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Lindsey Buckingham lança singles e promete álbum para setembro

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Por Fabian Chacur

Após dar um grande susto nos fãs em 2019, com direito a ter de fazer uma cirurgia cardíaca, Lindsey Buckingham felizmente está saudável novamente. Melhor ainda: ele anunciou que lançará no dia 17 de setembro seu 1º álbum solo em 10 anos, o 1º desde que saiu do Fleetwood Mac. Autointitulado, o trabalho sairá pelo selo Reprise (da Warner Music) e acaba de ter mais uma faixa divulgada, On The Wrong Side. Anteriormente, a introspectiva e levemente psicodélica I Don’t Mind (ouça aqui) já havia criado boas expectativas em torno do álbum.

O novo trabalho sai exatamente uma década após o anterior, o ótimo Seeds We Sow (2011), e de certa forma celebra os 40 anos do lançamento de seu 1º álbum solo, o marcante Law And Order (1981), do qual faz parte seu maior hit fora do Fleetwood Mac, Trouble. Em comunicado à imprensa, ele falou sobre o que gira em torno de On The Wrong Side em termos criativos:

On the Wrong Side trata dos altos e baixos da vida na estrada com o Fleetwood Mac e mostra uma das letras mais reflexivas do álbum: “we were young, now we’re old / Who can tell me which is worse?” (em tradução livre: “éramos jovens, agora somos velhos / Quem pode dizer qual o pior?”). A música evoca Go Your Own Way, no sentido de que não é uma música feliz, no que diz respeito ao assunto, mas foi efervescente musicalmente”.

Como forma de divulgar seu sétimo álbum de estúdio, Buckingham fará uma turnê pelos EUA a partir do início de setembro que tem até agora 30 datas confirmadas. O cantor, compositor e guitarrista americano, aos 71 anos (completará 72 em 3 de outubro) felizmente parece pronto para encarar esses novos projetos com força total.

Eis as faixas do álbum Lindsey Buckingham:

1. Scream
2. I Don’t Mind
3. On The Wrong Side
4. Swan Song
5. Blind Love
6. Time
7. Blue Light
8. Power Down
9. Santa Rosa
10. Dancing

On The Wrong Side– Lindsey Buckingham:

Keith Olsen, o cara que ajudou o Fleetwood Mac a achar seu rumo

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Por Fabian Chacur

Em dezembro de 1974, Mick Fleetwood, líder do Fleetwood Mac, estava perdidinho. Seu guitarrista e cantor, Bob Welch, havia acabado de sair da banda, justo no momento em que o time parecia caminhar para o sucesso comercial. Para sua sorte, surgiu na vida dele um certo Keith Olsen, que lhe abriria as portas para uma nova fase que tornaria o FM uma das bandas de maior sucesso da história do rock. Olsen nos deixou no último dia 9, aos 74 anos, vítima de um ataque cardíaco, mas deixou como herança um currículo dos mais respeitáveis.

Nascido em 12 de maio de 1945, Keith Olsen começou a sua carreira tocando baixo em bandas de folk e rock. Em 1966, entrou na The Music Machine, pioneira formação de garage rock que fez sucesso naquele mesmo ano com o matador single Talk Talk, com uma pegada que influenciaria o punk rock da década seguinte. Após sair do time, em 1967, integrou duas bandas efêmeras, The Millenium e Sagittarius, de pouco sucesso comercial.

As experiências como integrante de bandas o incentivaram a tentar uma outra atividade na área musical, a de engenheiro de som e produtor. Ele já havia trabalhado em um disco da James Gang quando conheceu um jovem e talentoso casal, Lindsey Buckingham e Stevie Nicks, que naquele 1973 atuavam como dupla. Entusiasmado com o talento deles, não só conseguiu atrair as atenções da gravadora Polydor, que os contratou, como de quebra foi o produtor e engenheiro de som de seu álbum de estreia, Buckingham Nicks (1973).

Embora seja excepcional em termos artísticos, o álbum obteve números decepcionantes em termos comerciais, o que deixou o casal roqueiro em uma situação muito difícil. O amigo Olsen, para ajudá-los, chegou a deixá-los morar em sua casa, e também contratou Nicks como empregada doméstica.

