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Carlos Santana lançará EP com canções inspiradas em Mona Lisa

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Por Fabian Chacur

Carlos Santana inicia 2019 com boas novidades para seus milhões de fãs mundo afora. No dia 25 de janeiro, será lançado em CD e no formato digital um novo EP do seminal guitarrista mexicano radicado nos EUA, In Search Of Mona Lisa. O mesmo trabalho terá versão em vinil, que chegará às lojas americanas em 22 de fevereiro. E também está previsto ainda para este ano o lançamento de um novo álbum inédito, com produção a cargo do consagrado Rick Rubin (Red Hot Chili Peppers, Beastie Boys, Tom Petty etc-e tome etc!).

O EP (sigla que significa Extended Play e equivale ao antigo compacto duplo) traz cinco faixas: Do You Remember Me (em duas versões), In Search Of Mona Lisa (em duas versões) e Lovers From Another Time. A produção ficou a cargo de outro nome constante em discos bacanas, o do veterano Narada Michael Walden (Whitney Houston, Steve Winwood, Aretha Franklin e dezenas de outras feras do mesmo porte, ele que é artista-solo de sucesso).

As versões das canções incluídas neste disco ainda não foram divulgadas oficialmente, mas In Search Of Mona Lisa tem tudo para ser uma música que o roqueiro latino toca há alguns anos em shows e cujo nome era dado como Mona Lisa, e até hoje inédita em seus discos, com um refrão simples e contagiante.

O artista explica que, embora tenha visitado Paris em inúmeras oportunidades, nunca tinha ido no Museu do Louvre, onde está exibido o icônico quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Há pouco tempo, ele e sua esposa, a percussionista Cindy Blackman Santana, finalmente estiveram por lá, e aquela obra de arte acabou inspirando novas canções do astro, revelado mundialmente após performance marcante no Festival de Woodstock, em 1969.

Monalisa (ao vivo)- Santana:

Dean Ford, do grupo Marmalade, nos deixou um belo legado sonoro

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Por Fabian Chacur

Dean Ford, cujo nome de batismo era Thomas McAleese, nos deixou no dia 31 de dezembro, aos 72 anos de idade. Embora com um pouco de atraso, Mondo Pop irá fazer justiça ao trabalho deste ótimo cantor, compositor e músico escocês, que entre 1966 a 1974 foi vocalista e compositor do Marmalade, uma banda que alguns só lembram pelo megahit Reflections Of My Life (ouça aqui). O “textão” a seguir provará que ele fez muito mais do que “apenas” essa belíssima balada roqueira lançada em 1969 e que teve mais de dois milhões de cópias vendidas em todo o mundo, no formato single.

Thomas McAleese nasceu na Escócia em 5 de setembro de 1946. Seu nome artístico une os de dois ídolos do músico, o ator e cantor Dean Martin e o cantor Tennessee Ernie Ford (do hit Sixteen Tones, aquele que em português virou 16 Toneladas, com Noriel Vilela). Seu envolvimento com a música começou quando ainda era criança. Em 1963, foi convidado a entrar em uma nova banda, que com sua presença passou a também ser conhecida como Dean Ford And The Gaylords. Integravam o time, além dele próprio no vocal e gaita, o guitarrista e tecladista Willian Junior Campbell (que virou seu parceiro de composições), Patrick Fairley (guitarra), Graham Knight (baixo) e Raymond Duffy (bateria).

O grupo aos poucos se tornou o mais famoso do rock escocês, ao ponto de animá-los a se mudar para Londres em meados de 1965. Duffy preferiu não ir, e o baterista Alan Whitehead entrou em seu lugar. O quinteto, agora rebatizado The Marmalade, foi cavando seu espaço aos poucos, tocando em lugares como o célebre Marquee e abrindo apresentações de Pink Floyd, Traffic, The Who etc.

Em 1967, lançaram o single I See The Rain (ouça aqui), composição de Campbell e McAleese que foi considerada a melhor daquele ano por ninguém menos do que Jimi Hendrix, e regravadas anos depois por Suzanna Hoffs (do grupo Bangles) e Matthew Sweet. Mas o sucesso comercial teimava em não aparecer.

