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Renato Barros, grande guitarrista compositor e autor de versões

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Por Fabian Chacur

Renato Barros prestou grandes serviços ao rock brasileiro. Guitarrista, compositor, autor de versões, vocalista, esse artista carioca foi um dos nomes mais produtivos e importantes para a consolidação desse estilo musical no Brasil, especialmente nos anos da Jovem Guarda. Ele infelizmente nos deixou nesta terça-feira (28) aos 76 anos de idade. Ele estava internado desde o dia 17 na UTI do Hospital das Clínicas no bairro carioca de Jacarepaguá, onde teve de ser operado do coração, e problemas pulmonares o vitimaram.

Nascido no Rio de Janeiro no dia 27 de setembro de 1943, Renato criou um grupo musical com os irmãos Ed Wilson e Paulo Cesar Barros em 1959, inicialmente com o nome Os Bacaninhas do Rock da Piedade, em homenagem ao bairro no qual moravam. Algum tempo depois, foram batizados como Renato e Seus Blue Caps, inspirados na banda que acompanhava um dos grandes astros da era inicial do rock, Gene Vincent, do hit Be Bop a Lula.

Ed Wilson saiu da banda logo em sua fase inicial para investir em uma carreira-solo. Em 1963, o autointitulado segundo álbum da banda trazia como vocalista e guitarrista-base ninguém menos do que o então ainda desconhecido Erasmo Carlos, que logo saiu fora. As coisas começaram a andar para a banda quando assinaram com a gravadora CBS. Lá, não só participaram de discos de artistas como Roberto Carlos como passaram a lançar seus próprios trabalhos.

Uma das marcas registradas do grupo carioca foi o fato de gravarem inúmeras versões de músicas dos Beatles, então invadindo as paradas de sucesso de todo o mundo. Algumas delas fizeram mais sucesso no Brasil com eles do que com os Fab Four, entre as quais Menina Linda (I Should Have Known Better) e Feche os Olhos (All My Loving), estas com letras em português de autoria de Renato. Lilian Knapp e Rossini Pinto assinaram outras versões gravadas pela banda.

Um dos grandes méritos de Renato e Seus Blue Caps era a qualidade técnica de suas gravações, podendo ser considerados um dos primeiros grupos de rock no Brasil a conseguir um som à altura dos americanos e ingleses, e a guitarra personalizada de Renato era marcante nesse coquetel sonoro.

O talento de Renato Barros como compositor também era dos melhores. Roberto Carlos gravou composições dele como Você Não Serve Pra Mim, O Feio (em parceria com Getúlio Côrtes), Não Há Dinheiro Que Pague, Maior Que o Meu Amor e Você Não Sabe o Que Vai Perder.

Em parceria com a amiga Lilian Knapp, ele escreveu Devolva-me, grande sucesso nos anos 1960 com Leno & Lilian e, décadas depois, na inspirada releitura de Adriana Calcanhoto. Outros artistas que gravaram composições de Renato foram Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Wanderléa e Erasmo Carlos.

Os discos de Renato e Seus Blue Caps marcaram época e anos depois continuaram sendo valorizados entre os apreciadores de rock. Não só os brasileiros, por sinal. O jornalista, crítico e pesquisador musical Ayrton Mugnaini Jr., por exemplo, disse que vários colecionadores internacionais iam atrás desses LPs, sendo que eles definiam a banda, de forma muito feliz, por sinal, como “folk rock from Brazil”, na linha dos americanos Byrds.

Além das músicas dos Beatles, Renato e Seus Blue Caps também investiram em versões em português para hits de outros artistas, como The Mamas And The Papas (California Dreamin’Não Te Esquecerei) e Gerry And The Pacemakers (It’s Gonna Be All RightVocê Não Soube Amar). Eles também gravaram composições de um certo Raulzito, antes de ele estourar como Raul Seixas.

A partir dos anos 1970, o sucesso comercial da banda teve uma queda, embora vez por outra emplacassem hits como Será Mentira ou Será Verdade? (versão de Será Mentira O Será Verdad, de Salvador Bellone), de 1972. Renato também atuou como produtor de artistas populares do cast de sua gravadora.

Em 1981, Renato e Seus Blue Caps lançam seu último álbum de carreira pela CBS. A partir desse momento, passaram a lançar discos de forma muito mais esparsa, mas nunca saíram da estrada, fazendo shows pelos quatro cantos do país, com variáveis formações, mas sempre com o líder Renato em cena. Curiosidade: ele lançou em 1972 um disco como Richard Brown And His Orquestra, cantando hits alheios em inglês.

