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Ave Sangria lança novo álbum com show em Santo André (SP)

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Por Fabian Chacur

O grupo pernambucano Ave Sangria voltou à tona em 2014, após décadas longe de cena. Impulsionado pelo renovado interesse por seu álbum de estreia, autointitulado e lançado em 1974, apreciado no mundo todo graças ao poder da internet, os caras agora lançam um novo trabalho, Vendavais, com onze canções compostas entre 1969 e 1974 e gravadas agora. Eles tocam em Santo André (SP) no dia 4 de outubro (sexta-feira) às 21h no Sesc Santo André (rua Tamarutaca, nº 302- Vila Guiomar- fone 0xx11-4469-1200), com ingressos custando de R$ 9,00 a R$ 30,00.

A atual formação do Ave Sangria traz três integrantes do time original. São eles Marco Polo (vocal), Almir de Oliveira (guitarra base, violão e vocal) e Paulo Rafael (guitarra solo e viola, conhecido por atuar há muito com Alceu Valença), hoje acompanhados por Juliano Holanda (baixo e backing vocal), Gilu Amaral (percussões) e Júnior do Jarro (bateria e backing vocal).

Além das faixas do novo disco, eles também tocarão algumas do primeiro, entre elas O Pirata, Dois Navegantes e Hey Man, todas exemplos de sua bela mistura de rock psicodélico com os ritmos nordestinos. O show integra o evento Primavera Psicodélica, que também traz no elenco bandas seminais como Casa das Máquinas, O Terço, Som Nosso de Cada Dia e Violeta de Outono.

Leia mais sobre o Ave Sangria aqui.

Ouça Vendavais em streaming:

Made in Brazil celebra no palco os 70 anos de Celso Kim Vecchione

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Por Fabian Chacur

Celso Kim Vecchione entra para o hall dos setentões esta semana. Como forma de celebrar essa significativa efeméride, ainda melhor pelo fato de o guitarrista se manter firme e forte na ativa, o grupo que ele fundou há 52 anos com o irmão Oswaldo Rock Vecchione, o Made in Brazil fará um show nesta sexta (26) às 21h no Teatro UMC (Avenida Imperatriz Leopoldina, nº 550- Vila Leopoldina- fone 0xx11-2574-7749), com ingressos custando R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira). Uma verdadeira celebração ao rock and roll brasileiro, com direito a muitos convidados e muita música boa.

No palco, teremos a atual formação do grupo paulistano surgido no roqueiro bairro da Pompeia, que traz Oswaldo Rock Vecchione (vocal, baixo, gaita e guitarra), Celso Kim Vecchione (guitarra e baixo), Rick “Monstrinho” Vecchione (bateria), Guilherme “Ziggy” Mendonça (guitarra e violão), Solange A. Blessa “Sol” – (vocais de fundo), Octavio “Bangla” Lopes (sax) e os convidados Ivani Venancio (vocal) e Wanderley “Wander” Mafra (teclados).

Como se esse time entrosado e poderoso já não fosse suficiente, também vão rolar as participações especiais de amigos e ex-integrantes do grupo, entre os quais estarão Tony Babalu (guitarra), Dimas Zanelli (bateria), Wanderley Issa (teclados), Theo Werneck (violão), Daniel Gerber (guitarra), Paulão de Carvalho (Vocal), Caio Flavio (vocal), Kim Kehl (guitarra) e Paula Mota (vocal).

No repertório do show, estão escalados clássicos da banda, entre os quais Anjo da Guarda, Paulicéia Desvairada, Minha Vida é Rock ‘n’ Roll, Jack o Estripador, Os Bons Tempos Voltaram, Uma Banda Made in Brazil,Gasolina e Vou te virar de ponta cabeça. São faixas perenes do rock brasileiro, de uma banda que já teve em torno de 117 integrantes em sua extensa carreira, com direito a álbuns marcantes como Jack o Estripador (1975) e Pauliceia Desvairada (1978), e fãs do alto calibre do saudoso crítico musical e produtor Ezequiel Neves.

