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SuperHeavy é mistura de astros que não dá liga

Por Fabian Chacur

No final dos anos 60, surgiram no cenário do rock bandas integradas por músicos que já haviam se tornado famosos em outras formações, entre as quais o Cream, o Blind Faith, o Crosby, Stills & Nash (que depois ganharia o Young de quebra) e o Emerson, Lake & Palmer.

Essas agremiações roqueiras ganharam o rótulo de supergrupos, por reunir gente que já havia ganho a atenção dos fãs e também por atrair de forma imediata a atenção do cenário musical graças ao pedigree dos envolvidos.

Nesses 40 anos, tivemos tanto bandas fantásticas surgidas dessa forma, como Crosby, Stills & Nash, até outras que soaram apenas como tentativas de se faturar um dinheiro fácil, como o Asia, por exemplo.

A mais nova criatura a surgir dessa fórmula de se criar um grupo leva o título SuperHeavy, e inclui Mick Jagger (Rolling Stones), Joss Stone, Dave Stewart (ex-Eurythmics), Damian Jr. Gong Marley e A. R. Rahman (vencedor de Oscar com a trilha do filme Quem Quer Ser Um Milionário?).

Para infelicidade geral da nação roqueira, o resultado final, exibido no álbum de estreia da nova trupe de superstars, SuperHeavy (Universal Music), soa como uma diluição dos estilos dos vários artistas envolvidos, sem chegar a um resultado consistente.

As 16 faixas do álbum enveredam principalmente pelo reggae pop e pelo raggamuffin, com elementos de rock, soul, pop e rhythm and blues injetados. A mistura não dá liga, soando como uma mistura de óleo e água.

Cada faixa soa como algo já feito anteriormente (e melhor). Beautiful People, por exemplo, soa como Nights On Broadway, dos Bee Gees, enquanto a tentativa de rock I Can’t Take It No More dilui até o osso Undercover Of The Night, dos Stones. E por aí vai. E vai mal.

A música mais aceitável do álbum é Never Gonna Change, que tem a ver com aquelas baladas acústicas bacanas dos Stones, enquanto a fraca Miracle Worker, música de trabalho de SuperHeavy (o CD) soa clássica, ao ser comparada ao resto do conteúdo do álbum.

Não sei quais serão os desdobramentos do trabalho deste grupo (shows, DVD, novos CDs etc), mas se depender da qualidade do álbum de estreia, esse supergrupo não irá muito longe.

Para o calibre dos artistas envolvidos, especialmente Jagger, Joss e Stewart, o que eles nos oferecem neste álbum é muito pouco. Mais para superleve do que SuperHeavy…

Ouça o áudio de Never Gonna Change, do SuperHeavy:

Duas vaciladas com Mick Jagger no meio

Por Fabian Chacur

Mick Jagger nunca se deu muito bem em suas investidas musicais fora dos Rolling Stones, seja em termos artísticos, seja em termos comerciais.

Por coincidência, dois projetos estão chegando agora ao mercado relacionados com o vocalista da mitológica banda inglesa, um inspirado nele, e outro com o próprio na liderança.

Já noticiada aqui em Mondo Pop, a banda SuperHeavy inclui, além de Jagger, a loirinha Joss Stone, o produtor e músico Dave Stewart (ex-Eurythmics), Damian Marley (filho do Rei do Reggae) e A.R. Rahman.

O primeiro álbum do grupo, auto-intitulado, sairá nas próximas semanas, mas o single Miracle Worker já está na rede, com direito a videoclipe e tudo. E é de doer.

Trata-se de um reggae bem banal e diluído, mediano, mesmo, que só piora devido ao envolvimento de artistas tão talentosos nele. Do tipo “já ouvi isso antes, e muito melhor”.

O clipe é constrangedor, com Mick Jagger se valendo de um visual com direito a paletó rosa tipo cafetão, e Joss Stone tipo patricinha tentando dar uma de hippie descolada. De dar dó.

O outro ítem “jaggeriano” é na verdade o que deveria ter sido uma homenagem de Adam Levine, o cantor do grupo Maroon 5, e a estrelinha pop Christina Aguilera ao roqueiro.

