Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: pop americano (page 2 of 2)

Cantor Christopher Cross vai tocar em SP dia 7 de outubro

christopher cross-400x

Por Fabian Chacur

Após cerca de 20 anos de sua primeira passagem pelo Brasil, o cantor, compositor e guitarrista americano Christopher Cross voltará ao país em outubro. Ele vai se apresentar em São Paulo no dia 7 daquele mês, às 22h (será uma sexta-feira), no Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº 795- Barra Funda- call center 0xx11-4003-1212), com ingressos de R$ 100,00 a R$ 400,00.

Nascido em San Antônio, Texas, no dia 3 de maio de 1951, Christopher Cross integrava uma banda obscura (Flash), até que, em 1978, foi contratado pela gravadora Warner como artista solo. A estreia não poderia ter sido melhor. Seu primeiro álbum, Christopher Cross (1979), vendeu milhões de cópias em todo o mundo e emplacou hits como Sailing, Ride Like The Wind, Never Be The Same e Say You’ll Be Mine.

De quebra, o álbum ainda proporcionou ao artista cinco troféus Grammy, o Oscar da música, incluindo os quatro principais, algo até então inédito na história do prêmio e não repetido desde então. O disco contou com as participações especiais de Don Henley (dos Eagles), J.D. Souther, Larry Carlton, Nicolette Larson, Eric Johnson e Michael McDonald (na época nos Doobie Brothers), sendo que este último virou figura frequente em seus discos e shows.

Seria difícil superar tanto sucesso logo na estreia, mas Cross até que tentou. Em 1981, lançou Arthur’s Theme (Best That You Can Do), tema do filme Arthur que lhe valeu o Oscar. Em 1983, após quatro longos anos, enfim chegou às lojas seu segundo álbum, Another Page, que se não vendeu tanto, também não fez má figura nos charts, com as faixas All Right e Think Of Laura como seus destaques. A partir daí, no entanto…

Christopher Cross simplesmente sumiu das paradas de sucesso. Isso, mesmo tendo lançado alguns discos bem legais e continuado a gravar com grandes nomes do rock e da música pop. Apesar dos pesares, o cara não desanimou, e se manteve na estrada, fazendo shows por todos os cantos, incluindo Brasil, onde esteve por volta de 1996, tocando em São Paulo no extinto Olympia e contando, nos camarins, com a visita de Ralf, da dupla Chrystian & Ralf.

Nos últimos tempos, a agenda do autor de Sailing foi intensa. Em 2013, por exemplo, lançou um CD duplo gravado ao vivo, A Night In Paris. Em 2014, tivemos um inédito de estúdio, Secret Ladder. E ele atualmente está preparando um álbum no qual irá enfatizar as passagens instrumentais, com direito a alguns vocais aqui e ali.

Uma das faixas desse novo trabalho, a inspirada Roberta, feita em homenagem a uma de suas confessadas maiores influências, a estrela canadense Joni Mitchell (cujo nome de batismo é Roberta Joan Anderson), já está sendo divulgada no Youtube e em seu site oficial.

Sailing (live)- Christopher Cross:

Ride Like The Wind (live)- Christopher Cross & Michael McDonald:

Say You’ll Be Mine– Christopher Cross:

Roberta– Christopher Cross:

The Monkees estão de volta à parada dos EUA com novo CD

the-monkees-good-times-400x

Por Fabian Chacur

No ano em que completa 50 anos de carreira, os Monkees comemoram tal efeméride com um feito elogiável. Good Times!, seu novo álbum de inéditas e primeiro desde Justus, de 1996, chegou à parada da revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, direto na 14ª posição em sua semana de lançamento. É a sua melhor performance desde 1968, quando The Birds, The Bees And The Monkees atingiu o 3º posto.

Nada mais justo para um álbum que foi concebido de forma bastante feliz. Ele conta com a produção de Adam Schlesinger, líder da banda Fountains Of Wayne, e mescla faixas gravadas originalmente entre 1967 e 1968 e que só foram completadas agora com gravações absolutamente inédita de canções feitas para eles por autores de gerações mais recentes, como Andy Partridge, do XTC, Rivers Cuomo, do Weezer, Noel Gallagher, do Oasis, e Paul Weller, do The Jam.

