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Sticky Fingers é relido ao vivo com maestria pelos Stones

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Por Fabian Chacur

Em 2006, quando iria iniciar as gravações de um show dos Rolling Stones para o que viria a ser o documentário Shine a Light (2008), o diretor Martin Scorsese entrou em pânico. Ao contrário do que poderia imaginar, ele não teve acesso prévio ao set list que a banda iria tocar, e dessa forma teve de improvisar seu trabalho. Isso é a cara do grupo liderado por Mick Jagger e Keith Richards, que sempre atuou no melhor estilo “bagunça organizada”. E foi dessa forma que eles gravaram Sticky Fingers Live At The Fonda Theater, DVD que integra a série Rolling Stones From The Vault.

Mas como assim “bagunça organizada?”, você deve estar se perguntando. Afinal de contas, estamos falando de uma banda que se mantém na ativa há mais de 50 anos, sempre com muito sucesso e uma infraestrutura digna de uma verdadeira transnacional roqueira. Se a organização existe, e sem dúvidas explica essa manutenção no topo do cenário rocker mundial, eles sempre tiveram um tempero rebelde, do tipo “vamos fazer do nosso jeito e dane-se o resto”.

Este trabalho é o exemplo mais concreto dessa postura das “Pedras Rolantes”. Eles se propuseram pela primeira vez em sua carreira a tocar ao vivo na íntegra o repertório de um de seus álbuns, mais especificamente o mitológico Sticky Fingers (1971). Para muita gente o melhor disco da ótima discografia do grupo britânico, trata-se de um marco na trajetória deles, quando ficou claro que os caras tinham se consolidado de vez no meio rocker.

Entre outras efemérides bacanas, conseguiu a inédita para eles façanha (que depois repetiriam várias vezes) de atingir o primeiro lugar nos EUA e no Reino Unido; estreou com força total o símbolo da língua que se tornou sua marca registrada. Deu o pontapé inicial na trajetória da sua própria gravadora, a RS Records, que tornou Jagger e Richards ainda mais ricos, e por aí vai. Um clássico supremo do rock and roll.

Só que, ao contrário da grande maioria dos outros grupos e artistas que se propuseram a apresentar trabalhos na íntegra, os Stones se recusaram a tocar ao vivo o repertório de Sticky Fingers na mesma ordem do registro de estúdio. Brown Sugar, por exemplo, que abre o LP, é a 11ª música a ser tocada no show. Dead Flowers, a 9ª do trabalho de estúdio, foi a 3ª no set list do show. E por aí vai… O mais engraçado: a abertura fica por conta de Start Me Up, que nem integra o trabalho em foco, sendo faixa de Tattoo You (1981).

Eles fizeram o seguinte: abriram o show com Start Me Up, em seguida tocaram as dez faixas de Sticky Fingers em seguida (mas sem a sequência do álbum original) e fecharam o show com um cover, Rock Me Baby, do amigo e ídolo B.B.King (que havia falecido seis dias antes da gravação deste DVD) e a empolgante Jumpin’ Jack Flash. Nos extras, temos três bônus: All Down The Line (do álbum Exile On Main Street, de 1972), When The Whip Comes Down (de Some Girls, de 1978) e um cover matador, I Can’t Turn You Loose, de Otis Redding, que na verdade encerrou o show, e sabe-se lá porque ficou aqui, nos bônus.

Ou seja, eles tocaram o álbum em pauta inteirinho, mas do jeito deles, e com direito a canções adicionais. E é aí que entra a organização da bagunça. As performances de Jagger e sua turma (os três colegas de banda mais sete impecáveis músicos de apoio, gerando uma espécie de “Orquestra Rolling Stones”) são simplesmente arrebatadoras. Pelo fato de o show ter sido realizado em um teatro bem menor do que os estádios onde normalmente atuam, criou-se um clima de maior proximidade e intimidade com a plateia, com ótimo resultado.

As performances dos quatro Stones são um capítulo à parte. Jagger, na época com 72 anos de idade, entrega ao público energia e carisma dignas de alguém com uns 30, se tanto, e com direito a uma voz impecável, especialmente nos momentos mais lentos. Keith Richards cativa com seu jeitão de “pirata do Caribe”, sendo bem ladeado por Ronnie Wood, tal qual dois pistoleiros do Velho Oeste. E o vigor e a precisão do baterista Charlie Watts equivalem à arma secreta menos secreta do rock, tal a sua qualidade e consistência. Um dínamo humano.

