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Birdy nos oferece amostras do seu novo trabalho, Portraits

birdy single 400x

Por Fabian Chacur

Dou risada quando vejo gente reclamando pelo fato de, hipoteticamente, não existirem nas novas gerações artistas que invistam em canções. Tolice. Basta procurar. Um bom exemplo é a cantora e compositora britânica Birdy. Aos 27 anos, ela nos oferece um material consistente e que evolui a cada novo lançamento. Sairá no dia 18 de agosto o seu 5º álbum, Portraits, pela Warner, e já temos 4 boas amostras deste trabalho disponíveis.

Jasmine Lucilla Elizabeth Jennifer Van Der Bogaerde, seu nome de batismo, nasceu em 15 de maio de 1996 e iniciou a carreira ainda muito jovem, participando de concursos televisivos. Seu álbum de estreia, Birdy, saiu em 2011. Das releituras de material alheio ela aos poucos passou a investir em material autoral, e já participou de trilhas de filmes e de festivais massivos.

Portraits será o sucessor de Young Heart (2021), que atingiu o 4º posto na parada britânica. As 4 canções já divulgadas são muito boas. Raincatchers, por exemplo, é bastante influenciada por aquele estilo grandioso e reflexivo de Kate Bush, além de trazer ecos da interpretação vocal intensa de Adelle. Uma pequena obra-prima de Birdy.

Paradise Calling (ouça aqui), por sua vez, é dominada por sintetizadores e um clima dançante que traz ecos do trabalho de bandas de synth pop como o A-ha. Tente ficar parado ouvindo essa canção deliciosa.

Heartbreaker (ouça aqui) surge com um clipe muito profundo sobre a relação com um ser fora dos padrões, e também remete ao estilo de Kate Bush, mas sem cair na mera diluição, e com direito a arranjo inteligente e ganchos deliciosos que te levam a querer ouvir de novo e de novo.

O pacote de quatro canções se encerra com Your Arms (ouça aqui), delicada e belíssima balada romântica no melhor estilo piano e voz no qual Birdy nos mostra a beleza de seu timbre vocal. Se o resto do material tiver este mesmo alto nível, Portraits tem tudo para ser um dos álbuns de 2023 na seara pop.

Raincatchers (clipe)- Birdy:

Kate Bush faz sucesso com uma música com 37 anos de idade

kate bush 1985 400x

Por Fabian Chacur

É incrível o poder que a inclusão de uma música em um filme ou série pode ter para a divulgação de um artista. Um belo exemplo está em ação neste exato momento. Lançada há 37 anos, a canção Running Up That Hill, de Kate Bush, foi incluída com destaque na 4ª temporada da série Stranger Things, da Netflix, ambientada nos anos 1980. Pois essa faixa voltou com força total às paradas de sucesso de todo o mundo, e também nas plataformas digitais de música. Um fenômeno impressionante.

Running Up That Hill saiu originalmente em 1985, atingindo no formato single a 3ª posição na Inglaterra, e a de nº 30 nos EUA. O álbum do qual ela faz parte, Hounds Of Love, liderou a parada do Reino Unido e chegou ao 30º posto na terra de Bob Dylan. O clipe, no qual a cantora, compositora e musicista britânica mostra seus conhecimentos de balé, tornou-se rapidamente um clássico, e agora quebra recordes de visualizações no youtube e em outras plataformas de vídeo e áudio.

Hoje com 63 anos de idade e felizmente na ativa, Kate Bush enviou através de sua gravadora o seguinte depoimento, sobre a volta de sua clássica canção às paradas de sucesso:

“Quando os primeiros episódios começaram a sair, meus amigos me perguntavam se tínhamos visto Stranger Things, então fomos atrás da série e amamos. Nós assistimos todas as temporadas desde então, como uma família. Quando eles nos contataram para usar Running Up That Hill, dá para dizer que foi tomado um super cuidado em como ela seria usada, em qual contexto da história, e eu adorei o fato de que a canção fosse um amuleto positivo para a personagem Max. Estou muito impressionada com as últimos episódios. São um trabalho épico – extremamente bem feito, com personagens incríveis e efeitos sonoros fantásticos. É muito comovente que a canção tenha sido tão carinhosamente recebida, especialmente sendo impulsionada pelos fãs desse tipo de série. Estou muito feliz que os Duffer Brothers estejam recebendo um retorno tão positivo por sua última criação. Eles merecem.”.