Pressionados pela gravadora CBS, eles deixaram momentaneamente de lado as composições próprias e gravaram Lovin’ Things (de Artie Schroeck and Jet Loring), que atingiu o sexto posto na parada britânica em 1968. Mas a coisa engrenou mesmo para eles quando resolveram reler Ob-la Di Ob-la Da (ouça aqui) em versão muito parecida com a dos autores, os Beatles. Bingo! Com esse single, atingiram o primeiro lugar na parada britânica, e pouco depois o seu contrato com a CBS acabou.

Com a moral alta, eles receberam um convite irrecusável para assinar com o Deram, o selo progressivo da gravadora Decca. Além de ganhar um belo adiantamento, tiveram total liberdade artística. A aposta da nova gravadora se mostrou acertada logo no primeiro lançamento, o antológico single Reflections Of My Life (de Campbell e McAleese), que saiu no finalzinho de 1969 e logo invadiu as paradas britânicas e de inúmeros outros países, inclusive os EUA, onde chegou ao décimo lugar. Essa música recebeu, em 1998, um prêmio da BMI americana por ter tido mais de um milhão de execuções em rádios americanas.

No início de 1970, sai Reflections Of Marmalade (denominado Reflections Of My Life nos EUA), um álbum no qual a mistura de rock, pop, folk e country da banda se mostrava simplesmente envolvente, com direito a Reflections Of My Life e outras maravilhas, entre as quais Carolina In My Mind (de James Taylor e em arranjo parecido com o do álbum de estreia do astro americano- ouça aqui ) e a psicodélica Kadeidoscope (de Campbell e McAleese) ouça aqui).

No embalo do sucesso do álbum, eles lançaram em 1970 outro single matador, a canção folk-country Rainbow (de Campbell-McAleese, ouça aqui), seguido em 1971 por outra maravilha de Ford e seu parceiro, a delicada balada My Little One (ouça aqui). Aí, Willian Junior Campbell, cansado das turnês, resolveu sair da banda para estudar música. Ele depois teria uma breve carreira-solo e a seguir se tornaria compositor para trilhas de cinema, TV e teatro.

Para substituir Campbell, entrou em cena o cantor e guitarrista Hugh Nicholson, que entrou com moral no time, a ponto de se tornar o principal compositor da banda. Ele é o autor de Back On The Road (de volta à estrada, ouça aqui), um título que refletia a atitude da banda de seguir em frente. Por sinal, eles vieram ao Brasil (onde emplacaram vários hits) naquele mesmo 1971, para defender essa canção no Festival Internacional da Canção, sem conseguir a vitória.

Vale o registro, baseado em post publicado pelo blog de Maria Weber, o ótimo Festivais da Canção (acesse aqui), que traz a reprodução de matéria de uma revista da época que relata as estrepolias do quinteto em nossas plagas, com direito a quebrar copos, passear mascarados para assustar os hóspedes do Hotel da Glória e tentar jogar uma cantora na piscina. Uau!

A partir de 1972, o Marmalade viu sua popularidade cair bastante. Dean Ford ainda comporia algumas músicas com um novo parceiro, Mike Japp, como Our House Is Rocking e Come Back So, mas nenhuma delas emplacou. Curiosidade: Japp, posteriormente, seria parceiro de Gene Simmons e Paul Stanley, do Kiss, e também de Bryan Adams. E em 1975, Ford resolveu dar adeus à banda que o revelou, lançando no mesmo ano o LP solo Dean Ford, produzido pelo então ainda iniciante na função Alan Parsons. Em 1978, ele participaria de um álbum do Alan Parsons Project, Pyramid.

Com a pouca repercussão da carreira-solo, Ford mudou-se em 1979 para Los Angeles, e mergulhou de cabeça no alcoolismo, sumindo de cena por vários anos. Apenas em 1986 ele conseguiu se livrar do vício, graças ao apoio do grupo Alcoólicos Anônimos. Em 2014, com produção a cargo do músico Joe Tansin, conhecido por sua breve participação no grupo Badfinger (apenas no álbum Airwaves, de 1979), ele fez uma interessante releitura de Reflections Of My Life, com direito a clipe e tudo (veja e ouça aqui).

Curiosamente, os últimos anos de vida de Dean Ford foram provavelmente alguns dos mais produtivos. Ele lançou dois álbuns, Feel My Heartbeat (2017) e My Scottish Heart, este último poucas semanas antes de sua morte, que teria ocorrido por complicações ligadas ao mal de Parkinson.

