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Código Ternário realiza uma série de shows gratuitos em SP

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Por Fabian Chacur

Considerado uma espécie de jazz brasileiro, especialmente pela sua capacidade de abrir espaços às improvisações, o chorinho se mantém gerando frutos por aqui. Atualmente, um dos grupos mais criativos e bem-sucedidos é o Código Ternário, que há 12 anos percorre palcos nobres do Brasil e exterior. Eles atualmente fazem uma série de shows gratuitos pela cidade de São Paulo que prossegue nesta quarta-feira (19)- veja o roteiro no fim deste post, sempre com entrada gratuita.

A marca registrada deste afiado trio é o fato de se valer de uma combinação inusitada de instrumentos. Temos aqui Carrapicho Rangel tocando bandolim de 10 cordas, César Roversi no sax soprado e Gustavo Bali no pandeiro. Eles partem do chorinho e o misturam com jazz, música latina e outros ritmos brasileiros, investindo em repertório próprio e clássicos alheios.

Com dois álbuns lançados, Intensidade (2015) e Quarteto Ternário (2017), o grupo mostrará nos shows, intitulados Partindo do Choro, composições autorais como Rumo a Curitiba, Intensidade e Novo Caminho, sendo que de outros autores uma das esperadas pode ser sua inspirada nova roupagem para a maravilhosa Qui Nem Jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).

Os integrantes do Código Ternário também tem diversas experiências paralelas. Carrapicho, por exemplo, mantém há 20 anos a Escola Livre de Música (ELM) na cidade de Araraquara (SP). Cesar ficou conhecido tocando com Hermeto Pascoal, entre outros, enquanto Gustavo já atuou com o grande Marcos Suzano, um dos mestres do pandeiro.

Veja um show do Código Ternário aqui.

Serviço | Partindo do Choro

12/07 (quarta-feira), às 21h – Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana.

19/07 (quarta-feira), às 21h – Teatro Cacilda Becker – R. Tito, 295 – Lapa.

03/08 (quinta-feira), às 21h – Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca.

10/08 (quinta-feira), às 21h – Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro.

Entrada gratuita, por ordem de chegada. Teatro sujeito à lotação.

Abertura para entrada: 20h30.

Qui Nem Jiló (ao vivo)– Código Ternário:

Antonio Adolfo dá as flores em vida a Carlos Lyra e R. Menescal

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Por Fabian Chacur

A formação musical de Antonio Adolfo (leia mais sobre ele aqui) foi fortemente impactada pelo surgimento da Bossa Nova. Este genial pianista, compositor e arranjador carioca integra uma geração que podemos nomear de “filhos da bossa”. Nada mais natural do que ele homenagear os 65 anos do mais influente gênero musical brasileiro em termos mundiais.

O recorte escolhido por Adolfo não poderia ter sido mais original e oportuno. Ele resolveu gravar um álbum com composições de dois autores seminais da bossa que ainda estão entre nós. Ou seja, deu a eles as flores em vida. Nasceu, assim, Bossa 65- Celebrating Carlos Lyra and Roberto Menescal, lançado pelo seu selo AAM Music e disponível em CD e também nas principais plataformas digitais.

A escolha dos dois autores não foi aleatória. Um dos primeiros trabalhos do ainda bem jovem Antonio Adolfo como pianista profissional foi no musical Pobre Menina Rica (1963-64), escrito por Carlos Lyra com seu parceiro, o eterno poeta Vinícius de Moraes.

Ao lado de Roberto Menescal, ele participou da banda que gravou os álbuns Elis in London e Elis And Toots Thielemans com Elis Regina em 1969, e posteriormente esteve em vários projetos de “Menesca” enquanto produtor na gravadora Polygram, nos anos 1970.

O álbum tem 10 faixas, cinco de cada um. O repertório traz desde standards mais conhecidos como O Barquinho (Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli) e Marcha da Quarta-Feira de Cinzas (Carlos Lyra-Vinícius de Moraes), a outras escolhidas a dedo nesse repertório tão rico e repleto de coisas boas. Temos até Bye Bye Brasil (Roberto Menescal-Chico Buarque), composição feita para o icônico filme homônimo lançado em 1980.

Incumbindo-se do piano e dos arranjos, Adolfo escalou um timaço integrado por Lula Galvão (guitarra), Jorge Helder (baixo acústico), Rafael Barata (bateria e percussão), Dada Costa (percussão), Danilo Sinna (sax alto) e Rafael Rocha (trombone), com Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn) em duas faixas e Marcelo Martins (sax tenor e flauta) em uma.

