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MPB 4 e Kleiton & Kledir fazem um show único em São Paulo

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Por Fabian Chacur

A amizade entre o MPB 4 e Kleiton & Kledir vem desde os idos de 1980, quando o icônico grupo vocal não só gravou três músicas da dupla gaúcha como ainda os convidou para participar de uma turnê nacional. Como forma de celebrar essa linda e consistente parceria musical, eles voltam a fazer uma tour juntos, que chegará a São Paulo nesta sexta-feira (3/6) às 22h no Tokio Marine Hall (rua Bragança Paulista, nº 1.281-Vila Cruzeiro), com ingressos custando R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00.

O curioso é que, com o decorrer dos anos, as afinidades entre as duas formações tornou-se ainda maior. Ao lado de Miltinho e Aquiles, fundadores do MPB 4, estão hoje Dalmo Medeiros e Paulo Malaguti Pauleira, que antes haviam integrado o Céu da Boca. Esse grupo vocal participou da apresentação de Kleiton & Kledir no festival MPB Shell defendendo a música Navega Coração, e também estiveram presentes na gravação de estúdio dessa música, feita em 1981. Lógico que ela está incluída no set list.

Além dela, as três músicas de autoria de Kleiton & Kledir gravadas pelo MPB 4- Vira Virou, Viração e Circo de Marionetes também serão interpretadas por eles. Sucessos da dupla como Maria Fumaça, Lagoa dos Patos e a recente Paz e Amor estão na programação, assim como clássicos do MPB 4 do porte de Roda Viva, Amigo é Pra Essas Coisas e Cicatrizes.

Vira Virou (ao vivo)- MPB 4 e Kleiton & Kledir:

Kleiton & Kledir e MPB-4 gravam juntos a bela canção Paz e Amor

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Por Fabian Chacur

Kleiton & Kledir e o MPB-4 mantém há quatro longas décadas uma amizade que se mostra mais do que consolidada. Os irmãos gaúchos receberam grande apoio do consagrado grupo vocal no início de sua trajetória como dupla, fazendo shows com eles e inclusive compondo a canção que deu título a um dos álbuns de maior sucesso do quarteto, o inesquecível Vira Virou (1980). Essa parceria ganha um novo item, Paz e Amor, faixa distribuída nas plataformas digitais pela Biscoito Fino.

A composição dos irmãos Ramil traz como tema a esperança de que logo possamos viver tempos mais esperançosos e menos sombrios. Com acompanhamento basicamente acústico, traz arranjo de Kleiton para uma bela performance das seis vozes envolvidas. O clipe conta com direção de Tiago Arakilian, que vive atualmente em Paris e em cujo currículo figuram o filme Antes Que Eu Me Esqueça e a série internacional Kids And Glory.

Todas as imagens foram captadas por celulares, e mesclam imagens dos músicos participantes com imagens de fachadas, horizontes e do céu, com um resultado dos mais eficientes para ilustrar essa verdadeira profissão de fé na crença de que ainda vale a pena acreditar e pregar paz e amor.

Paz e Amor (videoclipe)- Kleiton & Kledir e MPB-4:

MPB-4 abre uma nova fase da série Tons, da Universal Music

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Por Fabian Chacur

Criada em 2012 pela Universal Music, a série Tons tem como objetivo disponibilizar em formato CD trabalhos dos mais importantes nomes da nossa música, alguns deles há muito fora de catálogo ou nunca antes lançados no formato digital. O resultado tem sido altamente elogiável. São caixinhas com de dois a quatro CDs originais, trazendo reprodução de capas e encartes originais e com letras, ficha técnica e textos de especialistas. Trabalho de profissionais.

Já foram enfocados até o momento Rita Lee, Emílio Santiago, Jorge Mautner, Alceu Valença, Fafá de Belém, Edu Lobo, Erasmo Carlos, Luiz Melodia, Maysa, Carlos Lyra e Odair José. Felizmente, a série terá continuidade, e o primeiro volume da nova safra acaba de chegar às lojas, e é dedicado ao grupo MPB-4, uma das formações vocais mais importantes e talentosas da história da nossa riquíssima música popular.

