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Phil Collins lança série de podcasts falando sobre sua carreira

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Por Fabian Chacur

Se você é fã de Phil Collins e consegue se virar bem no idioma inglês, este lançamento é especialmente para você. Já está disponível nas plataformas digitais o episódio inicial de uma série de seis podcasts protagonizado pelo cantor, compositor e músico britânico intitulado The A-Z Of Phil Collins. O projeto surge para celebrar os 40 anos do lançamento de seu 1º álbum solo, Face Value, que saiu em 13 de fevereiro de 1981 e atingiu o 1º posto na parada britânica e o 7º nos EUA.

O programa inicial tem aproximadamente 22 minutos de duração, e sua concepção é simples. Trata-se de uma entrevista conduzida pelo jornalista britânico Matt Everitt, da produtora de conteúdo Cup & Nuzzle, que aborda fatos importantes na carreira do astro pop sempre partindo de uma letra do alfabeto. Tipo D, de Disney, que nos leva à trilha de Tarzan (1999), cuja canção You’ll Be In My Heart rendeu um Oscar ao ex-integrante do Genesis.

Ouça o primeiro episódio de The AZ Of Phil Collins:

Breno Miranda faz versão EDM de um clássico de Phil Collins

Breno Miranda - Another Day In Paradise (single)

Por Fabian Chacur

Em 1989, Phil Collins lançou um de seus melhores álbuns, o maravilhoso …But Seriously. Entre outras faixas bacanas, destaca-se a belíssima Another Day In Paradise, vencedora de um Grammy e com participação especial do lendário David Crosby. Pois 31 anos após seu lançamento, o brasileiro Breno Miranda nos oferece uma interessante releitura deste hit, já disponível nas plataformas digitais via Deck e também com um lyric video pontuado por animações das mais simpáticas.

O cantor, compositor e DJ é adepto da EDM (electronic dance music), uma das mais populares vertentes da música dançante atual, e buscou uma roupagem sonora que ao mesmo tempo renovasse a canção e não lhe tirasse a essência original. Essa intenção se mostra presente na mistura de violão com batidas dignas das mais descoladas pistas de dança, com o artista assoviando a parte melódica que marca a música do ex-integrante do Genesis.

Another Day In Paradise é mais um lançamento de Breno Miranda neste ano confuso. Anteriormente, ele nos disponibilizou os singles Mais Um Dia (com Ona Beat) e Mad (com Monkeyz e Eternal Soul), além do EP Origens, no qual investe em elementos de folk e reggae.

Another Day In Paradise (lyric video)- Breno Miranda:

Phil Collins terá dois álbuns ao vivo relançados pela Warner

Serious_Hits..._Live!-400x

Por Fabian Chacur

Dando prosseguimento à série de relançamentos da discografia solo de Phil Collins, a Warner Music anuncia para fevereiro de 2019 mais dois itens que voltarão ao mercado, desta vez em versões remasterizadas e nos formatos físicos e digitais. São os álbuns ao vivo Serious Hits…Live! (1990) e A Hot Night In Paris (1999), este último na verdade um trabalho creditado à The Phil Collins Big Band. Ambos terão o selo Atlantic-Rhino, e são excelentes.

Serious Hits…Live! flagra o consagrado cantor, compositor e músico britânico no auge de sua carreira solo, durante uma turnê mundial que durou de fevereiro a outubro de 1990 e divulgou o álbum …But Seriously (1989), um dos melhores do astro pop. O repertório traz versões matadoras de Something Happened On The Way To Heaven e Don’t Forget My Number, além de megahits do calibre de Another Day In Paradise, In The Air Tonight e One More Night. Ele é acompanhado por uma super banda de 11 músicos, entre os quais os brilhantes Leland Sklar (baixo), Daryl Stuemer (guitarra) e Arnold McCuller (vocais de apoio).