Uma curiosidade: o Marmalade seguiu em frente após a saída de Dean Ford, em 1975, e foi apenas em 2010 que perdeu seu último integrante da formação clássica, o baixista Graham Knight. Eles tocam em eventos nostálgicos, e equivalem a uma banda cover de luxo. Saiba qual é a sua escalação atual, e desde quando seus integrantes estão por ali. Alguns, por sinal, integram o Marmalade por muito mais tempo do que os integrantes originais sequer imaginavam se manter. Mas, vale o registro, sem criar um único hit:

Sandy Newman – vocal principal, guitarra solo, teclados (de 1975 até hoje)
Alan Holmes – vocais, guitarra,e violão, teclados (de 1980 até hoje)
Jan Robinson – vocais, baixo (de 2015 até hoje)
Chris North – bateria, percussão (de 2015 até hoje)
John James Newman – vocais, violão (de 2011 até hoje)

Rainbow (clipe)- Marmalade:

David Bowie terá caixa de singles em vinil com 9 gravações raras

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Por Fabian Chacur

As redes sociais dedicadas a divulgar o trabalho do saudoso David Bowie anunciaram uma bela novidade para seus fãs, especialmente para os colecionadores mais ávidos por raridades. Será lançada em breve, infelizmente só no exterior, Spying Through a Keyhole-Demos And Unreleased Songs. Trata-se de uma caixa contendo singles de 7 polegadas, os antigos compactos simples de vinil, contendo nove gravações inéditas em formato físico registradas pelo genial cantor, compositor e músico britânico nos idos de 1967 e 1968.

Lançada pelo selo Parlophone (hoje distribuído pela Warner Music), a caixa traz canções inéditas como Love All Around (de onde foram extraídos os versos que deram nome ao trabalho) e versões demo de In The Heat Of The Morning, por exemplo, ótima canção da fase inicial do astro britânico que possui trechos que posteriormente inspirariam um hit massivo dele, Ziggy Stardust.

O principal gancho para este projeto foram os 50 anos do lançamento de Space Oddity, que aparece em duas versões diferentes, uma demo que parecer ser a primeira gravação feita deste clássico, e outra na qual Bowie a interpreta junto com John Hutch Hutchinson, que integrou o trio Feathers ao lado do astro inglês e também tocou com ele nos anos 1970. A qualidade técnica das gravações, segundo informes da própria gravadora, não é perfeita, mas vale pela raridade.

Eis o repertório completo: Mother Gray, In The Heat Of The Morning, Goodbye 3D (Threepennny Joe), Love All Around, London Bye, Ta-Ta, Angel, Angel Grubby Face- Version 1, Angel, Angel Grubby Face- Version 2, Space Oddity- demo excerpt e Space Oddity-demo+alternative lyric (com John Hutch Hutchinson).

Essas canções foram disponibilizadas por um curto período de tempo em dezembro de 2018 nas plataformas digitais. A gravadora afirma que essas canções serão lançadas futuramente em outros formatos, mas não especificou quais e quando esses lançamentos ocorrerão.

In The Heat Of The Morning (BBC Sessions)- David Bowie:

Victor Riskallah Chacur se foi há 20 anos e faz muita, muita falta!

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Por Fabian Chacur

No dia 6 de janeiro de 1999, há exatos 20 anos, perdi o meu irmão, Victor Riskallah Chacur. Naquele triste momento, fiquei sem o último vínculo com minha família mais próxima. Minha querida mãe, Victoria, deixou esta existência no dia 22 de junho de 1996, enquanto meu amado pai, Fuad, seguiu rumo à eternidade no dia 21 de setembro de 1998, ou seja, pouco mais de três meses antes do meu irmão. Éramos quatro, agora somos um. Unzinho, que desde então tenta seguir em frente, mas sempre com aquela forte sensação de vazio deixada pela falta dos meus três nobres parceiros diretos.

Se hoje sou um eterno viciado em música boa, devo muito disso ao Victor. No mínimo, pela ótima iniciação. Afinal de contas, os primeiros discos que tive a oportunidade de ouvir eram dele, em sua maioria. Esse vício de comprar discos eu herdei dele, ampliando-o até as raias do impossível e impagável.

E os discos do cara eram de primeiríssima linha. Tipo aquele compacto dos Beatles com Hey Jude e Revolution, que ouvimos até o limite da exaustão naquele finalzinho de 1968, quando eu tinha apenas sete aninhos de idade, e quando recebi a visita do meu primo Jair, que veio passar as festas conosco. Para intercalar, na mesma época, também curtimos o belo compacto do obscuro grupo one-hit-wonder californiano People com a ótima I Love You.

