Mondo Pop

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Tag: março 2018

Eva Vilma mostra a sua faceta cantora com show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Em 2017, Eva Vilma surpreendeu seus inúmeros fãs ao fazer um show como cantora, intitulado Crise, que Crise? e apresentado em São Paulo. A ótima repercussão mostrou de forma concreta que essa incrível atriz, com 65 anos de uma bem-sucedida carreira, era fera também nessa área. E ela volta a Sampa, desta vez para o show Casos e Canções, que será apresentado neste sábado (31) às 21h30 no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nº 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 80,00.

Eva será acompanhada pelo seu filho Johnnie Beat (que já tem três CDs no currículo) no violão e vocais e de Willian Paiva, que se incube de piano, vocais e direção musical, sendo que a direção cênica ficou por conta do experiente Eduardo Figueiredo. O repertório é repleto de boas surpresas. Uirapuru e Azulão, por exemplo, são do repertório da saudosa Inezita Barroso, que deu aulas particulares de canto e violão para a atriz quando esta ainda era muito jovem.

Amiga de Baden Powell, ela celebra essa amizade interpretando um dos clássicos do grande músico e compositor, Samba em Prelúdio (parceria com Vinícius de Moraes), em dueto com Johnnie. Trenzinho do Caipira, célebre melodia de Heitor Villa Lobos que recebeu letra do poeta Ferreira Gullar, Felicidade (de Lupicínio Rodrigues) e Tempo Rei (de Gilberto Gil) são outras pérolas incluídas no set list.

Além de interpretar as canções citadas e diversas outras, Eva Vilma também contará algumas histórias de sua carreira como atriz em TV, teatro e cinema, sempre de forma deliciosa. Certamente, um daqueles espetáculos para se apreciar com muito, muito prazer mesmo.

Entrevista de Eva Vilma no Todo Seu em 2017:

Danilo Caymmi revisita hits e releituras com show em SP

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Por Fabian Chacur

Há 50 anos, Danilo Caymmi viu pela primeira vez uma música de sua autoria, Andança (parceria dele com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto Neto), fazer sucesso. A canção atingiu o 3º posto no Festival Internacional da Canção, interpretada por Beth Carvalho e Golden Boys. Desde então, o filho de Dorival Caymmi ampliou e muito seus horizontes profissionais. Ele se apresenta neste sábado (24) às 21h30 em São Paulo no Tupi or Not Tupi (rua Fidalga, nº 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 80,00.

Nascido no Rio de Janeiro, Danilo Candido Tostes Caymmi completou 70 anos de idade no último dia sete. Apesar de filho de um dos grandes nomes da história da nossa música, ele não pensava inicialmente em seguir a profissão do autor de Só Louco. Uma participação no álbum Caymmi Visita Tom (1964), que reuniu Tom Jobim e Dorival Caymmi, marcou sua estreia em disco, com apenas 16 anos. A carreira como compositor, músico e intérprete ganhou força nos anos 1970.

Na década de 1980, integrou a célebre Banda Nova, que acompanhou em discos e shows pelo mundo Tom Jobim. E foi nela que ele passou a desenvolver mais o seu talento como cantor, incentivado pelo Maestro Soberano. Desde então, consolidou uma carreira solo brilhante, na qual conciliou composições próprias com releituras de canções alheias, sempre com classe e a rara capacidade de conciliar sofisticação com um apelo popular em suas gravações.

Leia entrevista de Mondo Pop com Danilo Caymmi aqui.

Seu mais recente trabalho, Danilo Caymmi Canta Tom Jobim, traz 11 releituras de clássicos de Tom, com direito á participação especial da cantora Stacey Kent em Estrada do Sol. Dá para se esperar alguma coisa deste CD no show deste sábado (24), além de clássicos como Andança, Casaco Marrom e algumas do papai famoso. Além dele nos vocais e flauta, teremos no palco o experiente pianista, arranjador, compositor e maestro paulistano Marinho Boffa. Um show minimalista e certamente com os deliciosos “causos” que Danilo narra tão bem.

Casaco Marrom– Danilo Caymmi:

Lô Borges vai gravar um DVD com o Disco do Tênis ao vivo

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Por Fabian Chacur

Nesta sexta (23), a partir das 22h, o público carioca terá um belíssimo programa musical. Trata-se do show no qual Lô Borges irá apresentar, na íntegra, o repertório de seu álbum de estreia como artista-solo, autointitulado e apelidado de Disco do Tênis pelo fato de ter um par deles em sua capa. A apresentação será no Circo Voador (Rua dos Arcos, s/nº- Lapa- fone 0xx21-2533-0354), com ingressos custando R$ 60,00 (meia) e R$ 120,00 (inteira).

