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Paula Fernandes quer emocionar as pessoas

Por Fabian Chacur

Em um mercado fonográfico cujo tamanho diminuiu bastante nos últimos 12 anos, o fato de Paula Fernandes ter conseguido vender 1.7 milhão de cópias no Brasil de seu CD/DVD Ao Vivo é um daqueles fenômenos que merece ser estudado.

O que teria levado tanta gente a se apaixonar pelo trabalho desta jovem cantora e compositora mineira que está na estrada desde seus oito anos de idade? Hoje com 28 anos, a nova estrela da música sertaneja afirmou, em entrevista coletiva realizada no saguâo do Credicard Hall, em São Paulo nesta terça-feira (12), que imagina o porquê disso tudo.

“Acho que faço sucesso pela minha música ser verdadeira. São 20 anos de careira, fiz um trabalho de formiguinha nesses anos todos, as coisas não aconteceram para mim da noite pro dia. O povo não é burro, não sou um produto para ser comercializado, sou uma missionária da música. Sou só um grãozinho de areia, mas consegui isso tudo.

Se conseguir um sucesso desse tamanho é um acontecimento, imagine a pressão para mantê-lo. E é esse o desafio que Paula tem com seu novo álbum, Meus Encantos, que a Universal Music coloca nas lojas até o fim do mês. A cantora diz ter um objetivo simples com o CD.

“Espero que o álbum Meus Encantos emocione as pessoas como emocionou quem o fez, como eu, minha equipe, meus músicos. Procurei trabalhar com calma, é assim que deve ser, cuidar bem da minha arte, pois essa é a matéria-prima de tudo. É um bom disco que leva ao sucesso, aos shows lotados, a tudo”.

Meus Encantos inclui 15 faixas, sendo duas delas bônus: Hoy Me Voy (Juan Esteban Aristizabal), dueto com o astro latino Juanes, e Long Live (Taylor Swift), dobradinha com a jovem estrela country americana Taylor Swift.

Além dessas duas canções, temos outras 13, sendo nove delas de autoria da própria Paula, e quatro compostas por ela em parceria com Zezé Di Camargo (Mineirinha Ferveu e Eu Sem Você), Zé Ramalho (Harmonia do Amor) e Victor Chaves, da dupla Victor & Leo (a música Além da Vida).

“A parceria com o Zezé começou com Pra Você, que foi o maior sucesso. Aí, ele fizemos mais duas, Mineirinha Ferveu e Eu Seu Você, sendo esta última a primeira faixa de trabalho. Adoro o trabalho do Zé Ramalho, e quando o conheci nos bastidores de um programa de TV perguntei se ele não gostaria de compor comigo, e ele topou de imediato.”

A música feita com Victor Chaves, com quem ela já havia trabalhado anteriormente, estava na gaveta há uns dez anos, segundo ela, e somente agora encontrou o caminho de um disco.

“Esta música estava esperando o momento certo para ser lançada. Acho que as músicas não envelhecem, e esta aqui se encaixou bem na unidade deste álbum”.

Paula afirma ter recebido muitas fitas com composições, mas que preferiu apostar nas suas próprias.

“Recebo composições do Brasil todo, mas elas não tinham a cara do meu momento”.

Ao ser questionada sobre os elogios que recebe por sua beleza, ela tentou ser humilde (pero no mucho):

“Acho a beleza muito relativa, depende de cada pessoa. Sou muito vaidosa, gosto de me cuidar, sou muito sonhadora, acredito no conto de fadas, o amor faz parte da vida. Sou a representante da mulher brasileira, que é a mais linda do mundo. A mulher tem que ousar, ser feminina, mostrar seus encantos, mas sem forçar a barra. A sensualidade não está na roupa, nem a vulgaridade, depende de cada um”.

Ela dá o pontapé inicial na turnê de lançamento de Meus Encantos de sexta (25) a domingo (27) no Credicard Hall, em São Paulo, e depois irá viajar pelo país inteiro para encarar a árdua missão de se manter no topo das paradas de sucesso.

Não gostar de um gênero musical é preconceito?

Por Fabian Chacur

Lendo matéria publicada na nova encarnação do jornal paulistano Shopping News, que fez seu nome nos anos 70 e 80 quando era distribuído gratuitamente aos domingos, fiquei com uma questão importante na cabeça.

A análise em questão falava sobre o atual momento positivo da música sertaneja, com diversos artistas estourados nas paradas de sucesso. Em determinado ponto,  era citado um possível preconceito que impediu durante anos esse estilo musical de ter destaque nos grandes centros urbanos.

Aí, fica a pergunta que me levou a escrever esse post: será que o fato de a gente gostar ou não de um determinado estilo musical implica necessariamente em preconceito?

Não seria esse argumento usado por alguns de forma excessiva e até leviana por aí? Afinal de contas, ninguém chamará alguém que afirme não gostar de rock de preconceituoso. Ou de quem não curte MPB. Ou ainda aqueles que não se liguem em jazz ou música erudita.

No caso da música de cunho popular, sempre fica essa razão no ar. Não seria uma espécie de “complexo de vira-lata” por parte de quem sempre toca nesse ponto para justificar o porque alguém com formação intelectual mais elaborada não curte estilos como sertanejo, axé ou música romântica?

Dou o meu exemplo pessoal. Não tenho o menor preconceito contra a música sertaneja. Minha mãe nasceu na gloriosa Buri (SP) e tenho inúmeros parentes no interior deste e de outros estados.

Respeito muito esse estilo musical, e existem artista nele que considero excelentes, como Chitãozinho & Xororó, por exemplo. Mas sabem quantos discos desse estilo eu comprei para mim? Nenhum. E provavelmente nunca comprarei. Por preconceito? Não! A razão é simples: não me agrada, não me cativa, não me envolve e não me identifico com ele. Simples assim.

Essa coisa de sempre colocar o preconceito com explicação para certas coisas é um princípio meio perigoso. Lógico que tem gente que possui essa característica de rotular as coisas antes de conhecê-las, ou que associa uma opinião imediatamente com a posição social ou cultural de quem a emite.

Mas não dá para generalizar. Pois se fosse dessa forma, todos teríamos de obrigatoriamente gostar dos gêneros musicais populares, sob pena de sermos considerados discriminatórios, preconceituosos, metidos a besta. E não é por aí. Viva a liberdade de escolha, sempre!

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