kelly setembro 2021-400x

Por Fabian Chacur

A Kelly entrou na minha família no dia 8 de janeiro de 2005. Tinha aproximadamente 5 meses de idade e foi adotada através de uma loja da Cobasi, com certificado de adoção e tudo. Cinza, com alguns detalhes cor de palha, logo conquistou a todos com a sua agilidade, simpatia e carinho. Castrada, ela veio para fazer companhia ao outro cão da casa, o Jack. Aliás, ela se chamava Dandara, mas não gostei, e logo a rebatizei com o nome da irmã do Jack Osborne, ambos filhos do grande Ozzy Osbourne (depois, teria um cãozinho que batizei como Ozzy).

No início, ela era muito agitada e um pouco estabanada. Detonou caminhas, cobertores, brinquedos e o que via pela frente, mesmo não sendo brava. Rapidamente se entendeu com o Jack, e viraram bons parceiros caninos. Com o tempo, essa cachorrinha se mostrou a mais cordata das criaturas. Quando o Ozzy entrou para o time, às vezes rolavam uns ranca-rabos entre ele e o Jack, e a Kelly sempre entrava no meio, para apaziguá-los.

Doce e discreta, Kelly conquistou o coração de todos os que tiveram a honra de conhecê-la. Um ser repleto daquela aura que torna alguns seres completamente especiais. Era uma companhia incrível. Sabia a hora de pedir carinho ou um petisco, e a hora de simplesmente ficar por perto, inspirando o seu papai quando ele estava trabalhando em casa.

Com o tempo, ela foi ficando um pouco mais tranquila, mas nunca deixou de ser uma guerreira. Sua saúde só deu uma abalada neste 2021, mas mesmo assim ela continuou lutando, dando as voltinhas pela casa, pulando os degraus, pedindo petiscos e tudo o mais. Só mesmo nestas duas últimas semanas ela demonstrou que estava um pouco mais cansadinha, mas mesmo assim batalhou até o último momento. Que, infelizmente, chegou na manhã deste sábado (11).

Já escrevi isso inúmeras vezes, especialmente em posts do Facebook registrando a morte de pets, e repito mais uma vez aqui: cães e gatos são seres encantadores que põem cor, carinhos e companheirismo incondicional em nossas vidas, e que nos proporcionam uma única e imensa tristeza, que é quando nos deixam rumo ao céu dos cães e gatos.

Kelly, foi uma honra ter sido seu papai por quase 17 anos. Aliás, ter sido, não, pois serei sempre, e com o maior orgulho. A esta hora, você já está de novo com os seus parceirinhos Jack e Ozzy, livre das dores e do sofrimento, que você não merecia, mas que, heroicamente, nunca demonstrou de forma explícita. Até nisso você teve classe. Muita saudade de quem nunca irá se esquecer de você, minha eterna Princesinha Cinza!

Goodbye (Kelly’s Song)– Alabama: