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Roberta Campos lança single com um grande hit de Paul McCartney

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Por Fabian Chacur

Roberta Campos lançará pela gravadora Deck o seu primeiro DVD gravado ao vivo, Todo Caminho é Sorte Ao Vivo, no início de 2019. Ela já lançou um single que estará incluído nesse trabalho (saiba mais aqui). Agora, a cantora e compositora nos proporciona outra faixa que estará nesse trabalho, só que em um single no qual a versão foi gravada em estúdio. E a canção é bem especial, de um autor dos mais consagrados.

Trata-se de My Love, um dos maiores sucessos da carreira-solo de Paul McCartney, lançada por ele em 1973 em single e também como faixa do álbum Red Rose Speedway. A música equivale a uma homenagem à saudosa Linda McCartney, com quem ele foi casado por quase 30 anos. Roberta comenta:

“Sempre amei os Beatles, e o Paul sempre foi o beatle com quem eu mais me identifico. My Love é uma canção que me toca, tem um amor muito verdadeiro, igual ao que tem em mim. Gostaria de tê-la composto”. Com dez anos de carreira, Roberta Campos tem em seu currículo quatro álbuns e diversos sucessos, alguns deles incluídos em trilhas de novelas televisivas.

Ouça My Love, com Roberta Campos:

Banda Sbloom mostra swing e simplicidade boa em singles

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Por Fabian Chacur

No atual cenário musical, há inúmeros artistas e grupos tentando mostrar sonoridades inventivas, criativas e fora dos padrões habituais. Nada contra, e alguns deles estão conseguindo bons resultados. No entanto, também é legal conferir trabalhos cujo objetivo básico é bem mais simples, porém difícil de se conseguir: entreter e cativar as pessoas com sonoridades familiares e boas de se ouvir. A coesa e competente banda carioca Sbloom se encaixa feito luva na segunda opção.

Kako Moreno (vocal), Lóck Bass (baixo) e Heider Aché (bateria) são amigos com quase três décadas de estrada na área musical, e já atuaram juntos em diversos trabalhos anteriores. No entanto, só agora conseguiram arrumar um tempinho para investir em um projeto autoral, no qual misturam rock, reggae e pop, com direito a um som melódico, bom de se ouvir e de simplicidade elogiável, sem cair no banal ou derivativo demais.

O trio carioca já postou três clipes no Youtube e nas plataformas digitais. O primeiro foi Notícias (ouça aqui), uma balada rock com letra de teor social. Conduzido por violão, o vocalista Kako fala sobre o clima pesado dos tempos atuais, e reflete o desejo de não ouvir mais notícias ruins ou coisas ligadas à violência e à maldade humana.

Ãgua na Boca equivale a um pop rock com pegada swingada, com direito a uma bela garota no clipe. Completa a trinca de canções o delicioso reggae Sou Feliz e Adeus (veja o clipe aqui), que traz como mote uma desilusão amorosa que você tenta superar de forma o mais positiva possível. Essas duas tiveram seus clipes registrados em São Paulo, com direção artística de Alexandre Arez e produção artística de João Robero. Eles prometem novidades para 2019.

Água na Boca (clipe)- Sbloom:

Manaia aposta na mistura de estilos na sua carreira musical

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Por Fabian Chacur

A base é o pop rock, mas o universo sonoro pelo qual a cantora e compositora carioca Manaia se interessa é um verdadeiro balaio de gatos. “Escuto de tudo, desde pop bem chiclete a coisas bem diferentes, de tudo mesmo, como rock, heavy metal, sertanejo, pop”, explica. Ela acaba de lançar o clipe de Baby, música que deu início ao processo que deve gerar o seu primeiro álbum, com previsão de ser lançado em 2019.

Baby é uma balada rock poderosa, que é interpretada com vigor por uma cantora de voz potente e bem treinada. A canção tem forte ligação com o momento pelo qual a artista passou recentemente, deixando de lado trabalhos mais convencionais para assumir de vez sua faceta artística, vencendo dessa forma barreiras que surgiram à sua frente.