A The Phil Collins Big Band existiu entre 1996 e 1998, e foi a realização de um antigo sonho de Collins, que sempre se declarou fã das big bands jazzísticas de Count Basie, Duke Ellington e do baterista Buddy Rich. Composta por 20 músicos, traz o músico britânico dedicando-se exclusivamente à bateria, tocando versões instrumentais de hits do Genesis e de sua carreira-solo, além de covers como Milestones (Miles Davis) e Pick Up The Pieces (matador hit setentista da banda funk Average White Band), e uma composição bem bacana do saxofonista da banda, Gerald Albright (Chips & Salsa).

Confira as faixas de Serious Hits… Live!:

1. ‘Something Happened On The Way To Heaven’
2. ‘Against All Odds (Take A Look At Me Now)’
3. ‘Who Said I Would’
4. ‘One More Night’
5. ‘Don’t Lose My Number’
6. ‘Do You Remember?’
7. ‘Another Day In Paradise’
8. ‘Separate Lives’
9. ‘In The Air Tonight’
10. ‘You Can’t Hurry Love’
11. ‘Two Hearts’
12. ‘Sussudio’
13. ‘A Groovy Kind of Love’
14. ‘Easy Lover’
15. ‘Take Me Home’

Confira as faixas de A Hot Night In Paris:

1. ‘Sussudio’
2. ‘That’s all’
3. ‘Invisible Touch’
4. ‘Chips & Salsa’
5. ‘Hold On My Heart’
6. ‘I Don’t Care Anymore’
7. ‘Milestones’
8. ‘Against All Odds’
9. ‘Pick Up The Pieces’
10. ‘The Los Endos Suite’

Serious Hits…Live- Phil Collins:

Phil Collins reúne parcerias e colaborações em uma box set

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Por Fabian Chacur

Se há uma marca registrada de Phil Collins, é a capacidade que ele tem de sempre se disponibilizar para participar de projetos musicais de seus amigos, artistas nos quais ele acredite e com os quais curta passar horas em estúdio e/ou nos palcos da vida. São incontáveis as parcerias feitas por ele nesses anos todos. Uma bela amostragem desse material está sendo lançado pela Warner na box set com quatro CDs Plays Well With Others, que no Brasil estará disponível apenas no formato digital.

Além de um dos artistas mais populares e talentosos da história do rock, Phil Collins também ganhou o público e os colegas por sua simpatia. Eis o texto, incluído no encarte desta compilação, com o qual ele explica tudo:

“Alguns diriam que eu vivi uma vida encantada. Eu fiz o que eu mais queria e ganhei bem por fazer algo que faria de graça: tocar bateria. Durante este tempo, eu toquei com a maioria dos meus ídolos, muitos tornaram-se amigos íntimos. Nestes 4 CDs, você encontrará apenas alguns desses momentos. Agradeço aos artistas por me deixarem colocar estes projetos juntos, não foi uma tarefa fácil! Com amor, PC”

A caixa retrospectiva reúne 59 faixas gravadas entre 1969 e 2011, nas quais Collins aparece como baterista, produtor, cantor, compositor etc. Ele mostra seu incrível ecletismo ao atuar ao lado de artistas e grupos bem diferentes entre si, como Flaming Youth, Brand X, Brian Eno, Tommy Bolin, John Cale, Robert Plant, Philip Bailey, Chaka Khan, Tears For Fears, Laura Pausini e George Martin, entre (muitos) outros.

Os CDs são organizados por períodos de tempo. O primeiro traz faixas um pouco mais experimentais, enquanto o segundo e o terceiro conta com momentos um pouco mais pops, embora bastante diversificados entre si. O quarto disco é reservado a performances ao vivo.

Segundo o texto que divulga o lançamento, a bela ilustração utilizada na capa do projeto surgiu da ideia do baterista Chester Thompson, grande amigo de Collins e presente nas turnês do Genesis durante décadas. Thompson quis homenagear o amigo, e mandou fazer para ele uma camiseta com aquela charge descoladíssima e a frase Plays Well With Others (toca bem com outros músicos, em uma tradução livre). Alguém tem alguma dúvida em relação a isso?