Nele, temos a participação dos quatro integrantes originais da banda criada em 1966 pelos produtores Bob Rafelson e Bert Schneider e coordenado musicalmente por Don Kirschner para estrelar uma série televisiva. O programa fez tanto sucesso que o grupo, originalmente feito para ser um tipo de xerox dos Beatles em sua fase Help!, tornou-se um grande sucesso no mundo real, com quatro álbuns e três singles no número um nos EUA e milhões de cópias vendidas em todo o planeta.

Davy Jones, o único inglês do grupo e que nos deixou em fevereiro de 2012, marca presença no álbum com a faixa Love To Love (de Neil Diamond), gravada originalmente nos anos 1960. Harry Nilsson (1941-1994) é outro que marca presença de forma póstuma no CD, tocando piano na ótima faixa-título do CD, que é de sua autoria. Outro autor bacana que marca presença no disco é Bem Gibbard, da banda alternativa Death Cab For Cutie.

A sonoridade do álbum em suas 13 faixas (existem outras quatro distribuídas como bônus em versões diferentes do disco para vários países) é bem próxima da dos anos de ouro do grupo, uma mistura de rock melódico, folk e pop com aquelas melodias mágicas e vocalizações muito legais, especialmente as feitas por Micky Dolenz. A performance de Peter Tork e Mike Nesmith é também muito legal, em faixas ótimas como You Bring The Summer (Andy Partridge), She Makes Me Laugh (Rivers Cuomo) e I Wasn’t Born To Follow (Gerry Goffin e Carole King).

You Bring The Summer– The Monkees:

She Makes Me Laugh– The Monkees:

Wasn’t Born To Follow– The Monkees:

A cantora Kathryn Dean volta ao Brasil para show em Sampa

kathryn dean hit the lights cd-400x

Por Fabian Chacur

Nos últimos tempos, a jovem cantora americana Kathryn Dean vem sendo presença constante nas trilhas sonoras de programas globais. Ela nos visitou pela primeira vez em julho de 2015, participando de atrações da emissora carioca e fazendo apenas um pocket show para poucos sortudos. Mas os fãs podem esfregar as mãos. Ela voltará no dia 30 de setembro para um show às 22h no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- Santo Amaro-S.P.), com ingressos custando de R$ 120,00 a R$ 300,00. Mais informações aqui.

Kathryn Dean lançou seu primeiro álbum em 2015, Hit The Lights. O trabalho está aos poucos cativando o público americano, com direito a vários shows promocionais por parte da cantora. Mas foi o Brasil quem primeiro abraçou as canções da loirinha de cabelos longos. Graças à massiva divulgação em vários programas globais, a cantora é atualmente uma das artistas internacionais mais badaladas pelo público jovem.

As faixas de Hit The Lights tocaram em Malhação, A Regra do Jogo, Alto Astral e Encontro com Fátima Bernardes. Seu estilo mescla romantismo, baladas e um pouco de pop dançante, tudo temperado por uma voz bastante gostosa de se ouvir. Be My Sin, City Of Angels, Love You Forever And a Day, So Undeniable e I’ll Show You Crazy tocaram e ainda tocam nas rádios pop, e o disco saiu por aqui via Som Livre, a gravadora global.

Be My Sin– Kathryn Dean:

City Of Angels– Kathryn Dean:

I’ll Show You Crazy– Kathryn Dean:

Cantora Halsey lança EP com remixes do belo single Colors

halsey cantora 400x

Por Fabian Chacur

Depois de uma participação marcante no Lollapalooza Brasil 2016 em março, festival no qual foi um dos destaques, a jovem cantora e compositora americana Halsey acaba de lançar um novo EP pela via digital. Intitulado Complementary Colors, traz remixes de Colors, uma de suas músicas mais conhecidas. Você pode conhecer essas novas versões dessa canção aqui.

Nascida nos EUA em 29 de setembro de 1994, a garota de cabelos anteriormente longos e hoje adoravelmente curtos é uma das boas revelações da música pop nos últimos tempos. Seu álbum de estreia, Badlands, já vendeu um milhão de cópias mundialmente, sendo 13 mil delas no Brasil, que é o 6º país no mundo onde esse trabalho vendeu mais, e o segundo em termos de acesso ao perfil dela no Facebook.