A capacidade de Antonio Adolfo como músico e arranjador é espetacular. Sempre elegante, ele sabe como poucos dar a cada músico o seu espaço, gerando dessa forma diálogos sonoros extremamente bem concatenados e bons de se ouvir. Ele aproveita bem as melodias originais e as envolve com harmonias criativas, dando a elas uma roupagem que soa atual, sem perder o espírito original de cada música.

O lado jazzístico surge ao permitir improvisações de cada músico envolvido, sempre na medida certa, mas sem abrir mão da criatividade e ousadia. Isso explica o porque os vários lançamentos recentes do altamente produtivo Antonio Adolfo andam frequentando as paradas de sucesso, playlists e programações de rádios dedicadas ao jazz nos EUA, tornando-o um dos craques do que atualmente rotulam como latin jazz.

Carlos Lyra completou 90 anos de idade no último dia 11, e não poderia ter ganho um presente melhor, assim como Roberto Menescal, também muito produtivo aos 85 anos. Bossa 65- Celebrating Carlos Lyra and Roberto Menescal mostra como fazer uma homenagem à bossa nova sem cair em repetições ou clichês cheirando a naftalina. Bossa com sabor de 2023.

Coisa Mais Linda– Antonio Adolfo:

Mário Sève mostra faceta choro de Paulinho da Viola em show

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Por Fabian Chacur

Uma das mais belas homenagens recebidas por Paulinho da Viola em 2022, ano em que completou 80 anos de vida, foi o álbum Ouvindo Paulinho da Viola. O lançamento da gravadora Kuarup traz o flautista, saxofonista, compositor e arranjador Mário Sève relendo com categoria faixas da faceta choro do grande cantor, compositor e músico carioca. Ele vem a São Paulo para mostrar esse repertório iluminado em um show nesta quinta-feira (27) às 20h no teatro do Sesc 24 de Maio (rua 24 de Maio, nº 109- fone 11-3350-6300), com ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00.

Mário Sève (sopros e arranjos) terá a seu lado no show Adriano Souza (piano), Celsinho Silva (percussão) e Dininho (baixo) — integrantes do seleto grupo do próprio homenageado —, além de Jorge Filho (cavaquinho), Kiko Horta (acordeão) e Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas). Vale lembrar que Mário também integra há muitos anos a banda de Paulinho.

Frequentemente lembrado como sambista, Paulinho da Viola tem também uma forte faceta de choro na sua obra, influência direta de seu saudoso pai Cesar Faria, e é essa veia que Mário explora de forma extremamente competente em Ouvindo Paulinho da Viola. O álbum traz chorinhos escritos pelo autor de Pecado Capital e também duas parcerias de Séve com Paulinho- Vou Me Embora Pra Roça e Carinhosa.

Com uma carreira extensa e consistente, Mário Sève é também educador, sendo mestre e doutor em Música e com vários livros publicados, além de ter sido um dos fundadores dos grupos Aquarela Carioca e Nó em Pingo D’Água. Teve composições suas gravadas por artistas do gabarito de Ney Matogrosso, Alceu Valença, Ivan Lins, Guinga, Moraes Moreira, Marisa Monte e Zeca Pagodinho, entre outros.

Ouvindo Paulinho da Viola- Mário Séve (ouça em streaming):

Bandolim Trio apresenta o repertório de 1º álbum em SP

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Por Fabian Chacur

Em 2018, os músicos Daniel Migliavacca, Tiago Santos e Vitor Casagrande resolveram montar um projeto musical juntos. Eles se conheceram no programa de mestrado em música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e tinham em comum o fato de todos eles tocarem bandolim.

Nascia o Bandolim Trio, cujo álbum de estreia, Ludicamente, será disponibilizado nas plataformas digitais nesta sexta (31). Eles mostram o repertório do álbum em São Paulo em show gratuito neste sábado (1º/4) às 21h no Instituto Brincante (rua Purpurina, nº 412- Vila Madalena).

A formação traz como novidade o fato de incluir dois bandolins no formato tradicional, com oito cordas, e um com 10 cordas. Os músicos incorporam o espírito da música camerística e a adaptam para a característica do improviso e criatividade da nossa música instrumental, mergulhando em gêneros como chorinho, samba, baião, valsa, tango, maxixe e fox trot.