Eis a relação das faixas da box set:

DISCO UM: 1969 – 1982

1.‘Guide Me Orion’ – Flaming Youth
2.‘Knights (Reprise)’ – Peter Banks
3.‘Don’t You Feel It’ – Eugene Wallace
4.‘I Can’t Remember, But Yes’ – Argent
5.‘Over Fire Island’ – Brian Eno
6.‘Savannah Woman’ – Tommy Bolin
7.‘Pablo Picasso’ – John Cale
8.‘Nuclear Burn’ – Brand X
9.‘No-One Receiving’ – Brian Eno
10.‘Home’ – Rod Argent
11.‘M386’ – Brian Eno
12.‘And So To F’ – Brand X
13.‘North Star’ – Robert Fripp
14.‘Sweet Little Mystery’ – John Martyn
15.‘Intruder’ – Peter Gabriel
16.‘I Know There’s Something Going On’ – Frida
17.‘Pledge Pin’ – Robert Plant
18.‘Lead Me To The Water’ – Gary Brooker

DISCO DOIS: 1982 – 1991

19.‘In The Mood’ – Robert Plant
20.‘Island Dreamer’ – Al Di Meola
21.‘Puss ‘n’ Boots’ – Adam Ant
22.‘Walking On The Chinese Wall’ – Philip Bailey
23.‘Do They Know It’s Christmas (Feed The World)’ – Band Aid
24.‘Just Like A Prisoner’ – Eric Clapton
25.‘Because Of You’ – Philip Bailey
26.‘Watching The World’ – Chaka Khan
27.‘No One Is To Blame’ (Phil Collins version) – Howard Jones
28.‘If Leaving Me Is Easy’ – The Isley Brothers
29.‘Angry’ – Paul McCartney
30.‘Loco In Acapulco’ – Four Tops
31.‘Walking On Air’ – Stephen Bishop
32.‘Hall Light’ – Stephen Bishop
33.‘Woman In Chains’ – Tears For Fears
34.‘Burn Down The Mission’ – Phil Collins

DISCO TRÊS: 1991 – 2011

35.‘No Son Of Mine’ – Genesis
36.‘Could’ve Been Me’ – John Martyn
37.‘Hero’ – David Crosby
38.‘Ways To Cry’ – John Martyn
39.‘I’ve Been Trying’ – Phil Collins
40.‘Do Nothing ‘Till You Hear From Me’ – Quincy Jones
41.‘Why Can’t It Wait Til Morning’ – Fourplay
42.‘Suzanne’ – John Martyn
43.‘Looking For An Angel’ – Laura Pausini
44.‘Golden Slumbers / Carry That Weight / The End’ – George Martin
45.‘In The Air Tonite’ – Lil’ Kim featuring Phil Collins
46.‘Welcome’ – Phil Collins
47.‘Can’t Turn Back The Years’ – John Martyn

DISCO QUATRO: LIVE 1981 – 2002

48.‘In The Air Tonight’ (Live At The Secret Policeman’s Other Ball) – Phil Collins
49.‘While My Guitar Gently Weeps’ – George Harrison
50.‘You Win Again’ – The Bee Gees
51.‘There’ll Be Some Changes Made’ – Phil Collins and Tony Bennett
52.‘Stormy Weather’ – Phil Collins and Quincy Jones
53.‘Chips And Salsa’ – The Phil Collins Big Band
54.‘Birdland’ – Phil Collins with The Buddy Rich Big Band
55.‘Pick Up The Pieces’ (Live At The Montreux Jazz Festival 1998) – The Phil Collins Big Band
56.‘Layla’ (Live At Party At The Palace, 3 June 2002) – Eric Clapton
57.‘Why’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Annie Lennox
58.‘Everything I Do (I Do It For You)’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Bryan Adams
59.‘With A Little Help From My Friends’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Joe Cocker

Burn Down The Mission– Phil Collins:

Phil Collins lançará biografia e reedições luxuosas de álbuns

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Por Fabian Chacur

Em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (12), Phil Collins revelou que lançará uma autobiografia em outubro de 2016. O livro, ainda sem título definido, será lançado na Inglaterra pela editora Century e pela Crown Archetype nos EUA, ambas vinculadas à renomada Penguin Random House. “Sempre me questionaram do porque eu ainda não ter escrito uma autobiografia mas eu nunca havia sentido ter chegado o momento certo, até agora!”, comentou no mesmo texto enviado à imprensa.