Eles atualmente estão participando de um reality show (The Voice) nos EUA como treinadores vocais, e a música Moves Like Jagger surgiu por lá, meio que de brincadeira.

Só que eles resolveram lançá-la, creditando-a ao Maroon 5. O single atingiu o topo da parada americana (bem, “maravilhas” como Ice Ice Baby já conseguiram tal façanha…), e foi adicionada a uma nova edição de Hands All Over, mais recente álbum da banda.

O clipe inclui cenas de Mick Jagger em vários momentos de sua carreira, e Christina aparece como convidada. A música soa como sobra de discos anteriores do Maroon 5, pois tem a cara de seu som, mas sem a força de seus melhores momentos.

É, Mick Jagger não poderia ter inspirado projetos mais sem graça do que esses. Mas esperemos o álbum cheio do SuperHeavy, pois quem sabe lá no meio não surja algo muito melhor do que Miracle Worker?

Mas vale registrar que eles tocaram oito músicas do disco ao vivo recente,emte, e essa faixa chinfrim foi escolhida para ser a primeira de trabalho pelo público, que a considerou a melhor. Sei lá o que virá a seguir….

Veja o clipe de Miracle Worker, com o SuperHeavy:

Veja o clipe de Moves Like Jagger, com o Maroon 5:

Supergrupo de Mick Jagger lançará CD

Por Fabian Chacur

A banda SuperHeavy deverá lançar seu trabalho de estreia no mês de setembro, segundo o selo A&M, pertencente à gravadora Universal Music, em informação publicada pelo site da revista americana Billboard.

A curiosidade em torno do grupo é grande, e fica fácil entender o porquê disso ao descobrirmos quem são os seus integrantes.

O time inclui Mick Jagger, Dave Stewart (ex-Eurythmics), Joss Stone, Damian Marley (filho do Rei do Reggae) e o compositor A. R. Rahman.

Os astros se reuniram pela primeira vez no início do anos, sendo que em um período de três semanas compuseram 22 músicas.

As gravações foram realizadas em estúdios na França, Chipre, Miami e India, sendo que o primeiro single, a música Miracle Worker, leva a assinatura de Jagger e Stewart.

Antes de criar o SuperHeavy, Dave Stewart havia trabalhado com o cantor dos Rolling Stones na trilha do filme Alfie (2004), além de ter produzido o mais recente álbum de Joss Stone.

O que irá sair desse verdadeiro saco de gatos do pop rock, só Deus (e quem já teve a oportunidade de ouvir as gravações) sabe. Aguardemos setembro, ou uma cópia do álbum na rede.

Mick Jagger em coletânea solo bem bacana

Por Fabian Chacur

É inegável que o melhor de Mick Jagger está nos Rolling Stones. Afinal, ele grava com a banda há 45 anos, e ao lado de Keith Richard, fez alguns dos maiores clássicos da história do rock and roll. E sozinho?

Rolando as pedras de forma solo, o cantor, compositor e músico britânico quatro álbuns: She’s The Boss (1985), Primitive Cool (1987), Wandering Spirit (1993) e Goddess In The Doorway (2001).

Além disso, também lançou alguns singles e gravou em parceria com outros artistas, algumas vezes para trilhas de filmes, outras, em singles beneficentes. Uma geral nesse patrimônio é o que nos oferece The Very Best Of Mick Jagger, coletânea lançada em 2007 e disponível nas lojas brasileiras.

Nessas empreitadas individuais, Jagger se cercou de gente competente, como Jeff Beck, Dave Stewart, Herbie Hancock, Lenny Kravitz e outros desse alto calibre. Quando a química rolou, o resultado foi bem bacana.

O início da carreira solo de Mick Jagger se deu há exatos 40 anos, quando ele lançou Memo From Turner, trilha do filme Performance, estrelado por ele próprio. Um blues elétrico e vibrante, de primeiríssima linha.

