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O versátil Marcus Miller volta para dois shows em São Paulo

Marcus Miller

Por Fabian Chacur

Marcus Miller é um daqueles talentos multifacetados não muito frequentes no mundo da música. Baixista, tecladista, compositor, produtor, arranjador, o cara é bom em todas essas áreas. De quebra, navega por vários estilos musicais. Ele será a atração no dia 6 de agosto (quarta-feira) no Bourbon Street (rua dos Chanés, 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100).

Ao lado de Lee Hogans (trompete), Alex Han (saxofone), Brett Williams (teclados), Adam Agati (guitarra) e Louis Cato (bateria), Miller dará uma geral no seu repertório como artista solo, em show instrumental com ênfase em jazz e funk no qual tocará baixo elétrico e baixo clarinete. O show terá duas sessões no mesmo dia, uma às 21h e outra às 23h30, com ingressos entre R$120,00 a R$ 230,00 para cada uma delas.

Nascido em 1959, Marcus Miller é filho de músico e já tocava aos 13 anos de idade. Identificado com a música negra, ele no entanto nunca se restringiu a ela. Em seu extenso currículo, conta com trabalhos ao lado de astros tão diversificados como Donald Fagen, Eric Clapton, George Benson, Wayne Shorter, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Roberta Flack, Billy Idol, Jay-Z, Paul Simon, Mariah Carey etc. E tome etc!

Além de atuar como baixista, produtor e arranjador, ele também é compositor dos bons e dono de uma carreira solo repleta de bons trabalhos, entre os quais podemos destacar os álbuns The Sun Don’t Lie (1993) e Tales (1995). Ele também fez trilhas para filmes e séries de TV, entre os quais a da divertida série Todo Mundo Odeia o Cris, sempre reprisada na TV Record e em canais a cabo.

Sempre aberto a novas parcerias, ele integrou dois supergrupos: o S.M.V. ao lado de Stanley Clarke e Victor Wooten e o DMS com George Duke e David Sanborn, formações com as quais fez shows e gravou discos. Calcula-se que ele tenha participado de mais de 500 álbuns, sempre acrescentando muito a cada trabalho ao qual se dedicou.

Power (live)- Marcus Miller:

Show de Marcus Miller realizado em 2012, na íntegra:

Pedro Lima une belas canções e improviso em CD Liberdade

pedro lima foto

Por Fabian Chacur

Há 15 anos trabalhando no meio musical, Pedro Lima é conhecido como produtor, guitarrista e compositor. Ele atua na área de jingles, além de ter gravado com nomes importantes da atual cena musical, como Marina de La Riva, Fabiana Cozza, Thaís Gullin, Luciana Mello e Simoninha, entre outros.

Ele também desenvolve uma carreira solo que acaba de gerar seu segundo fruto, o CD Liberdade, no qual investe em sete composições individuais, uma inusitada parceria com a escritora Hilda Hilst e o standard do jazz americano The Best Is Yet To Come. Um trabalho sofisticado e muito bom de se ouvir.

Em entrevista exclusiva a Mondo Pop, Pedro Lima fala sobre o novo álbum (sucessor de Se Você Diz Não) e também sobre outros fatos relativos à sua bem-sucedida trajetória profissional.

Mondo Pop-Quais as principais diferenças entre Liberdade e Se Você Não Diz, seu primeiro trabalho solo?
Pedro LimaSe Você Diz Não é de 2009, um outro momento musical pra mim. Estava mais preocupado em ser mais popular. Foi produzido por um outro músico. Já em Liberdade eu mesmo o produzi e me preocupei menos em ser popular, quis valorizar os improvisos. Quis também mostrar mais meu lado instrumentista.

Mondo Pop- Para mim, Liberdade consegue conciliar um repertório de canções com bons espaços para improvisações, algo não tão fácil de se fazer. Esse era o seu objetivo com esse álbum?
Pedro Lima– Sim!! Há muitos instrumentistas da cena paulista fazendo solos no disco. Eu mesmo improviso em algumas faixas.