Que isso incentive as pessoas a mergulhar na discografia de Kate Bush, iniciada em 1978 com o megahit Wuthering Heights e repleta de canções maravilhosas, que mesclam rock, música erudita, pop, experimentalismo e lirismo, sempre com letras maravilhosas e a voz simplesmente cativante dessa artista única, influência perene para todas as outras cantoras e compositoras que vieram posteriormente nesta mesma seara musical.

Running Up That Hill (clipe)- Kate Bush:

Georgia lança releitura de um clássico oitentista de Kate Bush

georgia 400x

Por Fabian Chacur

Quase um ano após lançar seu segundo e elogiado álbum, Seeking Thrills, a cantora, compositora, rapper, produtora e baterista britânica Georgia nos oferece uma versão digital recheada de faixas-bônus, intitulada Seeking Thrills- The Ultimate Thrills Edition, que traz diversos remixes de canções do trabalho original mais uma bela novidade. Trata-se da releitura de Running Up That Hill, de Kate Bush, faixa de destaque de um de seus LPs mais famosos e icônicos, Hounds Of Love (1985).

Bastante fiel à gravação original da autora, esta regravação traz no clipe que a divulga o bailarino contemporâneo Sid Barnes, que além de muito talentoso é irmão de Georgia. Aliás, já que tocamos no tema família, os dois são filhos de Neil Barnes, integrante do célebre duo britânico de música eletrônica Leftfield, que fez muito sucesso durante a década de 1990 participando de trilhas de filmes como Trainspotting e Vanilla Sky.

Em comunicado enviado à empresa, Georgia explica o porque da escolha desta música para uma regravação:

“Fechar os meus sets ao vivo com Running Up That Hill sempre me trouxe muita alegria, por isso tive a ideia de regravá-la. Mas não começou por aí. Kate Bush sempre fez parte da minha vida e é uma influência no meu trabalho desde as minhas primeiras notas. Meu pai e minha mãe sempre tocavam suas músicas, e quando eu comecei a entender como som e produção funcionavam, embarquei na minha jornada pessoal e íntima com a sua música. Para mim, isso é mais do que um cover, é emocionante e uma experiência que eu sempre levarei comigo.”

Running Up That Hill (clipe)- Georgia:

Musas do Pop reúne videos sem muito critério

Por Fabian Chacur

Tenho virado uma espécie de especialista em adquirir DVDs a preços acessíveis nas lojas Americanas da vida. O mais recente, Musas do Pop- Cyndi Lauper/Kate Bush (NFK), faz parte de uma série feita meio no tapa.

Afinal de contas, o que os trabalhos de Cyndi Lauper e Kate Bush tem em comum, exceto pelo fato de as duas serem mulheres? Lógico que ambas tem elementos pop em seus trabalhos, mas cada qual de sua forma.

Enfim, foram reunidos neste DVD sete videoclipes de cada uma. Os de Cyndi: Girls Just Want To Have Fun, She Bop, I Drove All Night, Time After Time, True Colors, Who Let In The Rain e Change Of Heart.

A qualidade de vídeo não é excelente, mas dá para o gasto, assim como o áudio. Os melhores clipes são os de Girls Just Want To Make Fun, Time After Time e She Bop. Teria sido legal se a vibrante Money Changes Everything e seu clipe no qual a cantora chuta uma lata de lixo tivesse entrado.

As sete faixas de Kate Bush são mais interessantes pelo fato de raramente serem exibidas por aí. São elas: Wuthering Heights, Babooshka, Running Up That Hill, Suspended In Gaffa, The Man With The Child In His Eyes, Don’t Give Up (com Peter Gabriel) e Sat In Your Lap.

Quem cresceu nos anos 70 certamente lembrará da performance acrobática de Kate no clipe de Wuthering Heights. As músicas são excelentes amostras do pop quase progressivo da cantora, compositora e tecladista britânica, com gravações feitas entre 1978 e 1986.

O destaque fica por conta da parceria dela com Peter Gabriel que fez parte de um dos álbuns dele (So, de 1986), e que é ao mesmo tempo simples e sofisticado, pois basicamente mostra os dois abraçados, com o rosto de cada um aparecendo no momento em que o mesmo sola.

Se na prática é um caça-níqueis (e vendido a R$ 15 em média, um preço razoável), Musas do Pop serve para preencher uma lacuna no mercado, já que não havia nada disponível de Kate Bush nesse formato, no Brasil.

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