sonic Highways: Foo Fighters celebram a música americana

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Por Fabian Chacur

Em novembro, os Foo Fighters lançaram seu oitavo álbum de estúdio, Sonic Highways. O CD traz como mote o fato de ter suas faixas gravadas em oito cidades americanas diferentes: Austin, Chicago, Los Angeles, Nashville, New Orleans, Nova York, Seattle e Washington. Mais: cada gravação gerou um documentário de aproximadamente uma hora, cuja exibição no Brasil está sendo feita pelo canal a cabo Bis. São atrações ótimas.

Dave Grohl, que criou o Foo Fighters em 1995 logo após o fim do Nirvana e comanda a banda desde então, não é um daqueles roqueiros que fez a fama e deitou na cama. Ambicioso, sempre busca novos horizontes, novas parcerias. Seu excelente documentário Sound City, por exemplo, relata a história daquele lendário estúdio de Los Angeles onde foram gravados álbuns clássicos do rock como Rumours (Fleetwood Mac) e Nevermind (Nirvana).

Além de contar a história do estúdio, Grohl (que comprou a lendária mesa de som daquele hoje extinto estúdio) ainda promoveu gravações suas ao lado de gente como Paul McCartney e Stevie Nicks, valendo-se daquele equipamento vintage. Além do DVD, aquelas gravações geraram um CD de áudio que é simplesmente excelente, com rock de primeira o tempo todo.

Agora, o ex-baterista do Nirvana foi além. Aproveitou a estada dos Foo Fighters e fez documentários registrando a importância e falando com grandes músicos de cada cena local. O resultado é excelente, dando a oportunidade aos seus fãs de conhecerem músicos como Allen Toussaint, Bonnie Raitt, Buddy Guy e inúmeros outros, além de flagrar as gravações feitas pelos FF em cada lugar.

As músicas novas são bacanas, mas o grande lance é mesmo essa apresentação detalhada de cada uma dessas importantes cenas musicais dos EUA. As entrevistas foram conduzidas pelo próprio Dave Grohl e são repletas de histórias deliciosas, além de gerar jam sessions bacanas. Cada episódio pode ser visto individualmente, e vale cada minuto.

A série é exibida por aqui na antevéspera da primeira turnê do grupo por aqui, eles que antes só haviam tocado no Brasil em grandes festivais. Os shows, que terão a abertura dos Kaiser Chiefs e dos grupos brasileiros Raimundos e Comunidade Nin-Jitsu (este apenas no Rio Grande do Sul), serão realizados em Porto Alegre (21/1), São Paulo (23/1), Rio de Janeiro (25/1) e Belo Horizonte (28/1). Informações adicionais em www.ticketsforfun.com.br.

Em São Paulo, o show será no estádio do Morumbi, com ingressos custando entre R$ 100 a R$ 640. A banda inclui, além de Grohl, os músicos Taylor Hawkins(bateria e vocais), Nate Mendel (baixo), Chris Shiflett (guitarra) e Pat Smear (guitarra). O repertório dos shows trará músicas do novo álbum e também hits desses seus 20 anos de estrada.

Ouça Sonic Highways em streaming:

Dave Grohl dá pistas sobre fim do Foo Fighters

Por Fabian Chacur

O grupo Foo Fighters, um dos melhores do rock atual, está em vias de sair de cena? Se levarmos em conta algumas declarações de seu líder, o cantor, compositor e guitarrista Dave Grohl, a resposta é um sim contundente. O que, se se concretizar, será uma pena para quem curte rock visceral e de grande qualidade artística.

Em sua participação neste sábado (29) no Global Citizen Festival realizado no Central Park em Nova York perante mais de 60 mil pessoas, o ex-baterista do Nirvana falou algumas vezes sobre o assunto, entre uma canção e outra, e certamente deixou seus fãs arrepiados no mal sentido. Afinal, ninguém quer ver o fim da banda que idolatra.

Antes de tocar a quarta música de seu set list no show (Learning To Fly), o roqueiro americano soltou a seguinte frase, segundo matéria publicada no site americano da Billboard:

“Sem fazer muita onda em torno disso, não temos outros shows marcados para realizar depois desse aqui. Era isso, pessoal. Honestamente, não sei se iremos fazer isso novamente. E este é o melhor lugar para fazer isso pela última vez”.

Após tocar a última música da apresentação, Everlong, o roqueiro complementou: “não sei quando, mas a gente se verá novamente”. O evento também incluiu The Black Keys e Neil Young & Crazy Horse, que encerraram a festa do rock.