Conheci os Beatles, até hoje (e para sempre) minha banda favorita, graças a ele. E vários outros grupos e artistas. O Deep Purple, por exemplo, ouvindo muito o seu exemplar do In Rock, com Living Wreck, Speed King e Child In Time.

E aquele compacto, com Nobody de um lado e Slippery St. Paul do outro, de 1971? Esse raio desse disco me viciou em outra das minhas bandas favoritas até hoje, os Doobie Brothers. Amo esses caras!

A voz potente e os riffs certeiros da guitarra de Tom Johnston, a guitarra dedilhada e os vocais de Patrick Simmons, as vocalizações certeiras, a fusão de rock-country-folk-soul etc…… Doobie Brothers forever!

O primeiro disco de Paul McCartney que ouvi na vida foi o Ram, de 1971. Lógico que o exemplar do glorioso Victor. Também ouvi até furar Uncle Albert/Admiral Halsey, Monkberry Moon Delight, Dear Boy, Heart Of The Country….

A partir dos meus dez anos de idade, a gente começou uma disputa besta para ver quem comprava primeiro um disco de sucesso. Era divertido ver quem surgia primeiro com o novo do Seals & Crofts, Bread, Rolling Stones, Bee Gees…..

Quando fiz 17 anos, acordei e vi, em cima do criado mudo ao lado da minha cama, um compacto simples embrulhado. Abri: Got a Feeling, de Patrick Juvet, grande hit em 1978 e um clássico da disco music que eu amo.

Fico arrepiado só de lembrar a alegria ao ganhar esse disco, que obviamente tenho até hoje. Foi o único presente que ganhei naquele aniversário, e me lembro de ter chorado no final do dia, sozinho, sabe-se lá porque.

Eu também curto músicas bizarras, aquelas que de tão ruins chegam a ser boas, mas o Victor, não. Ele só curtia coisas boas. Tipo aquele maravilhoso álbum Cicatrizes, do MPB-4, um dos melhores de música brasileira que já tive a oportunidade de ouvir.

Ou O Canto das Três Raças, da Clara Nunes, que você abria a capa e a mesma virava um pôster imenso. Ou alguns do Martinho da Vila (Memórias de Um Sargento de Milícias, por exemplo), o samba em sua autêntica e bela expressão.

Vou parar por aqui, pois a lista vai longe. Lógico que, como bons irmãos, brigamos algumas vezes, frequentemente por razões imbecis, mas sempre voltávamos às boas, felizmente. E a vida seguia!

Tá bom, ele tinha um defeito gravíssimo: torcia para aquele timinho da Marginal Sem Número. Mas fazer o que? Perfeição não existe…..

O Victor foi internado próximo do natal de 1998. Lembro que minha cunhada ligou para me avisar na editora onde eu trabalhava na época, quando eu estava prestes a sair rumo à “festa da firma”. Nem é preciso dizer que abortei a ida à confraternização e fui direto ao hospital, onde dei um jeito de conseguir visitá-lo, mesmo fora do horário normal.

Foram dias difíceis, nas quais felizmente pude falar com ele em algumas ocasiões, e pude lhe dar toda a força que pude, e meu apoio incondicional. Incondicional mesmo, como ele e eu sabemos, e só nós dois!

No dia 6 de janeiro de 1999, ele me deixou, após alguns dolorosos dias em estado de coma. Fica a recordação de alguém que foi fundamental em minha vida, e a quem devo muito mais do que ele poderia imaginar. Onde estiver, meu abraço apertado, cara, e a saudade eterna!

obs.: o Victor é o primeiro da esquerda para a direita, na foto acima, tirada há mais de 50 anos em Uberlândia (MG).

I Love You– People:

David Crosby surpreende com novo CD e um documentário

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Por Fabian Chacur

No incrível frescor de seus 77 anos de idade, David Crosby mostra estar mais produtivo do que nunca. Em outubro, lançou nos EUA o álbum Hear If You Listen, trabalho colaborativo ao lado dos músicos Michael League, Becca Stevens e Michelle Willis, seu quarto álbum em cinco anos. De quebra, será exibido pela primeira vez em janeiro de 2019, no festival de cinema Sundance, realizado anualmente em Park City, Utah (EUA), o documentário David Crosby: Remember My Name. Ufa!