“Trabalhei com arquitetura e engenharia, formei-me nessa área, mas queria mesmo era me dedicar à música. Meu pai me deixou fazer um curso de verão de dois meses na Berklee School Of Music, e aí ficou claro qual seria o meu rumo. Baby tem a ver com esse momento, esse grito de liberdade, saí do escritório para fazer música”, explica.

Na verdade, a paixão musical de Manaia vem de sua infância. “Comecei a aprender piano aos seis anos de idade; via musicais com os meus pais, chegava em casa e tirava as músicas de ouvido. Minha ligação com a música é muito grande, fala comigo, toca a minha alma, é tudo para mim; vejo cores nas músicas, tenho uma conexão muito forte”.

Em 2015, ela lançou um EP digital pelo selo MZA Music com as músicas Birdy Bird, A Maçã e a Serpente (releitura de hit de Odair José com direito a solo de guitarra de Andreas Kisses, do Sepultura) e Voodoo. “Na época, eu ainda estava no começo, estava me encontrando, buscando as pessoas certas, me ajudou muito a descobrir o meu caminho”.

Além de Baby, Manaia está lançando uma nova música, Medo, cujo clipe estará disponível em novembro. “Embora seja um rock, Medo foi feita por mim quando estava ouvindo muito música sertaneja”. Ela não segue uma linha rígida para compor. “Componho de várias formas, pode ser uma batida, uma melodia, letra, sou uma compositora compulsiva; a inspiração vem de várias formas, ligadas àquilo que eu vivo, que eu faço”.

Além de suas próprias canções, ela também interpreta ao vivo músicas de artistas dos quais gosta, entre os quais Foo Fighters, Lorde, Caetano Veloso e Tom Jobim. “Procuro não fazer igual, mexo um pouquinho, são sempre releituras, mesmo, nada de covers”, ressalta. Selecionar o repertório do primeiro álbum certamente será um processo trabalhoso, pois ela afirma ter mais de 300 composições próprias no acervo.

Baby (clipe)- Manaia:

Pedro Mariano lança um novo projeto com orquestra: DNA

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Por Fabian Chacur

Após a bem-sucedida turnê com a qual divulgou seu DVD/CD Pedro Mariano e Orquestra (2014), Pedro Mariano estava preparando um novo álbum gravado em estúdio, quando surgiu a proposta para outro trabalho com acompanhamento orquestral. Foi dessa forma que surgiu DNA, DVD/CD gravado ao vivo no Teatro Alfa, em São Paulo, mais um envolvimento do cantor com esse formato musical tão sofisticado.

Em entrevista exclusiva feita via telefone a Mondo Pop, o intérprete com 43 anos de idade, sendo 23 deles dedicados à música, explica como houve a mudança de foco que gerou seu novo trabalho, detalhes sobre ele e também sua visão da atual cena musical brasileira, e como se manter ativo em um momento tão complicado para todos.

MONDO POP- Sua ideia inicial, após ter lançado Pedro Mariano e Orquestra, era dar continuidade a essa experiência logo a seguir?
PEDRO MARIANO– Na verdade, não. Eu planejava gravar um álbum de estúdio, e já havia começado a planejá-lo. Só que eu havia concebido um novo projeto com orquestra para realizar daqui a algum tempo, e como essas leis de incentivo fiscal te obrigam a solicitar tudo com muita antecedência, foi o que fiz. E a autorização saiu muito antes do que eu esperava, e um patrocinador me perguntou se eu não poderia fazer esse projeto agora.

MONDO POP- Aí, o que era para ser uma coisa virou outra?
PEDRO MARIANO
– Isso. A ideia foi levar o que estávamos fazendo em estúdio para esse formato de orquestra, só que de uma forma diferente. No primeiro projeto, levei tudo para o ambiente orquestral. Neste, fiz o contrário, a orquestra veio até mim. O outro era mais classudão, mais tradicional. Este novo tem mais a ver com o meu som. E trabalhar com orquestra pode ter diversos formatos. Eu me inspirei muito nos feitos pelo Sting, pelo Metallica e pelo Peter Gabriel. As possibilidades são quase infinitas. Acho que isso não termina aqui.

MONDO POP- Como você compara um projeto com o outro, em termos de realização?
PEDRO MARIANO
– O primeiro DVD/CD orquestral foi marcante por diversos aspectos. Senti-me muito confortável para fazer este segundo, sendo que tudo foi muito complexo da primeira vez.