Daniel explica o conceito e a originalidade da proposta do trio: “Neste projeto tivemos o desafio de escrever para 3 bandolins, já que temos poucas referências desse tipo de trabalho no Brasil e no mundo. Ficamos muito felizes com o resultado e estamos ansiosos para mostrar ao público”.

O repertório de Ludicamente traz 10 composições inéditas, entre as quais Cigana. O grupo é novo, mas seus três integrantes já possuem farta experiência em gravações com outros grupos e em suas trajetórias individuais. Daniel tem 8 discos no currículo, enquanto Vitor e Tiago possuem, cada um deles, 4 álbuns no currículo.

Cigana (clipe)-Bandolim Trio:

Cristóvão Bastos e Mauro Senise tocam Paulinho da Viola

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Por Fabian Chacur

Como forma de celebrar os 80 anos do grande Paulinho da Viola, os icônicos músicos Cristóvão Bastos e Mauro Senise gravaram o álbum Choro Negro- Cristóvão Bastos e Mauro Senise Tocam Paulinho da Viola, disponível em CD e também nas plataformas digitais. Eles mostram ao vivo o repertório desse trabalho no Rio de Janeiro neste sábado (11) às 19h30 no Teatro Rival Refit (rua Álvaro Alvim, nº 33- Cinelândia- fone 21-2240-4469), com ingressos a R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira).

Bastos (piano) e Senise (sax e flauta) serão acompanhados no show por Jeff Lescowich (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria). A base será o repertório do trabalho lançado pela Biscoito Fino, que inclui 10 faixas. São sete composições do homenageado, duas de Paulinho em parceria com Cristóvão e uma do pianista dedicada ao grande cantor e compositor carioca.

Entre outras, farão parte do set list Coração Leviano, Choro Negro e Um Choro Pra Waldir. Para quem curte música instrumental de primeira linha, um daqueles programas imperdíveis, capitaneado por músicos que possuem currículos invejáveis e um talento muito acima da média.

Coração Leviano (clipe)- Cristóvão Basto e Mauro Senise:

Egberto Gismonti dá prévia de álbum em show solo em Sampa

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Por Fabian Chacur

No último dia 5, Egberto Gismonti completou 75 anos de idade. O público paulistano poderá felicitá-lo neste domingo (18), quando o brilhante músico e compositor fará um show a partir das 19h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingresso a R$ 225,00 (3º lote). Será a oportunidade de se conferir uma prévia de um álbum duplo que ele gravará e lançará em 2023, em estúdios nos EUA e na Europa. No palco, apenas ele e seu piano, em um show apropriadamente intitulado Piano Solo.

O repertório do novo álbum do artista nascido em Carmo, Rio de Janeiro, será composto de clássicos da música brasileira do século XX escolhidos a dedo por ele e arranjados por Egberto com a liberdade criativa e maestria que o consagrou nos quatro cantos do mundo.

Entre outras, estão no repertório Pelo Telefone (de Donga, considerada o primeiro samba gravado), Maracangalha (do genial Dorival Caymmi), Carinhoso (clássico de Pixinguinha) e Sinal Fechado (a mais complexa composição do grande Paulinho da Viola).

Na ativa há cinco décadas e com mais de 60 álbuns gravados, Egberto Gismonti é aquele caso de artista brasileiro muito mais respeitado e cultuado no exterior do que em sua própria terra natal, fazendo shows e lançando discos em todo o planeta. Atualmente, ele prepara as trilhas dos filmes Raoni 2 e Darci Ribeiro, este último dirigido por Zelito Viana.

Infância (ao vivo)- Egberto Gismonti:

Antonio Adolfo em Octet and Originals: classe e inspiração

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Por Fabian Chacur

Antonio Adolfo completou 75 anos em fevereiro deste ano. Este pianista, compositor e arranjador carioca é a prova concreta de que, sim, é possível se chegar a uma idade antes tida como avançada esbanjando energia, criatividade e produtividade. A sua produção sempre foi alta, mas nos últimos 15 anos se mostra particularmente fecunda (leia mais sobre ele aqui). O mais novo rebento é Octet And Originals, disponível nas plataformas digitais e em belíssima versão em CD. Mais um golaço desse craque musical!

