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Tag: novembro 2016 (page 1 of 2)

Sting mergulha em rock e folk no ótimo álbum 57th & 9th

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Por Fabian Chacur

Desde o lançamento de Sacred Love (2003), Sting deixou de lado o pop rock mais explícito em sua carreira solo. Nesse período, lançou trabalhos com faceta erudita ou de folk mais tradicional, como os ótimos If On a Winter’s Night (2009) e The Last Ship (2013), ou mesmo de inspiradas e interessantes releituras sinfônicas de canções de sua autoria em Symphonicities (2010). Mas, agora, é hora de rock, bebê! E chega às lojas o ótimo 57th & 9th. Bem roqueiro, mas com folk na mistura, também.

O título do CD alude a uma esquina localizada em Nova York e próxima dos estúdios em que as gravações ocorreram. No encarte, Sting explica o quanto gosta de andar a pé, especialmente no caminho rumo ao trabalho, pois é nesses momentos que reflete e pensa de forma mais apurada. Como o álbum foi concretizado em um período de três meses, algo rápido para os padrões atuais de estrelas, dá para se imaginar que várias canções possam ter surgido durante esses passeios.

Acompanhado pelo excelente guitarrista Dominic Miller, que é seu braço direito há décadas, além de feras do porte de Vinnie Colaiuta (bateria) e integrantes do grupo The Last Bandoleros, Sting nos oferece dez novas canções que trazem como marca aquela simplicidade sofisticada que sempre marcou a sua obra, indo desde o rock mais básico a canções folk, e um momento com elementos árabes no meio.

A coisa começa a mil por hora, com a contagiante I Can’t Stop Thinking About You, que possui ecos de clássicos do The Police como Truth Hits Everybody e Can’t Stop Losing You. Com um riff poderoso de guitarra, a vibrante 50.000 é uma assumida homenagem a David Bowie, Glenn Frey e Prince, músicos que sabiam como poucos fazer músicas para entreter grandes plateias. One Fine Day, um rock balada, traz letra de inspiração ecológica com abordagem extremamente inteligente.

Não faltam outros momentos excelentes neste álbum. As baladas acústicas na melhor tradição folk Heading South On The Great North Road e The Empty Chair, o rockão estradeiro Petrol Head e a envolvente Inshallah, por exemplo. São canções sempre enfocando temas atuais, como ecologia, relações amorosas e mesmo a crise dos refugiados na Europa, mas sem nunca resvalar na apelação.

A edição lançada no Brasil de 57th & 9th é a Deluxe, o que significa uma capa digipack dupla, encarte luxuoso com ficha técnica completa, letras e textos de Sting sobre as canções e também três faixas adicionais. São elas uma versão mais folk rock de I Can’t Stop Thinking About You (apelidade de LA Version por ter sido gravada em Los Angeles), outra de Inshallah gravada em Berlim e uma ao vivo de Next To You, clássico do The Police, com participação dos The Last Bandoleros.

O álbum atingiu a posição de número 9 ao ser lançada nos EUA em novembro, prova de que Sting continua atraindo a atenção do grande público. Nada mais justo, pois aos 65 anos, idade completada por ele no último dia 2 de outubro, este grande artista prova mais uma vez continuar sendo não só um mero cantor e compositor, mas alguém preocupado em sempre oferecer o melhor aos fãs. Ele já está fazendo shows para divulgar o disco. Tomara que passe por aqui.

50.000– Sting:

Toquinho faz dois shows solo gratuitos no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Não tem sido muito habitual nos últimos tempos Toquinho fazer shows no melhor estilo violão e voz. Ele tem como norma tocar com bandas afiadas, ou mesmo acompanhado por outros colegas, como Ivan Lins e MPB-4. Portanto, o carioca terá uma bela oportunidade para conferir a faceta totalmente solo desse genial cantor, compositor e violonista em shows neste sábado (26) às 20h e domingo (27) às 19h no Espaço Furnas Cultural (rua Real Grandeza, nº 219- Botafogo-R.J.- fone 0xx21-2528-3112). E, de quebra, com entrada gratuita. Programão!

