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Duran Duran inova com um clipe feito com inteligência artificial

Duran Duran - Divulgação 3

Por Fabian Chacur

Seis anos após Paper Gods (2015), o Duran Duran anuncia um novo álbum. Trata-se de Future Past, que a gravadora BMG promete lançar no dia 22 de outubro. O 1º single a ser extraído do que será o 15º álbum de estúdio do agora quarteto britânico, Invisible, traz como grande novidade um clipe feito por inteligência artificial, a Huxley, criada pela Nested Minds Solutions. A música traz ecos de trabalhos anteriores do grupo, e tem tudo para agradar os fãs.

A nova faixa foi produzida por Erol Alkan e conta com a participação do guitarrista Graham Coxon, integrante da banda britânica Blur. Outros produtores se incumbiram das outras faixas, entre eles os consagrados Giorgio Moroder e Mark Ronson. Também marcarão presença no álbum a cantora sueca Lykke Lu e o pianista Mike Garson, este último conhecido por seus trabalhos com David Bowie, incluindo o incrível solo em Aladdin Sane.

No momento, o Duran Duran traz quatro dos integrantes de sua formação clássica: Simon Le Bon (vocal), John Taylor (baixo), Nick Rhodes (teclados) e Roger Taylor (bateria). Em press release enviado à imprensa, o cantor fala sobre como surgiu o álbum e também o single Evolution:

“Quando entramos em estúdio pela primeira vez, no final de 2018, eu estava tentando convencer os caras que tudo o que precisávamos fazer era escrever duas ou três faixas para um EP. Quatro dias depois, tínhamos a base de 25 canções muito fortes, que precisamos desenvolver com calma. Então aqui nós estamos, em 2021, com nosso 15º álbum de estúdio. Abrimos com Invisible, sobre um relacionamento unilateral que se tornou algo maior, sobre uma multidão que não quer ser silenciada ou deixada de lado. Parece algo certo para o agora”.

Invisible (clipe)- Duran Duran:

Mike Garson participa de CD autoral de André Frateschi

capa - andre frateschi - maximalista-400x

Por Fabian Chacur

Nos últimos anos, o cantor André Frateschi se tornou bastante conhecido por capitanear o projeto Heroes, dedicado com brilhantismo ao trabalho de David Bowie. Ele agora se prepara para lançar o primeiro álbum autoral, Maximalista, previsto para sair no início de agosto. Nele, uma surpresa daquelas: a participação do pianista e tecladista Mike Garson.

Os fãs mais fieis de David Bowie certamente sentiram um arrepio ao ler esse nome. Para quem não sabe, Mike Garson é simplesmente o músico responsável pelo espetacular solo de piano no clássico hit Alladin Sane, um dos mais cultuados da história do rock. Mais: tocou em álbuns seminais do Camaleão do Rock, como Alladin Sane (1973), Young Americans (1975), Black Tie White Noise (1993) e Reality (2003), só para citar alguns desses clássicos marcantes.

Tudo começou quando Frateschi fez um contato com Garson e lhe mandou algumas músicas, convidando-o para participar do álbum. O músico gostou tanto do que ouviu que marcou presença em seis faixas, a saber: Queda, Tudo Vai Dar Tempo, Eu Não Tenho Saco, Gosto da Raiva, Isso é Coisa Pra Homem e É Tudo Nosso. De quebra, ainda compôs e gravou para o brasileiro a faixa Soul Searching, também incluída no CD.

Maximalista é um CD duplo com 15 faixas produzidas no estúdio 12 Dólares por Fábio Pinczowski e Mauro Motoki. O premiado quadrinista Fábio Moon criou duas imagens exclusivas que foram utilizadas no projeto gráfico do álbum. Nem é preciso dizer que a expectativa em torno do álbum autoral de Frateschi é grande, ainda mais depois do anúncio desse convidado mais do que especial. Que aval!

Cracked Actor (David Bowie), ao vivo, com André Frateschi:

Bowie lança em CD duplo show de 2003

Por Fabian Chacur

Acaba de chegar às lojas brasileiras A Reality Tour. Trata-se de um CD duplo de David Bowie gravado ao vivo em shows realizados em 22 e 23 de novembro de 2003 em Dublin, Irlanda, durante a turnê que divulgava o álbum Reality(2003).

Como esse mesmo material foi lançado em 2004 no formato DVD, fica a pergunta: porque só agora esse registro sai em CD? Não há uma resposta oficial, mas dá para se especular um pouco.

Desde que sofreu o que ele definiu como um “pequeno ataque cardíaco”, em 2004, Bowie deu uma desacelarada em sua até então sempre agitada carreira. Seu mais recente álbum de estúdio continua sendo Reality.

Nesses anos todos, ele fez um ou outro show, participou de apresentações de amigos como David Gilmour (duas músicas, Confortably Numb e Arnold Layne, entraram no DVD do guitarrista do Pink Floyd) e o grupo Arcade Fire e, pasme, fez vocais de apoio em faixas em CD da atriz Scarlett Johansson.

Ou seja, nada leva a crer que em um futuro próximo teremos um trabalho novo desse genial cantor, compositor e músico britânico nascido em 8 de janeiro de 1947. Logo, qualquer novo registro deve ser saudado com alegria.

Mesmo se esse registro for extraído de um DVD já disponível há tanto tempo. Mas não dá para negar: são duas mídias totalmente diferentes. Uma necessita de toda a nossa atenção, especialmente a visual. A outra, só ouvidos treinados e sensíveis.

Encarando dessa forma, A Reality Tour, o álbum duplo, é impecável.

A banda que o acompanha, por exemplo,  é esplêndida, com destaque para o pianista Mike Garson (o mesmo que gravou o alucinado solo da gravação original de Alladin Sane), Earl Slick (que tocou com ele nos anos 70) e Gail Ann Dorsey (aquela adorável baixista e vocalista negra e carequinha que veio com ele ao Brasil em 1997).

Nunca dormindo nos próprios louros, Bowie escolheu para essa tour um repertório de 33 faixas que inclui desde canções clássicas dos anos 70 como Changes, The Man Who Sold The World e Fame como generosas porções dos até agora mais recentes CDs de estúdio, Heathen (2002) e o já citado Reality.

A mistura mostra como a obra do autor de Heroes conta com pepitas de ouro sonoras em todas, rigorosamente todas as suas fases, mesmo as menos felizes, como a dos anos 80.

Compare, por exemplo, Changes, do início dos anos 70, com a reflexiva (e com solo jazzístico de Mike Garson)Bring Me The Disco King, de Reality, ou outra do mesmo álbum, o rockão New Killer Star, com a estupenda e também setentista Rebel Rebel. A qualidade é a mesma!

A voz do mestre se mostra ótima, mesmo com algumas músicas tendo sido arranjadas em tons mais baixos do que o das gravações originais, sem no entanto prejudicar a beleza e a energia das mesmas.

Além de belíssima embalagem digipack e encarte colorido, o CD tras três faixas (Fall Dog Bombs The Moon, Breaking Glass e China Girl) não incluídas no DVD.

A Reality Tour, o CD duplo, é para muito artista metido a besta ouvir e se morder de inveja. Não é qualquer cara que em mais de 40 anos de carreira consegue manter ativa uma carreira tão produtiva e consistente como David Bowie. Tomara que esse mestre nos ofereça mais coisas boas!

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