Mondo Pop- O álbum foi gravado durante um período de quase quatro anos. O conceito que você tinha em relação a ele mudou durante todo esse período ou se manteve?
Pedro Lima– O conceito se manteve, porque era calcado nas canções. Algumas músicas apareceram mais para o final do processo, como foi o caso de Leve Comigo.

Mondo Pop- Que critérios você seguiu para escolher os músicos que participaram do CD?
Pedro Lima– Amizade e afinidade com eles.

Mondo Pop- Como surgiu a ideia de reler o standard The Best Is Yet To Come?
Pedro Lima– Sempre adorei esse standard americano. As gravações de Frank Sinatra e Joshua Redman me marcaram muito.

Mondo Pop- Leve Comigo também foi gravada como Dance Avec Moi, com letra em francês, para o projeto Marie Madeleine Music (leia resenha desse CD aqui). Fale um pouco de como surgiu essa música, e compare as duas versões.
Pedro Lima– Essa música surgiu por encomenda para esse projeto para a Luciana Mello cantar. Eu gostei muito do resultado e resolvi fazer também uma versão em português. A versão em português é mais simples, só de voz e violão, resgatando esse formato no qual investi durante um tempo tocando em bares em Londres.

Mondo Pop- Você participa de trabalhos alheios e também atua na área de jingles publicitários. Isso te ajuda a ampliar os horizontes musicais, te dá uma visão mais eclética da música?
Pedro Lima– Sim! Aprendi a ficar bem mais eclético! O lema de quem trabalha com trilha é: “trilheiro não tem praia, tem barquinho”. Na ideia de que visita diversas praias musicais, mas não se apega a nenhuma.

Mondo Pop- Como surgiu a ideia de musicar os textos da Hilda Hilst na canção Tu Não Te Moves de Ti? Há planos de outras experiências desse tipo com textos dela ou de outros autores?
Pedro Lima– Acho difícil musicar poesia. Fiz uma livre adaptação de um livro de prosa de Hilda. Acho o trabalho dela incrível, mas não sei se me aventuraria a musicar poesia mesmo.

Mondo Pop- Você recentemente atuou no projeto Marie Madeleine Music (leia resenha do CD aqui), que concilia de forma criativa e original o lado promocional da boutique gourmet com um conteúdo musical que também soa bem fora desse contexto. Fale um pouco da importância dessa experiência para você.
Pedro Lima– Foi muito bacana, porque envolveu músicas originais com letras em francês. Considerando o estilo de cada intérprete, e tendo liberdade criativa. Foi muito bom compor e arranjar sob encomenda.

Mondo Pop- Você fará shows para divulgar Liberdade? Se a resposta for afirmativa, como serão esses shows e que músicos estarão com você no palco?
Pedro Lima– Sim, estamos planejando um lançamento muito em breve. Infelizmente não poderei colocar todos os músicos no palco, mas uma boa parte deles estará presente.

Standards marcam o show do David Kerr & Canastra Trio

Por Fabian Chacur

David Kerr & Canastra Trio serão a atração desta quinta-feira (5) às 22h do restaurante e bar Central das Artes (rua Apinajés, 1.081-Sumaré- fone 0xx11-3670-4040), com couvert artístico a R$ 20,00. O repertório sofisticado e delicado certamente fará a alegria de quem curte jazz e especialmente os grandes standards da música americana da primeira metade do século XX. Belo material.

David Kerr (voz e trompete), Rodrigo Braga (piano), Gustavo Sato (baixo) e Edu Nali (bateria) mergulham de cabeça nos grandes clássicos do jazz americano formato canção, selecionando a dedo composições de mitos como George Gershwin, Duke Ellington e Cole Porter, só para citar alguns. Não por coincidência, várias delas integraram o repertório de Frank Sinatra, o grande mestre dessa praia e um dos responsáveis por eternizar tais canções.

Músicas como Cheek To Cheek marcam uma era na música americana (dos anos 1920 aos 1940, mais ou menos) na qual as músicas mais populares eram ao mesmo tempo acessíveis ao ouvido do público comum da época e extremamente sofisticada. Falavam de amores encontrados e perdidos, de solidão, de esperanças, de alegria, da vida. E ficaram definitivamente no imaginário de quem ama música de altíssima qualidade.

