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Ibrahim Electric, da Dinamarca, toca em SP

Por Fabian Chacur

O projeto Dinâmica Dinamarquesa tem trazido ao Brasil desde 2012 vários nomes bacanas do cenário musical daquele país, entre os quais o Mikkel Ploug Quarteto, o Jakob Bro Trio e o DJ Copy Flex. Agora, é a vez do ótimo Ibrahim Electric Trio, que se apresentará no dia 19 de setembro (quinta-feira) às 20h30 na Sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, nº1.000- fone 3397-4002).

Os ingressos são gratuitos, e devem ser retirado duas horas antes da apresentação. O projeto Dinâmica Dinamarquesa surgiu de uma colaboração entre o Instituto Cultural da Dinamarca e a empresa Plus Plus Plus, além de contar com o apoio de diversos órgãos governamentais da Dinamarca, especialmente os ligados à cidade de Copenhague, principal centro musical do país nórdico.

Com dez anos de estrada e sete discos em seu currículo, o grupo Ibrahim Electric Trio é integrado por Stefan Pajborg (bateria), Niklas Knudsen (guitarra) e Jeppe Tuxen (órgão Hammond), e admite influências diversas como The Doors, Fela Kuti, John Coltrane, Jimi Hendrix, Jimmy Smith e até mesmo Hermeto Pascoal, lendário músico brasileiro de quem o trio se confessa fã incondicional. O bom humor é outra marca deles.

O som do trio tem como base o som do Hammond, um dos teclados mais carismáticos e facilmente reconhecíveis da história da música, usado tanto no jazz como na soul music, pop e rock. A música instrumental deles teve como palco em Copenhague o célebre clube Montmartre, no qual os mais diversos músicos da cidade possuem espaços há décadas para divulgarem com liberdade seus trabalhos.

Ouça o som do Ibrahim Electric ao vivo em Copenhague:

Bixiga 70 lança novo trabalho no Sesc Pompeia

Por Fabian Chacur

O grupo Bixiga 70 faz parte de uma interessante cena de músicos em São Paulo que encaram a música com abertura a misturas e disposição a fazê-las de forma swingada e com o intuito de cativar a mente e a alma das pessoas. Para curtir em termos conceituais e dançar ao mesmo tempo. Eles lançarão seu segundo álbum em shows nos dias 19 e 20/9 (quinta e sexta) às 21h30 na choperia do Sesc Pompeia.

A banda reuniu músicos que tinham em comum o fato de atuarem com frequência no estúdio Traquitana, situado no tradicional bairro paulistano do Bixiga, mais precisamente na avenida Treze de Maio, 70 (daí o nome de batismo da turma). Eles participaram, juntos ou não, de projetos ao lado de artistas como Junio Barreto, Anelis Assumpção, Leo Cavalcanti e as bandas Funk Como Le Gusta e Black Rio, entre outros.

Esse timaço tem como integrantes Décio 7 (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Mauricio Fleury (teclados e guitarra), Cris Scabello (guitarra), Rômulo Nardes (percussão), Gustavo Cék (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha (trompete). Eles fundem música africana, latina, brasileira etc e tocam músicas próprias e de autores como Luis Gonzaga, Pedro Santos e Os Tincoãs.

O repertório do show trará músicas do novo trabalho, entre as quais Deixa a Gira Girá, Ocupai, Kalimba, 5 Esquinas e Kriptonita, entre outras, além de algumas do trabalho de estreia, lançado em 2011 e também batizado com o nome da banda. Você pode adquirir os trabalhos nos formatos digital, CD e vinil, e também conferir esses sons bacanas no site deles, www.bixiga70.com , ou nas redes sociais tipo Facebook.

Ouça Deixa a Gira Girar (ao vivo) com o Bixiga 70:

Choronas mostram sua musicalidade no GOA

Por Fabian Chacur

O Grupo As Choronas, um dos melhores dedicados ao chamado “jazz brasileiro”, o chorinho, é a nova atração do projeto Audições, realizado pelo restaurante GOA-Gastronomia Saudável (rua Cônego Eugênio Leite, 1.152-Pinheiros- fones 0xx11 3031-0680 e 3097-9536). O show será realizado no dia 24 de agosto a partir das 21h30, com couvert artístico custando R$ 20.

Com 16 anos de estrada, As Choronas tem como integrantes Ana Cláudia (cavaquinho), Gabriela Machado (flauta), Paola Picherzky (violão sete cordas) e Miriam Capua (pandeiro). Integram sua discografia os CDs Atraente (2000), Choronas Convida (2004) e O Brasil Toca Choro (2008). O quarteto já se apresentou nos quatro cantos do Brasil e também no exterior, e tem como marcas o bom gosto no repertório e a fluência musical, com direito a belos solos.