O roteiro do show traz uma seleção caprichada de grandes momentos da carreira desse artista paulistano que completou 50 anos de carreira recentemente. É um sucesso atrás do outro, como Tarde Em Itapoã, Que Maravilha, Meu Pai Oxalá e Carta Ao Tom 74. De quebra, ele também mostrará seu talento em números instrumentais como Jesus Alegria dos Homens (J.S. Bach) e Bachianinha nº 1, esta última de autoria de seu professor e mestre, o grande e saudoso Paulinho Nogueira.

Quem for ao espetáculo no domingo (28) ainda terá um brinde adicional. Antes do show propriamente dito, Toquinho levará um papo informal com o experiente jornalista Pedro Só, com direito a interação com a plateia. Vale lembrar que os ingressos gratuitos serão distribuídos uma hora antes de cada apresentação, e que os interessados precisarão apresentar um documento com foto para retirarem seus tíquetes.

Bachianinha nº 1-Toquinho:

Tony Babalu lança Cactus em estiloso clipe preto e branco

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Por Fabian Chacur

Tony Babalu é um daqueles guitarristas que todo fã do rock brasileiro deveria conhecer. Sua classe como músico e compositor empolga, vide seus trabalhos solo instrumentais e também performances ao lado de outros artistas, especialmente da mítica banda Made In Brazil. Ele lançou recentemente um CD simplesmente arrebatador, Live Sessions At Mosh (leia a crítica de Mondo Pop aqui). E agora nos proporciona uma nova faixa, com direito a videoclipe e tudo.

A música em questão intitula-se Cactus. Trata-se de uma espécie de blues, tocada no violão acústico de cordas de aço com aquele tipo de timbre que marca o estilo de Babalu, classudo e repleto de disciplina e requinte. A partir de um riff simples e envolvente, ele vai brincando com harmônicos, sutilezas e pequenos solos com uma agilidade típica do craque que ele é. Sem exibicionismos nem arrogâncias instrumentais, e esbanjando sensibilidade e bom gosto.

O bacana é que a música tem a divulga-la um clipe em preto e branco, formato que dá ao som que já é legal uma aura mística e vintage que tem tudo a ver com o artista envolvido. Simples, sem exageros e registrando um momento de intimidade musical deste grande músico. Seria o prenúncio de um novo trabalho dedicado apenas ao violão? Saberemos nos próximos meses. Por enquanto, vale mesmo é curtir esse delicioso Cactus e ficar com gostinho de quero mais. Só pra variar…

Cactus– Tony Babalu:

Drenna lança seu segundo CD com show no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Drenna é uma banda ou uma artista-solo? De certa forma, os dois. Sua líder é a cantor e guitarrista Drenna, que dá nome ao time e é o seu principal destaque. Ao seu lado, temos Junior Macedo (guitarra), Bruno Moraes (baixo) e Milton Carlos (bateria). Eles tocam nesta quinta-feira (24) às 21h30 no Teatro Rival Petrobrás (rua Álvaro Alvim, nº33/37- Centro- Rio de Janeiro- fone 0xx21- 2240-4469), com ingressos a R$ 15,00 e R$ 30,00.

O show marca o lançamento de seu segundo CD, Desconectar, que traz onze faixas vigorosas e nas quais se discutem temas do cotidiano moderno, entre os quais o vício na internet e as complicadas relações pessoais. Entre as músicas, temos a faixa-título, Alívio e Anônimo. O álbum foi produzido por Felipe Rodarte e gravado no estúdio Toca do Bandido, com supervisão artística de Constança Scofield.

Com uma impressionante média de 100 shows por ano, a Drenna lançou seu primeiro trabalho em 2010, e já tocou em vários estados do Brasil. Em seu currículo, parcerias com Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Gabriel Thomaz (Autoramas) e Arnaldo Brandão (Hanói Hanói). Além das músicas do novo disco, o grupo promete alguns covers, entre os quais Respect, clássico do repertório de Aretha Franklin.

Desconectar– Drenna:

A banda Geminis Bee Gees faz shows no Rio e em São Paulo

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Por Fabian Chacur

O Brasil nunca viu um show dos Bee Gees, e infelizmente nunca verá, devido à morte de Maurice e Robin. O máximo que tivemos foram shows solo de Robin Gibb em 2005 e do irmão mais novo deles, Andy Gibb, em 1983. Mas existe um consolo para os fãs dessa banda lendária. Trata-se da banda argentina Geminis Bee Gees, que reverencia desde 1999 a obra dos lendários irmãos britânicos com rara categoria.