Ouça Cheek To Cheek (ao vivo), com David Kerr & Canastra Trio:

Patty Austin fará shows em Parati e SP

Por Fabian Chacur

Patty Austin, talentosa cantora americana com extenso currículo, será uma das atrações da 6ª edição do Bourbon Festival Paraty, com apresentação marcada para o dia 25 (domingo) às 21h no palco Matriz. Ela também se apresentará em São Paulo no dia 27 (terça-feira) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 170,00.

Nascida no bairro do Harlem, em Nova York, no dia 10 de agosto de 1950, Patty Austin começou a cantar ainda criança, e já aos 5 anos de idade conseguia um contrato com a RCA Records. Filha de um músico de jazz, ela desenvolveu de forma admirável seu talento nos anos seguintes, tendo como padrinhos musicais o lendário produtor Quincy Jones e a cantora Dinah Washington.

Destacar momentos importantes da trajetória de Miss Austin é uma tarefa difícil, pois são muitos. Em 1979, por exemplo, ela participou do multiplatinado álbum Off The Wall, de Michael Jackson, cantando em dueto com o Rei do Pop a música It’s The Falling In Love. Pouco depois, em 1980, faria um dueto com George Benson (com quem trabalhou como backing vocal em diversos álbuns) na música Moody’s Mood.

Seu parceiro de maior sucesso foi o cantor James Ingram. Juntos, gravaram duas músicas que entraram no top 10 de singles nos EUA, as envolventes How Do You Keep The Music Playing? e Baby Come To Me. Também trabalhou com artistas como Johnny Mathis, Roberta Flack, Paul Simon e Cat Stevens, além de ter gravado uma música do nosso Ivan Lins. Do You Love Me?/ The Genie foi outro sucesso importante.

Depois dessa fase áurea na área do rhythm and blues entre o fim dos anos 1970 e o começo dos anos 1990, Patty começou a se dedicar um pouco mais à sua primeira paixão, o jazz, e foi nessa seara que ganhou seu primeiro Grammy, o Oscar da música. Isso ocorreu em 2007 com o álbum Avant Gershwin, na categoria melhor álbum de jazz vocal, em trabalho dedicado à obra de George Gershwin (1898-1937), um dos maiores compositores da história da música.

Patty Austin, que veio ao Brasil pela primeira vez aos 15 anos como backing vocal da banda de seu mentor Quincy Jones, terá a seu lado em seus shows por aqui uma banda integrada por Steve Hass (bateria), Mike Ricchiuti (piano), Sandro Albert (guitarra) e Richard Hammond (baixo). Como grande atração, sua belíssima voz, uma das mais versáteis e bem trabalhadas da música americana de ontem, hoje e sempre.

Baby Come To Me, com Patty Austin e James Ingram:

It’s The Falling In Love– Michael Jackson e Patty Austin:

Moody’s Mood– George Benson e Patty Austin:

Bryan Ferry e seu genial The Jazz Age

Por Fabian Chacur

Bryan Ferry sempre foi muito além de um simples rock star. Culto, o cantor, compositor e músico britânico nascido em 26 de setembro de 1945 é um grande conhecedor de artes e literatura, e nunca se restringiu ao gênero musical que o popularizou, dando provas de ser especialista em jazz e soul music. Seu novo CD, The Jazz Age, é mais uma prova de sua imensa criatividade. Coisa de gênio mesmo, sem dúvida.

O álbum parte de um conceito bastante original. Ele selecionou 13 músicas de todas as fases de sua carreira, tanto a solo como a da banda que o tornou conhecido, a Roxy Music, e as verteu para o estilo do jazz instrumental dos anos 20, fase denominada pelos especialistas dessa área como The Jazz Age. O repertório é abrangente e vai desde Virginia Plain (1972, primeiro single do Roxy Music) até Reason Or Rhyme, de seu mais recente (e belíssimo) álbum solo, Olympia (2010).

Para interpretar as músicas, ele montou a The Bryan Ferry Orchestra, liderada pelo pianista e arranjador Colin Good e integrada por mais 14 músicos. Ferry não toca um único acorde no álbum, e atua como coprodutor ao lado do parceiro de tantos outros trabalhos Rhett Davies. E volto a ressaltar: o trabalho é totalmente instrumental, algo incomum para um cantor.