Com direção a cargo do oscarizado diretor e jornalista Cameron Crowe (Quase Famosos, Jerry Maguire a Grande Virada), David Crosby: Remember My Name dá uma geral na incrível trajetória do lendário cantor, compositor e músico americano. Em entrevista à ABC Radio (EUA), ele comentou sobre o filme:

“Cameron me conhece muito bem, e é um ótimo entrevistador e um cara muito esperto. Ele me fez perguntas bem difíceis que eu respondi o mais honestamente que eu humanamente pude”. Ao contrário de outras atrações do gênero, Crosby garante que seu documentário tem poucas aparições de músicos e amigos famosos, com uma exceção: Roger McGuinn, seu parceiro nos Byrds, primeira banda de sucesso da qual fez parte, na década de 1960.

Inédito no Brasil, assim como os três álbuns anteriores (leia mais sobre esses trabalhos aqui), Hear If You Listen reúne Crosby com três músicos que marcaram presença nesses recentes CDs, mas que desta vez apareceram de forma mais efetiva, como se fossem uma banda. Eles atualmente fazem alguns shows pelos EUA, divulgando o álbum.

Ouça 1974, do CD Here If You Listen:

The Doors tem edição deluxe do CD Waiting For The Sun

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Por Fabian Chacur

Lançado originalmente há 50 anos, Waiting For The Sun é o terceiro álbum dos Doors, e marca a primeira vez em que o quarteto americano atingiu o posto máximo da parada americana de álbuns. Como forma de celebrar a efeméride, a Rhino/Warner está lançando no exterior uma deluxe edition incluindo um LP de vinil de 180 gramas e dois CDs que no Brasil só poderão ser conferidos nas plataformas digitais.

O pacote nos oferece uma versão remasterizada do álbum original, inéditas versões brutas das faixas do álbum e gravações ao vivo de show realizado em Copenhague, Dinamarca, em 17 de setembro de 1968. O trabalho foi realizado e supervisionado pelo produtor e engenheiro de som Bruce Botnick, que se incumbiu dessas tarefas na versão original. Ele explica, em texto promocional, a importância das rough mixes (versões brutas), que ele encontrou em seus arquivos:

“eu prefiro algumas dessas rough mixes para as finais, pois elas representam todos os elementos e vocais de fundo adicionais, diferentes sensibilidades sobre os equilíbrios e algumas irregularidades intangíveis, que são bastante atraentes e revigorantes”.

Waiting For The Sun, o álbum, marcou o auge da popularidade do grupo de Jim Morrison e Ray Manzarek em termos comerciais, impulsionada por Hello I Love You, que atingiu o primeiro lugar na parada. Spanish Caravan, The Unknown Soldier e Five To One são outros momentos que se eternizaram nas mentes dos fãs de todo o mundo. Não figura entre os meus favoritos da banda, mas é dos mais respeitáveis.

Conheça as faixas incluídas na deluxe edition:

Disc One (CD):

1.Hello, I Love You
2.Love Street
3.Not To Touch The Earth
4.Summer’s Almost Gone
5.Wintertime Love
6.The Unknown Soldier
7.Spanish Caravan
8.My Wild Love
9.We Could Be So Good Together
10.Yes, The River Knows
11.Five To One

Disc Two (Todas as faixas são inéditas)

Rough Mixes
1.Hello, I Love You
2.Summer’s Almost Gone
3.Yes, The River Knows
4.Spanish Caravan
5.Love Street
6.Wintertime Love
7.Not To Touch The Earth
8.Five To One
9.My Wild Love

Live In Copenhagen
10.The WASP (Texas Radio And The Big Beat)
11.Hello, I Love You
12.Back Door Man
13.Five To One
14.The Unknown Soldier

180g LP (Remastered Original Stereo Mix)

Lado 1
1.Hello, I Love You
2.Love Street
3.Not To Touch The Earth
4.Summer’s Almost Gone
5.Wintertime Love
6.The Unknown Soldier

Lado 2
1.Spanish Caravan
2.My Wild Love
3.We Could Be So Good Together
4. Yes, The River Knows
5.Five To One

Hello I Love You– The Doors:

The Monkees lançarão seu 1º álbum de natal em outubro

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Por Fabian Chacur

Para quem curtiu o ótimo Good Times! (2016), que marcou o retorno dos Monkees, uma ótima notícia. O grupo anunciou um novo trabalho, que será lançado em termos mundiais no dia 12 de outubro. Trata-se de Christmas Party, primeiro álbum dos americanos dedicado às festas natalinas, costume tradicional dos artistas de lá. Para nossa tristeza, o lançamento da Rhino/Warner só chegará aos inúmeros fãs brasileiros no formato digital, embora vá ser lançado em CD nos EUA.