MONDO POP- O espírito geral do trabalho se manteve? Qual era a essência de tudo?
PEDRO MARIANO
– Pensava em reunir canções que tivessem como tema de onde você veio e para onde você quer ir, que tocassem no tema de uma forma introspectiva, analítica, emocional e psicológica. Tinha a música DNA (Edu Tedeschi) há uns cinco anos. Aí, o Jair Oliveira me mandou seis novas composições, e vi que uma delas, Labirinto, tinha a ver com algo que uma pessoa próxima a mim estava vivendo.

MONDO POP- Além dessas duas, temos mais duas inéditas. Como você faz normalmente a seleção de músicas para seus trabalhos?
PEDRO MARIANO
Alguém Dirá (Pedro Altério e Pedro Viáfora) e Enfim (Daniel Carlomagno) são as outras inéditas, e normalmente parto das composições inéditas para iniciar um trabalho. Também busco canções conhecidas inéditas na minha voz, pois ter músicas que as pessoas já conhecem no repertório sempre ajuda a esquentar as plateias, só canções inéditas deixa tudo meio monótono. E neste trabalho também incluí algumas do anterior, que mudaram muito durante a turnê de lançamento, e eu queria registrar essas novas roupagens.

MONDO POP- Como foi para você gravar o dueto virtual com sua mãe, Elis Regina, em Casa No Campo, contracenando com o vídeo?
PEDRO MARIANO
– Eu tinha lançado essa música como single no ano passado. Quando gravo shows ao vivo, gosto de fazer o show de forma contínua, não curto ficar regravando, só mesmo quando ocorre algum problema técnico. Mas Casa No Campo eu tive de fazer umas duas ou três vezes, por causa da sincronia com o vídeo. Foi emocionante.

MONDO POP- Você iniciou a sua carreira no auge de vendas dos CDs, vendendo mais de cem mil cópias de um deles (Voz no Ouvido-2000), que te rendeu um disco de ouro. Muita coisa mudou desde então. Como você encara o cenário atual?
PEDRO MARIANO
– Não se consome música como antigamente. Em termos de receita, isso te limita, e tem outros problemas que não falam a língua da música que te atrapalham bastante. A internet te abre caminhos, não sei se isso é para o bem ou para o mal, pois muitas dessas perguntas que surgiram nesses últimos anos não tem uma resposta clara. Tem artistas se posicionando bem com as plataformas digitais, que, como sabemos, não pagam nada.

MONDO POP- Qual é a vantagem de estar inseridos nelas, então?
PEDRO MARIANO
– Elas te dão notoriedade, mas você na verdade não sabe se dá certo. Minhas músicas mais bem-sucedidas no Spotify, por exemplo, são as que lancei de dez anos para cá. As pessoas procuram as coisas mais contemporâneas, e é o que as plataformas oferecem a elas. O que me preocupa é a forma como as pessoas tem consumido música, não acompanham mais os artistas, suas ramificações. Ninguém procura a informação, tem muito “mais do mesmo”.

MONDO POP- Como será a divulgação de DNA, em termos de shows? Todos os shows da turnê serão acompanhados por orquestra?
PEDRO MARIANO
– Faço shows com vários formatos (voz e piano, banda, orquestra etc) porque o barco tem de seguir. Na turnê anterior, fiz shows acompanhado por orquestras locais, mas o custo não caiu tanto como seria de se imaginar.

MONDO POP- Você lançou DNA pelo seu selo, o Nau, em parceria com a gravador LAB 344. Como avalia essa experiência de ter o próprio selo nos últimos anos, depois de ter sido contratado de gravadoras grandes?
PEDRO MARIANO
– O meu selo está sendo muito produtivo. Tenho bons parceiros. Quero sempre continuar fazendo meus trabalhos no meu tempo, do jeito que quero. Era difícil, continua difícil, mas esse nunca foi o foco. Vou sentindo o clima, não planejo nada nem para daqui a seis meses. Continuo lançando CDs e DVDs, mas o formato físico virou mais um portfólio do que um produto de consumo, tem mais um efeito emotivo, é um presente que você pode autografar.