De quebra, a sonoridade da gravação procura reproduzir o clima dos discos de cera e de 78 rotações de antigamente, com aquele delicioso som meio abafado e repleto de positiva nostalgia. Além disso, o álbum em CD conta com uma embalagem digipack capa dura tipo livro, com direito a encarte luxuoso, papel sofisticado e ilustrações belíssimas assinadas por Paul Colin, além de textos explicando de forma minuciosa o conceito em torno do álbum.

Difícil não se arrepiar ao ouvir releituras tão diferentes e criativas de clássicos do repertório do astro britânico como Do The Strand, Love Is The Drug, Avalon, The Bogus Man, Slave To Love e Don’t Stop The Dance. Aos 68 anos, Bryan Ferry demonstra que não quer saber de cair na estagnação, sempre investindo em material de alta qualidade artística e proporcionando maravilhas como este The Jazz Age a seus inúmeros fãs. Em uma única palavra: discaço!

Veja o making off de The Jazz Age:

Ouça Do The Strand, com The Bryan Ferry Orchestra:

Joni Mitchell, a autora das canções atemporais

Por Fabian Chacur

Nesta quinta-feira (7/11), uma certa Joni Mitchell atinge a marca de 70 primaveras completadas. E quem é ela para ser tão reverenciada, tão relembrada, tão citada, sempre por gente com estatura suficiente para ter suas opiniões respeitadas? Quem é essa loira de feições duras, embora com um quê de doçura, mas que certamente intimida muitas pessoas? Eis algumas pistas.

Não sei se gostaria de conhece-la pessoalmente. Às vezes, é melhor manter distância dos ídolos. E quem já leu sobre essa cantora, compositora e musicista canadense sabe que a mulher tem um temperamento bastante peculiar. Ou pelo menos aparenta isso. Mas o que de fato importa é que Miss Mitchell merece todos os elogios que pudermos fazer a ela na área da música popular. E vamos a alguns deles.

Joni Mitchell é uma das pioneiras nessa história de mulher merecer o respeito no meio do rock, folk e música pop e trincar o até então eterno Clube do Bolinha. Ao lado de Laura Nyro e Carole King, forma a santíssima trindade do pioneirismo e da força feminina nos anos 60/70. Lógico que temos Janis Joplin, Grace Slick e outras, mas aqui nessa trinca temos um caso de autossuficiência total e de influência total sobre quem veio depois.

No caso específico da nossa agora setentona, a moça começou na cena folk, proporcionando a nós canções incríveis como Both Sides Now, The Circle Game e Woodstock. Nos anos 70, foi aos poucos ampliando seus horizontes e incorporando doses de rock, jazz e experimentalismo na sua receita, sem nunca deixar de lado o bom gosto, a ousadia e a paixão pelas canções.

Em 1974, lançou um álbum simplesmente espetacular, Court And Spark, que inclui diamantes do mais alto quilate como Help Me (a música que me fez virar fã dela), Free Man In Paris e tantas outras. Aqui, o jazz, os ritmos quebrados e os arranjos elaborados já haviam tomado a ponta da coisa, mas sem deixar a sensibilidade pop ser engolida.

A partir daí, a vida da moça só nos proporcionou coisas boas. Aliás, como já vinha proporcionando desde aquele impressionante começo nos anos 60, com direito a disco de estreia produzido pelo seletivo David Crosby, namoro e parceria com Graham Nash etc. Sempre com uma voz de timbre lírico e agridoce e um violão simplesmente cativante para acompanhar suas canções. Gravou até com Charles Mingus, um dos grandes mestres do jazz.

Nos anos 80, alguns fãs de mente menos aberta torceram o nariz para seu mergulho na sonoridade eletrônica de então, que gerou o espetacular Dog Eat Dog (1985), que inclui uma das faixas mais belas de todo o seu brilhante repertório, Impossible Dreamer. E nos anos 90, a obra da moça teve o retorno às paradas de sucesso e aos Grammys da vida que merecia com o estupendo Turbulent Indigo (1994).