Um dos segredos de Adolfo para se manter neste patamar tão alto é nunca ficar repetindo fórmulas. Sim, ele possui um estilo próprio e uma assinatura que podemos perceber de imediato. Mas ele sempre nos oferece novos cardápios sonoros, inventivos e extremamente bons de se ouvir. Seus belos álbuns são exemplos de como a música instrumental pode ser acolhedora, instigante e acessível, fugindo do óbvio.

Neste Octet And Originals, o músico se concentra em material autoral, mesclando composições recentes com alguns clássicos de seu songbook devidamente repaginados. Ao piano, ele capitaneia um octeto do tipo Butantã (só de cobras!) formado por Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn), Danilo Sinna (sax alto), Marcelo Martins (sax tenor e flauta), Rafael Rocha (trombone), Ricardo Silveira (guitarra), Jorge Helder (baixo acústico) e Rafael Barata (bateria e percussão).

Mantendo o jargão futebolístico em cena, é lógico que não adiantaria nada ter um elenco desse calibre sem um bom treinador. E, nessa função, Antonio Adolfo se mostra absurdamente talentoso. Ele sabe tirar o melhor de cada músico, com arranjos de extremo bom gosto nos quais abre espaços para cada um desempenhar suas funções com categoria. Não há atropelos nem exibicionismos, só o apreço pelos melhores solos, timbres, andamentos e convenções. Entrosamento perfeito e vitória por goleada.

Os arranjos de metais de Antonio Adolfo são particularmente expressivos, pois ele encaixa esses instrumentos de uma forma sempre exata, ou para solarem, ou para enfatizarem alguma passagem. E conduz com maestria o seu piano, que comanda as ações e joga sempre em função das músicas.

A sonoridade dele enquanto compositor sempre parte da mistura do jazz com várias vertentes da música brasileira, na melhor tradição da bossa nova, seu berço musical. A parte percussiva sempre tem destaque, o que de certa forma explica um pouco o sucesso que seu trabalho tem no exterior, especialmente nos EUA, onde seus álbuns sempre estão nas primeiras posições das paradas de vendas, execução e streaming.

As 10 faixas que integram Octet And Originals são ótimas, mas vale alguns destaques. Emaú, por exemplo, esbanja fluência, energia e mudança de climas, com uma batida rítmica variante e sempre deliciosa. A releitura de sua clássica Sá Marina, aqui com o titulo da versão em inglês que fez sucesso no exterior (Pretty World), mantém os pilares melódicos essenciais dessa canção icônica e acresce sutilezas que lhe dão um sabor renovado e atual.

Teletema, outro cartão de visitas dele enquanto autor, tem a bela sacada de manter a abertura de piano da gravação clássica de Wilson Simonal e depois ir explorando outros nuances dessa melodia maravilhosa. Por sua vez, Feito em Casa, faixa-título do marcante álbum de 1977, comparece com arranjo delicioso, preservando a sua essência e acrescentando novos temperos.

Boogie Baião mostra a evidente afinidade (mas que alguns nem imaginavam existir) entre o baião e o rock and roll original, e tem um quê do estilo de um dos músicos que influenciaram Antonio Adolfo, o grande músico americano Herbie Hancock. E outra inédita, Toada Moderna, é uma delícia, para fechar com muita felicidade um álbum que você certamente não vai ouvir uma única vez. Ouça Octet And Originals e ria gostoso de quem acha música instrumental algo hermético e chato.

Ouça Octet And Originals, de Antonio Adolfo, em streaming:

Gilson Peranzzetta e Marcel Powell fazem show em SP

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Por Fabian Chacur

Sebastião Tapajós (1943-2021) foi um dos maiores violonistas brasileiros, além de um compositor inspirado e conhecido internacionalmente. Como forma de homenageá-lo, dois músicos fortemente ligados a ele, o tecladista e maestro Gilson Peranzzetta e o violonista Marcel Powell, gravaram o álbum Pro Tião, que a gravadora Kuarup já disponibilizou nas plataformas digitais e em breve lançará em CD.

O duo mostra este repertório em show nesta sexta (2) às 20h no Blue Note São Paulo (avenida Paulista, nº 2.073- 2º andar- saiba mais aqui), com ingressos a R$ 45,00 (meia) e R$ 90,00 (inteira).

A faixa que dá nome ao álbum é uma inspirada parceria de Peranzzetta e Powell, que durante todo o álbum investem basicamente no formato piano e violão. Temos também uma composição de Tapajós, Tocata Pra Billy Blanco, um clássico do chorinho (Pedacinho de Céu, de Waldir Azevedo) e também obras de autoria de Baden Powell e Vinícius de Moraes.