Outra característica marcante no trabalho das Choronas é a busca de uma aproximação entre o repertório clássico do chorinho e o contemporâneo, sem se prender a apenas uma das vertentes de sua rica história e demonstrando dessa forma uma visão mais abrangente e arejada deste gênero musical, um dos primeiros e mais cultuados da nossa riquíssima música popular brasileira. Baião, maxixe e samba também integram sua mistura musical.

O set list para o show no GOA irá mesclar clássicos do chorinho como Apanhei-te Cavaquinho (Ernesto Nazareth), incursões de craques da MPB no gênero como Salve Copinha (de Hermeto Pascoal) e composições de autores contemporâneos como Marcos Cesar, do Recife (Lela Não Tem Reclamado) e da integrante do grupo Gabriela Machado (Serelepes).

Ouça As Choronas tocando ao vivo Tico-Tico No Fubá:

Rogério Rochlitz lança CD e DVD no Rio Verde

Por Fabian Chacur

O músico e compositor Rogério Rochlitz se apresenta nesta sexta-feira (24) a partir das 22h no Centro Cultural Rio Verde (rua Belmiro Braga, 181- Vila Madalena- fone 11-3459-5321). A entrada custa R$ 20 , e também estão na programação os músicos Sidiel Vieira (que lança o CD Sidiel Vieira Quarteto) e Ivan Vilela, além de uma exposição de fotos de Fabiana Francé.

Em seu show, Rochlitz aproveita para lançar o excelente CD Móbile (leia a resenha aqui) e o DVD Cores Ao Vivo (que Mondo Pop resenhará em breve-aguardem!).

Na estrada desde os anos 90, Rogério Rochlitz faz um som instrumental inteligente, swingado e muito bom de se ouvir, conseguindo com rara habilidade misturar qualidade técnica e artista com uma abordagem passível de ser assimilada pelo público habitual. Ou seja, não cai no excesso de rebuscamento de alguns colegas de música instrumental.

Veja o clipe de Prince no Sambão, com Rogério Rochlitz:

Antonio Adolfo cativa com Finas Misturas

Por Fabian Chacur

Antônio Adolfo é um dos grandes nomes da história da música brasileira. Como músico, arranjador, maestro, compositor, produtor e intérprete, entre outras atribuições, ele desde os anos 60 nos proporciona grandes obras. Finas Misturas, CD lançado pelo seu selo AAM Music e distribuído no Brasil pela SaladeSom Records, acrescenta novos elementos a um universo sonoro sempre rico e delicioso de se ouvir.

Na primeira fase de sua carreira, Adolfo tocou piano em grupos como o Trio 3-D, Samba a Cinco e A Brazuca, emplacando canções clássicas da MPB e bastante regravadas como Sá Marina, BR-3 e Juliana, entre outras, tendo como frequente parceiro o letrista Tibério Gaspar. Como forma de se aperfeiçoar, ele saiu do Brasil para estudar música nos anos 70.

Ao voltar, as gravadoras simplesmete o ignoraram, e o músico carioca resolveu apostar numa opção até então considerada maluca por muitos: a produção independente. Com o excelente álbum Feito Em Casa (1977), não só teve sucesso artístico e comercial como abriu as portas para a produção independente no Brasil, que rende belos frutos até hoje.

Em meados dos anos 80, passou a se dedicar a projetos educacionais na área musical, criando o Centro Musical Antônio Adolfo e lançando vários livros com esse intuito educativo. Mas nunca descuidou de seu lado artístico, gravando de tempos em tempos discos sempre pautados por uma excelência em termos técnicos e criativos.

Finas Misturas traz como mote um excitante diálogo entre o jazz e os ritmos brasileiros, com quatro composições de Adolfo e seis de nomes seminais do jazz como John Coltrane, Keith Jarrett, Bill Evans e Dizzy Gillespie. A quebra de barreiras, por sinal, sempre marcou o trabalho do pianista, que foge dos rótulos como o diabo da cruz.

O resultado é um álbum no qual fica difícil detectar onde está o jazz ou onde se encontra a música brasileira, pois a fusão deu uma liga simplesmente deliciosa e indivisível. Falando de forma mais direta, aqui não temos nem música brasileira, nem música americana, e sim música do mundo, do universo, da galáxia. Música da boa.

O bacana de Antônio Adolfo é que ele consegue ser um músico e compositor altamente sofisticado sem cair no tecnicismo, na chamada “música para músicos”, na qual harmonizações complicadas e solos intrincados só são mesmo apreciados pelos profissionais do ramo. Esse genial músico brasileiro consegue ser requintado sem deixar de ser acessível.

