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Banda mineira Gamp relê um clássico hit de 1997 de Lenine

gamp banda de rock-400x

Por Fabian Chacur

A banda mineira Gamp aparece com uma boa surpresa. Trata-se de uma releitura de Hoje Eu Quero Sair Só, clássico hit lançado por seu autor, Lenine, em seu maravilhoso álbum O Dia Em Que Faremos Contato (1997). A canção, parceria do astro pernambucano com Mú Chebabi e Caixa Aragão, é uma das melhores do mestre pernambucano, e periga voltar aos charts.

A regravação do grupo oriundo de Belo Horizonte tem andamento mais rápido, tipicamente pop rock, sem no entanto subverter a bela melodia original. O resultado ficou muito bacana, com belos riffs de guitarra e performance vocal impecável de Bernardo Viana, que integra o time ao lado de Matheus Ribeiro (guitarra e violão), Eduardo Dequech (guitarra e violão), Euclydes Bomfim (baixo e vocais) e Lucas Bastos (bateria).

O Gamp lançou seu álbum de estreia, Keep Rockin’ (2014), pela Som Livre (leia a resenha de Mondo Pop aqui). A nova versão de Hoje Eu Quero Sair Só já está disponível em todas as plataformas digitais, e não tem previsão por enquanto de ser lançada no formato físico.

Hoje Eu Quero Sair Só– Gamp:

Hoje Eu Quero Sair Só (clipe)- Lenine:

Banda Gamp estreia com um CD coeso e de puro pop rock

gamp grupo de rock brasileiro 2-400x

Por Fabian Chacur

O rock brasileiro continua mostrando as suas garras, independente de modismos. Mais uma prova acaba de chegar de Belo Horizonte (MG). Trata-se de Keep Rockin’, álbum de estreia da banda Gamp. Lançado pela Som Livre, o trabalho aposta em um rock básico e sem firulas ou frescuras, indo direto ao ponto, mas com categoria e capricho suficientes para impressionar bem o ouvinte.

Integram o time Bernardo Viana (vocal), Matheus Ribeiro (guitarra e violão), Eduardo Dequech (guitarra e violão), Euclydes Bomfim (baixo e vocais) e Lucas Bastos (bateria). No álbum, temos participações especiais de um naipe de metais formado por Altair Martins (trompete), Marlon Sette (trombone) e Bidu Cordeiro (trombone baixo) e do tecladista Maycon Ananias, que ajudam a encorpar com bom gosto a sonoridade em algumas faixas.

As influências mais nítidas notadas no som do Gamp remetem ao rock brasileiro dos anos 80, especialmente de Barão Vermelho, Cazuza e Capital Inicial, e dos clássicos Raul Seixas, Rolling Stones, Bob Dylan e Rita Lee, além de um quê do CPM 22, especialmente no vocal de Bernardo, cujo estilo e timbre de certa forma combinam o de Dinho Ouro Preto com o de Badaui, da banda paulista.

Os grandes méritos de Keep Rockin’ são a coesão instrumental e vocal apresentadas pelo quinteto e a ótima seleção de repertório, que é bem equilibrada e mescla composições dos integrantes da banda com canções escritas por feras como Leoni, Paulinho Moska e a jovem Roberta Campos. A produção de Rodrigo Vidal é bem sóbria e eficiente.

São várias as faixas legais desse disco de estreia da banda Gamp, sempre com letras inteligentes e que fogem dos lugares comuns do gênero. Vinil, por exemplo, é bem sacada e bem humorada. Hora de Pular do Trem contagia logo nos primeiros momentos, enquanto Recomeçar, Te Redesenhar e Vermelho e Preto equivalem a boas variações de pop rock.

No fim das contas, Keep Rockin’ equivale a uma respeitável estreia dessa banda mineira que soa totalmente universal e cuja coesão vocal e instrumental dão a impressão de que se trata de um quinteto que veio para ficar. Sem apostas em redundâncias e fugindo do óbvio, merecem ser conhecidos pelo público roqueiro brasileiro.

Hora de Pular do Trem– Gamp:

Te Redesenhar– Gamp:

Vinil– Gamp:

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