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David Gilmour toca Albatross em um intenso tributo a Peter Green

mick fleetwood_capa_albatross

Por Fabian Chacur

No dia 30 de abril, será lançado em vários formatos físicos e nas plataformas digitais Mick Fleetwood And Friends Celebrate The Music Of Peter Green And The Early Years Of Fleetwood Mac (saiba mais detalhes aqui). Uma bela amostra do conteúdo deste trabalho histórico acaba de chegar ao mundo virtual. Trata-se da faixa Albatross, com participação de David Gilmour.

“Há mais de três anos, quando o ímpeto dessa ideia começou, meu primo Kells sugeriu entrar em contato com David porque está claro que Peter foi uma influência em seu estilo e tom. Tenho a lembrança do David Gilmour ter vindo ver o Fleetwood Mac com o Peter em Nova York no clube Scene, que era um pequeno local onde Hendrix e as pessoas apareciam para tocar a noite toda. Quando entrei em contato e perguntei se ele tocaria no tributo, recebi de volta a carta mais inacreditável, na qual ele dizia que não tinha certeza se poderia fazer justiça às músicas e que tinha tanta reverência por elas que não sabia ao certo se era corajoso o suficiente para tentar”, relembra Mick Fleetwood.

“Dois anos depois, quando tudo estava acontecendo, perguntei de novo: ‘David, você está se sentindo corajoso o suficiente?’ Desta vez, ele disse que adoraria, então eu o deixei escolher qualquer música que ele gostasse. Ele era, e é, a personificação do ‘menos é mais’ estético que impulsionou a composição e execução de Peter, e ele me tirou o fôlego tocando ‘Albatross’”, completa, em comunicado enviado à imprensa.

Albatross (live)- Mick Fleetwood and Friends feat David Gilmour:

Mick Fleetwood, Kirk Hammett e Billy Gibbons tocam Peter Green

Kirk Hammet (Ross Halfin)

Por Fabian Chacur

Como você ficou sabendo em Mondo Pop (leia aqui), em abril de 2021 será lançado um álbum ao vivo celebrando a música do saudoso cantor, compositor e guitarrista britânico Peter Green. Agora, chega a vez de a primeira faixa deste trabalho desde já histórico ser divulgada, em áudio e em clipe, devidamente disponível nas plataformas digitais.

A faixa foi escolhida a dedo é é bastante icônica. Trata-se de The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown), lançada em 1970 e a última música composta e gravada por Peter Green em seus tempos de Fleetwood Mac. Esta excelente versão ao vivo traz as participações especiais de Billy Gibbons, do ZZ Top, na guitarra e vocal principal, e Kirk Hammett, do Metallica, na guitarra-solo.

O requinte fica por conta de Hammett ter se apresentado com a Gibson Les Paul 1959 que pertenceu a Green e hoje é parte do acervo do guitarrista do Metallica. Mick Fleetwood, baterista do Fleetwood Mac e organizador da homenagem a seu saudoso ex-colega de banda, relembra de tudo:

“Eu virei uma criança numa loja de doces, no segundo em que o vi com a guitarra no ensaio. Eu fui instantaneamente transportado de volta para o passado da melhor maneira, porque na verdade eu não dividia um palco com aquela guitarra há cinquenta anos. Em ‘Green Manalishi’, com Billy Gibbons cantando, foi realmente impressionante. Fui transportado ao vê-lo tocar a guitarra do Peter em uma das canções mais famosas que Peter já escreveu, que é também a última música que ele compôs no Fleetwood Mac”.

The Green Manalishi (ao vivo)- Mick Fleetwood & Friends:

Mick Fleetwood lançará álbum ao vivo homenageando Peter Green

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Por Fabian Chacur

No dia 25 de fevereiro deste ano, Mick Fleetwood realizou um show homenageando Peter Green e a fase inicial do grupo que criou em 1967, o Fleetwood Mac. Essa celebração se tornou histórica e acabou sendo uma espécie de flores em vida para o mitológico guitarrista, cantor e compositor britânico, que nos deixou no último dia 25 de julho, aos 73 anos. Esse evento histórico foi registrado em áudio e vídeo e será lançado no exterior em vários formatos físicos e digitais (saiba mais aqui) no dia 30 de abril de 2021 pela gravadora BMG.