Esse fantástico Finas Misturas trará prazer tanto ao fã de música inventiva e criativa como àquele ouvinte humilde e sem conhecimento técnico que deseja apenas curtir música instrumental cativante, delicada, melódica e boa de se ouvir. Coisa difícil de se fazer, que só mesmo mestres como Antônio Adolfo tem a manha de tornar realidade.

Veja entrevista de Antônio Adolfo e trechos de Finas Misturas:

Móbile mostra swing de Rogério Rochlitz

Por Fabian Chacur

Muitas vezes se questiona qual a razão de a música instrumental normalmente não alcançar a popularidade das canções com letras e refrão. Com uma certa frequência, a resposta mais simples costuma atribuir a esse tipo de trabalho musical uma preocupação maior com o virtuosismo e a sofisticação, deixando às vezes a fluência e o swing em segundo plano.

Felizmente, o músico, arranjador, compositor e produtor Rogério Rochlitz não sofre desse problema. Em seu quarto álbum solo, Móbile, o ex-integrante do grupo Jambêndola dá uma verdadeira aula de como se fazer música sem palavras ou vocais sem cair no exibicionismo ou na chamada “música para músicos”. Para curti-lo, basta sensibilidade.

Em suas 15 faixas, Móbile traz uma sonoridade quente e diversificada que inclui diversas vertentes da música brasileira, como forró, samba, chorinho e bossa nova, fundidas com jazz, funk de verdade, rock, pop e o que mais vier, tendo sempre como âncora boas melodias e arranjos que fogem do óbvio e nos proporcionam agradáveis surpresas a cada compasso, tudo construído com muito swing e consistência.

Rogério se divide entre teclados, baixo, samples, violão e outros instrumentos, e conta com o apoio de ótimos músicos, entre os quais Gileno Foinquinos (guitarras), João Parahyba (percussão), Guga Stroeter (vibrafone), Bina Coquet (violão de 7 cordas), Guilherme Held (guitarra), Bocato (trombone) e Tião Carvalho (berimbau), só para citar alguns.

Cada tema instrumental equivale a um novo e diferenciado roteiro sonoro, impedindo que o ouvinte caia na monotonia ou na mesmice um instante sequer. Prince no Sambão, por exemplo, mistura samba, funk e urbanidade/urgência pop, enquanto Berimboca adiciona latinidade a um tempero soul bastante envolvente.

O trombone inconfundível de Bocato dá o norte à swingada Bocato No País das Maravilhas, enquanto a cuíca é o eixo da misteriosa e envolvente Prótons, que ganha elementos minimalistas e por vezes soa como uma possível versão século XXI do som instrumental exótico dos anos 50 do músico americano Martin Denny. A delicada Amor Amora equivale a uma versão levemente sinfônica da música gaúcha de raiz.

Momento máximo do álbum, Paralao soa como uma espécie de bossa nova com cobertura soul psicodélica, guardando parentesco com o trabalho do genial maestro brasileiro Arthur Verocai. Mas Móbile revela novos segredos a cada nova audição.

Poderia ganhar as programções das rádios, caso elas tivessem abertura suficiente para isso. Mas pode tocar na sua própria emissora pessoal, se você quiser. Experimente e mergulhe de cabeça na deliciosa música de Rogério Rochlitz.

Prince no Sambão (clipe) – Rogério Rochlitz:

Grupo Quatro a Zero faz show gratuito em SP

Por Fabian Chacur

O grupo paulista Quatro a Zero será a atração desta sexta-feira (20) às 22h30 do projeto Música Para Todos. O show terá como palco o Teatro Coletivo (rua da Consolação, 1.623- São Paulo- fone 0xx11-3255-5922), com entrada gratuita. Os convites devem ser retirados até meia-hora antes do espetáculo.

Criado em São Paulo há mais de dez anos, o Quatro a Zero já gravou três elogiados CDs, sendo o mais recente Alegria (2011). Sua formação atual inclui Daniel Muller (piano e acordeon), Danilo Penteado (baixo), Eduardo Lobo (guitarra) e Lucas Casacio (bateria). Este último substituiu Lucas de Rosa, morto em 2009.

O som do quarteto paulista se vale do chorinho como base do seu trabalho, misturando esse marcante estilo musical com diversas outras linguagens e ritmos, gerando um som instrumental original, moderno e criativo.

Em seus shows, o grupo toca músicas como Enfim, primavera, Bacalhau ou Caipirinha? e Flamengo, entre outras. Eles acabam de voltar de uma turnê europeia que incluiu shows em Paris e Portugal. O Quatro a Zero também se apresentam com frequência nas mais importantes capitais e cidades brasileiras.

Ouça Flamengo, com o grupo Quatro a Zero:

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