É nesse momento que ocorre o encontro entre Keith Olsen e Mick Fleetwood. Este último procurava um estúdio para a gravação de seu próximo álbum, e calhou de Olsen estar por lá. O produtor resolveu mostrar a qualidade do estúdio onde estavam, o hoje lendário Sound City, na Califórnia, tocando uma faixa de Buckingham Nicks. Após a audição, Fleetwood viu a oportunidade de resolver não um, mas três problemas ao mesmo tempo.

Além de definir o Sound City como o lugar onde gravaria seu novo LP, de quebra se interessou e muito pelo guitarrista daquele álbum, e pediu o contato dele para Olsen. Buckingham adorou o convite, mas impôs ao futuro patrão uma condição: sua esposa tinha de ir, também. Pedido aceito, surgia a formação que daria ao Fleetwood Mac fama mundial, com Nicks (vocal) e Buckingham (vocal e guitarra) se juntando a Fleetwood (bateria), John McVie (baixo) e sua então esposa Christine McVie (vocal e teclados).

Keith Olsen produziu Fleetwood Mac (1975), que levou a FM ao primeiro posto da parada ianque pela primeira vez em sua carreira e emplacou clássicos do rock como Rhiannon, Say You Love Me, Landslide, Monday Morning e Over My Head. Se a banda entrou para o primeiro time do rock, o produtor deste álbum também viu as portas da cena rocker se abrirem para ele.

A partir dali, Olsen foi o produtor ou coprodutor de álbuns que ajudaram outros artistas a alcançar o estrelato. O grupo Foreigner, por exemplo, estourou graças ao álbum Double Vision (1978), que traz os hits Hot Blooded e a faixa-título.

A excelente cantora e compositora americana Pat Benatar tornou-se uma estrela do rock graças aos álbuns Crimes Of Passion (1980) e Precious Time (1981), que atingiram respectivamente as posições de nº 2 e nº 1 no mercado americano e emplacaram hits certeiros do porte de Hit Me With Your Best Shot e Hell Is For Children, ambos produzidos por Olsen.

O maior hit da carreira do cantor, compositor e ator americano Rick Springfield, Jessie’s Girl, assim como o álbum no qual a canção está incluída, Working Class Dog (1981), está no currículo de Olsen, assim como Whitesnake (1987), álbum que emplacou de vez a banda de David Coverdale no mercado americano, atingindo o 2º posto na parada da Billboard.

Além desses trabalhos de grande sucesso, Keith Olsen também atuou em discos de artistas e grupos importantes como Scorpions (Crazy World-1980, o que inclui o megahit Winds Of Change), Ozzy Osbourne, Santana, Sammy Hagar, Heart, Kim Carnes, Emerson Lake & Palmer e Kingdom Come. A partir de 1996, Keith Olsen passou a trabalhar no desenvolvimento do surround sound na música para o selo Kore Group e outras empresas

Talk Talk– The Music Machine:

Lindsey Buckingham lançará uma coletânea em outubro

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Por Fabian Chacur

Para os fãs de Lindsey Buckingham que ficaram indignados com sua absurda “demissão” do grupo que o tornou conhecido mundialmente, o Fleetwood Mac, uma ótima notícia. Ele lançará no dia 7 de outubro Solo Anthology: The Best Of Lindsey Buckingham, coletânea que sairá em várias versões: CD triplo (a mais atraente), CD simples, vinil sêxtuplo (!) e nas diversas plataformas digitais. Ainda não há previsão por parte da Warner no Brasil de como esse trabalho sairá por aqui, embora a versão digital pareça a mais provável.

Nascido em 3 de outubro de 1949, o cantor, compositor, guitarrista e violonista americano integrou o Fleetwood Mac entre 1975 e 1987 e depois entre 1997 a 2018. Ele também desenvolveu uma belíssima carreira-solo que teve início em 1981 com o CD Law And Order, que traz como destaque seu maior hit individual, a balançada Trouble, que atingiu a posição de número 9 na parada de singles americana.