De Peito Aberto (do DVD DNA)- Pedro Mariano:

Paulinho Moska volta a tocar com banda em Sampa no Sesc

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Por Fabian Chacur

Durante três anos, Paulinho Moska apresentou com sucesso o show totalmente solo Violoz- Moska, Violão e Voz. Desta vez, o cantor, compositor e músico carioca volta a ter músicos a seu lado em um novo espetáculo, Moska e Banda, que chega a São Paulo neste sábado (23) às 21h e domingo (24) às 18h no Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, nº 195- Pinheiros- fone 0xx11-3095-9400), com ingressos de R$ 15,00 a R$ 50,00.

Com quatro músicos a seu lado, Moska investirá em um formato mais próximo do pop-rock. O repertório trará vários de seus maiores hits, entre os quais Pensando em Você, A Seta e o Alvo, A Idade do Céu, Somente Nela e Namora Comigo. Ele também apresentará canções inéditas que está preparando para um próximo lançamento, como Que Beleza a Beleza, O Jeito é Não Ficar Só e Bem Na Mira.

Moska comemora com esse novo show 25 anos de uma carreira-solo iniciada em 1993 com o álbum Vontade. Ele atualmente comemora a ótima repercussão que seu mais recente single, Minha Lágrima Salta, está conseguindo como um dos temas da novela global destinada ao público adolescente Malhação Vidas Brasileiras.

Com 50 anos de idade, Paulinho Moska iniciou sua carreira integrando os grupos Garganta Profunda e Inimigos do Rei, lançando entre 1986 e 1990 dois álbuns com cada um deles. Depois, partiu para a carreira-solo, lançando mais de dez álbuns e também um em dupla com o argentino Fito Paes (Locura Total, de 2015). Versátil, ele também apresenta desde 2006 o programa Zoombido no Canal Brasil e atua como ator.

Minha Lágrima Salta– Paulinho Moska:

Cantora Naiá mostra seu pop eletrônico no Teatro Itália-SP

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Por Fabian Chacur

O pop eletrônico é uma das correntes musicais mais seguidas na música atual. A jovem cantora e compositora paulistana Naiá tenta se firmar nessa cena, e mostra bastante potencial para conseguir atingir esse cobiçado objetivo. Ela se apresenta em São Paulo nesta segunda (28) às 21h no Teatro Itália (avenida Ipiranga, nº 344- República- fone 0xx11-3120-6945, com ingressos a R$ 10,00.

A música faz parte desde sempre do cotidiano de Naiá. Ela começou a estudar canto erudito aos 16 anos. Posteriormente, morou na Inglaterra, onde aproveitou para aperfeiçoar seus estudos de canto, piano e sax. De quebra, ainda se formou em artes cênicas e também em economia. Ela busca se valer da técnica e da postura erudita para abordar o canto popular como um diferencial.

No show, ela será acompanhada por Raphael Coelho (percussão), China (percussão), André Cortada (guitarra e piano) e Edu Freitas (baixo). No repertório, composições próprias e de autores como Caetano Veloso, Marina Lima e Cazuza. Desde último, teremos Ideologia, que a cantora releu de forma eletrônica e bem original e cuja divulgação está sendo feita por um clipe envolvente, com cenas urbanas e teatrais.

Ideologia (clipe)- Naiá:

Gabily investe no funk carioca em seu novo single, “Toma”

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Por Fabian Chacur

Gabily ficou conhecida no cenário nacional ao lançar, no final de 2016, um EP pela Universal Music do qual se destacou a faixa Deixa Rolar, de pegada pop dançante e apelo romântico. A cantora carioca de 23 anos agora volta com um novo single pela mesma gravadora, Toma, gravado em parceria com o MC WM, no qual mergulha de cabeça no funk carioca. Ela afirma ser o início de uma nova fase em sua carreira.

“Em 2018, pretendo trabalhar mais no funk. Acho que o público pode estranhar um pouco, pois eu nasci no pop e agora estou vindo para o funk, o contrário do que normalmente ocorre. Mas estou totalmente funk agora, acho que o funk te dá uma liberdade de expressão em dança, em música, em fala, a mulher se sente livre, encara os preconceitos”, explica, em entrevista a Mondo Pop.