Quem já teve contato com o material escrito pelo ex-baterista e vocalista do grupo Genesis afirma que o livro será muito franco e honesto, e que revelará um Phil Collins que poucos conhecem. Ainda não está definido quem lançará este livro no Brasil, ou mesmo se essa esperada autobiografia chegará ao nosso mercado, mas é de se esperar que isso ocorra mais cedo ou mais tarde.

E os fãs do cantor, compositor e músico britânico também estão esfregando as mãos. Em novembro deste ano, mais precisamente no dia 6 daquele mês, sairão as duas primeiras edições do projeto de relançamentos luxuosos dos oito discos solo do autor de In The Air Tonight. Iniciam a série os álbuns Face Value (1981) e Both Sides (1993), com direito a CDs bônus repletos de faixas bônus inéditas gravadas ao vivo ou demo, além dos álbuns normais em versões remaster.

In The Air Tonight– Phil Collins:

Hand In Hand– Phil Collins:

I Missed Again– Phil Collins:

Both Sides Of The Story– Phil Collins:

Coletânea R-Kive faz uma boa viagem pela obra do Genesis

R-Kive-genesis-400xPor Fabian Chacur

Foi lançado na Inglaterra e no exterior um documentário que dá uma geral na carreira do Genesis. Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, o filme conta com depoimentos atuais de seus integrantes e imagens de arquivo dos mais de 40 anos da carreira da banda britânica. Como consolo, acaba de sair por aqui via Universal Music a coletânea tripla R-Kive, espécie de complemento do vídeo.

Durante esses anos todos, foram lançadas várias compilações com músicas da célebre banda inglesa, um dos pilares do rock progressivo. No entanto, esta aqui é sem sombra de dúvidas a mais abrangente e bem pensada, especialmente para aqueles que não conhecem bem o seu trabalho, ou que gostariam de poder ouvir momentos representativos de todas as suas fases.

São no total 37 faixas, sendo 22 do grupo e três de projetos individuais de cada um dos cinco integrantes mais importantes da história do grupo: Phil Collins (bateria e vocal), Peter Gabriel (vocal), Peter Banks (teclados), Steve Hackett (guitarra) e Mike Rutherford (baixo e guitarra). Ou seja, pela primeira vez uma coletânea mistura esse material todo.

A distribuição das músicas foi feita de forma bastante inteligente. O primeiro CD enfatiza a fase mais progressiva nos moldes tradicionais do gênero, quando Peter Gabriel era o vocalista do Genesis. São 9 faixas, sendo Supper’s Ready com mais de 23 minutos de duração. Longas passagens instrumentais, melodias próximas da música erudita, especialmente de sua vertente mais romântica, letras psicodélicas, eis as marcas dessa fase.

Entre improvisos e faixas mais longas, também temos nesse disco as mais compactas I Know What I Like (in Your Wardrobe) e Carpet Crawlers, que davam leves dicas do que viria. A faixa que encerra essa parte é Ace Of Wands, do primeiro trabalho solo de Steve Hackett (Voyage Of The Acolyte), da qual participam Phil Collins e Mike Rutherford.

O segundo CD registra a banda em sua fase de transição, sem Gabriel e Hackett e com Phil Collins nos vocais, aos poucos mergulhando um pouco mais no rock eletrônico, no pop e em outros elementos musicais. Os trabalhos solo também mostram uma amplitude enorme, como provam Solsbury Hill e Biko (Peter Gabriel), In The Air Tonight (Phil Collins) e Every Day (Steve Hackett).