Desde então, tivemos os álbuns de estúdio Go Insane (1983), Out Of The Craddle (1992), Under The Skin (2006), Gift Of Screws (2008) e Seeds We Sow (2011), além de três DVDs/CDs gravados ao vivo, todos excelentes, sem exceção. Neles, desevolveu com destreza sua infalível fórmula de misturar rock, pop, country e folk, com direito a performances certeiras na guitarra e especialmente violão.

A versão tripla de Anthology totaliza 53 faixas. Os dois primeiros CDs dão uma geral no material de seus discos de estúdio (com uma faixa ao vivo no meio). Esses discos também contam com faixas nunca antes incluídas nesses álbuns, como Holiday Road e Dancing Across The USA, ambas da trilha de Férias Frustradas (National Lampoon’s Vacation), e Time Bomb Town, da trilha de De Volta Pro Futuro.

Temos também duas inéditas, Hunger e Ride This Road. O terceiro CD reúne 13 faixas gravadas ao vivo por ele entre 2008 e 2012. Várias delas são do repertório do Fleetwood Mac, entre elas Go Your Own Way, Tusk, Big Love e Never Going Back Again. Buckingham divulgará o álbum com uma turnê americana com 32 datas, prevista para ser realizada entre outubro e dezembro deste ano.

Trouble (clipe)- Lindsey Buckingham:

Lindsey Buckingham sai mais uma vez do Fleetwood Mac

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Por Fabian Chacur

A notícia surgiu nesta segunda (9) como uma verdadeira bomba no site da edição americana da revista Rolling Stone, e acabou sendo confirmada pelo site oficial do Fleetwood Mac pouco depois. O guitarrista, cantor e compositor Lindsey Buckingham não faz mais parte da banda. Ele será substituído por dois outros músicos de grife, o cantor, compositor e guitarrista neozelandês Neil Finn, da banda Crowded House, e o americano Mike Campbell, guitarrista integrante de Tom Petty & The Heartbreakers. Uma mudança repleta de detalhes e curiosidades.

A matéria da RS afirma que Buckingham teria sido demitido pelo grupo após um desentendimento entre ele e os outros integrantes em relação à próxima turnê do time. O comunicado oficial da banda afirmou o seguinte: “Estamos felizes em recepcionar o talento musical de Mike Campbell e Neil Finn na família Mac; Com eles, estaremos apresentando todos os nossos hits que os fãs amam e também iremos surpreender o público com algumas músicas do nosso histórico catálogo de músicas. O FM sempre tem tido uma evolução criativa”.

O comunicado prossegue assim: “Olhamos para a frente para honrar esse espírito em nossa próxima turnê; Fizemos uma jam session com Mike e Neil e a química entre nós funcionou e fez a banda sentir que temos a combinação correta para seguir adiante, com algo novo ainda que contenha o inconfundível som do FM”. Quem assinou o texto foi Mick Fleetwood, fundador da banda em 1967 e o seu comandante desde então, responsável pela decisões referentes a eles.

A turnê ainda não tem datas definidas, o que ocorrerá em breve. Em sua conta no Twitter, Neil Finn confirmou a entrada no FM não muito após a divulgação da novidade. Por sua vez, Lindsey Buckingham ainda não fez até o momento nenhum comentário em seu site oficial, que por sinal está desatualizado, sem nenhum post referente a 2018.

O último show completo de Lindsey com o FM ocorreu em julho de 2017, sendo que em janeiro deste ano ele tocou com a banda em um pocket show. O repertório do show da nova encarnação do grupo deve mesclar grandes sucessos com lados B de seu vasto repertório, o que poderá incluir, por exemplo, canções da fase blues que marcou os anos iniciais desse time rocker.

O cantor, compositor e guitarrista americano Lindsey Buckingham entrou no Fleetwood Mac em 1975, junto com sua então namorada Stevie Nicks. Ao lado dos britânicos Mick Fleetwood (bateria), John McVie (baixo) e Christine McVie (teclados e vocal), integrou a formação clássica da banda, que estourou em termos mundiais com álbuns como Fleetwood Mac (1975), Rumours (1977) e Mirage (1982).