E tem também as letras, sempre profundas e investindo em temas relevantes e universais como as inúmeras curvas e retas dos relacionamentos afetivos, o medo do futuro, a insegurança quanto aos caminhos que seguimos, as paixões, os maravilhosos gatos… Acho que eu tremeria feito vara verde na frente dessa mulher, pelo tamanho de sua obra e a emoção que algumas de suas canções me proporcionam.

Curta cinco canções inesquecíveis desse maravilhoso acervo que é a obra de Joni Mitchell. Que ela possa viver com saúde por muitos e muitos anos mais. Uma coisa, no entanto é fato: estamos por aí, vivendo e dando voltas e voltas nesse “circle game”.

Impossible Dreamer – Joni Mitchell

Help Me- Joni Mitchell

Big Yellow Taxi- Joni Mitchell

Both Sides Now – Joni Mitchell

The Circle Game – Joni Mitchell

Ricardo Baldacci Trio toca no Central das Artes

Por Fabian Chacur

O Ricardo Baldacci Trio, expoente do swing jazz no Brasil, está lançando seu novo CD, Tain’t What You Do, It’s The Way You Do It, que também será disponibilizado no mercado internacional. Eles mostram o repertório desse trabalho e outras músicas em apresentação nesta quinta-feira (7) a partir das 21h30 no restaurante, creperia e bar Central das Artes (rua Apinajés, 1.081- Sumaré-SP- fone 0xx11 3670-4040), com couvert artístico a R$ 25.

Na estrada desde 2010 e integrado por Ricardo Baldacci (vocal e guitarra), Hercules Gomes (piano) e Ricardo Ramos (baixo acústico), o RBT investe no jazz swingado que viveu seu auge nos anos 30 e 40 do século passado, e que teve como seguidores mestres do naipe de Frank Sinatra, Nat King Cole e Sammy Davis Jr.. Um som ao mesmo tempo sofisticado, delicado e altamente dançante.

Aliás, essa musicalidade inspirou um estilo de dança intitulado Lindi Hop, surgido no Harlem de Nova York nos anos 20 e 30 e soma de outras danças como Charleston, Breakaway e sapateado. O trio brasileiro já participou de alguns eventos dedicados ao Lindi Hop, além de ter tocado na Suécia e no Paraguai, divulgando seu estilo que tem como marca não ter bateria, apesar de ser muito rítmico.

Tain’t What You Do, It’s The Way You Do It teve a colaboração de Bill Moss, produtor e engenheiro de som que tem amplo conhecimento da sonoridade do jazz de Nova York, e conta com a participação do trio vocal sueco The Hebbe Sister. Ricardo Baldacci e seus afiados asseclas também gravaram um DVD ao vivo em 2011, Hello Mr. Cole, no qual mostram seu balanço e sua técnica swingada.

Thain’t What You Do, It’s The Way You Do It, com o Ricardo Baldacci Trio:

Exposição traz fotos de Mario Luiz Thompson

Por Fabian Chacur

Mario Luiz Thompson é um dos nomes mais lembrados pelos especialistas quando o assunto é fotografia de grandes nomes da música. Com 68 anos de idade, mais de 40 deles dedicados aos registros fotográficos, ele possui em seu acervo cliques históricos. Alguns deles podem ser vistos na exposição Jazz & Blues, que fica até o dia 9 de setembro no Central das Artes, em São Paulo.

Nascido em São Paulo em 28 de abril de 1945, Thompson começou a ficar conhecido no meio musical a partir dos anos 70, quando suas fotos começaram a aparecer em reportagens, exposições e até mesmo capas e contracapas de discos clássicos, entre os quais Vivo! (Alceu Valença), A Tábua de Esmeraldas (Jorge Ben) e Doma (Almir Sater), só para citar alguns bem bacanas.

Definido por Gilberto Gil como “amante e devoto da deusa música”, Mario Luiz apresenta nesta seleção de fotos extraídas de seu riquíssimo acervo instantâneos de grandes astros do jazz e do blues internacional em passagens desses mestres pelo Brasil. Entre outros, temos aqui flagrantes de Chet Baker, Miles Davis, B.B. King, Dizzie Gillespie, Etta James, Ray Charles e outras feras desse imenso gabarito.

