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Rita Lee tem seu álbum acústico lançado em vinil duplo laranja

rita lee acustico 400x

Por Fabian Chacur

Nos dias 4 e 5 de junho de 1998, Rita Lee gravou no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro o seu acústico na MTV. Acompanhada por uma super banda comandada pelo maridão Roberto de Carvalho, ela deu uma linda geral em vários de seus clássicos, com participações especiais estreladas. Na época, Acústico não saiu em vinil, pois o formato estava em desuso. Essa lacuna acaba de ser preenchida pela Universal Music, em uma edição em LP duplo na cor laranja avermelhada.

Entre as várias edições do programa da emissora musical, este da agora saudosa Tia Rita foi um dos mais badalados, pois trouxe parcerias das mais significativas, todas reverenciando essa artista tão especial. Os Titãs, por exemplo, uma das bandas favoritas dela, entrou em cena para defender Papai Me Empresta o Carro, em uma performance adorável que agradou a todos.

Muito tímida, Cássia Eller assim mesmo mostrou todo o seu talento em Luz Del Fuego. Outra representante do rock brasileiro dos anos 1980 foi Paula Toller, na releitura de Desculpe o Auê. E Milton Nascimento encantou a todos com uma emocionante interpretação de Mania de Você, um dos momentos mais marcantes deste álbum, na verdade todo marcante.

Papai Me Empresta o Carro (ao vivo)– Rita Lee e Titãs:

Rita Lee, 75 anos, a rainha do rock e da alegria em geral

Rita Lee 1980-400x

Por Fabian Chacur

Rua Joaquim Távora, Vila Mariana, São Paulo. Ali, uma certa Rita Lee Jones viveu e foi criada em sua infância e adolescência. Uma das filhas mais ilustres do bairro de onde eu também vim. Curiosamente, no entanto, só fui conhecê-la pessoalmente no centro de São Paulo, mais precisamente no dia 12 de maio de 1987, em entrevista coletiva realizada no Hilton Hotel para divulgar o recém-lançado álbum Flerte Fatal.

Eu usava uma camiseta amarela do The Cure, e não só peguei um autógrafo dela como também tirei uma foto ao seu lado. Foi uma entrevista até calma, embora tivesse um clima pesado no ar por causa de uma crítica sobre o álbum no qual o polêmico Luis Antonio Giron ironizou a artista, definindo o seu momento de carreira como uma “menopausa criativa”. Grosseria pura, que ela acabou tirando de letra.

Tive mais uma ou duas oportunidades de entrevistá-la nos anos seguintes, uma delas no antigo Palace, também com direito a registros fotográficos. Sempre simpática, franca e sem rodeios.

E estive em 1991 no apartamento em que ela morava na época, ao lado da Praça Buenos Aires, na região central de São Paulo, mas para entrevistar não ela, mas seu parceiro de vida, o grande músico Roberto de Carvalho, um dos caras mais simpáticos e gentis que já tive a honra de conhecer nesse meio de pessoas nem sempre tão gentis e simpáticas.

Todas essas recordações rondam a minha cabeça nesta triste terça-feira (9), quando foi divulgada a partida dessa icônica Rita Lee, aos 75 anos. Ela lutou bravamente contra um câncer, e estava entre os seus entes queridos na hora da despedida. Uma figura que já estava eternizada na história da nossa cultura como um todo, mas que agora sai de cena, para tristeza geral.

Fiz uma geral em sua trajetória quando do lançamento da caixa Rita, há alguns anos (leia aqui), Mas vale ressaltar algumas das marcas registradas dessa artista tão peculiar e tão genial.

Rita se tornou nacionalmente conhecida integrando os Mutantes, um dos grupos mais criativos e marcantes da história do rock brasileiro. Ao sair da banda, no qual era uma coadjuvante de luxo para os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, mergulhou em uma carreira solo na qual pôs pra fora toda a sua personalidade inquieta, genial e irreverente.

Com o Tutti-Frutti e depois tendo como seu braço direito o também parceiro de vida Roberto de Carvalho, Rita construiu uma discografia na qual o rock foi misturado com r&b, folk, pop, jazz e MPB com uma assinatura própria repleta de irreverência, bom humor, sarcasmo e astúcia.