Se algumas faixas de Sticky Fingers nunca saíram do set list dos shows da banda britânica desde que foram lançadas, como Brown Sugar e Wild Horses, outras foram tocadas em raras ocasiões, casos das maravilhosas Moonlight Mile, Dead Flowers, Sway, Sister Morphine e You Gotta Move. E é muito legal ver alguns closes na plateia, com pessoas cantando as letras dessas músicas junto, de cor e salteado.

Dificilmente os Rolling Stones repetirão esse show. Portanto, Sticky Fingers Live At The Fonda Theatre (teatro localizado em Hollywood, Los Angeles) é não só um registro único e histórico desta performance realizada em 20 de maio de 2015, como certamente a prova de que esse grupo consegue se manter na estrada dignamente. De forma bagunçada, sim, mas com organização suficiente para que a essência desse trabalho incrível se mantenha acesa e deslumbrante.

Brown Sugar (live ath the Fonda Theater-2015)- The Rolling Stones:

The Rolling Stones estão bem próximos do Brasil de novo

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Por Fabian Chacur

Da primeira visita de Mick Jagger e Keith Richards ao Brasil aos primeiros shows dos Rolling Stones no país, tivemos de esperar durante longos 27 anos. Em janeiro de 1995, enfim uma das mais importantes e bem-sucedidas bandas de rock de todos os tempos deu o ar de sua graça. Após outras passagens bacanas, eles retornam em breve para tocar aqui. As bandas de abertura foram anunciadas nesta sexta-feira (5): Ultraje a Rigor (no Rio), Titãs (em São Paulo) e Cachorro Grande (em Porto Alegre).

A turnê latino-americana da banda britânica teve início nesta quarta (3) em Santiago, no Chile, e chega ao Brasil no próximo dia 20/2, com show único no Maracanã, no Rio. Em São Paulo, o local será o estádio do Morumbi, nos dias 24 e 27 de fevereiro. Porto Alegre verá as “Pedras Rolantes” no dia 2/3, no estádio do Beira-Rio. Os ingressos custam de R$ 260,00 a R$ 900,00, e estão se esgotando. Mais informações aqui.

Ficaram muito para trás os tempos em que a banda liderada por Mick Jagger (vocal) e Keith Richards (guitarra) era autossuficiente em shows. Além da dupla e do baterista Charlie Watts e do guitarrista Ron Wood, o time é acrescido de uns dez músicos de apoio, entre tecladistas, vocalistas, músicos de sopros etc. Virou uma espécie de “Orquestra Rolling Stones”. Os shows também são sempre repletos de efeitos especiais, sendo um verdadeiro espetáculo de rock arena.

Sem lançar um álbum de inéditas desde A Bigger Band (2005), o grupo britânico oferecerá aos fãs brasileiros um repertório repleto de grandes hits dos anos 1960 e 1970, com raras exceções. O set list do primeiro show da turnê pela América Latina indica nessa direção. Normalmente os shows do grupo tem uma ou outra variação, mas essa lista vale como uma boa dica do que eles tocarão em nossos palcos.

Apesar dos preços salgados e da falta de novidades, as lotações serão expressivas, e não é difícil de entender a razão. Trata-se de uma banda que está na ativa desde o longínquo 1962, com uma história incrível e um caminhão de hits no currículo. E esta tem tudo para ser uma de suas últimas passagens por aqui. Logo, quem não viu ainda não quer perder por nada, e quem já viu, deseja dar uma última conferida.

Set list do show dos Rolling Stones em Santiago, Chile (3.2.2016):

1Start Me Up

2It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)

3Let’s Spend the Night Together

4Tumbling Dice

5 Out of Control

6She’s a Rainbow (by request, first since 16 Sept 1998)

7Wild Horses

8 Paint It Black

9Honky Tonk Women (followed by band introductions)

10You Got the Silver (Keith Richards on lead vocals)

11Happy (Keith Richards on lead vocals)

12Midnight Rambler

13Miss You

14 Gimme Shelter

15Jumpin’ Jack Flash

16Sympathy for the Devil

17Brown Sugar

BIS:

18You Can’t Always Get What You Want (with Estudio Coral de Santiago)

19(I Can’t Get No) Satisfaction .

Miss You (extended version)- The Rolling Stones:

Brown Sugar (live 2006)- The Rolling Stones:

Happy (live in Brasil 2006)- The Rolling Stones:

Keith Richards lança CD solo Crosseyed Heart em 9/2015

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de rock and roll clássico. Chegará às lojas especializadas no dia 18 de setembro, via Universal Music, Crosseyed Heart, terceiro solo CD de estúdio de Keith Richards. O eterno guitarrista dos Rolling Stones não lançava um trabalho individual há longos 23 anos, mas quebrará esse longo intervalo em grande estilo. Vem coisa boa por aí.