Eles se apresentam nesta terça-feira (22) às 21h no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 do Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- RJ- fone 0xx21- 3431-0100), com ingressos de R$ 50,00 a R$ 160,00, e na quarta-feira (23) no Teatro Bradesco de São Paulo (rua Palestra Itália, nº 500- 3º piso- Bourbon Shopping São Paulo- fone 4003-1212), com ingressos custando de R$ 40,00 a R$ 150,00.

Seria injusto rotular a Geminis como apenas mais uma banda cover. O requinte apresentado por Ismael Espiño (Barry Gibb), Alejandro Niz (Robin Gibb) e Daniel Liberchuk (Maurice Gibb) é impressionante, com direito a vocalizações, arranjos, figurinos e até mesmo instrumentos musicais similares aos utilizados pelo grupo original. Sua afinação vocal e instrumental, presença de palco e versatilidade ao encarar uma obra tão consistente é no mínimo elogiável.

Eles são de Buenos Aires e se apresentam no Brasil desde 2011, tendo feito por aqui em torno de 100 shows por nove estados. O novo espetáculo é intitulado Number Ones, e traz no repertório músicas dessa célebre coletânea de hits. Não faltarão maravilhas do porte de To Love Somebody, Massachusetts, Night Fever, Stayin’ Alive, How Deep Is Your Love, Too Much Heaven e Tragedy, só para citar algumas dessas músicas que nunca saem de moda, pois música boa é para sempre.

Trechos do Geminis Bee Gees ao vivo:

Fagner canta os seus grandes sucessos em show único no RJ

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Por Fabian Chacur

Em um meio conhecido por devorar nomes e mais nomes, comemorar mais de 40 anos de estrada não é para qualquer um. Ainda mais se o artista em questão consegue se manter relevante e capaz de atrair grandes plateias a suas apresentações. Esse é o caso de Raimundo Fagner, que dá uma geral em seus hits em show único no Rio nesta sexta-feira (18) às 21h no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 50,00 a R$ 200,00.

Este talentoso cantor, compositor e músico cearense tornou-se conhecido do grande público a partir da década de 1970. Com um vozeirão de timbre peculiar, ele aos poucos foi cativando um fã-clube fiel graças a uma mistura potente de rock, folk e música nordestina com direito a muita paixão e poesia. A partir do estouro de Revelação, lá pelos idos de 1979, abriu de vez as portas para a grande mídia, tornando-se figura fácil em trilhas de novela.

Nos anos 1980 e 1990, consolidou-se de vez como artista popular, conseguindo conciliar um repertório assumidamente romântico com qualidade estética. Dessa forma, tornou-se um dos artistas mais populares do país, sempre presente nas programações de rádio.

Franco e direto, Fagner sempre chamou a atenção pela personalidade forte, dotado de uma inteligência rara. Em seu novo show, ele viaja nessas décadas de carreira, incluindo maravilhas do porte de Mucuripe, Revelação, Borbulhas de Amor e Fanatismo, só para citar algumas.

Revelação (ao vivo)- Fagner:

Leonard Cohen e Leon Russell gravaram com Sir Elton John

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Por Fabian Chacur

2016 tem sido um ano absurdamente triste para os fãs de boa música. As perdas são absurdas, e mais duas se somam a tantas outras ocorridas até o momento. São as do cantor, compositor e poeta canadense Leonard Cohen e do cantor, compositor e músico americano Leon Russell, dois artistas que nos deixaram legados de valor incalculável. Ambos tem algo em comum: são ídolos e trabalharam com ninguém menos do que Sir Elton John.

A parceria do autor de Goodbye Yellow Brick Road com Leon Russell ocorreu em 2010, com o lançamento do álbum The Union. Um trabalho histórico por várias razões, entre outras o fato de ter sido o primeiro CD que Elton dividiu inteiro com outro artista, e por ter resgatado de um recente anonimato um grande artista. The Union (leia a crítica de Mondo Pop aqui) equivale a uma verdadeira aula de música, e concretizou o sonho de Elton, que sempre citou Russell como um de seus ídolos e grande influência musical. Chegou ao nº 3 nos EUA. Uau!