A produção ficou novamente a cargo de Adam Schlesinger, do grupo Fountains Of Wayne, e trará duas canções- Silver Bells e Kalikimaka – com vocais do saudoso Davy Jones (1945-2012), extraídos de gravações antigas e com novo instrumental adicionado. Os outros três integrantes, Micky Dolenz, Michael Nesmith e Peter Tork, marcam presença.

O set list do álbum, composto por 13 faixas, se divide entre canções inéditas e clássicos natalinos. Na segunda categoria se incluem Wonderfull Christmastime (1979), de Paul McCartney, e I Wish It Could Be Christmas Every Day (1973), do grupo Wizzard.

As inéditas trazem assinaturas nobres. Peter Buck, ex-guitarrista do R.E.M., é o coautor da faixa que dá nome ao álbum (em parceria com Scott McCaughey, do grupo The Minus 5), além de toca nessa canção e em Jesus Christ (do grupo Big Star). What Would Santa Do é de Rivers Cuomo (Weezer), enquanto Unwrap You At Christmas tem como autor Andy Partridge, do extinto grupo britânico XTC.

Eis as músicas do álbum Christmas Party:

1.“Unwrap You At Christmas”
2.“What Would Santa Do”
3.“Mele Kalikimaka”
4.“House Of Broken Gingerbread”
5.“The Christmas Song”
6.“Christmas Party”
7.“Jesus Christ”
8.“I Wish It Could Be Christmas Every Day”
9.“Silver Bells”
10.“Wonderful Christmastime”
11. “Snowfall”
12.“Angels We Have Heard On High”
13.“Merry Christmas, Baby”

Christmas Medley 1986– The Monkees:

The Who tem álbum duplo ao vivo lançado no Brasil em CD

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Por Fabian Chacur

Excelente notícia para os fãs do melhor classic rock e também do formato físico musical. A Universal Music acaba de lançar no Brasil, no formato CD duplo e também nas plataformas digitais, o álbum Live At The Fillmore East 1968, do The Who, que no exterior possui uma terceira versão, a de LP de vinil triplo. Este trabalho nunca havia saído pela via oficial anteriormente.

Esse flagra da formação clássica da célebre banda britânica ocorreu no histórico Fillmore East, situado em Nova York, mais precisamente no Lower East Side de Manhattan. Dois shows foram realizados naquele final de semana, mas só o do dia 6 de abril de 1968, o segundo deles, teve registro na íntegra. A restauração de áudio e mixagem ficou a cargo do hoje renomado engenheiro de som Bob Pridden, que na época era um dos roadies do quarteto inglês.

O repertório de 14 faixas traz músicas dos álbuns lançados pelo The Who até então (o mais recente era The Who Sell Out, de dezembro de 1967) com alguns covers bem bacanas, como C’mon Everybody (Eddie Cochran) e Fortune Teller (Allen Toussaint). A versão longa de My Generation, que a partir dali se tornaria um cavalo de batalha clássico do grupo, também merece destaque, e encerra o álbum.

TRACKLIST- Live At Fillmore East 1968:

Disco 1

1. Summertime Blues

2. Fortune Teller

3. Tattoo

4. Little Billy

5. I Can’t Explain

6. Happy Jack

7. Relax

8. I’m A Boy

9. A Quick One

10. My Way

11. C’mon Everybody

12. Shakin’ All Over

13. Boris The Spider

Disco 2

1. My Generation

My Way/C’mon Everybody– The Who:

David Crosby e seu Sky Trails, mais um desses CDs incríveis

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Por Fabian Chacur

David Crosby é um dos grandes gênios do nosso amado rock. Não satisfeito em ter integrado algumas das mais importantes bandas de todos os tempos, The Byrds e Crosby, Stills & Nash/Crosby, Stills, Nash & Young, o cara ainda possui uma carreira solo das mais elogiáveis, e que anda bem produtiva nos últimos anos. Seu mais recente CD é o maravilhoso Sky Trails, que saiu cerca de um ano após outra maravilha, Lighthouse (2016- leia a resenha aqui).