O elenco escalado para esse show capitaneado pelo baterista Mick Fleetwood incluiu outro integrante daqueles anos de blues rock do FM, o guitarrista Jeremy Green, e também a cantora e tecladista Christine McVie, que entrou no time pelos idos de 1970. Além deles, tivemos, entre outros, feras do porte de Pete Townshend, Noel Gallagher, Kirk Hammett, John Mayall, Steven Tyler, Billy Gibbons e Neil Finn, com gravação a cargo do produtor Glyn Johns.

“O show foi uma homenagem ao blues, onde todos nós começamos, e é importante reconhecer o profundo impacto que Peter e essa primeira fase do Fleetwood Mac tiveram no mundo da música. Ele foi meu maior mentor e foi uma alegria homenagear seu incrível talento. Tive a honra de compartilhar o palco com alguns dos muitos artistas que Peter inspirou durante os anos e que compartilham meu grande respeito por ele”, conta Mick Fleetwood.

O filme com o registro do show, intitulado Mick Fleetwood & Friends Celebrate The Music Of Peter Green And The Early Years Of Fleetwood Mac, será exibido nos cinemas no exterior em março de 2021, e já tem um trailler disponível. Certamente, uma bela celebração ao blues rock britânico dos anos 1960.

Confira as faixas do álbum ao vivo de Mick Fleetwood & Friends:

Act I

1. Rolling Man (feat. Rick Vito)

2. Homework (feat. Jonny Lang)

3. Doctor Brown (feat. Billy Gibbons)

4. All Your Love (feat. John Mayall)

5. Rattlesnake Shake (feat. Billy Gibbons & Steven Tyler)

6. Stop Messin’ Round (feat. Christine McVie)

7. Looking For Somebody (feat. Christine McVie)

8. Sandy Mary (feat. Jonny Lang)

9. Love That Burns (feat. Rick Vito)

10. The World Keep Turning (feat. Noel Gallagher)

11. Like Crying (feat. Noel Gallagher)

12. No Place To Go (feat. Rick Vito)

13. Station Man (feat. Pete Townshend)

Act II

1. Man Of The World (feat. Neil Finn)

2. Oh Well (Pt.1) (feat. Billy Gibbons & Steven Tyler)

3. Oh Well (Pt.2) (feat. David Gilmour)

4. Need Your Love So Bad (feat. Jonny Lang)

5. Black Magic Woman (feat. Rick Vito)

6. The Sky Is Crying (feat. Jeremy Spencer)

7. I Can’t Hold Out (feat. Jeremy Spencer)

8. The Green Manalishi (With The Two Prong Crown) (feat. Billy Gibbons & Kirk Hammett)

9. Albatross (feat. David Gilmour)

10. Shake Your Moneymaker (group finale)

Veja o trailer do documentário do show:

Peter Green, um inglês que ajudou na renovação do blues

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Por Fabian Chacur

Se o blues foi criado nos EUA por geniais músicos locais, também é fato que este seminal gênero musical só foi resgatado e tomou proporções mundiais graças a uma série de músicos britânicos nos anos 1960, período em que o americano pouco ou nada o valorizava. Entre os principais nomes deste revival temos o cantor, compositor e guitarrista britânico Peter Green, cofundador do Fleetwood Mac, que nos deixou neste sábado (25) aos 73 anos de causas naturais, segundo informação de seus advogados.

Filho de judeus radicados na Inglaterra, Peter Allen Greenbaum nasceu em 29 de outubro de 1946 em Bethnal Green, Londres. Ele tocou em pequenas bandas e aos poucos aprimorou sua performance na guitarra e vocais a ponto de ser convidado para substituir Eric Clapton em 1966 no grupo John Mayall & The Bluesbreakers, um dos mais importantes da cena britânica de blues. Lá, conheceu o baixista John McVie e o baterista Mick Fleetwood.

Após gravar com a banda o álbum A Hard Road (fevereiro de 1967), no qual incluiu duas composições de sua autoria (The Same Way e The Supernatural) e participar de mais algumas gravações com eles, resolveu que havia chegado a hora de montar a sua própria banda, e convidou, além de Mick Fleetwood, o guitarrista Jeremy Spencer e o baixista Bob Brunning.