O álbum com o fã ilustre ajudou a resgatar Leon Russell. Nascido nos EUA em 2 de abril de 1942, ele se tornou conhecido inicialmente como um excepcional músico de estúdio, tocando piano e teclados em trabalhos de artistas diversos, entre os quais The Beach Boys, Jan & Dean, Bob Dylan e inúmeros outros. O estouro de sua composição Delta Lady, gravada por Joe Cocker, ajudou a abrir caminhos para uma atuação mais destacada como artista solo e sideman.

Como diretor musical e pianista, ele esteve ao lado de Joe Cocker no álbum duplo Mad Dogs And Englishmen (1970), registro de uma turnê que é considerada por gente do alto gabarito de Kid Vinil como uma das mais marcantes da história, e na qual Russell aparece com grande destaque. Ele gravou vários discos solo de sucesso nos anos 1970, e viu canções de sua autoria como Superstar, Delta Lady e a Song For You serem regravadas por inúmeros outros artistas.

Leonard Cohen também entrou na discografia de Elton John na base do dueto. Neste caso específico, em uma única faixa, Turn To Lose, incluída no álbum Duets, no qual o astro britânico gravou canções alheias de sua preferência ao lado de diversos amigos famosos do porte de Little Richard, Don Henley, Gladys Knight e George Michael. Vale lembrar que o astro britânico dos mil óculos participou do álbum tributo Tower Of Song- The Songs Of Leonard Cohen, interpretando I’m Your Man.

Nascido no Canadá em 21 de setembro de 1942, Leonard Cohen iniciou sua carreira no mundo das artes como poeta, tendo lançando seu primeiro livro em 1956 (Let Us Compare Mythologies). Ele entrou no cenário musical em 1967 como álbum Songs Of Leonard Cohen, no qual se sobressaíam suas canções introspectivas, com letras profundas conduzidas por uma voz grave e fora dos padrões do pop-rock da época.

Com o tempo, não se tornou um vendedor de milhões de discos ou teve suas músicas tocando o dia todo nas rádios, mas ganhou um fã-clube fiel, composto por inúmeros nomes famosos. A diversidade desses artistas influenciados por ele pode ser bem exemplificada por dois álbuns celebrando sua obra. Um é I’m Your Fan- The Songs Of Leonard Cohen (1991), que traz astros do rock alternativo como R.E.M., Lloyd Cole, Pixies, John Cale e Ian McCulloch.

Por sua vez, Tower Of Song- The Songs Of Leonard Cohen (1995) inclui um elenco de nomes mais afeitos ao mainstream, do porte de Elton John, Sting, Willie Nelson, Peter Gabriel e Suzanne Vega. Canções como Suzanne, So Long Marianne, Tower Of Song, Bird On The Wire, I’m Your Man e Sister Of Mercy são campeãs de regravações. Hallelujah entrou até em trilha de novela e em reality show musical! Universalidade perde. Seu mais recente álbum, You Want It Darker, saiu há poucos dias, e tem a morte como tema principal.

Born To Lose– Elton John & Leonard Cohen:

Isabella Taviani mergulha nos seus sucessos em show no Rio

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Por Fabian Chacur

Após bem-sucedida turnê para divulgar seu ótimo álbum Carpenters Avenue, no qual releu de forma personalizada canções dos Carpenters, Isabella Taviani oferecerá aos fãs cariocas a chance de ouvir seus próprios sucessos. O show será nesta sexta (11) às 21h no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160- Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- Rio-fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 40,00 a R$ 150,00.

Acompanhada por Marco Brito (teclados) e Felipe Melanio (violão e guitarra), a cantora e compositora, há quase 20 anos na estrada, mostrará versões concisas de sucessos como Luxúria, Sentido Contrário, De Qualquer Maneira, Digitais, Último Grão, A Canção Que Faltava e Diga Sim Pra Mim, entre outras. A ideia é atender os fãs da melhor forma possível, tentando não deixar de fora nenhuma das canções favoritas de seus admiradores, que sempre lotam seus shows.