Toma, a faixa que inaugura esse nova fase, já está disponível nas plataformas digitais em áudio e clipe. Trata-se de um exemplo dessa liberdade que ela busca em seu trabalho. “Essa música defende uma igualdade entre o homem e a mulher, que um pode usar para o outro a mesma abordagem, sem preconceitos nem limitações”, explica ela, que diz admirar o trabalho do MC WM como funkeiro e como produtor.

Para Gabily, o EP Deixa Rolar ajudou a posicioná-la perante o cenário musical. Quem curtiu o formato pop desse trabalho pode aguardar futuramente algo nessa linha, pois se há algo que a artista carioca preza é liberdade artística. “Minha ideia é lançar uns quatro singles na linha do funk até o final deste ano, mas a seguir já tenho uma faixa nessa linha romântica, não quero ficar presa a um único jeito de fazer música”.

Os formatos single e EP serão seguido pela artista, que não pensa em lançar álbuns. “Hoje não existe um padrão rígido de formatos musicais, pode ser single, álbum, o que for. Aqui no Rio essa coisa do álbum acabou faz tempo, todos investem nos singles, que te permitem dar ao público aquele gostinho de mistério, de fugir do padrão único que as músicas de um álbum costumam seguir. Acho melhor lançar um DVD com os clipes, uma espécie de álbum visual”, explica.

Desde 2015, quando lançou sua primeira música de trabalho, Não Enrola, Gabily já gravou parcerias com vários artistas, entre os quais Ludmilla, Mika (Mikael Borges, ex-Rebelde) e a dupla Lucas e Orelha. Algumas rolam por sugestão de seus produtores, os badalados Umberto Tavares e Mãozinha. “Mas eu dou palpite em tudo na minha carreira. Isso até me atrapalha um pouco, pois gosto de acompanhar tudo de perto”.

Dos 16 aos 21 anos, Gabriela Batista (seu nome de batismo) trabalhou em um banco, e nesse período cursou três semestres do curso universitário de Gestão Financeira na Unigranrio. Ela abandonou a faculdade ao decidir se concentrar integralmente na carreira musical, que ela havia experimentado ainda criança ao lançar um CD gospel quando tinha apenas 9 anos de idade.

Aliás, o fato de ser filha de pais evangélicos não trouxe complicações a Gabily, quando ela resolveu se dedicar à música secular (termo usado pelos evangélicos para definir música que não seja a religiosa). “Meus pais me apoiaram demais, assim como os meus amigos. Para eles, continuo sendo a Gabriela, o meu trabalho não tem a ver com a minha religiosidade, que continua a mesma, indo à igreja e tudo o mais”.

Toma– Gabily e MC WM:

Anna Ratto relê composições alheias no ótimo CD Tantas

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Por Fabian Chacur

Desde que lançou seu primeiro álbum de fato, Do Zero (2006), a cantora, compositora e musicista carioca Anna Ratto (conhecida até 2009 como Anna Luisa) batalha para se consolidar no competitivo cenário musical brasileiro com sua bela e delicada voz e um som próximo do que se rotulou como nova MPB. Com seu quinto CD, Tantas, lançado pela gravadora Biscoito Fino, ela investe essencialmente em canções alheias, e se dá bem.

Após Anna Ratto Ao Vivo (2015), a artista inicia um novo ciclo de sua trajetória ao lado de novos parceiros, os produtores Jr.Tostoi e Marcelo Vig. O fato de os dois atuarem com desenvoltura entre o rock e a MPB deu a ela os instrumentos para fazer um disco no qual a mistura entre esses dois gêneros musicais se apresenta delicada, criativa e com nuances capazes de proporcionar uma identidade própria.

O repertório do álbum traz apenas uma canção autoral, Frevolenta, parceria com Jam da Silva. As outras nove levam a assinatura de nomes talentosos das novas gerações da MPB, como Rodrigo Maranhão, Bruna Caram, Duda Brack e Caio Prado. Temos também Aviéntame, do excepcional grupo mexicano de indie rock mexicano Café Tacvba.