O álbum, que sucede Talk Is Cheap (1988) e Main Offender (1992), terá sua primeira amostra divulgada no dia 17 de julho, quando sairá o primeiro single a ser extraído do repertório de 15 faixas. Trata-se de Trouble, um rock com a marca significativa do estilo que consagrou o cantor, compositor e músico britânico.

O elenco de convidados do disco é bem consistente. Norah Jones, que já havia cantado com Richards em shows ao vivo, marca presença em Illusion, canção composta em parceria por eles. Aaron Neville, vocalista dos Neville Brothers, participa de Nothing On Me, enquanto o saxofonista Bobby Keys, célebre por seus solos em discos e shows dos Rolling Stones, toca seu instrumento em Amnesia e Blues In The Morning.

Fazem parte da banda básica de Crosseyed Heart músicos habituados a tocar com Keith Richards nos Stones ou em sua carreira solo, entre eles o baterista Steve Jordan (que coproduziu várias das faixas do novo CD), o guitarrista Waddy Wachtel e os vocalistas de apoio Bernard Fowler e Sarah Dash. Outro integrante dos Neville Brothers, o tecladista Ivan Neville, também empresta seu talento ao álbum.

Outras faixas de destaque do trabalho são Robbed Blind e Love Overdue. Vale lembrar que os Rolling Stones continuam firmes e fortes, fazendo shows e possivelmente gravando um novo álbum de inéditas. Vale lembrar: Keith também lançou como artista solo um álbum ao vivo, Live At The Hollywood Palladium (1988).

Love Hurts (live)- Keith Richards e Norah Jones:

Veja documentário sobre Keith Richards em streaming:

Livro conta a incrível história de fanzine dos Rolling Stones

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Por Fabian Chacur

Em 1978, um garoto de apenas 16 anos resolveu, após muito tempo insatisfeito com a pequena e inexata cobertura da imprensa referente à sua banda favorita, criar um fanzine. Mal sabia ele, Bill German, que aquele inocente gesto mudaria a sua vida por completo. Eis o que conta o excelente livro Under Their Thumb (Editora Nova Fronteira), cujo subtítulo entrega o conteúdo do mesmo: como um bom garoto se misturou com os Rolling Stones e sobreviveu para contar.

O americano Bill German criou o seu fanzine, intitulado Beggars Banquet, em 1978. No início, ninguém dava nada por ele. No entanto, o jovem nova iorquino não desanimou, e indo atrás de fontes e mergulhando no trabalho da banda, começou a tornar seu trabalho conhecido. Em 1980, aproveitou a presença da banda em Nova York e, na raça, abordou Keith Richards e Ron Wood para lhes entregar exemplares do fanzine. Mal sabia o que estava iniciando.

Por sorte de German, Keith Richards, Mick Jagger e Ron Wood passavam uma boa parte de seu tempo naquele início dos anos 1980 em Nova York. Dessa forma, ele conseguiu se aproximar deles e de seus assessores e produtores. Resultado: em 1983, foi convidado a tornar o Beggars Banquet o boletim oficial do grupo para os fãs americanos.

Detalhe: com chamada para convidar os fãs para assiná-lo no encarte do álbum Undercover. Era a glória. Bem, sim e não. A partir daí, o jovem German sentiu na pele o que é lidar com o ego inflado e a instabilidade emocional de astros do rock e, principalmente, como é duro conviver com os assessores desses astros. Isso, ganhando quantias de dinheiro que lhe permitiam apenas uma dura luta pela sobrevivência.

Com um texto fluente e divertido, o autor nos conta intimidades vividas ao lado especialmente de Keith Richards e Ron Wood, além da convivência com alguns personagens inacreditáveis da entourage da banda britânica. Tudo regado a muitas drogas, mulheres e rock and roll, não necessariamente nessa ordem, mas sempre com belos bastidores.

Detalhes de shows, o relacionamento da banda com os fãs, a imprevisibilidade total do temperamento de Mick Jagger, a simpatia de Richards e Wood e a mudança da postura do staff da banda com o decorrer dos anos pontuam o livro. Durante 17 anos (até o início de 1996), Bill German viveu em função do Beggars Banquet, e pagou caro por isso. Mas não se arrepende.

