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Richie Sambora fará 2 shows em São Paulo com Orianthi

richie sambora e orianthi 2-400x

Por Fabian Chacur

Richie Sambora se apresentou ao vivo pela primeira vez no Brasil em 1990, com duas performances no Hollywood Rock Festival. Desde então, ele voltou algumas vezes, sempre com o grupo que o tornou conhecido mundialmente, o Bon Jovi. Em julho, seus fãs tupiniquins poderão rever o guitarrista e vocalista americano, mas desta vez em carreira solo. Ou melhor, em dupla com outra guitarrista e vocalista, a australiana Orianthi. Um casal muito competente.

A dupla Sambora/Orianthi será a principal atração do Samsung Best Of Blues Festival. Estão programadas duas apresentações em Sampa City, uma no dia 8/7 no Tom Brasil (os ingressos começarão a ser vendidos em breve) e outra gratuita no Parque do Ibirapuera no dia 10 de julho. Os shows mostrarão aos brasileiros uma nova fase na carreira do músico, que saiu do Bon Jovi em 2013, após 30 anos e mais de 130 milhões de discos vendidos mundo afora.

Na verdade, Richie Sambora já tinha uma carreira-solo que levava de forma paralela. O primeiro disco nesse formato, Stranger In This Town, saiu em 1991, e contou com a participação de Eric Clapton. Undiscovered Soul (1998) e Aftermath Of The Lowdown (2012) foram as suas outras incursões individuais até o momento. Ele também regravou em 1990 a música The Wind Cries Mary, de Jimi Hendrix, para a trilha do filme The Adventures Of Ford Fairlane.

No Reveillon de 2014, Mr.Sambora conheceu Orianthi durante uma jam session, e a semente para uma dobradinha no mundo da música e também no afetivo surgiu ali mesmo. Os primeiros shows em dupla começaram naquele mesmo 2014, com direito a passagem pelo enorme Download Festival. Eles estão gravando o primeiro álbum, com participações confirmadas de Darryl Jones (baixista dos Rolling Stones) e William Calhoun (baterista do Living Colour), sendo que os nomes de Buddy Guy e Stevie Wonder também estão sendo especulados.

Para quem não tem a menor ideia de quem seja a parceira atual de Richie Sambora, lá vai uma biografia resumida da moça. Orianthi Panagaris nasceu em Adelaide, Austrália, em 22 de janeiro de 1985, filha de uma família de origem grega. Começou a tocar com apens seis anos de idade. Aos 11 aninhos, seu pai a levou para ver um show de Carlos Santana, e a jovem loirinha não só ficou encantada com o músico como decidiu ser guitarrista profissional ali mesmo.

Quando Santana voltou a tocar na Austrália, Orianthi tinha 18 anos, e ali foi a vez de o astro mexicano ouvir a moça tocar e ficar encantado, a ponto de ela ter participado de seu show. A cantora e guitarrista lançou dois CDs independentes, Under The Influence e Violet Journey, e em 2006 se mudou para os EUA no final de 2006, sendo contratada pela Geffen Records (hoje selo da Universal Music).

Na terra de Barack Obama, foi contratada para ser a guitarrista da estrela pop Carrie Underwood. Ao participar da cerimônia do Grammy em 2009 com a cantora, foi vista por Michael Jackson, que não demorou a convidá-la para entrar em sua banda. Orianthi ensaiou por meses com o Rei do Pop, mas a turnê nunca se concretizou, pois o autor de Billie Jean morreu em 25 de junho de 2009. Ela, no entanto, tem presença importante no filme This Is It, que registra exatamente essa fase de preparação da turnê tristemente abortada.

Nesse mesmo 2009, Orianthi lançou o álbum Believe, do qual faz parte o hit According To You. Em 2011, ela entrou na banda de Alice Cooper, com quem tocou até 2014, participando de duas turnês mundiais. Em seu currículo, também constam trabalhos com Carlos Santana, Steve Vai, Michael Bolton, Prince, ZZ Top, Adam Lambert, John Mayer e Dave Stewart (com quem gravou o álbum Heaven In This Hell em 2013).

Em entrevista concedida em fevereiro de 2016 antes de uma cerimônia de premiação da Billboard, Richie Sambora definiu de forma bem-humorada seu trabalho com Orianthi como “Sonny & Cher com esteroides”. Fica a curiosidade para conferir ao vivo o show deles, e também em breve como soará esse CD da dupla. Será que Jon Bon Jovi irá curtir? Aguardem as cenas dos próximos capítulos!