Em 1987, após o lançamento do CD Tango In The Night, Buckingham saiu da banda, para a qual retornou uma década depois, com o lançamento do álbum ao vivo The Dance (1997). Ele sempre se mostrou o integrante mais ousado e inovador do time, dando um tempero mais rocker ao pop-rock perfeito desenvolvido pelo quinteto.

Lindsey Buckingham iniciou uma carreira-solo quando ainda estava no Fleetwood Mac, em 1981, e tem no currículo seis CDs individuais gravados em estúdio, além de DVDs gravados ao vivo. Seu primeiro LP, Buckingham Nicks, gravado em parceria com Stevie Nicks antes de ambos entrarem no FM, saiu EM 1973. Em 2017, ele lançou Lindsey Buckingham Christine McVie, CD em dupla com a colega de FM Christine McVie, trabalho que foi divulgado com alguns shows (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Não é a primeira vez que um músico ilustre entra na vaga de Mr. Buckingham. Em 1995, o cantor e compositor Dave Mason, conhecido por ter integrado a banda Traffic nas décadas de 1960 e 1970, esteve no Fleetwood Mac, gravando com eles o álbum Time, um bom disco que, no entanto, tornou-se o maior fracasso comercial da história da banda. E seus novos substitutos tem belos currículos.

Neil Finn esteve em duas bandas de sucesso, a Split Enz e especialmente a Crowded House, que nos anos 1980 e 1990 conseguiu ótima repercussão nas paradas de diversos países graças a canções como Don’t Dream It’s Over, Better Be Home Soon, Weather With You, Chocolate Cake e It’s Only Natural, entre outras. Ele também gravou discos solo e em dupla com o talentoso irmão Tim Finn.

Por sua vez, Mike Campbell é um dos guitarristas mais respeitados no meio do rock mundial. Era o braço direito de Tom Petty nos Heartbreakers, e paralelamente atuou em projetos com nomes do porte de Don Henley (dos Eagles), Stevie Nicks (ele participou de discos-solo da cantora e também compôs com ela), Bob Dylan, Roy Orbison, Johnny Cash e inúmeros outros. Ou seja, a expectativa em torno dessa nova encarnação do FM é grande. E podem ter certeza de que Lindsey Buckingham nos oferecerá novos trabalhos bem bacanas sem eles.

Go Your Own Way– Fleetwood Mac:

Saiba mais sobre a turnê do Fleetwood Mac

Por Fabian Chacur

E continuam pipocando novas informações sobre a turnê que trará de volta a ativa em 2013 o Fleetwood Mac, após quatro anos longe dos palcos. Desta vez, foram divulgadas as datas oficiais dos shows nos EUA e Canadá.

O primeiro show será realizado no dia 4 de abril de 2013 na Columbus Nation Wide Arena, e o último no dia 12 de junho de 2013 na Detroit Joe Louis Arena. Serão 34 apresentações, com direito a alguns locais marcantes, como o mitológico Madison Square Garden, Nova York (dia 8 de abril) e o Hollywood Bowl, Los Angeles (dia 25 de maio), onde os Beatles tocaram algumas vezes.

A banda anunciará futuramente datas de várias apresentações que irão ocorrer na Europa, uma das quais poderá ser no retorno do célebre Glastonbury Festival, na Inglaterra, e também na Austrália, onde estão previstos em torno de 15 shows, segundo fontes oficiais.

Em entrevista ao site americano da revista Rolling Stone, a cantora Stevie Nicks afirmou ser esse o momento perfeito para o retorno do grupo, que iniciou sua carreira em 1967. “Creio que 2013 será o ano do Fleetwood Mac”. Ela também revelou que compôs duas músicas novas com o guitarrista Lindsey Buckingham.

“Trabalhamos juntos durante quatro dias, há duas semanas, e foi ótimo trabalharmos na casa dele. Pude conviver com a sua família, com seus filhos, e sinto que antigas mágoas ou problemas entre eu e ele já estão devidamente resolvidos”, garante Stevie.