Três Tons de MPB-4 traz três trabalhos até então inéditos no formato CD, e que também serão disponibilizados no formato digital nas lojas virtuais. 10 Anos Depois (1976) comemora a primeira década da carreira do quarteto e inclui faixas como De Frente Pro Crime, Galope e Passaredo, além da participação do Quarteto Em Cy nas músicas Ana Luiza, Pressentimento e Amei Tanto. Assim Seja Amém é parceria de Miltinho, do grupo, com o saudoso Gonzaguinha.

Canto dos Homens (1976) teve como faixas de maior destaque Corrente, Chão Pó Poeira, Sorriso da Mágoa, Aparecida e Vai Trabalhar Vagabundo. Nele, a fórmula perfeita sempre usada por eles, que é mesclar composições de Chico Buarque, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Tom Jobim e outros craques da MPB com canções escritas pelos próprios integrantes. Tudo com aquelas vocalizações personalizadas.

Completa o pacote Vira Virou (1980), que é um dos discos de maior vendagem da carreira do grupo carioca. São destaques do CD duas músicas da então ainda não muito conhecida dupla gaúcha Kleiton & Kledir, a faixa título e Viração, ambas ótimas, e também a maravilhosa A Lua, que tocou bastante nas rádios na época. A seleção dos títulos e os textos ficaram a cargo do produtor e jornalista Thiago Marques Luiz.

A Lua– MPB-4:

Galope– MPB-4:

De Frente Pro Crime– MPB-4:

Morre Magro Waghabi, do grupo MPB 4

Por Fabian Chacur

Morreu nesta quarta-feira (8) Antonio José Waghabi Filho (1943-2012), o Magro Waghabi, integrante do MPB 4, um dos mais importantes e talentosos grupos vocais da história da música brasileira de todos os tempos.

Segundo nota publicada no site oficial do quarteto por um de seus integrantes, Aquiles, Magro foi vítima de um câncer contra o qual lutou durante 10 anos.

O grupo gravou e lançou há pouco Boleros-Contigo Aprendi, álbum dedicado a versões em português de boleros clássicos. No citado site (www.mpb4.com.br), existe um post com comentários de Magro referentes ao material registrado no novo CD deles.

O MPB 4 teve sua gênese em 1962 no Centro de Cultura Popular da Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), onde estudavam Ruy (primeira voz), Magro Waghabi (segunda voz e direção musical), Aquiles (terceira voz) e Miltinho (quarta voz).

A banda registra o ano de 1965 como seu início na trajetória profissional. Naquele ano, participaram do programa O Fino da Bossa e conheceram Chico Buarque, com quem fizeram inúmeros shows e gravação, entre elas a magnífica Roda Viva.

Inspirados em grupos vocais brasileiros anteriores como Os Cariocas, o MPB 4 rapidamente desenvolveu um estilo próprio de vocalizações, no qual os arranjos e direção musical de Magro se mostraram decisivos.

Outra marca registrada do quarteto sempre foi o extremo bom gosto para selecionar repertório, de autores como Chico Buarque, Caetano Veloso, João Bosco, Milton Nascimento e tantos outros. Também ajudaram a revelar novos talentos, entre os quais Kleiton & Kledir, e a resgatar clássicos da música brasileira.

O grupo gravou álbuns antológicos, entre os quais destaco Bons Tempos, Heim? (1979) e Vira Virou (1980), e estiveram na linha de frente da MPB no combate à Ditadura Militar.

Meu álbum favorito deles é o sensacional Cicatrizes, de 1972, do qual fazem partes clássicos do porte de Partido Alto (Chico Buarque), Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo Cesar Pinheiro), Bom Dia Boa Tarde Boa Noite (Jorge Ben), Canto de Nanã (Dorival Caymmi) e a faixa título, gravadas com arranjos irrepreensíveis e vocalizações matadoras.

Outro momento mágico do MPB 4 é Porto (Dori Caymmi), da trilha da novela global Gabriela (1975), na qual se valem de vocalizações para interpretar uma melodia maravilhosa.

Embora tenha vivido o seu auge de popularidade nos anos 70 e 80, o MPB 4 manteve-se na ativa com muita competência nas últimas décadas, lançando inclusive um álbum, MPB 4 e a Nova Música Brasileira (2000), no qual faziam releituras de músicas de compositores da então nova safra da MPB, como Lenine, Zélia Duncan e Zeca Baleiro.

Ouça Porto, com o MPB 4:

Ouça Pesadelo (ao vivo), com o MPB 4:

Ouça Partido Alto (ao vivo), com o MPB 4:

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