Lançado em 1972, quando o cantor, compositor e músico mineiro era ainda muito jovem, o álbum é considerado um dos grandes clássicos da MPB e da produção do chamado Clube da Esquina, grupo de talentosos amigos musicais que trazia em seu elenco nomes do porte de Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e os irmãos Borges, entre os quais Lô. Aliás, o álbum Clube da Esquina, dividido por ele e Milton Nascimento, saiu naquele mesmo ano mágico.

Lô será acompanhado por uma banda que traz em sua formação Pablo Castro (piano, guitarra, violão e vocal), Guilherme de Marco (violão, guitarra e vocal), Marcos Danilo (violão, guitarra, percussão e vocal), Alê Fonseca (teclados), Paulim Sartori (baixo, bandolim, percussão e vocais) e D’Artagnan Oliveira (bateria, percussão e vocais).

O show será gravado, e traz em seu repertório as 15 faixas do célebre álbum, entre elas Você Fica Bem Melhor Assim, Canção Postal, Como o Machado e Pra Onde Vai Você?, e também quatro faixas de autoria de Lô que fazem parte do Clube da Esquina, entre as quais Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Nuvem Cigana e O Trem Azul. O DVD está previsto para sair em julho pela gravadora Deck. A abertura do show do Circo Voador ficará a cargo de Roberta Campos.

Lô Borges (disco do tênis)- Lô Borges (em streaming):

Victor Mota lança EP e busca o crossover na música popular

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Por Fabian Chacur

Era para Victor Mota ter se tornado um profissional bem-sucedido na área de atuação em que se formou em termos universitários, a administração de empresas. No entanto, a música, que há muito fazia parte de sua vida, atropelou esse rumo que parecia inevitável. Ele acaba de lançar o seu primeiro EP, Antes do Sol Chegar, que já está disponível nas principais plataformas digitais e é fruto de um processo de consolidação e criação que durou uns bons anos antes de, enfim, se concretizar.

O cantor, compositor e músico cearense explica como ocorreu essa reviravolta em seu direcionamento de vida. “A música foi um hobby para mim até o limite em que isso foi possível. Só que chegou um momento em que tudo estava encaminhado na administração de empresas, não tinha tempo para música nem em termos de hobby”. relembra. Aí, o conselho de um professor o levou a ir para os EUA conhecer a célebre Berklee School Of Music, em Boston.

“Fiquei inicialmente um mês por lá para conhecer a Berklee e sentir o tamanho do desafio. Então, voltei ao Brasil e, em maio de 2010, retornei novamente para os EUA, desta vez para estudar”, relembra. “Foi uma experiência de vida, um divisor de águas, abriu a minha cabeça. Convivi com pessoas de todo o mundo, até mesmo do Brasil”.

Na Berklee, uma das escolas de música mais conceituadas do mundo e que tem entre seus formandos nomes do gabarito de Quincy Jones e Diana Krall, ele teve a oportunidade de participar de workshops com músicos como Ivan Lins, Marcos Valle e Filó Machado. “A Berklee dá muito valor ao músico brasileiro, tem até um curso de música brasileira lá. Essa oportunidade de interagir com o Ivan, o Marcos e o Filó foi marcante para mim”.

Após voltar ao Brasil, no final de 2013, Mota passou um período de um ano e meio em Fortaleza, tocando em bares. Em 2015, mudou-se para São Paulo, em busca de uma equipe para trabalhar com ele e viabilizar seu projeto de carreira. “Para mim, o sucesso de um artista depende da equipe com a qual você trabalha, é preciso montar um time”.

Depois de lançar vídeos no Youtube (um deles com o conterrâneo Marcos Lessa) e se apresentar ao vivo, incluindo shows semanais em um badalado hotel em São Paulo, Victor resolveu investir em um EP digital com quatro músicas, escolhidas a partir de um universo inicial de 30 composições próprias. “Vivemos um momento no qual as informações vem de todos os lados, é melhor lançar as coisas aos poucos, o mercado nos levou a essa coisa do EP, do single”, justifica.

O EP traz as músicas Antes do Sol Chegar (divulgada por um videoclipe já disponível no Youtube), Vem, Dias Melhores e Vou (Saudade é Feita). “Procurei nesse EP dar pinceladas do meu trabalho; temos muito violão e voz, com canções sobre relacionamentos; em um próximo trabalho, quero mostrar o meu lado guitarrista, e também estou aberto a outros temas para as letras”.

Aliás, se há algo que Victor Mota ressalta em sua abordagem artística é a abertura em relação a flerte com diversos estilos musicais. “Minha música sempre vai ser pop, minhas referências musicais também transitam por vários estilos, é o que artistas como John Mayer, Paulinho Moska, Marília Mendonça e Jamie Cullum fazem, por exemplo, e é definido lá fora como crossover”.