Under Their Thumbs também serve como um bom registro em primeira mão das mudanças ocorridas no mundo dos shows entre os anos 1980 e 1990, quando os espetáculos de bandas grandes como os Rolling Stones viraram eventos faraônicos, com ingressos caríssimos e o público mantido cada vez mais distante de seus ídolos.

Harlem Shuffle– The Rolling Stones:

Beast Of Burden– The Rolling Stones:

Undercover Of The Night– The Rolling Stones:

Esse Keith Richards que me faz tão “Happy”

Por Fabian Chacur

Em 1972, pedi de presente de aniversário ao meu padrinho um compacto simples dos Rolling Stones que trazia como destaque uma faixa que estava na época tocando nas rádios brasileiras abertas ao rock and roll, tipo Excelsior e Difusora. E ganhei. A tal música era Happy, um dos destaques do seminal álbum Exile On Main St. (saiba mais sobre esse álbum maravilhoso aqui), e pode-se dizer que teve início ali minha relação com os Rolling Stones.

Demorou um pouco para eu saber que o cantor naquela faixa não era Mick Jagger, e sim o guitarrista da banda, Keith Richards. Esse mesmo, que nesta ensolarada quarta-feira (18) completa 70 anos de idade. Uma efeméride no mínimo curiosa, pois durante muito tempo, o músico e coautor dos grandes clássicos dos Stones com Mick Jagger liderou as listas sobre quem seria o novo astro do rock a morrer ainda jovem, seguindo Janis Joplin, Jim Morrison e o ex-colega de banda Brian Jones.

Aliás, chega a ser curioso pensar que, se fosse perguntado a alguém naquele mesmo 1972 sobre quem morreria primeiro, Keith ou outro guitarrista lendário também nascido em 1943, George Harrison, todos apostariam no primeiro. Pois o saudável ex-beatle nos deixou há 12 anos, enquanto “Keef” completa sete décadas sem dar mostras de que sairá de cena tão cedo. Um típico sobrevivente do rock.

Keith Richards é um dos maiores ícones do rock and roll em todos os aspectos, desde o visual de pirata, os instrumentos sempre marcantes, a atitude cool (contraponto irreverente ao mais midiático Jagger) e um estilo musical que conseguiu extrair elementos do blues e do rhythm and blues original para criar alguns dos mais fantásticos riffs de guitarra de todos os tempos.

Tive a honra de ver os Rolling Stones ao vivo no Brasil em sua primeira passagem por aqui, como atração máxima do Hollywood Rock em janeiro de 1995. Três dias de chuva, mas compensados por performances simplesmente endiabradas das Pedras Rolantes, com direito a ouvir Keith interpretando ali na minha frente com muita garra a minha amada Happy.

Sem se caracterizar como um solista dos mais refinados, Richards sempre nos proporcionou riffs poderosos como os de Jumpin’ Jack Flash, (I Can’t Get No) Satisfaction, Start Me Up e tantos outros copiados e reciclados por legiões de guitar players nos quatro cantos do Planeta. E sua voz rouca sempre foi benvinda entre uma penca e outra de interpretações certeiras de Mick Jagger, um dos cantores mais carismáticos da história da música.

Fora da banda, lançou ao menos um disco solo antológico, Talk Is Cheap, que completou 25 anos de seu lançamento em 2013 e inclui maravilhas como Take It So Hard. Outro marco foi ter produzido e sido o band leader no show que homenageou seu grande ídolo, Chuck Berry, nos anos 80, espetáculo que gerou um dos filmes mais legais de rock and roll, o documentário Hail! Hail! Rock N’Roll (1987).

Ainda bastante ativo, Keith Richards viveu um pirata na franquia Piratas do Caribe ao lado de Johnny Depp, e atualmente sua a camisa nos shows comemorativos dos 50 anos de carreira dos Rolling Stones. Só nos resta desejar ao Homem Caveira muita saúde, muitos anos de vida e ainda muitos riffs certeiros para que nós, fãs, possamos nos deleitar com eles. Valeu, fera, por make me happy all these years!!!

Ouça Happy, com os Rolling Stones:

Ouça Take It So Hard, com Keith Richards:

Nova turnê dos Rolling Stones promete

Por Fabian Chacur

Se a amostra inicial se concretizar nos próximos meses, a turnê comemorativa dos 50 anos de carreira dos Rolling Stones promete se tornar um dos grandes êxitos dos últimos tempos. Logo no primeiro dia, todos os ingressos para os dois primeiros shows do evento histórico já se esgotaram. Eram em torno de “apenas” 30 mil tíquetes. Uau! E vem mais por aí.