A música Castle, um dos destaques do CD, integra a trilha do filme O Caçador e a Rainha de Gelo, estrelado por por Charlize Theron, Emily Blunt, Chris Hemsworth e Jessica Chastain. Além dessa e de Colors, outros hits de Badlands até o momento são Hurricane e New Americana. Halsey é também garota propaganda da campanha global dos cosméticos MAC. Olho nela, que a garota é muito talentosa!

Show de Halsey no Lollapalooza Brasil 2016:

Castle– Halsey:

Colors– Halsey:

Isabella Taviani e Carpenters se combinam em CD e shows

FOTO DARYAN DORNELLES-400x

Por Fabian Chacur

Carpenters Avenue é o primeiro CD da carreira de Isabella Taviani na qual ela deixa seu lado compositora de lado e se dedica somente a repertório alheio. No caso, as canções dos Carpenters. Ela mostra esse repertório em shows no dia 30 de abril (sábado) às 22h em São Paulo no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- Chácara Santo Antônio- fone 4003-1212), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 240,00, e no dia 6 de maio (sexta-feira) às 22h30 no Vivo Rio (av. Infante Dom Henrique, nº 85- Parque do Flamengo- fone 0xx21- 2531-1227), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 200,00.

Isabella é fã do trabalho dos irmãos Karen (1950-1983- vocal) e Richard Carpenter (piano e arranjos) desde seus tempos de criança. Admite forte influência da voz doce e melódica de Karen no desenvolvimento de seu trabalho próprio. Gravar Carpenters Avenue é a realização de um sonho antigo. O repertório traz 14 músicas extraídas do repertório gravado pela dupla, entre grandes hits e alguns lados B.

Em (They Long To Be) Close To You, temos a participação da estrela americana Dionne Warwick, que além de grande estrela da canção era amiga e confidente de Karen. Isabella, por sinal, participará dos shows que Dionne fará no Brasil nos dias 28 (quinta-feira) em São Paulo e 29 (sexta-feira) no Rio interpretando com ela esta canção iluminada.

Na faixa Sometimes, marca presença Monica Mancini, filha do saudoso e lendário músico, maestro e compositor de trilhas de filmes Henry Mancini. Aliás, a introdução dessa gravação é uma passagem de piano tocada pelo próprio Henry Mancini há mais de 40 anos e resgatada especialmente para este projeto. Requinte luxuoso perde.

Além das duas canções citadas, estão no CD We’ve Only Just Begun, Only Yesterday, Superstar, For All We Know, Please Mr. Postman e Rainy Days And Mondays, entre outras. Com gravações feitas nos EUA e no Brasil, tivemos a participação de músicos como Leland Sklar (baixista que já tocou com James Taylor e Phil Collins), Marcos Suzano (percussão) e Larry Goldings (teclados). Destaque para a capa, que segue a tipologia de letras usadas nos discos do grupo.

(They Long To Be) Close To You– Isabella Taviani e Dionne Warwick:

Please Mr. Postman– Isabella Taviani:

Saiba mais sobre Carpenters Avenue:

Gwen Stefani transforma sua vida sentimental em novo CD

gwen stefani capa cd-400x

Por Fabian Chacur

Muita coisa aconteceu na vida de Gwen Stefani desde que ela lançou seu trabalho solo anterior, The Sweet Escape, em 2006. Sua banda No Doubt voltou à cena, ela teve três filhos, viu seu casamento de 13 anos com o roqueiro Gavin Rossdale (da banda Bush) acabar, atuou no reality show musical The Voice e iniciou namoro com o cantor country Blake Sheldon. Ufa! E agora, volta à trajetória solo com This Is What The Truth Feels Like.

O álbum, o terceiro da cantora nascida em 3 de outubro de 1969 nos EUA como solista, veio com força total em termos de desempenho comercial. Chegou esta semana ao topo da parada americana, a primeira vez que ela consegue tal façanha sozinha (com o No Doubt, ponteou os charts ianques com Tragic Kingdom em 1996). O CD sai no Brasil com cinco faixas bônus, e tem características bem interessantes.