Aliás, Isabella costuma ser extremamente carinhosa com o seu público, e explica esse carinho todo de forma muito direta e clara: “Nunca fui nenhuma queridinha da imprensa, nem tenho minha cara estampada em jornais ou TVs todos os dias. Portanto, quem divulga e sustenta minha carreira são estes fãs fiéis que tenho tanto orgulho de preservar”, revela. O show chegará a São Paulo nos dias 28 e 29, no Teatro Net SP.

Diga Sim Pra Mim– Isabella Taviani:

Marcelo Archetti e a parceria digital com a Universal Music

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Por Fabian Chacur

Com 25 anos de idade e natural de Pato Branco (PR), Marcelo Archetti acaba de inaugurar uma parceria com a Universal Music com o lançamento do single digital Sei Lá. O cantor, compositor e músico teve passagem de destaque na 4ª edição do programa The Voice Brasil. Com sua mistura de rock, pop e MPB, ele surge como uma das boas promessas da música brasileira atual. Leia entrevista feita por Mondo Pop via e-mail com Archetti.

MONDO POP- O que te levou a relançar o single Sei Lá, que já havia sido lançada em 2015? Sentiu que a canção tinha potencial para uma divulgação maior, ou poderia mesmo ser um bom cartão de apresentação nessa sua nova parceria com a Universal Music?
MARCELO ARCHETTI
– Sua pergunta já explicou toda a minha resposta. Foram exatamente esses dois fatores que me levaram a relançar Sei Lá. Primeiro, porque ela funcionou bem num micro espaço onde eu já divulgava minhas músicas: na minha região, na cidade onde nasci, Pato Branco, no Paraná e também em todo o estado do Paraná e na região sul do país.Senti que faltava um pouco mais de divulgação no resto do Brasil para que ela conseguisse alcançar mais publico. A música ainda não havia sido apresentada para o grande publico e ela, como você falou, é um ótimo cartão de visita: Por ela ser alegre, fácil de se conectar com as pessoas, letra fácil, e um apelo brincalhão.

MONDO POP- Você integrou duas bandas (Stereotapes e Clappers) antes de optar pela carreira-solo. Fale um pouco de como foram essas duas experiências, e o que te levou a seguir carreira individual.
MARCELO ARCHETTI
– Sim, participei de duas bandas que foram basicamente a mesma banda, só que uma em Pato Branco, onde comecei minha carreira musical, e a outra em Curitiba. Mudamos apenas um integrante: Em Pato Branco, tinha um baixista e em Curitiba, outro. Foram experiências ótimas, mas para mim a dinâmica entre ter uma banda e ter uma carreira solo é bastante diferente porque lá existe uma divisão de tarefas muito maior, e também muitas facilidades de você se lançar como uma banda. Não é o seu nome que está em jogo. Por mais que você seja o front man, todo mundo ali é protagonista. Então, existe uma diferença muito grande nesse sentido, inclusive para fazer show.

MONDO POP- Então, partir para a carreira-solo tinha mais a ver com o seu projeto musical?
MARCELO ARCHETTI
– Quando se tem uma carreira-solo e você opta por músicas produzidas que tenham bateria, baixo e guitarra, você acaba tendo que montar uma estrutura de show para te acompanhar. A dinâmica entre as duas experiências é bastante diferente. Optei pela carreira-solo principalmente pela liberdade de poder fazer o trabalho da forma como eu gostaria, como eu idealizava, e de poder moldar as musicas para a melhor forma de cantar. Com a banda, você acaba se tornando um pouco refém do estilo de cada um dos integrantes. Lá, sentia que estava começando a desgastar a minha voz, a fazer coisas que eu sentia que não eram minha identidade. Pensei: poxa, tenho meu estilo muito mais bem definido para estar numa banda. Então, optei em seguir carreira-solo para trazer um universo Marcelo Archetti para as pessoas.