Na ativa desde a década de 1960 como músico profissional, Gilson Peranzzetta possui um currículo repleto de pontos altos, e entre eles se encontra uma frutífera parceria com Ivan Lins, com quem toca e compõe desde meados dos anos 1970. Muito elogiado e respeitado por gente do calibre de Quincy Jones, ele desenvolveu uma parceria com o paraense Sebastião Tapajós entre 1986 e 2021.

Filho do lendário violonista e compositor Baden Powell (1937-2000), Marcel seguiu os passos do pai, e aos 40 anos de idade pode ser considerado um jovem veterano, com vários discos e shows elogiados no seu currículo. Ele teve um relacionamento muito afetivo com Tapajós, e o considerava um padrinho musical, o que justifica essa homenagem tão bela.

Pro Tião (ao vivo)- Gilson Peranzzetta e Marcel Powell:

Luiz Bueno, ex-Duofel, lança disco solo com show em SP

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Por Fabian Chacur

Em meados de 2020, o excelente Duofel deu por encerrada a sua trajetória, após 42 anos de belos serviços prestados à música brasileira. Sem o parceiro Fernando Melo, o agora artista solo Luiz Bueno dá início a um novo projeto, e dos mais ambiciosos. Assinando como Luiz com Z, ele nos apresenta Intransit, álbum disponível nas plataformas digitais e também em luxuoso formato físico de caixa, com direito a fotos e textos ilustrativos a cargo de Vanessa Basda.

O lançamento de Intransit será feito com um show em São Paulo neste domingo (17) às 18h no teatro do Sesc 24 de Maio (rua 24 de maio, nº 109- República), com ingressos a R$ 20,00 e R$ 40,00 (saiba mais aqui).

Bueno terá a seu lado os músicos Carlos Malta (sopros), Antônio Loureiro (bateria e piano), Alexandre Lora (percussão e handpans), Fred Heliodoro (baixo) e Paulo Maia (acordeon e piano). As fotos e textos de Vanessa Basda serão exibidos em projeções comandadas por Carol Shimeji.

A ideia não é reproduzir no palco as sonoridades exatas de Intransit, mas sim apresentar uma espécie de happening criativo, comandado por Luiz e seus ilustres convidados. Ou seja, algo bem longe do convencional, e à altura da criatividade habitual do trabalho dele com violões e cítara.

Cria– Luiz Bueno/Luiz com Z:

Jam Brasil reúne craques da música instrumental online

thiago costa e teco cardoso 400x

Por Fabian Chacur

Se você curte música brasileira da melhor qualidade, quer ver shows bem bacanas, mas ainda não se sente seguro para encarar eventos presenciais, eis uma boa dica. Será realizado de 13 (segunda) a 18 (sábado) deste mês, sempre às 20h, o festival Jam Brasil, com 22 grandes nomes da música instrumental do nosso país. Eis o time: Nelson Ayres e Ricardo Herz (dia 13), Ana Karina Sebastião Band (dia 14), Sintia Piccin (dia 15), Edu Ribeiro Trio (dia 16), Brazu Quintê (dia 17) e o duo Teco Cardoso e Tiago Costa (dia 18- FOTO). Depois de cada concerto, os músicos batem papo sobre suas carreiras com a atriz Maria Bia. O festival pode ser visto a partir deste link aqui.

Criado pela produtora Polo Cultural, o evento foi idealizado por Eneida Soller, que explica o conceito em torno dele. “Com a pandemia, os músicos, de repente, pararam, foram impactados. Essas jóias raras da música do mundo ficaram em situação difícil. A ideia foi criar, não só uma série de shows, mas também incluir entrevistas para revelar sua condição, sobrevivência artística e visão de mundo.”

A curadoria ficou a cargo do consagrado músico Paulo Braga, que dá detalhes de como ocorreu a montagem do elenco selecionado. “Esta série é uma viagem pela música. Procurei mesclar propostas artísticas, formações instrumentais diversas e também gerações. O público terá acesso a um horizonte sonoro muito amplo, com formações que vão de duos a sexteto, passando pelo que de melhor está sendo produzido aqui em São Paulo hoje”

Upa (ao vivo)- Nelson Ayres e Ricardo Herz:

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