Stevie e Lindsey eram casados quando entraram no Fleetwood Mac, em 1974, e se separaram ainda na década de 70 durante as tumultuadas gravações do álbum de maior sucesso na carreira da banda, o mitológico Rumours (1977), cujo tema básico foi exatamente os desentendimentos na vida amorosa de seus integrantes.

O repertório dos shows deverá ser composto em 75% do tempo por grandes hits como Dreams, Rhiannon, Go Your Own Way, Don’t Stop, Landslide e Tusk, com o restante do tempo sendo reservado a músicas menos conhecidas do repertório da banda e também algumas inéditas.

O Fleetwood Mac é uma das raras bandas clássicas do rock ainda em atividade que nunca se apresentou ao vivo no Brasil. Será que vale a pena sonhar com um show deles por aqui em 2013? Como diria Martin Luther King, “I have a dream”…

A atual formação da banda traz os americanos Lindsey e Stevie ao lado dos fundadores do time, Mick Fleetwood (bateria) e John McVie (baixo), com músicos de apoio completando o time nos shows. Christine McVie (vocal e teclados), que esteve no Fleetwood Mac entre 1970 e 1998, saiu para se dedicar à vida doméstica e a eventuais trabalhos solo.

Ouça Landslide, ao vivo, com o Fleetwood Mac:

Fleetwood Mac fará turnê em 2013

Por Fabian Chacur

O Fleetwood Mac voltará aos palcos em 2013. A informação foi divulgada pelo guitarrista da banda, Lindsey Buckingham, em entrevista concedida ao site americano da revista Billboard. O retorno deveria ter ocorrido este ano, mas foi adiado por causa de uma turnê solo da cantora da banda, Stevie Nicks.

No momento, o americano Buckingham está fazendo alguns shows nos quais, pela primeira vez em sua brilhante carreira, atua totalmente sozinho. Ele, por sinal, gravou uma dessas performaneces, que será lançada no formato digital com o título One Man Show.

Nesses shows, ele relê clássicos de sua carreira solo e também do Fleetwood Mac, sendo que em músicas como So Afraid e Go Your Own Way ele se vale de partes pré-gravadas de guitarra por ele próprio para se acompanhar.

Lindsey acredita que a nova turnê com a banda que o tornou famoso no mundo inteiro terá início em abril de 2013. Além dele, a atual formação do FM inclui Mick Fleetwood (bateria), John McVie (baixo) e Stevie Nicks (vocal), com a adição de músicos de apoio nos shows.

Não há a previsão de lançamento de um novo álbum de estúdio da banda para breve, mas Buckingham afirma que realizou algumas gravações com McVie e Fleetwood, mostrando-as para Nicks, e que esse material poderá ser trabalhado em um futuro não muito distante, provavelmente depois da turnê.

A nova turnê do grupo, que iniciou sua carreira em 1967 e estourou em termos planetários em 1977 com o álbum Rumours, será a primeira em quatro anos. Seu mais recente álbum de estúdio, o excelente Say You Will, chegou às lojas em 2003, e atingiu o terceiro posto na parada americana, com ótimos índices de vendagem.

Ouça Say You Will, com o Fleetwood Mac:

Lindsey Buckingham, um virtuose do rock

Por Fabian Chacur

Lindsey Buckinham é o tipo de artista que eu classifico como um virtuose a serviço do rock and roll. Sem exageros e com toda a justiça.

Com 62 anos, ele iniciou sua carreira fonográfica em 1973 com o excepcional (e foríssima de catálogo – nunca saiu em CD!) Buckingham Nicks, gravado em dupla com a então namorada Stevie Nicks.

A partir de sua triunfal entrada no Fleetwood Mac (junto com Nicks) em 1975, esse cantor, compositor e músico americano rapidamente se tornou um sucesso estrondoso.

Além dos álbuns e shows com a seminal banda anglo-americana, ele também desenvolve uma bela carreira solo que rende agora mais um belíssimo fruto, o álbum Seeds We Sow, já disponível no mercado nacional.

Buckingham é um músico completo. Toca com rara habilidade guitarra, violão e outros instrumentos. Compõe com estilo e inspiração, e tem uma ótima voz, além de saber escolher o repertório para cada novo trabalho.