O terceiro CD apresenta o Genesis com a cara que o tornou ainda mais bem-sucedido em termos comerciais, um pop rock consistente, musculoso e que não perdeu a força de seus tempos mais progressivo nos moldes dos anos 70. Ou seja, a ousadia continuou presente, só que de outras formas, como provam Invisible Touch, I Can’t Dance, Land Of Confusion e Hold On My Heart.

Também é interessante ouvir as faixas do bem-sucedido grupo alternativo de Mike Rutherford, o Mike + The Mechanics, com direito às ótimas The Living Years e Over My Shoulder. Os outros momentos solo incluídos aqui mostram desde experiências com o flamenco (Nomads, de Steve Hackett) e a música erudita (Siren, de Tony Banks).

O legal desta compilação é que não houve a intenção de reunir todos os hits. Outras coletâneas já cumpriram essa missão anteriormente. Aqui, o fundamental foi apresentar momentos representativos da carreira do grupo e de seus integrantes, mesmo que em alguns casos não se tratasse das faixas mais conhecidas.

R-Kive conta com belíssima embalagem digipack e um encarte com ótimo texto repleto de aspas dos cinco músicos (que contribuíram diretamente na realização desta coletânea) e fotos das capas de todos os álbuns dos quais faixas foram extraídas (no caso do Genesis, todos de estúdio a partir do álbum Foxtrot, de 1970, que marcou o início da “fase adulta” da banda).

Ouvir R-Kive na íntegra e na sequência é uma bela forma de se viajar na trajetória de uma banda que nunca teve medo de experimentar novos rumos e formatos para a sua música, tanto em conjunto como em suas trajetórias individuais paralelas. Que venha logo o documentário, para que possamos ter a experiência integral CDs+filme.

Supper’s Ready – Genesis:

Mama -Genesis:

Invisible Touch – Genesis:

Phil Collins esbanja categoria em tributo à Motown

Por Fabian Chacur

Às vésperas de completar 60 anos, o que ocorreu no mês de janeiro, Phil Collins resolveu se dedicar a seu primeiro trabalho composto só por canções alheias.

O mote não poderia ter sido mais legítimo e bem escolhido: um tributo à gravadora americana Motown, que lançou nomes fundamentais para a história da música pop como Stevie Wonder, Marvin Gaye, Michael Jackson e dezenas de outros.

Ele sempre citou a gravadora como uma de suas grandes influências, e vale lembrar: nos anos 80, ele regravou com categoria You Can’t Hurry Love, das Supremes, além de ter trabalhado com Lamont Dozier, um dos grandes autores do selo americano, nas músicas Two Hearts e Loco in Acapulco.

Para concretizar o projeto, ele teve de lutar contra problemas físicos que quase o impediram de tocar bateria para sempre.

Felizmente, sua garra e talento o ajudaram a tornar seu sonho real, e o resultado é o excelente Going Back, que pode ser encontrado em duas versões: uma simples, incluindo só um CD com 18 faixas, e uma dupla, incluindo CD com 25 faixas e um DVD adicional.

Na verdade, Collins releu 29 músicas do repertório da Motown Records, e você pode encontrar todas, no formato MP3 como bônus no DVD.

Além do ex-vocalista e baterista do Genesis cantando e tocando batera e teclados, o álbum inclui três integrantes dos lendários Funk Brothers.

Para quem não sabe, esse era o nome informal pelo qual era conhecida a banda de estúdio e shows da Motown Records, que gravava com todos os artistas da casa.

Ray Monette (guitarra), Bob Babbitt (baixo) e Eddie Willis (guitarra) (da esquerda para a direita, na foto abaixo) representam com carisma e categoria seus colegas, alguns deles infelizmente já do outro lado do mistério.

Também marcam presença, entre outros, o virtuoso pianista Jason Rebello, as vocalistas Connie Jackson e Lynne Fiddmont e os adoráveis Nicholas e Matthew Collins, molequinhos e herdeiros do consagrado músico britânico.