As apresentações estão programadas para ocorrer nos dias 25 e 29 de novembro na gigantesca O2 Arena em Londres. Os dois shows seguintes tem como local selecionado Newark, em Nova Jersey (EUA), e estão agendados para os dias 13 e 15 de dezembro. São as únicas apresentações previstas para 2012, as primeiras da banda em cinco anos.

Ainda não estão definidas as datas, locais e a extensão completa dessa aguardada turnê, mas declarações dos integrantes da banda dão a entender que poderemos ver as pedras rolarem durante muitos meses no futuro próximo. O guitarrista Ron Wood, na premíere mundial do documentário Crossfire Hurricane, realizada nesta quinta-feira (18), em Londres, foi bem direto, em declaração dada à agência de notícas AP:

“Depois que os shows começam, você não consegue parar. E nós não queremos parar”.

Detalhe: os ingressos para os shows em Londres custavam entre 90 e 375 libras, e não deram nem para o começo. O documentário Crossfire Hurricane dá uma geral na carreira da banda, com direito a registros inéditos extraídos dos arquivos da banda e também entrevistas recentes que dão um panorama geral na história das pedras rolantes.

No dia 12 de novembro, chegará às lojas a coletânea Grrr!, em vários formatos, que inclui grandes hits de todas as fases do quarteto liderado por Mick Jagger e Keith Richards, além das inéditas Doom And Gloom e One More Shot, gravadas em agosto deste ano especialmente para esta compilação comemorativa do cinquentenário dos roqueiros.

Ouça Doom And Gloom, nova música dos Rolling Stones:

Nova coletânea dos Stones sai em novembro

Por Fabian Chacur

GRRR!, nova coletânea que fará parte das comemorações dos 50 anos de carreira dos Rolling Stones, já tem data para chegar às lojas de todo o mundo: 12 de novembro, uma segunda-feira.

A compilação estará disponível em três embalagens distintas. Uma, a super deluxe box set, incluirá uma foto 12×12, 4 CDs com 80 músicas no total, um CD bônus, um compacto simples de vinil, um livreto, pôster em tamanho grande e cinco postais exclusivos.

O segundo formato físico estará no tamanho da embalagem de um DVD e inclui três CDs, um livreto com 36 páginas e cinco cartões como brinde. O terceiro é um CD triplo em formato tradicional.

A compilação inclui sucessos de todas as fases da carreira da banda de Mick Jagger e Keith Richards, entre os quais Come On, The Last Time, (I Can’t Get No) Satisfaction, Get Off Of My Cloud, Jumpin’ Jack Flash, Start Me Up e Miss You, além de duas faixas inéditas gravadas recentemente na França especialmente para o projeto.

A coletânea será divulgada em 50 cidades e 3.000 locais situados em cinco continentes com uma campanha global de realidade aumentada em 3D envolvendo a capa do álbum, que traz o desenho de um gorila com a célebre língua de fora stoneana, feito pelo artista Walton Ford, especialista em focar imagens de animais selvagens de forma criativa.

No Brasil, o local onde essa inovadora ação de marketing terá sua concretização será o hotel Copacabana Palace, no Rio. A repercussão deverá ser enorme, tudo leva a crer.

Ouça The Last Time, com os Rolling Stones:

Rolling Stones e Muddy Waters juntos

Por Fabian Chacur

No dia 22 de novembro de 1981, Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Ian Stewart aproveitaram uma brecha na turnê que os Rolling Stones realizavam pelos EUA para visitar o clube do genial guitarrista de blues Buddy Guy, o The Checkerboard Lounge.

Naquela noite, o lendário bluesman Muddy Waters faria um de seus últimos shows. No fim das contas, tivemos um momento inesquecível na história do rock: uma jam session unindo um nome seminal do blues, um de seus grandes sucessores e os líderes da banda que se batizou inspirada em música de Waters.

Para felicidade geral de todos nós, fãs do melhor do rock e do blues, esse show agora está disponível em dobradinha DVD/CD, com o título Checkerboard Lounge/Live Chicago 1981, lançado no Brasil pela ST2.

O registro tem ótima qualidade de áudio e vídeo, uma surpresa se levarmos em conta o fato de ter sido utilizando no máximo umas três câmeras em um espaço no qual cabiam no máximo umas 80 pessoas. O áudio teve remixagem a cargo do consagrado Bob Clearmountain.