De quebra, possui marcante conhecimento técnico, o que lhe permite gravar suas performances com qualidade absurda, possibilitando ao ouvinte degustar cada dedilhado, cada riff, cada acorde. Desculpem a grosseria, mas lá vai: o cara é foda!!!

Seeds We Sow traz 11 faixas em sua versão standard, sendo que apenas na sacudida That’s The Way That Love Goes ele conta com a participação de outros músicos. De resto, ele toca todos os intrumentos e se incumbe de todas as vocalizações nas 10 faixas restantes. E bem, muito bem.

A nova safra de composições de Linsey é inspiradíssima, com direito a uma delicada faixa título, a sensacionalmente pop Gone Too Far, a envolvente Rock Away Blind e a pesada One Take, só para citar algumas.

Como guitarrista, ele se vale de solos econômicos e vibrantes, além de riffs sempre bem encaixados. No violão acústico, esbanja técnica que nos traz ecos da escola flamenca, sem cair no exibicionismo e sempre privilegiando as canções, adornando-as com um bom gosto impressionante.

Além das músicas próprias, o guitarrista do Fleetwood Mac ainda nos oferece uma sensacional releitura voz e violão para She Smiled Sweetly, pérola perdida dos Rolling Stones de 1967 (no disco Between The Buttons) que curiosamente o Ira! releu em 1993 no álbum Música Calma Para Pessoas Nervosas.

A minha cópia de Seeds We Sow já está quase furada de tanto ouvi-la. É um álbum de rock simplesmente impecável, acima de modismos e na qual Lindsey Buckingham mistura inspiração, perfeccionismo e estilo próprio.

Ouça That’s The Way That Love Goes:

Stevie Nicks lança álbum de rock exemplar

Por Fabian Chacur

Stevie Nicks é uma das cantoras mais emblemáticas e peculiares da história do rock.

A estrela americana, que ficou conhecida mundialmente como integrante do Fleetwood Mac a partir de 1975, possui uma voz marcante e de timbre inconfundível, visual copiado por inúmeras colegas e um estilo de composições também inconfundível.

Além de ter presença importantíssima na banda, Stevie desenvolve há 31 anos uma carreira solo das mais produtivas, na qual consegue conciliar apelo popular e qualidade artística.

Acaba de chegar às lojas In Your Dreams, primeiro disco de inéditas que a moça coloca no mercado desde o excelente Trouble in Shangri-la (2001).

A novidade aparece na produção, que ficou a cargo da dupla Dave Stewart (ex-Eurythmics) e Glen Ballard (que tornou Alanis Morissette uma estrela ao produzir Jagged Little Pill em 1995).

Como de praxe, Miss Nicks soube se cercar de gente talentosa para gravar esse novo CD, como Mike Campbell, Waddy Watchel, Mick Fleetwood, Lindsey Buckingham e as vocalistas Sharon Celani e Lori Nicks, entre outros.

Em termos musicais, a sonoridade e as composições seguem a linha que mistura rock, folk, country e pop com aquela assinatura característica dessa grande roqueira.

A rigor, as 13 músicas são ótimas, mas algumas merecem destaque, como o primeiro single (já com clipe) Secret Love, um rock grandioso, percussivo, para chutar o balde logo de cara.

Wide Sargasso Sea, a faixa título, Annabel Lee, Ghosts Are Gone, e Cheaper Than Free (essa um dueto com Dave Stewart) são momentos dignos de entrar em um greatest hits.

Duas faixas merecem um destaque ainda maior.

Soldier’s Angel é um fantástico e nervoso dueto entre Stevie e seu colega de Fleetwood Mac (e ex-marido, por sinal) Lindsey Buckingham, que simplesmente arrebenta na guitarra.

New Orleans, o momento mais arrepiante do álbum, é uma emocionante homenagem à cidade, destruída por desastres naturais e em fase de reconstrução.

In Your Dreams entrou na parada americana direto na sexta posição, prova de que essa cantora e compositora de 63 anos sabe como poucas dar ao público o que ele quer sem se prostituir ou se render a fórmulas picaretas e descartáveis.

Veja o videoclipe de Secret Love:

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