MONDO POP- O clipe de Sei Lá é bastante criativo e simples, ao mesmo tempo. Como surgiu a ideia de homenagear com ele o Dia do Sorriso e como foram arregimentadas todas as pessoas que participaram dele? Quanto tempo demorou para serem captadas todas essas imagens e para finalizar o vídeo?
MARCELO ARCHETTI
– Essa ideia surgiu por acaso, numa produtora de Curitiba chamada Arquiteto e Cinema. O pessoal da Arquiteto tinha dois vídeos para teste e um deles era intitulado “Familiares”. Todos eles estavam sérios. Tinha outro vídeo que todos sorriam e isso provocava outra reação em quem assistia. Quando vi esses vídeos pensei logo: Poxa, que ótima ideia! E se aproveitássemos as duas no mesmo clipe?”. A Sei Lá tem uma virada, tem uma parte que entra a bateria, o baixo, depois um solo de piano em que muda mais ainda o humor dela dentro da própria música. O pessoal da produtora se apaixonou pela ideia. Na época, a faixa de trabalho não seria essa, mas eles me propuseram a gravar esse clipe e foi tudo muito rápido e divertido. Fizemos tudo em quatro dias (concepção, edição, chamar voluntários, amigos e familiares, músicos etc) e começamos a divulgar na internet. Passamos dois dias incríveis captando risos, e acho que isso ficou impresso no clipe.

MONDO POP- Você lançou três EPs solo, e agora está lançando um single. Como encara atualmente a forma de se lançar música? Pensa em lançar um álbum no formato tradicional? Esses EPs saíram de forma independente? Você tem algum lançamento em formato físico? Pretende explorar esse rumo também (CDs, LPs etc)?
MARCELO ARCHETTI
– Como costumo falar nas entrevistas, é um caminho sem volta hoje em dia. Porque facilitou muito o acesso das pessoas, você não ter mais a obrigação de carregar um CD, vinil ou fita para ouvir um trabalho. Acho que o lançamento digital tem um alcance muito grande. A internet é muito democrática, então favorece todo o artista que tenha um material de qualidade, que tenha uma carreira na música, que possa postar coisas e o publico receber, como antes não podia. Acho muito interessante priorizar esse tipo de lançamento. A grande questão, ao meu ver, é saber trabalhar: Ao mesmo tempo que todo mundo posta, também a concorrência é grande. Tenho planos, sim de fazer um lançamento físico no futuro. Também quero sentir como é comprar um CD, ter na sua casa uma capa, uma arte. Preocupo-me muito com a capa. Acho que é uma apresentação muito bonita e gostaria de sentir isso, mas é um plano lá pra frente. O foco agora é o digital. Coloquei uns trabalhos na internet. Tenho outras músicas prontas.

MONDO POP- Você gravou um EP em inglês e dois em português, com produtores diferentes. Existe uma diferença nas duas abordagens, em termos musicais? O que te levou a fazer essa escolha?
MARCELO ARCHETTI-
Existe, sim, uma diferença: a própria forma de compor em inglês é diferente de se compor em português, bem como a forma de se expressar cantando. E a opção por dois profissionais acontece por eu gostar muito de me reinventar. Às vezes, corro riscos por ter medo de parecer obvio ou de não conseguir me transformar ao longo da minha carreira. Apesar de estar só começando, acho legal me impor esse desafio de querer me reinventar musicalmente.

MONDO POP- Fale um pouco sobre como foi trabalhar com Alexy Viegas e com Maycon Ananias.
MARCELO ARCHETTI
– Para o EP em inglês, contei com o produtor Alex Viegas. Ele trabalhou com bandas bem legais, mais atuais, mais pop. E ele trouxe um “quê” mais comercial, muito interessante para essas músicas. Para o EP em português, contei com o Michel Ananias, que é um baita produtor. Ele trabalhou com Tiago Iorc e Maria Gadú, e tem outra abordagem completamente diferente, mais refinada, mais elegante. Claro que os dois discos, apesar da abordagem diferente, tem o fio condutor que é a minha voz, a minha forma de cantar e compor.