Em termos musicais, o trabalho segue a linha que marca a carreira dessa carismática cantora e compositora, com direito à mistura de pop, reggae, dancehall, raggamuffin, disco music e ska, além de parcerias com Justin Trenter, conhecido por trabalhos com Selena Gomez, Justin Bieber e Fall Out Boy e a dupla sueca Mattman & Robin. Trata-se de um disco pop por excelência, alto astral, para se ouvir sem medo de ser feliz.

Nada de complicações ou tentativas exageradas de inovação. Gwen preferiu apostar na simplicidade sofisticada, acrescentando à sua música apenas um pouco da sonoridade do pop atual de nomes como Kesha. Quem acompanha a carreira da cantora do No Doubt certamente irá curtir a nova safra de canções, um mais do mesmo bem temperado.

No setor letras é que a coisa fica divertida. Como já havia feito com o No Doubt nos anos 90 após ter sido dispensada em relacionamento afetivo pelo baixista da banda, Tony Kanal, a belíssima loira transformou seus sentimentos em canções. Na ótima Used To Love You, por exemplo, ela diz que “pela primeira vez desde que comecei a te odiar, me lembrei que eu costumava te amar”. Na balada Me Without You, a moça garante que “agora estou sem você e as coisas melhoram a cada dia”. E por aí vai…

Não faltam músicas bacanas com cara de hits. Aliás, algumas delas já são hits, como as duas citadas e também as contagiantes Make Me Like You (aparentemente dedicada a Blake Sheldon e com clipe luxuoso) e a dancehall pura Misery. O visual da moça na capa e no encarte do álbum é Marilyn Monroe total, com um pouquinho da Madonna dos bons tempos. Prova de que ela não virou ícone da moda por acaso. Um bom CD pop sem contraindicações.

Make Me Like You– Gwen Stefani:

Used To Love You– Gwen Stefani:

Hollaback Girl– Gwen Stefani:

Colbie Caillat lança clipe para Hold On

Por Fabian Chacur

A cantora americana Colbie Caillat, que já fez shows no Brasil e é conhecida por aqui graças ao hit Bubbly, acaba de lançar um videoclipe para divulgar seu novo single, Hold On. A música, que já está nas ondas virtuais e das rádios desde o fim de 2013, é a primeira a ser conhecida de seu quinto álbum, previsto para sair este ano mas ainda sem uma data fixada para isso ocorrer.

Hold On conta com a produção de Ryan Tedder, do grupo One Republic. Ele já havia trabalhado com Colbie no álbum anterior da estrela pop, All Of You (2011), nas faixas Brighter Than The Sun e What If. A primeira, por sinal, surpreendeu aos fãs com sua levada pop latina dançante e acabou se tornando a canção mais popular daquele disco.

E mais uma vez a cantora e compositora norte-americana nascida em 1985 demonstra inquietude. A nova música envereda por uma bem calibrada mistura de dance music com melodias sessentistas, em estilo que lembra um pouco o desenvolvido nos anos 90 pelo grupo britânico Texas, capitaneado pela belíssima e estilosa cantora e compositora Sharleen Spiteri. O refrão é matador, e o arranjo, idem.

Colbie Caillat é filha do engenheiro de som Ken Caillat, conhecido por seus trabalhos com o Fleetwood Mac e seu guitarrista Lindsey Buckingham. Seu disco de estreia, Coco, saiu em 2007, e emplacou dois hits, a deliciosa Bubbly (incluída em trilha de novela global) e a envolvente Feeling’s Show. Esse CD folk pop atingiu o quinto lugar nos EUA.

Breakthrough (2009) veio a seguir e foi ainda além, atingindo o topo da parada da Billboard graças a hits como Fallin’ For You, Droplets (dueto com Jason Reeves) e Lucky (interpretada em parceria com o ídolo pop Jason Mraz). Antes de seu lançamento, Colbie fez shows no Brasil, ainda durante a turnê de divulgação de seu álbum de estreia.

All Of You (2011), com Favorite Song (dueto com Common), Brighter Than The Sun e What If como destaques, atingiu o sexto lugar na parada americana, e mostrou que a vontade de diversificar sua sonoridade estava presente. Em 2012, apostando em uma tradição da música americana, lançou um álbum com repertório natalino, Christmas In The Sand.

