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Álvaro Pereira não quer escutar mais nada

Por Fabian Chacur

Nesta segunda-feira (6), foi encerrada uma das colunas mais polêmicas do universo cultural em mídia impressa.

Trata-se de Escuta Aqui, assinada pelo jornalista Álvaro Pereira Júnior, que por quase 20 anos (eu acho…) fez parte do caderno semanal Folhateen, da Folha de S.Paulo.

Durante esse tempo todo, Júnior infernizou a vida de muita gente, especialmente a dos colegas de geração Titãs, do glorioso Caetano Veloso e, principalmente, dos próprios leitores.

Na coluna de despedida, ele lamenta ter enchido a bola de algumas bandas, como as insignificantes (enfim ele concordou!) Man Or Astro-Man e Belle and Sebastian, mas se orgulha de ter badalado a ótima revista britânica Uncut.

Vou ser bem sincero. Das coisas que ele escrevia, acho que eu concordava com algo em torno de 40 a 50 %.

Essa perseguição ao Caetano, por exemplo, acho que era pela pura vontade de bater duro em uma “vaca sagrada”, velha e batida tática de aparecer e criar polêmicas. Ainda mais em torno de alguém tão ególatra (e genial, não tenho a menor dúvida) como Caê.

Mas nunca parei de ler Escuta Aqui. Qual seria a razão? Simples: o cara escreve bem e sabe expressar bem e de forma clara as suas ideias.

Concordar ou não com elas é outra história. E nunca ele foi tão ofensivo que me levasse a ignorá-lo, o que faço com outros colunistas do mesmo jornal e também de outras publicações.

Júnior diz que, agora, terá espaço quinzenal na Ilustrada. Boa sorte a ele.

Quanto ao fim de Escuta Aqui, que o próprio autor diz que já não tinha mais grande influência perante seus leitores, deixa uma pergunta no ar.

Faz sentido colunistas quarentões/cinquentões atuarem em um caderno feito para a faixa etária entre os 14 e os 21 anos (se tanto?).

Será que não é o caso de deixar esse tipo de espaço para os próprios adolescentes/teens? Não soa meio paternalista alguém com idade de ser pai de seus leitores escrever em um caderno que pré-determina a faixa etária que deseja atingir?

Não tenho respostas para essas perguntas. Mas o fim de Escuta Aqui e também de 02 Neurônio (também nesta segunda-feira), assinada por Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso, deve ser uma indicação de uma tendência que vem por aí no Folhateen.

Que o In-Edit Brasil prossiga para sempre!

Por Fabian Chacur

Quem ama música no mesmo grau que eu e teve a oportunidade de ir a ao menos uma das seções promovidas pela terceira edição do In-Edit Brasil certamente torcerá pela duração eterna desseevento.

Realizado em São Paulo e no Rio entre o fim de abril e o início de maio, equivaleu a uma verdadeira festa da música, tanto a tupiniquim quanto a internacional, sempre tendo a qualidade como principal pauta.

Um dos méritos dessa edição do In-Edit foi ter mesclado obras ainda inéditas no Brasil com outras já disponíveis até em DVD.

Dessa forma, a programação conseguiu satisfazer e atender a todo tipo de público, desde os doidos por novidades até aqueles que de repente não tem lá muito dinheiro, mas querem conhecer obras que para alguns já estão mais manjadas.

Não consegui assistir tudo o que gostaria, mas só de ter visto Keep On Running: 50 Years Of Island Records, Do It Again, Coming Back For More e Who’s Harry Nilsson (And Why Is Everybody Talkin’ About Him?) já me fizeram um bem danado.

E como diria aqueles infernais infomerciais televisivos, não é só isso. O ingresso mais caro que paguei foi de superacessíveis R$ 10, sendo que no caso do da Island Records, só desenbolsei um único real.

Isso tudo com projeções decentes, catálogos/guias bacanas e atendimento atencioso por parte da equipe de divulgação/recepção.

Todos os documentários citados foram comentados em Mondo Pop.

Eis um ótimo dinheiro que a Petrobrás e a Natura investem. Que continuem investindo. A gente que ama música agradece!

E como foi 2010 na área da musica? Heim?

Por Fabian Chacur

Na hora de se fazer balanços anuais em setores específicos, cada um segue habitualmente sua linha de pensamento.

Na área da música, no caso de 2010 certamente teremos os saudosistas, dizendo que nada de novo surgiu que valesse a pena.

Por outro lado, sempre surgem os entusiasmados com as novidades, pintando um mundo totalmente novo baseado nos últimos meses/anos.

Não dá para negar que foi um ano ótimo para Restart (foto), Justin Bieber, Lady Gaga, Beyoncé Knowles, Lady Antebellum, Black Eyed Peas, Taylor Swift, Michel Teló, Luan Santana, Scissor Sisters e Maria Gadú, só para citar alguns.

Se eles são bons ou se provarão que mereceram o destaque recebido durante 2010, só mesmo o tempo dirá.

Afinal de contas, quem é que se lembra, atualmente, de MC Hammer, Vanilla Ice, Extreme, Limp Biskit, Herman Hermits, Inimigos do Rei, Vanessa Rangel e Luka, só para citar artistas com muito destaque em determinados anos, mas que sumiram para nunca mais?

No entanto, destaques como Beatles, The Doors, Gilberto Gil, Green Day, Guns N’ Roses, Marisa Monte, Lulu Santos, Tom Petty, James Taylor, U2 e Skank continuam referência de qualidade musical.

A vida é assim. Portanto, antes de caírem na fácil tarefa de execrarem os Restarts da vida, que tal dar a eles o benefício da dúvida?

Um mais do que feliz 2011 é o que Mondo Pop deseja a todos aqueles que fazem da música sua trilha sonora, sua razão de viver, seu curativo para dores, sua fonte de prazer, sua droga sem contraindicação!

Veja o clipe de Any Which Way, do Scissor Sisters, clássico de 2010:

E para quem não se lembra, Ice Ice Baby, de Vanilla Ice, de 1990:

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