Até o Fim (You Won’t See Me)– Renato e Seus Blue Caps:

Renato e Seus Blue Caps e seu repertório matador em show

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Por Fabian Chacur

Quando o assunto é folk rock brasileiro, provavelmente alguns apressados deixarão de lado Renato e Seus Blue Caps, por associa-los apenas à Jovem Guarda. No entanto, essa banda com mais de 60 anos contínuos de estrada são dos pioneiros do gênero por aqui. Eles tocam no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (23) às 21h30 no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 do Shopping VillageMall- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 40,00 a R$ 160,00.

O grupo carioca surgiu em 1960, e ainda mantém de sua formação clássica Renato Barros (guitarra, vocal e composições) e Cid Chaves (vocal e sax). O time atual também inclui Darci Velasco (teclados, há 23 anos na banda), Amadeu Signorelli (baixo, há 21 anos na banda) e Gelsinho Moraes (bateria, o mais recente da turma). Integraram o grupo nomes como Paulo Cesar Barros, Erasmo Carlos (que gravou um álbum com eles) e Michael Sullivan, entre outros.

Estourando em plena Jovem Guarda, essa banda trouxe como marca registrada versões matadoras de músicas dos Beatles, entre as quais Menina Linda (I Should Have Known Better), Até o Fim (You Won’t See Me) e Tudo o Que Sonhei (If I Fell), entre outras, sempre com aqueles timbres de guitarra deliciosos e típicos dos primórdios do folk rock.

De quebra, Renato e Seus Bluecaps apresentavam vocalizações bem bacanas e composições de Renato Barros, que é o autor de alguns clássicos daqueles anos, entre os quais Devolva-me e A Primeira Lágrima.

Se a partir dos anos 1980 eles não mais conseguiram emplacar novos hits, continuaram na ativa, fazendo bons shows e gravando discos respeitáveis. Seus discos são procurados até no exterior, por colecionadores de rock dos anos 1960.

Um Embalo Com Renato E Seus Blue Caps-1966-álbum em streaming:

Renato e seus Blue Caps: hits e muita nostalgia em SP e Rio

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Por Fabian Chacur

Para quem é fã das famosas “jovens tardes de domingo”, ocorridas nos mitológicos anos 1960, uma boa notícia. A banda Renato e seus Blue Caps, uma das mais significativas daquela era e ainda na ativa, fará shows nas duas maiores capitais do Brasil. No Rio, a festa de arromba é nesta quinta (16) às 21h no Teatro Bradesco Rio (av. das Américas, nº 3.900- loja 160 Shopping VillageMall), e em São Paulo, no dia 22 (quarta), às 21h, no Teatro Bradesco (rua Palestra Itália, nº 500- 3º piso). Os ingressos para ambos custam de R$ 80,00 a R$ 280,00, e o fone para informações- call center é o mesmo, 4003-1212.

O grupo carioca surgiu em 1959, fundado pelos irmãos Renato, Ed Wilson e Paulo Cesar Barros. Da fase áurea dos anos 1960, ficaram o guitarrista e cantor Renato Barros e o cantor e “mestre de cerimônias” Cid Chaves. Completam a escalação atual Darci Velasco (teclados, no time há 23 anos), Amadeu Signorelli (baixo, há 21 anos com eles) e Gelsinho Morais (bateria, o mais novo integrante do grupo).

Antes de estourar, a banda gravou um álbum no qual tinha como vocalista o então ainda desconhecido Erasmo Carlos, e também atuou como banda de apoio de Roberto Carlos na gravadora CBS. A coisa pegou no breu para eles ao participar do programa Jovem Guarda, comandado pelo Rei, Erasmo e Wanderlea, e ao gravar de forma impecável e original versões bem bacanas de músicas do grupo mais bem-sucedido daquele momento, os Beatles.

Entre outras, eles fizeram muito sucesso com Menina Linda (I Should Have Known Better), Até o Fim (You Won’t See Me), Meu Primeiro Amor (You’re Gonna Lose That Girl) e Tudo o Que Eu Sonhei (If I Fell), e também com composições próprias de Renato. Sua sonoridade na melhor linha folk rock também lhes rendeu muitos fãs no exterior, incluindo matérias em revistas estrangeiras especializadas em rock.

Seus shows são sempre um verdadeiro convite à dança, com set lists repleto de músicas dançantes e conhecidas e a simpatia e o carisma de Renato, como músico, e de Cid, que além de ótimo cantor também sabe como animar uma plateia, contando histórias e cativando com sua simpatia. Vale lembrar que outro nome conhecido integrou por algum tempo a banda nos anos 1970, o cantor e compositor Michael Sullivan, que depois estouraria com seu trabalho com Paulo Massadas.

Renato e seus Blue Caps ao vivo em 2016:

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