O filme nos mostra o início do show, com a banda de Waters sozinha, seguido pela entrada do astro do blues, a chegada ao bar dos três integrantes oficiais dos Rolling Stones e do membro honorário Ian Stewart e da ida deles ao palco, no meio da apresentação. Buddy Guy, o dono do pedaço, também entrou em cena, para delírio geral.

Standards eternos do blues e do rock como Baby Please Don’t Go, Hoochie Coochie Man, Long Distance Call, Mannish Boy e Got My Mojo Working são interpretados com garra, descontração e inspiração pelos músicos, em rara oportunidade de se ver Jagger e Richards longe das enormes arenas dos quatro cantos do mundo.

Esta dobradinha CD/DVD faz parte de uma série de lançamentos que marcam as comemorações dos 50 anos de existência dos Stones, que até agora só nos proporcionou ítens preciosos. E existe a promessa de novos produtos com o mesmo gabarito para os próximos meses. Haja dinheiro para tanta coisa boa!

Veja Baby Please Don’t Go, do DVD Checkerboard Lounge:

Veja Mannish Boy, do DVD Checkerboard Lounge:

Chuck Berry será homenageado em outubro

Por Fabian Chacur

Chuck Berry, um dos pioneiros do rock and roll, receberá uma nova e merecida homenagem em outubro. O evento, organizado pelo Rock And Roll Hall Of Fame, irá durar de 22 a 27 daquele mês, sendo encerrado com um show tributo do qual participarão grandes nomes do rock que serão divulgados futuramente.

O cantor, compositor e guitarrista americano, que completará 86 anos no dia 18 de outubro, continua mais na ativa do que nunca, para felicidade de seus inúmeros fãs e discípulos mundo afora. A cidade de Cleveland será o local do evento.

A homenagem fará parte da American Master Series, evento criado pelo Rock And Roll Hall Of Fame que já prestou reverências a nomes do porte de Aretha Franklin, Janis Joplin e Woody Guthrie. Berry entrou para o Hall em 1986.

Em entrevista ao site americano da revista Billboard, o presidente da entidade, Terry Stewart, afirmou que “Chuck Berry criou a linguagem do rock and roll”.

Com mais de 60 anos de estrada, Chuck Berry é o autor e intérprete de clássicos do naipe de Rock And Roll Music, Roll Over Beethoven, Johnny B Goode, Carol, Sweet Little Sixteen e dezenas de outros, nos quais criou um estilo bem-humorado de letras, riffs inconfundíveis de guitarra e melodias bacanas e contagiantes.

Entre seus incontáveis discípulos e seguidores está Keith Richards, que em 1986 capitaneou a banda que acompanhou Chuck Berry no documentário Hail Hail Rock ‘N’ Roll.

Ouça Carol, com Chuck Berry, Keith Richards e banda:

Keith Richards e Jack White gravam juntos

Por Fabian Chacur

Keith Richards e Jack White gravaram algumas músicas em parceria. Como e quando essas faixas serão lançadas irá depender de um entendimento entre os dois roqueiros. Quem revelou isso foi o guitarrista dos Stones, em entrevista à edição americana da revista Rolling Stone.

O mitológico músico britânico afirma que adorou trabalhar com o ex-integrante dos White Stripes, e que vai depender do amigo a decisão relativa ao lançamento dessas canções, se em um disco em dupla ou algo do gênero.

Ao ser questionado sobre se havia a possibilidade de Jack White ser o produtor do próximo álbum dos Rolling Stones, o coautor de Jumpin’ Jack Flash afirmou que é uma possibilidade, e que as portas estão abertas para que ela se concretize.

Em julho, Richards deve se reunir com Mick Jagger, Ronnie Wood e Charlie Watts para planejar os próximos passos da Maior Banda de Rock And Roll do Mundo.

A gravação de um novo álbum nos próximos meses é um dos projetos a serem confirmados (ou não) nessa reunião, além de uma turnê em 2013 comemorando os 50 anos de existência do grupo e de sua possível participação no festival britânico de Glastonbury.

Jack White participou com destaque do documentário Shine a Light (2008), dirigido por Martin Scorsese. A faixa que reuniu ele e os Stones, Loving Cup, é um dos momentos mais fortes do filme e também do álbum duplo com a trilha sonora. A parceria entre eles tem uma química realmente possante e merece ser ampliada.

Por sua vez, Jack White, em entrevista à imprensa britânica, descartou uma reunião dos White Stripes, deixando no ar a possibilidade de a célebre banda americana nunca mais voltar à cena.

Loving Cup, com os Rolling Stones e Jack White:

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