O restaurante Central das Artes- Comida, Diversão e Arte, fica na rua Apinajés, 1.081- Sumaré, fone (0xx11) 3670-4040 (www.centraldasartes.com.br), e abre das 12h à meia-noite, sendo que a entrada para ver a exposição é gratuita. O belíssimo acervo independente de Mario Luiz Thompson pode ser apreciado online no site do fotógrafo, http://www.mario-luiz-thompson.com/.

Duo homenageia Chet Baker no GOA

Por Fabian Chacur

Chet Baker (1929-1988), um dos nomes mais peculiares e marcantes da história do jazz, será homenageado dentro do projeto Audições, que tem como palco o GOA-Gastronomia Saudável (rua Cônego Eugênio Leite, 1.152- Pinheiros- fones 3031-0680 e 3097-9536), com couvert artístico a R$ 20. As apresentações rolam nos dias 26 e 27 de julho (sexta e sábado) às 21h30.

Os shows serão protagonizados por Daniel Szafran (piano e voz) e Cláudio Faria (trompete e flugelhorn), que tocarão canções que fizeram parte do repertório do jazzista americano e outras que poderiam perfeitamente ter sido interpretadas pelo cantor e músico. O duo possui mais de 20 anos de parceria e belo entrosamento.

O nome de Chet Baker começou a se tornar conhecido do público americano na década de 50, inicialmente como integrante do quarteto de Gerry Mulligan e depois em carreira solo, cujo marco inicial de sucesso foi o álbum Chet Baker Sings (1956), no qual seu estilo cool de interpretar acabou influenciando a bossa nova, por exemplo.

Suas interpretações classudas e personalizadas para Embraceable You, Let’s Get Lost e It Could Happen To You se tornaram clássicas, assim como sua pinta de galã e o consumo excessivo de drogas e bebidas alcoólicas. Ele era cantor e também tocava trompete e flugelhorn, e há quem o prefira como músico. O cara, na verdade, era bom nas duas searas.

Nos anos 80, ele fez o solo de sopros na música Shipbuilding, gravada por Elvis Costello no álbum Punch The Clock (1983). Baker também incluiu uma composição do astro do rock inglês, Almost Blue, em seu repertório de shows. Ele tocou em um festival de jazz no Brasil em 1985 com músicos daqui e morreu em um quarto de hotel em Amsterdã Holanda, em 1988.

Ouça Daniel Szafran e Cláudio Faria interpretando Chet Baker:

Antonio Adolfo fará show gratuito em SP

Por Fabian Chacur

Não é todo dia que um músico do gabarito de Antônio Adolfo toca em São Paulo. Ainda mais se a apresentação tem entrada gratuita. Pois o fato raro ocorrerá nesta sexta-feira (12) às 20h no Itaú Cultural (avenida Paulista, 149- fone 0xx11- 2168-1777). Os ingressos poderão ser retirados meia-hora antes do show, mas recomenda-se chegar antes.

A visita desse consagrado compositor, arranjador e tecladista deve-se ao fato do lançamento de seu mais recente CD, o excelente Finas Misturas (leia crítica aqui). Nele, temos a mistura de temas próprios e clássicos do jazz, em somatória inspirada e bem concatenada.

Além de Adolfo nos teclados, teremos no palco os experientes e talentosos Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra) e Rafael Barata (bateria), com a participação especial do saxofonista Mauro Senise, outra “cobra criada”. O repertório trará faixas do novo álbum e outras de seus mais de 40 anos de carreira.

Antônio Adolfo tornou-se conhecido inicialmente como líder do grupo A Brazuca e autor de sucessos como Sá Marina, Juliana e Teletema, gravados e interpretados ao vivo por nomes como Wilson Simonal, Ivete Sangalo, Stevie Wonder e inúmeros outros.

Sua carreira solo inclui clássicos como o álbum Feito Em Casa (1977), um dos pioneiros da produção independente no Brasil e incluindo faixas marcantes como Aonde Você Vai e a faixa título. Ele está morando nos EUA há seis anos, onde tem uma escola de música.

Ouça Aonde Você Vai, com Antônio Adolfo:

Ouça Feito Em Casa, com Antônio Adolfo:

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