Atualmente, por sinal, ele está compondo com artista sertanejos que ele prefere não revelar no momento. “Está sendo uma troca muito boas para nós, pois estou aprendendo e ensinando ao mesmo tempo. O resto do mercado musical tem muito a aprender com o sertanejo, eles sempre estão abertos a essas parcerias, e isso explica o porque é um gênero musical tão popular”, explica.

Victor pretende lançar novas músicas no segundo semestre, embora ainda não saiba em que formato. Um álbum completo está em seus planos para o futuro. Para ele, o formato digital e as redes sociais são ferramentas importantes para progredir em termos profissionais. “O digital tem uma coisa caótica, você é bombardeado de informações o tempo todo. O caminho é criar um contato direto com o público, cativá-lo e atraí-lo para os seus shows”.

A expressão “ser popular sem cair no popularesco” parece feita sob medida para as pretensões profissionais de Victor Mota no cenário da música brasileira. “Meu propósito sempre foi fazer música popular, para o povo. Junto todos os estilos, jogo em um caldeirão e crio a minha própria linguagem, sem forçar a barra para fazer sucesso”.

Antes do Sol Chegar (videoclipe)- Vitor Mota:

Grupo 5 a Seco lança um novo álbum com show único no Rio

5 a Seco - Síntese

Por Fabian Chacur

Com quase oito anos de estrada, o grupo 5 a Seco lançou seu primeiro trabalho em 2012, o CD/DVD Ao Vivo no Auditório Ibirapuera, com elementos sonoros mais orgânicos. Policromo (2014) marcou uma fase com mais experimentalismo e busca de novas sonoridades. Agora, eles partem para uma fusão entre as duas propostas que já se entrega no título do novo álbum: Síntese. Eles lançam esse trabalho no Rio com show neste sábado (17) às 21h no Teatro Bradesco Rio (Avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 do Shopping VillageMall- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos custando de R$ 40,00 a R$ 130,00.

O 5 a Seco se vale de conceitos típicos dos anos 2000, definindo-se como um coletivo de compositores, ao invés de uma banda tradicional. Seus integrantes são Pedro Viáfora, Leo Bianchini, Vinícius Calderoni, Tó Brandileone e Pedro Altério, todos cantores, compositores e músicos que também se dedicam a outros projetos. Sua sonoridade reflete várias influências musicais, sendo a MPB pop uma das mais facilmente identificáveis, assim como o rock e o eletrônico, com uma especial predileção por boas composições.

O repertório do show trará músicas do novo álbum, entre as quais O Dia de Encontrar Você, Na Onda, Ventos de Netuno e Brisa, além de material oriundo dos trabalhos anteriores. O estilo inquieto e diversificado dos cinco se mostra de forma bastante evidente ao vivo, embora seu esmero nos esforços registrados em estúdio tenha apontado um direcionamento que equilibra essas duas facetas, o palco e as gravações.

Síntese (álbum inteiro em streaming)- 5 a Seco:

Ritchie mostra duas facetas e faz shows com o trio Blacktie

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Por Fabian Chacur

Ritchie demonstra a sua versatilidade com dois shows diferentes em São Paulo, ambos no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nº 360- Vila Madalena- fone 011-3813-7404). Nesta sexta (16) às 21h30, ele se dedica a músicas do genial cantor, compositor e músico americano Paul Simon (ingressos a R$ 100,00). Já o sábado (17, a partir das 20h) será dedicado a releituras diferenciadas de seus clássicos hits dos anos 1980, em espetáculo englobando jantar e show com início a partir das 20h (ao preço de R$ 180,00).

A performance do primeiro show terá como base o repertório do álbum Old Friends: The Songs Of Paul Simon, no qual o cantor e compositor britânico radicado há décadas no Brasil releu de forma acústica alguns clássicos do repertório do autor de The Boxer, incluindo esta canção e também The Boy In The Bubble, April Come She Will, The Only Living Boy In New York, 50 Ways To Leave Your Lover e The Sound Of Silence.

No espetáculo de sábado, intitulado Ritz- Os Hits do Ritchie, o prato principal fica por conta de versões desplugadas dos maiores sucessos do pop-rocker, entre as quais Menina Veneno, Pelo Interfone, Casanova, Transas e Voo de Coração, só para citar algumas das mais celebradas pelo público, que os adquiriu em quantidades enormes nos anos 1980.

O elemento que amarra as duas apresentações fica por conta dos músicos participantes. Teremos em cena o trio Blacktie, formato pelos experientes multi-instrumentistas Mario Manga (do Premê), Fabio Tagliaferri e Swami Jr., feras que se dividem entre instrumentos acústicos os mais diversos. Completa a turma outro cara que se vira bem com vários instrumentos, Tuco Marcondes. Eles participaram do CD com músicas de Paul Simon, e dão um tratamento luxuoso e sofisticado às canções, sem cair em exageros tolos. É música de primeira.

Old Friends: The Songs Of Paul Simon- Ritchie (em streaming):

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