Com o amigo John McVie (que também saiu dos Bluesbreakers) na vaga de Brunning, este novo grupo, o Fleetwood Mac, rapidamente se mostrou com muito poder de fogo. O álbum de estreia, autointitulado (que alguns apelidaram de “o LP da lata de lixo”, por causa da capa) e lançado em 1968, mesclava releituras de clássicos do blues como Shake Your Money Maker (Elmore James) a composições de Peter Green como Looking For Somebody.

O sucesso no Reino Unido lhes valeu o 4º lugar na parada de sucessos local. O público ficou fissurado na ótima voz e nas vigorosas frases de guitarra de Green, muito bem assessorado por seus colegas. Os álbuns Mr. Wonderful (1968) e Then Play On (1969) ajudaram a solidificar esse prestígio.

Green se mostrou um compositor de mão cheia, mesclando blues, rock e até elementos de jazz e música latina, proporcionando à banda canções que se tornariam clássicas do blues britânico, como Black Magic Woman (regravada por Santana no álbum Abraxas, de 1970), Oh Well (regravada por Joe Jackson em 1991 no CD Laughter And Lust), The Green Manalish (relida pelo Judas Priest em 1978 no LP Killing Machine), a instrumental Albatross e Rattlesnake Shake, só para citar algumas das mais marcantes de um belo repertório.

Aí, em 1970, quando o grupo se preparava para ampliar seus horizontes e tentar conquistar o mercado americano, o consumo excessivo de drogas, em especial o LSD, levou Green a deixar a banda, após ter ficado um tempo em uma comunidade alternativa na Alemanha. Era o início de anos bem difíceis.

Os primeiros tempos fora da banda que o consagrou até pareciam promissores, com direito a gravações com B.B. King e o lançamento de seu primeiro álbum solo, The End Of The Game (1970). A coisa se complicou quando ele foi diagnosticado com esquizofrenia. Ele ainda participou de forma pequena e não creditada em dois álbuns do Fleetwood Mac, Penguin (1973) e Tusk (1979).

A partir do fim dos anos 1970, foi aos poucos retornando, lançando sete álbuns solo. Sua melhor fase foi quando montou o Peter Green Splinter Group, que se manteve ativo entre 1997 e 2004, com oito álbuns no currículo e inúmeros shows. Ele também participou do disco The Visitor (1981), de Mick Fleetwood, e de trabalhos de Peter Gabriel, Richard Kerr e Country Joe McDonald, e entrou para o Rock And Roll Hall Of Fame com o Fleetwood Mac em 1998.

Oh! Well(ao vivo em 1969)- Fleetwood Mac:

Christine McVie em show do Fleetwood Mac

Por Fabian Chacur

Um belíssimo e desde já histórico reencontro ocorreu na noite desta quarta-feira (25) em Londres. A cantora, compositora e tecladista Christine McVie reviu no palco da O2 Arena seus ex-colegas de Fleeetwood Mac, banda que integrou durante três décadas e da qual saiu há mais de 10 anos. A estrela cantou e tocou teclados em sua composição Don’t Stop, para delírio da plateia presente.

Segundo post divulgado no site do NME, uma das mais importantes publicações musicais do Reino Unido e do mundo, Stevie Nicks, cantora da mitológica banda anglo-americana, garantiu que a ex-colega voltará a se juntar ao grupo no terceiro e último show deles na atual temporada na imensa O2 Arena, que será realizado nesta sexta-feira (27). Eles estão em plena turnê britânica atualmente, com shows bem concorridos.

Outro ex-integrante que esteve presente no local foi um de seus fundadores, o guitarrista e cantor Peter Green, presente no time de 1967 até 1970, quando saiu para investir em uma carreira solo. Nicks dedicou ao músico, considerado um dos grandes mestres do blues inglês, a música Landslide, interpretada por ele ao lado do atual guitarrista da banda, o soberbo Lindsey Buckingham, um dos meus grandes ídolos.

Tipo do show que eu adoraria ter presenciado, ainda mais no dia do meu aniversário! Será que um dia alguém irá tentar trazer ao Brasil o Fleetwood Mac? Que tal esse raio de Rock in Rio? Cruzemos os dedos, mas não sei se a banda estará na ativa em 2015, quando a próxima edição do festival será realizada no Brasil. Mas sonhar é preciso, sempre! Don’t stop dreaming!

Veja o Fleetwood Mac tocando Don’t Stop com Christine McVie em Londres:

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