A voz doce, delicada e bem treinada de Anna se mostra bastante adequada para dar uma unidade ao álbum, que nos oferece samba com timbres roqueiros (Pode Me Chamar), levadas pop africanas eletrônicas mescladas ao nordeste brasileiro (Frevolenta), puro funk rock (Inemurchecível), balada blues com tempero rocker (Dom) e até uma espécie de valsa com teor erudito e arranjo idem (Ana Luisa).

Tantas esbanja bom gosto, detalhismo, doçura, uma pimentinha aqui e ali e versatilidade rítmica, tudo amarrado pelo vocal de Anna, cujo timbre nos lembra Marisa Monte, Roberta Sá e Gal Costa, mas sem nunca soar como cópia. É uma questão de semelhança de timbre, nada além disso, que ela certamente ignora, pois desenvolve bem seu próprio rumo. Eis um disco maduro, estiloso e cativante.

Pode Me Chamar– Anna Ratto:

Guilherme Arantes cativa seu público com show em Jaú (SP)

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Por Fabian Chacur

Com 42 anos de carreira-solo, Guilherme Arantes se mostra um artista com muita fome de palco. Isso ficou evidente na noite desta sexta (6), quanto, perante aproximadamente três mil pessoas, no Sesi de Jaú (SP), o cantor, compositor e músico paulistano esbanjou energia, carisma, descontração e talento em quase duas horas de performance, que o público presente demonstrou ter adorado, dançando, cantando e se emocionando com cada canção.

Guilherme viveu o seu auge em termos comerciais nas décadas de 1970 e 1980. Se não invade mais as paradas de sucesso com a mesma frequência, este artista sempre inquieto se manteve ativo, com direito a shows pelos quatro cantos do país e do mundo e também discos de ótima qualidade artística, sendo os mais recentes os elogiados Condição Humana (2013) e Flores e Cores (2017). “Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”, como diz trecho de sua clássica Aprendendo a Jogar.

Em momento realmente alto dessa sua trajetória brilhante, o artista trouxe a Jaú uma banda de apoio simplesmente iluminada, integrada por Luiz Carlini (guitarra), Willy Verdaguer (baixo), Alexandre Blanc (guitarra) e Gabriel Martini (bateria). No comando, ele, nos vocais e teclados. Um time que esbanja entrosamento, vibração e desenvoltura. Também, não é para menos.

Luiz Carlini tocou com Rita Lee nos anos 1970, liderando o grupo Tutti Frutti e sendo parceiro da maior roqueira brasileira em clássicos do porte de Agora Só Falta Você, Corista de Rock e Sem Cerimônia, além de ter feito o antológico solo de guitarra na gravação original de estúdio de Ovelha Negra. Ele já tocou com Guilherme em outras ocasiões, e também com Erasmo Carlos. Um dos grandes da guitarra rock brasileira.

Por sua vez, o baixista argentino Willy Verdaguer é radicado no Brasil desde 1967, e tocou e gravou ao lado de Caetano Veloso (em Alegria, Alegria, por exemplo), Gilberto Gil, Raul Seixas e Secos & Molhados, além de ter criado os grupos Raices de América e Humauaca (este de música instrumental e ainda ativo). Blanc e Martini mostram envergadura para tocar com o trio, o que nos permite considerar essa uma espécie de Guilherme Arantes All Stars.

O show não poderia ter sido melhor. Arantes começou com músicas de seus mais recentes álbuns, e depois nos ofereceu um hit atrás do outro. Ouvir em um mesmo show maravilhas do naipe de Êxtase, Amanhã, Deixa Chover, Meu Mundo e Nada Mais, A Cidade e a Neblina, Cheia de Charme, Um Dia Um Adeus, Coisas do Brasil, Cuide-se Bem, Brincar de Viver e Lindo Balão Azul (só para citar algumas), todas apresentadas com alto teor de performance, não é coisa que se veja/ouça todo o dia em um espetáculo. Imagine ainda gratuito!

Como forma de dar um tempero bem particular, o sempre verborrágico astro paulistano nos proporcionou deliciosos depoimentos sobre algumas das músicas, e também sobre suas experiências de vida, para deleite do público. Como em todo show ótimo que se preze, as duas horas pareceram dois minutos, de tão rápido que passaram. E vale elogiar a organização do Sesi de Jaú, que ofereceu um espaço e equipamento à altura do espetáculo.