Em sua trajetória musical, este brilhante cantor, compositor e músico americano que caminha para completar 77 anos de idade conseguiu criar uma sonoridade própria que mistura com desenvoltura rock, folk, country e jazz. Sabe harmonizar vozes como ninguém, tem uma voz belíssima, compõe com assinatura inconfundível e toca muito bem guitarra e, principalmente, violão.

Sky Trails guarda boas semelhanças com o trabalho da banda CPR, e não é para menos. O braço direito de Crosby durante todo o álbum é exatamente um de seus parceiros naquele trio, o filho tecladista e compositor James Raymond, sendo que em uma faixa, o incisivo rock midtempo Sell Me a Diamond, o terceiro integrante da banda, o guitarrista Jeff Pevar, marca presença com seus solos intensos.

O CPR lançou dois discos de estúdio e dois ao vivo entre 1998 e 2001, e nos oferecia uma mescla de jazz-rock e folk envolvente. E esse é basicamente o clima deste trabalho. A abertura fica por conta de uma composição solo de Raymond, a deliciosa e delicadamente funkeada She’s Got To Be Somewhere, com um jeitão de Steely Dan e muito swing.

Sky Trails, a faixa que dá nome ao disco, é uma parceria de Crosby com a talentosa cantora, compositora e guitarrista americana Bekka Stevens, dobradinha que já havia rendido uma faixa antes, no álbum Lighthouse, a incrível By The Light Of Common Day. A nova colaboração nos mostra o belo encaixa das vozes dos dois, em uma melodia delicada e de rara beleza, capaz de cativar o ouvinte logo nos seus primeiros segundos.

Parceria de Crosby com Michael McDonald (ex-Doobie Brothers, que não participou da gravação), Before Tomorow Falls On Love é uma bonita balada com piano em destaque no acompanhamento. Here It’s Almost Sunset aposta em clima mais acústico. Capitol investe em jazz rock, em um momento um pouco mais swingado.

De autoria de Joni Mitchell e lançada originalmente no álbum da estrela canadense Hejira (1976), Amelia mereceu uma releitura próxima do registro da autora, e não foi escolhida por acaso, pois sua letra segue a linha das viagens internas e externas propostas a rigor em todas as faixas do álbum, como as delicadas Somebody Home e Curved Air.

Uma marca registrada do CD é a participação destacada dos sopros em vários momentos, comandados pelo experiente Steve Tavaglione. Mais uma vez Crosby se concentra nos vocais, tocando seu violão endiabrado apenas na bela Home Free, que encerra o álbum. Sky Trails transmite paz de espírito, boas energias e muita emoção ao ouvinte, mostrando que, sim, a vida pode seguir em frente e nos surpreender positivamente. David Crosby é a prova concreta disso.

Sky Trails- David Crosby (ouça em streaming):

The Beatles in India: filme vai ser lançado ainda este ano

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Por Fabian Chacur

Em fevereiro de 1968, os Beatles viajaram para Rishikesh, na Índia, com o intuito de estudar meditação transcendental com o guru local Maharishi Mahesh Yogi, que eles haviam conhecido em uma viagem do indiano pela Inglaterra no ano anterior. Essa curiosa passagem da trajetória da banda britânica é o tema do documentário The Beatles in India, que segundo informações da revista britânica Uncut, deve ser lançada mundialmente por volta de outubro.

Paul Saltzman é um fotógrafo e cineasta canadense que tinha 23 anos quando teve a oportunidade de conhecer os Beatles na Índia, por absoluta coincidência. Convidado a conviver com eles naquela experiência, fez fotos e filmagens que registaram aquele momento de redescoberta do quarteto britânico. Seu documentário dá uma geral na viagem, e mostra os registros e também as músicas que, compostas lá, acabariam integrando o célebre Álbum Branco (cujo título de fato é simplesmente The Beatles), lançado naquele mesmo 1968.

Com mais de 300 filmes no currículo, entre documentários e dramas, Paul Saltzman tem em seu currículo o badalado Prom Night In Mississipi (2008), e também integra projetos humanitários. Uma exposição permanente de suas fotos dos Beatles na Índia tem como local um espaço no John Lennon Airport, em Liverpool, Inglaterra. Ele lançou dois livros com reproduções de suas célebres fotos, The Beatles in Rishikesh (2000) e The Beatles in India (2006), este último em edição limitada.

Dear Prudence (c/cenas do grupo na Índia)- The Beatles:

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