Ouça Hold On, com Colbie Caillat:

Sunken Condos: som maneiro de Donald Fagen

Por Fabian Chacur

O mundo não anda dando moleza a nós, pobres seres humanos honestos que não aguentam mais essa profusão de picaretagem que domina todas as instâncias da vida atual. Sem recarregar as energias, torna-se quase impossível seguir em frente. E a música é uma boa forma de conseguir isso. Quer uma dica de um CD que pode te ajudar e muito nessa reposição de forças?

Fácil. O álbum em questão atende pelo título Sunken Condos, e chegou ao mercado musical nos formatos físicos e digitais em outubro de 2012. O autor do mesmo é um sujeito de altíssimo bom gosto chamado Donald Fagen, que muita gente conhece como mentor da seminal banda Steely Dan ao lado do também brilhante Walter Becker. Eita disquinho bom de se ouvir!

Nascido em 10 de janeiro de 1948 (tem 65 anos de idade), o norte-americano Donald Fagen é cantor, compositor e músico, especialista em teclados que vão desde o piano acústico até os mais diversos tipos de instrumentos dessa área. Com o Steely Dan, ajudou a criar uma sonoridade influente que mistura jazz, black music, rock e pop com uma sofisticação passível de ser assimilada pelos fãs de música popular.

Em 1983, quando o Steely Dan saiu de cena rumo a um hiato que duraria uma década, Fagen lançou seu primeiro álbum individual, o excepcional The Nightfly, com direito a hits como I.G.Y. (What a Beautiful World) e New Frontier. O requinte e a obcessão pela busca da perfeição levou ele a gravar o álbum de forma totalmente digital, um dos primeiros discos feitos com essa orientação técnica.

Sem nenhuma pressa, ele só foi lançar um novo trabalho solo em 1993, o inspirado Kamakiriad, produzido por Walter Becker. Com o retorno pouco depois do Steely Dan, Mr. Fagen só nos ofereceu seu terceiro trabalho individual em 2006, o (adivinhe?) excelente Morph The Cat. E agora, apenas seis anos depois (rapidinho para o seu padrão), chega esse envolvente novo petardo.

Sunken Condos é mais do mesmo, sim, mas um mais do mesmo repleto de tesão, energia, bom gosto e requinte. Um trabalho tão sofisticado que cada nova audição revela elementos novos, inseridos de forma inteligente em cada segundo, cada acorde, cada sequência rítmica, cada riff. É muito difícil não deixar o perfeccionismo exagerado levar consigo a paixão que a música precisa ter, mas Donald Fagen sempre se dá bem nesse desafio.

São nove faixas, sendo oito de autoria do criador do Steely Dan e uma, Out of The Ghetto, assinada pelo saudoso e genial Isaac Hayes e lançada pelo autor em 1978. Com bela melodia, ritmo delicioso e letra irônica (“você pode sair do gueto, mas o gueto sempre estará dentro de você”), parece ter sido escrita pelo próprio Fagen, especialista em versos irônicos e inteligentes.

Em Slinky Thing, por exemplo, ele filosofa sobre a relação de um homem com uma mulher bem mais nova, chegando ao ponto de admitir se não seria melhor para ela largá-lo para ficar com alguém de sua idade. Mas não deixa esse pensamento estragar o prazer daquela relação.

Na sacudida I’m Not The Same Without You, ele surpreende quem se leva pelo titulo (eu não sou o mesmo sem você, em tradução livre) e imagina mais um muro de lamentações pop. Pelo contrário. Fagen coloca seu personagem como alguém que está feliz por, sem o antigo amor, conseguir descobrir um monte de coisas boas e novos rumos para buscar sua felicidade. Ou seja, “estou melhor sem você”.

Miss Marlene, uma verdadeira aula de música pop balançada, tem ecos de I.G.Y (What a Beautiful World) e poderia virar hit se vivêssemos em um mundo mais preocupado com música pop de qualidade. Mas dane-se. Aqui em casa, já virou hit.

E o resto do álbum é uma delícia, prova de que dá para ser ao mesmo tempo sofisticado e acessível. Vá por mim. Ouça Sunken Condos e deixe que suas nove faixas injetem em você os fluidos necessários para aguentar mais encrencas na sua vida cotidiana. Valeu, Mr. Fagen!
*obs.: e que capa linda! Uau! Com direito a embalagem digipack e encarte supimpa!