Se esse fim realmente se concretizar, ao menos poderemos dizer que o Foo Fighters sairá de cena no auge. Wasting Light, lançado em 2011, é seu álbum mais recente, e provavelmente o melhor de todos, com produção de Butch Vig (o mesmo de Nevermind, do Nirvana) e participações de Krist Novoselic (baixista do Nirvana) e Bob Mould (vocalista e guitarrista do seminal Husker Du). Vendeu muito e é excelente em termos musicais.

Dave Grohl é uma espécie de Phil Collins do grunge. Ele foi baterista do Nirvana na fase áurea da banda, entre 1990/1994. Com o fim do trio, lançou em 1995 o Foo Fighters, no qual investiu em seu talento como cantor, compositor e guitarrista, surpreendendo a todos, tal qual Phil Collins quando assumiu os vocais no Genesis, substituindo Peter Gabriel após ter sido apenas baterista durante anos. E deu super certo nos dois casos.

Ouça All My Life, com o Foo Fighters:

Joan Jett em plena forma e amando o rock

Por Fabian Chacur

Não tive o prazer, ou melhor, a honra de ver in loco o show de Joan Jett And The Blackhearts, realizado na noite deste sábado (7) na Chácara do Jockey (SP) como parte do Lollapalooza Brasil 2012. Mas ao menos tive a chance de curtir uns bons 20 minutos pela TV, e não poderia deixar de comentar o que vi e ouvi.

Do mesmo ano de Madonna e Michael Jackson (1958), a roqueira, ex-integrante das Runaways nos anos 70 e investindo em sólida carreira solo desde o fim daqueles anos 70 do século passado, mostrou-se em plena forma em todos os requisitos exigidos a uma celebridade: físico, artístico e energético.

Acompanhada por uma versão turbinada dos Blackhearts, banda da qual se destaca o produtor e tecladista Kenny Laguna, que acompanha a moça desde o início de sua carreira solo e foi parceiro na criação de seu selo fonográfico, Joan mandou bala em um rock raçudo, energético e sem firulas, daquele que conquista os roqueiros de corpo e alma.

Ouvi I Love Rock ‘N’ Roll, original do grupo Arrows que ela emplacou no primeiro lugar da parada americana há 30 anos, Crimson And Clover (gravação original é de Tommy James & The Shondels), AC/DC e Hate Myself For Loving You e vibrei muito com o carisma dessa verdadeira lenda do setor feminino do rock.

Só me pergunto uma coisa: quem foi a besta que colocou ela para tocar em um palco lá longe, e com o show terminando não mais do que 15 minutos antes da atração principal, os Foo Fighters? Pela TV, parecia impossível conseguir um bom lugar para ver o grupo de Dave Grohl para quem resolveu curtir Joan Jett. Enfim, quem viu na telinha não teve esse problema. Ao menos uma vantagem para quem não teve cash para comprar o ingresso. Buáááááá

Joan Jett e Foo Fighters no Chile cantam Bad Reputation:

John Fogerty grava com Foo Fighters e outros

Por Fabian Chacur

John Fogerty nos visitou pela primeira vez em maio de 2011 com shows realmente inesquecíveis. E pelo visto o ex-líder do Creedence Clearwater Revival não parece ter vontade de se aposentar tão cedo. Em matéria publicada no site da Billboard, foi divulgado que em breve ele lançará Wrote a Song For Everyone, pela gravadora Vanguard Records.

Ainda sem data para chegar às lojas, o trabalho, que será seu primeiro desde The Return Of The Blue Ridge Rangers (2009), tem tudo para fazer barulho no cenário do rock e por tabela nas paradas de sucesso.

O repertório do trabalho irá misturar clássicos escritos por Fogerty e composições inéditas, e uma verdadeira constelação de astros marcará presença nas gravações. Fortunate Son, por exemplo, será relida em parceria com os Foo Fighters, enquanto Who’l Stop The Rain terá o vozeirão do veterano Bob Seger. Dois megahits do CCR, por sinal.

Também estão escalados para Wrote a Song For Everyone feras como Keith Urban, Brad Paisley, Alan Jackson, Miranda Lambert e os grupos My Morning Jacket e Dames. Não se assustem se esse álbum estrear ao menos no Top 5 da parada do país de Barack Obama.

Grammy 2012 consagra a britânica Adele

Por Fabian Chacur

Como já era previsto, a edição 2012 dos Grammy Awards, o Oscar da música, teve uma dona. Trata-se de Adele. A cantora britânica ficou com os três principais prêmios na noite deste domingo (12), os de Gravação do Ano e Canção do Ano (ambos com Rolling In The Deep) e Álbum do Ano (por 21).