O repertório inclui desde clássicos famosos como Uptight (Stevie Wonder), Dancing in The Streets (Martha Reeves & The Vandellas) e Going To a Go-Go (Smokey Robinson & The Miracles) até pérolas menos conhecidas, mas tão belas quanto, tipo In My Lonely Room e Blame It On The Sun.

No detalhado documentário sobre as gravações de Going Back, incluído no DVD, Collins explica que sua intenção era reproduzir da forma mais fiel possível os arranjos e timbres instrumentais das gravações originais.

O resultado é delicioso, podendo ser ouvido de ponta a ponta sem grande dificuldade. E Collins, como todos sabem, sempre foi um grande vocalista, e felizmente continua sendo.

Going Back faz bela homenagem a uma gravadora que, especialmente nos anos 60 e 70, nos proporcionou alguns dos melhores momentos da história da música pop, conseguindo vender milhões de cópias e atingir o status de arte pop em seu estado mais puro.

Foo Fighters voltam com CD pra lá de bom

Por Fabian Chacur

A afirmação é óbvia, mas merece ser repetida: Dave Grohl é o Phil Collins da geração grunge.

Não há como não comparar as trajetórias dos dois, logicamente deixando estilos e tendências musicais seguidas por cada um à parte.

Os dois começaram tocando bateria e sendo coadjuvantes em bandas que ficaram famosas e, posteriormente, provaram que tinham talento para ir muito além de simplesmente defender com galhardia as baquetas de algum time.

No caso de Collins, a virada ocorreu com a saída do vocalista Peter Gabriel do Genesis, em 1975.

Com a trágica morte de Kurt Cobain em 1994 e o inevitável fim do Nirvana, o baterista Dave Grohl ficou com uma estrada aberta à sua frente para fazer o que quisesse.

Pois em 1996 ele surpreendeu o mundo ao montar o Foo Fighters, projeto no qual se incumbe de vocais, composições e guitarra, acompanhado por músicos que mudaram nesses 15 anos, mas sem perder a qualidade.

Nesses anos todos, ficou claro que Grohl é realmente um talento exponencial, pois canta bem, toca guitarra com categoria, compõe com estilo e também toca bateria com fúria e estilo.

Após integrar o supergrupo Them Crooked Vultures ao lado de John Paul Jones (Led Zeppelin) e Josh Homme (Queens Of The Stone Age), ele retoma sua banda titular em grande estilo.

Wasting Light, sétimo trabalho dos Foo Fighters, entrou direto no primeiro lugar na parada americana, vendendo em uma semana 235 mil cópias, e dando ao grupo sua primeira vez no topo do mercado fonográfico mais importante do mundo.

Até aí, só falamos de negócios. O bacana mesmo é que Grohl fez por merecer essa façanha comercial, oferecendo aos fãs 11 músicas não menos do que excelentes.

A ótima mistura de punk, hard rock, pop, grunge e rock básico que marca os Foo Fighters aparece mais azeitada do que nunca a partir da faixa de abertura, a incendiária Bridge Burning.

Dear Rosemary, uma das melhores do álbum, nasceu histórica, pois reúne duas gerações do rock.

Junto a Grohl, temos na guitarra e vocais Bob Mould, ex-integrante da seminal, subestimada e efêmera banda americana Husker Du, que nos anos 80 foi uma da precursoras do grunge e nos proporcionou álbuns como o fantástico Candy Apple Gray (1986, faz parte dos Discos Indiscutíveis de Mondo Pop).

Em I Should Have Known, quem aparece no baixo e acordeon é Krist Novoselic, ex-colega de Nirvana.

A energética e melódica Rope, a primeira faixa de trabalho, está sendo divulgada com um clipe que consegue ser simples e criativo ao mesmo tempo. Não deixe de vê-lo.

Wasting Light é para se ouvir de ponta a ponta, numa enfiada só. E você vai querer ouvir de novo, e de novo, e de novo…

Rock energético, bem elaborado e que consegue carregar a bandeira do que de melhor esse estilo nos proporcionou nesses anos todos. Belo retorno, Dave Grohl!

Veja This Is a Call ao vivo no programa de Dave Letterman:

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