I Got You Babe– Richie Sambora & Orianthi (trecho):

Richie Sambora e Orianthi em uma loja de guitarras raras (Norman’s Rare Guitars-Tarzana-California):

Richie Sambora – Orianthi – Stranger in this town live Download festival 2014:

Competência é marca de novo CD do Bon Jovi

Por Fabian Chacur

Desde que tocou no Brasil pela primeira vez, no festival Hollywood Rock em janeiro de 1990, o Bon Jovi tem como marca lotar todos os shows que faz por aqui. E o que está previsto para ocorrer no dia 20 de setembro de 2013, no Rock in Rio, já está com os ingressos esgotados. E se realmente for confirmado um show em São Paulo no dia 21 de setembro, a casa estará cheia.

Qual a explicação para tamanho fenômeno de público? Acho que a palavra competência explica muita coisa. E é ela que dá o tom para o novo álbum da banda liderada pelo cantor, compositor e músico norte-americano Jon Bon Jovi. What About Now, que acaba de sair no Brasil via Universal Music, dá aos fãs do grupo de New Jersey o que eles querem.

Já ficaram para trás, e há muito, a pegada hard/heavy rock e os cabelos longos e esvoaçantes dos anos 80, quando a banda americana emplacou hits certeiros como You Give Love a Bad Name, Bad Medicine, Wanted Dead Or Alive e Livin’ on a Prayer. O som do grupo ganhou uma cara diferente nos últimos 15 anos, pelo menos.

As influências de folk, country, pop e rock básico, que sempre estiveram em seu DNA, cresceram e os levaram a um rumo mais compatível com uma versão light de Bruce Springsteen, John Mellencamp e Bob Dylan. Os fãs curtiram a nova cara do grupo, vide o fato de seus mais recentes álbuns (Lost Highway-2007, The Circle– 2009 e este What About Now) terem entrado na parada dos EUA direto no primeiro posto.

A nova obra é um mais do mesmo bem feito, com direito a rocks grandiosos como Because We Can, What About Now e Army Of One e baladas certeiras como Amen, The Fighter e Room At The End Of The World. A voz de Jon continua potente e com aquele timbre característico que lhe deu fama, enquanto a guitarra de Richie Sambora mantém presença discreta e precisa.

Se você odeia o Bon Jovi, não perca tempo, pois What About Now não tem nada que possa convencê-lo do contrário. E para o seguidor fiel, aqui há alimento sonoro suficiente para empurrá-lo rumo aos próximos shows da banda no Brasil. Isso é competência, algo que poucos grupos da sua geração tiveram para se manter no topo. Não é pouca coisa.

Ouça Army Of One, com o Bon Jovi:

Ouça The Fighter (live), com o Bon Jovi:

Coletânea é boa amostra da obra do Bon Jovi

Por Fabian Chacur

O Bon Jovi surgiu em 1983 e fez parte do que se denominou na época hair metal, ou heavy cosmetical, ou hard rock mais pop.

Por trás de cabeleiras esvoaçantes e mais bem tratadas até do que as femininas, músicos competentes nos ofereciam rocks melódicos com formato comercial e, em algumas ocasiões, extremamente competentes.

O grupo criado pelo cantor Jon Bon Jovi e também integrado por Richie Sambora (guitarra e vocais), David Bryan (teclados) e Tico Torres conseguiu superar a concorrência e acabou se tornando o mais bem-sucedido de todos os tempos no setor em termos comerciais.

As razões básicas: a ótima voz e o carisma de Jon, a guitarra personalizada de Sambora e a competencia de suas canções e arranjos.

Como forma de comemorar a atual turnê da banda, acaba de sair a coletânea Greatest Hits, disponível em duas versões: uma dupla, com 28 canções, sendo quatro inéditas, e outra com 16, e apenas duas novas.

Essa versão simples já está a venda no Brasil e equivale a uma versão atualizada da anterior, Cross Road, de 1994.

Trata-se de uma boa amostra do que o quarteto americano fez nesses anos todos.

O lado mais roqueiro aparece firme em Bad Medicine, You Give Love a Bad Name e Lay Your Hands Of Me.

As baladas mais viscerais são representadas por Wanted Dead Or Alive (para mim, a melhor música deles) e I’ll Be There For You.

Já o rock de acento mais pop surge em Livin’ On a Prayer, It’s My Life e We Weren’t Born To Follow.

De quebra, as baladas mais escancaradas surgem com Always e Bed Of Roses.

As inéditas What Do You Got? e No Apologies são bem simpáticas, embora não possam ser colocadas entre o que de melhor o grupo americano já fez.

Lamente-se a inexistência de um encarte com letras e informações mais detalhadas sobre cada música, defeito aliás também presente em Cross Road.

O Bon Jovi é a prova de que uma banda, mesmo sem ser revolucionária ou muito criativa, pode entrar para a história por sua competência, eficiência e talento para oferecer aos fãs um mais do mesmo bem temperado.

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