De quebra, a estrela de 23 anos ainda levou nas categoria Melhor Performance Pop Solo e Melhor Álbum Pop Vocal. Rolling In The Deep faturou em Melhor Videoclipe, enquanto Paul Epworth ganhou o prêmio de Melhor Produtor de Música Popular do Ano por trabalhar com ela, o grupo Foster The People e o cantor Cee Lo Green.

Se não ganhou nas principais categorias, o grupo Foo Fighters também saiu repleto de troféus importantes. Cinco, para ser mais preciso: Melhor Disco de Rock (por Wasting Light), Melhor Performance de Rock (por Walk), Melhor Performance Hard Rock/Metal (por White Limo), Melhor Musica de Rock (por Walk) e Melhor Vídeo de Longa Duração (por Back And Forth).

Whitney Houston, que deveria estar presente à cerimônia e morreu de forma trágica na noite anterior (sábado-11), foi homenageada em performance de Jennifer Hudson. Outra estrela morta há pouco, Etta James, também recebeu um tributo por parte da organização do troféu.

A boa notícia para os fãs de Adele ficou por conta de sua ótima performance ao vivo durante o evento, provando que ela se recuperou muito bem da operação que teve de fazer no fim de 2011.

Veja Rolling In The Deep ao vivo nos Grammy Awards 2012:

Foo Fighters voltam com CD pra lá de bom

Por Fabian Chacur

A afirmação é óbvia, mas merece ser repetida: Dave Grohl é o Phil Collins da geração grunge.

Não há como não comparar as trajetórias dos dois, logicamente deixando estilos e tendências musicais seguidas por cada um à parte.

Os dois começaram tocando bateria e sendo coadjuvantes em bandas que ficaram famosas e, posteriormente, provaram que tinham talento para ir muito além de simplesmente defender com galhardia as baquetas de algum time.

No caso de Collins, a virada ocorreu com a saída do vocalista Peter Gabriel do Genesis, em 1975.

Com a trágica morte de Kurt Cobain em 1994 e o inevitável fim do Nirvana, o baterista Dave Grohl ficou com uma estrada aberta à sua frente para fazer o que quisesse.

Pois em 1996 ele surpreendeu o mundo ao montar o Foo Fighters, projeto no qual se incumbe de vocais, composições e guitarra, acompanhado por músicos que mudaram nesses 15 anos, mas sem perder a qualidade.

Nesses anos todos, ficou claro que Grohl é realmente um talento exponencial, pois canta bem, toca guitarra com categoria, compõe com estilo e também toca bateria com fúria e estilo.

Após integrar o supergrupo Them Crooked Vultures ao lado de John Paul Jones (Led Zeppelin) e Josh Homme (Queens Of The Stone Age), ele retoma sua banda titular em grande estilo.

Wasting Light, sétimo trabalho dos Foo Fighters, entrou direto no primeiro lugar na parada americana, vendendo em uma semana 235 mil cópias, e dando ao grupo sua primeira vez no topo do mercado fonográfico mais importante do mundo.

Até aí, só falamos de negócios. O bacana mesmo é que Grohl fez por merecer essa façanha comercial, oferecendo aos fãs 11 músicas não menos do que excelentes.

A ótima mistura de punk, hard rock, pop, grunge e rock básico que marca os Foo Fighters aparece mais azeitada do que nunca a partir da faixa de abertura, a incendiária Bridge Burning.

Dear Rosemary, uma das melhores do álbum, nasceu histórica, pois reúne duas gerações do rock.

Junto a Grohl, temos na guitarra e vocais Bob Mould, ex-integrante da seminal, subestimada e efêmera banda americana Husker Du, que nos anos 80 foi uma da precursoras do grunge e nos proporcionou álbuns como o fantástico Candy Apple Gray (1986, faz parte dos Discos Indiscutíveis de Mondo Pop).

Em I Should Have Known, quem aparece no baixo e acordeon é Krist Novoselic, ex-colega de Nirvana.

A energética e melódica Rope, a primeira faixa de trabalho, está sendo divulgada com um clipe que consegue ser simples e criativo ao mesmo tempo. Não deixe de vê-lo.

Wasting Light é para se ouvir de ponta a ponta, numa enfiada só. E você vai querer ouvir de novo, e de novo, e de novo…

Rock energético, bem elaborado e que consegue carregar a bandeira do que de melhor esse estilo nos proporcionou nesses anos todos. Belo retorno, Dave Grohl!

Veja This Is a Call ao vivo no programa de Dave Letterman:

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