Ouça Sunken Condos, de Donald Fagen, na íntegra:

O genial Burt Bacharach volta a SP em abril

Por Fabian Chacur

A palavra gênio nunca é usada de forma exagerada quando o nome em questão é Burt Bacharach. O maestro, compositor e músico americano, autor de um caminhão de clássicos da música pop, voltará a São Paulo no dia 20 de abril, quando fará um show com sua orquestra no HSBC Brasil, com ingressos de R$ 150,00 a R$ 400, 00 (www.hsbcbrasil.com.br).

Nascido em 12 de maio de 1928 em Kansas, nos EUA, Burt Bacharach iniciou sua carreira nos anos 50, e encontrou sua cara metade em termos artísticos ao conhecer o saudoso letrista Hal David, morto em setembro de 2012 (leia mais sobre ele aqui).

Juntos, Bacharach e David compuseram inúmeros sucessos do mais alto quilate, entre os quais Anyone Who Had a Heart, Mexican Divorce, (They Long To Be) Close To You, Walk On By, Raindrops Keep Falling On My Head, Reach Out For Me, Baby It’s You e I Saw a Little Prayer, só para citar alguns, gravadas por Deus e o mundo.

Com melodias insinuantes, arranjos sempre classudos e as letras sempre inspiradas e originais, a dupla Bacharach/David entrou para os anais da música pop graças às suas criações dos anos 60 e 70. As gravações dessas canções com a orquestra de Burt também são certeiras, com aqueles vocais doces e orquestrações que fogem do brega e do convencional.

Bacharach voltou às paradas de sucesso nos anos 90 ao gravar o álbum Painted From Memory (1998) em parceria com o roqueiro britânico Elvis Costelo, álbum que inclui uma de suas mais inspiradas canções, God Give Me Strenght. Alias, a dupla prepara um espetáculo para a Broadway com o ator Mike Myers, enquanto Burt promete ainda para este ano sua autobiografia, Anyone Who Had a Heart, que será lançada pela editora Harper-Collins.

*obs.: essa matéria é dedicada a você, saudoso Toninho Spessoto, o maior fã e especialista em Burt Bacharach que conheci na minha vida!

God Give Me Strengh – Elvis Costello e Burt Bacharach:

Mexican Divorce, com Burt Bacharach:

No Doubt lançará novo álbum após 11 anos

Por Fabian Chacur

O No Doubt lançará no dia 25 de setembro (meu aniversário!) o álbum Push And Shove. Trata-se do primeiro trabalho de inéditas do quarteto americano desde Rock Steady (2001), e o primeiro produto desde a coletânea The Singles 1992-2003 (2003).

Durante esse período, a vocalista Gwen Stefani lançou dois CDs e um DVD solo, enquanto a banda fez uma turnê em 2009. Em entrevista à revista americana Billboard, a cantora justificou o longo tempo sem um álbum do quarteto como fruto da falta de inspiração deles para compor novas canções.

Settle Down, primeiro e sacudido single do álbum, já está disponível no mercado, e subindo nas paradas de sucesso, com seu característico estilo dançante com elementos de reggae, funk de verdade e dance eletrônica.

Com mais de 20 anos de estrada, o grupo americano começou investindo forte no ska, mergulhando posteriormente em um universo musical mais pop e abrangente. A banda emplacou hits como Don’t Speak, Underneat It All, Hey Babe e It’s My Life, e vendeu milhões de cópias de álbuns como Tragic Kingdom (1995, mais de 8 milhões de cópias vendidas nos EUA) e Rock Steady (2001, 2.8 milhões de cópias vendidas nos EUA).

Além de Stefani, que também virou um ícone no mundo fashion, o No Dobut conta com Tony Kanal (baixo e teclados), Tom Dumont (guitarra e teclados) e Adrian Young (bateria).

Eis as faixas do álbum Push And Shove:

Settle Down
Looking Hot
One More Summer
Push And Shove
Easy
Gravity
Undercover
Undone
Sparkle
Heaven
Dreaming The Same Dream

Veja o clipe de Settle Down, nova música do No Doubt:

Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