No final dos anos 70, ele gravou (You Got To Walk And) Don’t Look Back em parceria com Peter Tosh, um dos grandes nomes da história do reggae que ele contratou por um tempo para lançar discos pela sua RS Records.

Nos anos 80, quando seu relacionamento com Keith Richards se deteriorou a ponto de ameçar a continuidade dos Rolling Stones, ele lançou dois álbuns irregulares, mas com bons momentos, dos quais Just Another Night e Lucky In Love estão na coletânea. A fraquinha Let’s Work, também.

Nesse período, ele também gravou ao lado de David Bowie uma releitura de um grande sucesso dos anos 60, Dancing In The Streets, originalmente registrada pelo grupo Martha Reeves & The Vandellas. O lançamento ocorreu em julho de 1985, durante o Live Aid. É seu maior sucesso sem a banda.

Nos anos 90 e 2000, lançou dois discos bem bacanas e que se dividiram entre rock vibrante e funk dançante, com baladas aqui e ali. God Gave Me Everything, Put Me In The Trash e Joy são destaques.

A deliciosa balada rock de acento pop Old Habits Die Hard, tema do filme Alfie que ele gravou em parceria com Dave Stewart, é uma das cerejas contidas nesta compilação.

As outras são três faixas inéditas. A melhor é Too Many Cooks (Spoil The Soup), produzida para ele em 1973 por ninguém menos do que John Lennon e com participação de músicos como Jack Bruce, do Cream.

The Very Best Of Mick Jagger, com suas 17 faixas e luxuoso encarte com texto informativo e muitas informações sobre as músicas, prova que o cantor dos Stones possui um acervo solo bem interessante. É só não querer comparar com a obra dos Stones……

Flashpoint registra momento decisivo dos Stones

flashpointpor Fabian Chacur

As turnês Steel Wheels (1989) e Urban Jungle (1990), a primeira pelos Estados Unidos, a segunda pela Europa, marcaram a carreira dos Rolling Stones de forma positiva. Podem ser consideradas marcos positivos.

Não é difícil entender o porque. A banda voltava aos palcos depois de oito anos durante os quais lançou dois discos de estúdio irregulares e esteve a beira da separação definitiva.

Quando lançaram o ótimo CD Steel Wheels e voltaram às boas (leia-se a dupla Mick Jagger e Keith Richards), nada melhor do que as pedras voltarem a rolar nas estradas da vida. E foi o que eles fizeram.

Lançado originalmente em 1991, Flashpoint é o registro para a posteridade desse momento importante da seminal banda britânica. A gravadora Universal recoloca esse título de novo nas lojas.

São 17 faixas, sendo 15 ao vivo e duas de estúdio, que encerram o CD.

Highwire é um rock básico típico da banda que passa na média, e o funk sensual Sex Drive vai na linha de Slave e Miss You, mesmo sem ser tão boa como as citadas. Mas também não é de se jogar fora.

De resto, é um clássico atrás do outro, com direito a momentos importantes de Steel Wheels, entre eles as ótimas Sad Sad Sad e Rock And a Hard Place.

Do começo com Start Me Up ao final do show com Satisfaction, temos Ruby Tuesday, Miss You, You Can’t Always Get What You Want, Brown Sugar, Sympathy For The Devil e Paint It Black, só para citar alguns hits.

Surpresas ficam por conta do resgate de Factory Girl (do clássico CD Beggars Banquet, de 1968) e o blues clássico de Willie Dixon Little Red Rooster, este com participação especial de Eric Clapton em performance arrasadora.

A banda aparece já na configuração que se tornou padrão até hoje, ou seja, recheada de músicos de apoio. Entre outros, feras como Chuck Leavell (teclados) e Bobby Keys (sax).

Vale lembrar que o baixista Bill Wyman se despediu da banda um ano depois do lançamento deste CD.

Flashpoint não é o melhor álbum ao vivo dos Rolling Stones, mas é muito bom, e serve como bom retrato polaroid desse período marcante da carreira das Pedras Rolantes.

Agora, que a versão em vinil, que eu tenho em casa, é muito mais bonita, especialmente o encarte, lá isso é…..

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