Sua galeria de hits foi enorme, e seus shows no início dos anos 1980 ajudaram a abrir as portas para os mega-espetáculos de rock no Brasil, com apresentações em ginásios e estádios e produções sofisticadas. Sem o estouro de Rita Lee, a Blitz certamente não teria estourado e aberto as portas para a geração roqueira dos anos 1980.

Além disso, Rita também mostrou que as mulheres tinham o direito de arrombar a festa e tomar conta da coisa toda em termos de sucesso. Sem Rita Lee, o Brasil fica ainda mais triste e careta, embora felizmente viva novamente dias de esperança. Que sua obra linda e pra cima possa nos ajudar a dar a volta por cima e voltarmos a ser um Brasil com S. Saudade da nossa eterna ovelha negra!

Lá Vou Eu– Rita Lee:

Flerte Fatal, de Rita Lee e Roberto, sai em vinil laranja

flerte fatal rita lee 400x

Por Fabian Chacur

Em 1987, Rita Lee e Roberto de Carvalho estrearam na EMI-Odeon com o álbum Flerte Fatal. Cercado de grandes expectativas por parte do público, foi alvo de algumas críticas ácidas, mas conseguiu um ótimo desempenho comercial, emplacando vários hits. Ele acaba de ser relançado pela atual detentora de seus direitos, a Universal Music, no formato vinil cor de laranja (saiba mais detalhes aqui).

Se não é um dos melhores álbuns da carreira da nossa mais querida e talentosa roqueira, Flerte Fatal consegue conciliar de forma competente apelo comercial com alguns momentos mais ardidos. Tivemos vários hits radiofônicos, como Pega Rapaz (ouça aqui), Bwana (ouça aqui) e Xuxuzinho (ouça aqui), não por acaso as faixas mais “grudentas”, digamos assim.

Os fãs mais roqueiros foram agraciados com a energética faixa-título (ouça aqui), a divertida Músico Problema (mesmo muito parecida com Hip To Be Square, hit de 1986 da banda americana Huey Lewis & The News- ouça aqui ) e Me Recuso (essa em uma linha funk-rock- ouça aqui).

Temos também a tecnopop Brazix Muamba (ouça aqui) e a blues rock Para Com Isso (ouça aqui). E os fãs de um pop mais tradicional certamente curtiram Picola Marina (ouça aqui) e a versão em português do célebre standard da música estadunidense Blue Moon (ouça aqui).

Músico Problema– Rita Lee e Roberto:

Rita Lee (1980), o LP de Lança Perfume, é relançado em vinil

Por Fabian Chacur

Rita Lee 1980-400x

Como forma de celebrar os 40 anos do lançamento de Rita Lee (1980), que alguns conhecem pelo nome de sua música mais conhecida, Lança Perfume, a Universal Music está relançando em vinil de 180 gramas este verdadeiro clássico da música pop brasileira. O álbum foi lançado na época pela gravadora Som Livre, e relançado em CD nos anos 1990 pela EMI, cujo acervo nacional está agora nas mãos da Universal.

Lança Perfume estourou praticamente no momento em que tocou pela primeira vez nas rádios. Mesmo com um som de teclados (e algumas notas musicais) escancaradamente “emprestado” de What a Fool Believes, hit em 1979 com o grupo americano The Doobie Brothers, sua energética fusão de carnaval, pop e rock tornou-se um marco na carreira da cantora e compositora paulistana, e um de seus maiores hits no Brasil e no mundo.

Trata-se de um disco repleto de sucessos. Além de Lança Perfume, temos aqui Bem-Me-Quer, Baila Comigo, Caso Sério e Nem Luxo Nem Lixo . Em Orra Meu, o momento mais roqueiro, está creditado como baixista um certo Luis Maurício, que pouco depois se tornaria um astro, já rebatizado como Lulu Santos.

Com produção de Guto Graça Mello, o álbum conta com uma participação intensa de Lincoln Olivetti, dividindo-se entre teclados, arranjos e o que mais pintasse. O maridão Roberto de Carvalho, coautor de seis das oito músicas do disco, também marca presença na guitarra, violão e teclados, sendo que outros músicos do primeiro time, como Robson Jorge (guitarra), Jamil Joanes (baixo) e Picolé (bateria) participaram das gravações.

Ouça Rita Lee (1980) em streaming:

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