Uma experiência surreal e deliciosa

Desde 1987, tive a oportunidade, como jornalista e crítico musical, de entrevistar Guilherme Arantes uma dezena (ou mais) de vezes. Acabamos criando um vínculo de amizade muito forte nesse tempo todo, com direito a franqueza, elogios e também eventuais críticas construtivas. Em 2012, ele me deu a honra de me dedicar, durante um show, minha música favorita de seu fantástico repertório, Cuide-se Bem (leia essa história aqui). Mas agora, ele me “quebrou as pernas”.

Ao ar livre, o show possuía uma área com cadeiras. Eu fiquei exatamente atrás dessa área, junto com a minha esposa, Virgínia (que ficou sentada em uma cadeira, mas fora daquela área). A visão do palco era boa, mas não estava tão perto assim. Pelo menos, assim pensava esta besta que voz tecla. Porque depois de algumas músicas, no fim de uma delas, eis que a estrela da noite me solta esta frase, apontando de longe para mim: “você é quem eu estou pensando que você é?”

Obviamente surpreso, eu acenei, de forma afirmativa. Aí, ele me apresentou à plateia de forma gentil e elogiosa, com a generosidade que lhe é peculiar. De quebra, me ofereceu a música que iria tocar logo a seguir, “apenas” Meu Mundo e Nada Mais, a canção que, em 1976, abriu-lhe as portas das rádios e da grande mídia e do público como tema da novela global Anjo Mau.

Imaginem só a minha cara, perante aquela multidão toda, com os holofotes voltados para mim… De quebra, o cidadão ainda dedicou Deixa Chover à minha mãe e, antes de começar o pot-pourry que encerrou o show, Fã-Número 1/Lindo Balão Azul, afirmou ser “meu fã”. Até parece, não é, seo Guilherme? Eu, sim, sou seu fã, e dos grandes. Você não tem a ideia de como tanta generosidade me fez bem, além de me dar a certeza de que, quem sabe, na minha vida, o melhor esteja para começar, como diz uma de suas canções (leia a homenagem que fiz quando ele completou 60 anos de idade aqui ).

Êxtase (ao vivo em Jaú)- Guilherme Arantes:

Leoni e Leo Jaime mostram os hits e novas no Rio e em SP

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Por Fabian Chacur

Dois dos maiores hitmakers do pop-rock brasileiro se reúnem novamente em um show cujo título é uma evidente brincadeira com o nome de uma célebre dupla sertaneja: Leoni & Leonardo. O espetáculo será realizado neste sábado (7) às 21h no Rio, no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3,900- loja 160- Shopping VillageMall- fone 0xx21-3431-0100), e no dia 13 (sexta-feira) em São Paulo no Teatro Bradesco (rua Palestra Itália, nº 500- 3º piso- Bourbon Shopping São Paulo- fone 0xx11-3670-4100), ambos com ingressos custando de R$ 50,00 a R$ 160,00.

Os dois artistas são amigos desde o início da década de 1980, e em 1998 fizeram um show, Fotografia, no qual dividiam o palco. Desta vez, além de Leoni nos vocais e baixo e Leo Jaime nos vocais e guitarra, também estarão em cena os experientes Ricardo Palmeira (guitarra), João Pompeo (teclados) e Alexandre Fonseca (bateria).

Composto por algo em torno de 30 músicas, o set list da apresentação trará parcerias deles, entre as quais Fotografia, Solange e A Fórmula do Amor, e também hits das suas respectivas carreiras, entre os quais Garotos II, Nada Mudou, Exagerado, Rock Estrela, Como Eu Quero, Pintura Íntima, Mensagem de Amor, Só Pro Meu Prazer e outras.

A maior novidade divulgada de forma antecipada é uma nova composição feita por eles, A Fórmula do Amor II, revisitando o tema do hit sob uma perspectiva mais madura, embora sem perder o bom humor. Outras surpresas poderão ocorrer durante a apresentação, e não foi divulgado se isso pode ser o embrião de uma turnê maior, de um lançamento em DVD, CD, Blu-ray, vinil ou coisa que o valha. Mas o clima positivo para isso ocorrer fica no ar.

Carro e Grana/A Fórmula do Amor (ao vivo)- Leoni e Leo Jaime:

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