MONDO POP- Quais são as suas principais influências em termos musicais, e como você define, de forma geral, o som que faz?
MARCELO ARCHETTI
– O meu som passeia por alguns estilos como pop-rock, MPB, folk, e existe até um pouco de pitadas indie. Gosto bastante de acompanhar as bandas atuais. Minhas grandes referências são as bandas britânicas, principalmente da década de 1960, porque acho que elas têm um refinamento, uma elegância muito grande na forma de composição, na forma de cantar, nos arranjos. Sinto que ainda existe um pouco de espaço para fazer isso no Brasil. Misturar isso com a brasilidade. Procuro fazer isso nos meus trabalhos. Como referências específicas: o grande compositor, que mais admiro na musica pop, é o Paul McCartney. Pra mim, ele é uma lenda viva. Eric Clapton também me inspira bastante. Noel Gallagher, ex-Oasis. Aqui no Brasil: Caetano Veloso, Chico Buarque, Los Hermanos, Skank…São minhas influencias

MONDO POP- Como foi participar do The Voice Brasil?
MARCELO ARCHETTI-
A experiência foi fantástica do inicio ao fim. Todo esse processo de participar, de enviar material, de ser chamado até conseguir cantar, mesmo, trouxe um enorme aprendizado para a minha carreira. Foram lições diárias de como se tornar um artista melhor. Porque ali você está em contato com músicos do Brasil inteiro, de diversas áreas musicais, de estilos diferentes, e conhece produtores que fazem a música de hoje e ouvir deles o que você tem de bom, de ruim, o que pode melhorar… Todo esse processo foi de grande valia para mim. Procuro não me ater ao fato de ter ficado pouco tempo no programa, porque eu acho que não é isso que iria definir se eu fui bem ou mal. Foi ótimo para as pessoas me conhecerem, se identificarem com o meu estilo; E abriu portas para que eu tocasse minha carreira a partir de agora com as músicas autorais.

MONDO POP- Fale sobre seus próximos projetos. Pretende divulgar sua música com shows? Tem uma banda de apoio formada?
MARCELO ARCHETTI-
Os próximos passos são, primeiro, continuar trabalhando muito forte na divulgação das minhas músicas. Acabei de lançar o EP. Estou muito feliz com tudo que está acontecendo. Na sequência, partirei para a rotina de shows, e também continuar gravando novos materiais. Já tenho nove músicas prontas para serem trabalhadas, e com certeza teremos lançamentos no futuro. Enfim, munir as pessoas com novas músicas através da internet ou shows.

Veja o clipe de Sei Lá, com Marcelo Archetti:

Bandas 161 e Baroni tocam na nova edição de Rio Novo Rock

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Por Fabian Chacur

Com mais de dois anos de existência, o projeto Rio Novo Rock (RNR) continua a todo vapor, tendo aberto espaços para 57 bandas e 28 DJs, com um público total superando as 12 mil pessoas. A ótima vitrine para o novo rock carioca e brasileiro prossegue nesta quinta (3/11) às 20h no Rio com shows dos grupos 161 e Baroni. O local é o Imperator- Centro Cultural João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Meyer- fone 0xx21-2597-3897), com ingressos a R$ 10,00 e R$ 20,00.

Integrada por Paulo Cesar Baroni (vocal), Dinho Moura Baroni (guitarra), Rodrigo Relva (baixo) e Caio Delgado (bateria), a banda Baroni (FOTO) está na estrada desde 2012, e acaba de lançar o seu primeiro álbum, Quem Somos Nós?, lançado pela via independente. Oriundos da Zona Norte carioca,a banda tem forte histórico militante e acredita no poder transformador da música na existência do indivíduo.

Uma mistura de rock, rap da periferia e reggae praiano é o que nos oferece a banda 161, que tem em sua escalação Gabriel GB Bastos (vocal), Daniel Cardoso (baixo e vocais), Leticia Santos (bateria), Márcio Marques (guitarra) e Victor Fonseca (guitarra). Com pouco mais de dois anos de existência, eles lançaram recentemente Um Troféu Para Todo Fel, e já tocaram na Expomusic (SP), Moto Fest (Niterói-SP), Festival Sostício do Som (Petrópolis-RJ) e Tattoo Week (Rio de Janeiro-RJ), além de participação no programa global Superstar.

Também marcam presença no evento o experiente DJ Roberto Cruz e o igualmente rodado VJ Miguel Bandeira. O RNR costuma ter edições mensais, sempre na primeira quinta-feira de cada mês.

Candeia– Banda Baroni:

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