No momento, a banda turbinada dos irmãos Vecchione faz uma turnê comemorativa dos 50 anos de carreira, na qual aproveita para divulgar um novo lançamento, Rock Festa, disponível nos formatos CD duplo e DVD triplo. Pelo andar da carruagem, felizmente virão ainda muitas novidades boas dessa banda que fez do nosso velho e bom rock and roll a sua vida. Oh, yeah!

Veja show do Made in Brazil em 2017, em streamning:

Paêbiru, raridade de Zé Ramalho e Lula Côrtes, é relançado em LP

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Por Fabian Chacur

Considerado um dos discos mais raros e mais procurados pelos colecionadores de rock do Brasil e do mundo, o álbum duplo Paêbiru, de Zé Ramalho e Lula Côrtes, está sendo reeditado pela Polysom, em parceria com a gravadora responsável pelo lançamento original, a pernambucana Rozenblit. O esquema é na base do vinil de 180 gramas, sendo que a remasterização ocorreu a partir dos tapes originais pelas mãos do mesmo Helio Rozenblit que cuidou disso na versão original deste trabalho.

Gravado entre outubro e dezembro de 1974 e lançado em 1975, Paêbiru reúne dois grandes artistas então ainda desconhecidos do grande público, o cantor, compositor e músico paraibano Zé Ramalho e o saudoso cantor, compositor e músico pernambucano Lula Côrtes (1949-2011). Eles contam com as participações de outros músicos que também se tornariam célebres, entre eles Alceu Valença, Zé da Flauta e Paulo Rafael. O disco é dividido em quatro lados temáticos, dedicados ao ar, terra, fogo e água, com uma mistura criativa e viajante de rock e ritmos nordestinos, em clima de psicodelia pura.

A tiragem inicial do álbum duplo era de 1.300 exemplares, mas em torno de mil deles foram inutilizados devido à uma enchente do rio Capiberibe, em Recife (PE), que ficava ao lado da fábrica da Rozenblit. Sobraram por volta de 300, que passaram com o decorrer dos anos a serem disputados a tapa nos sebos do planeta rock. O trabalho teve reedição em CD no exterior.

Ouça Paêbiru em streaming:

Erasmo Carlos nos conta os seus deliciosos “causos” em livro

Por Fabian Chacur

Erasmo Carlos fará 70 anos no próximo dia 5 de junho. Às vésperas dessa data histórica, enfim li Minha Fama de Mau, sua tentativa de autobiografia.

Não, não pensem que eu vou jogar um caminhão de melancias na cabeça do eterno Tremendão, parceiro de fé, camarada de Roberto Carlos, mestre do rock, do samba rock, do romantismo pop etc etc etc. Nada disso.

É que o cantor, compositor e músico carioca nos oferece é na verdade uma seleção imperdível, deliciosa e hilariante na maior parte (e emocionante em outras) de “causos”, ou seja, memórias da longa e produtiva estrada percorrida por ele nesses anos todos.

Em suas mais de 350 páginas, o livro inclui momentos curiosos da vida profissional, pessoal e sexual do cidadão, com direito até a minuciosos detalhes da relação do autor de Coqueiro Verde com o seu Mr. Dick (prefiro não escrever pinto; ôpa, escrevi!).

Histórias sobre algumas das maravilhosas parcerias dele com o Rei Roberto Carlos, lembranças de shows (incluindo o célebre incidente com os “metaleiros” no Rock in Rio de 1985) e a convivência com família e amigos povoam as páginas de Minha Fama de Mau.

O texto é leve, bom de se ler e dividido em capítulos pequenos sempre contendo histórias que se fecham em si próprias, embora no fim das contas todas elas estejam entreligadas.

Lógico que quem gostaria de ler um relato mais focado na carreira, discos e composições de Erasmo ficará um pouco frustrado. O livro também não inclui o que seria uma benvinda discografia.

Mas quem disse que um livro com esse perfil de biografia mais clássica não poderá surgir no futuro? E um certamente não se sobreporá ao outro, podendo, isso sim, complementá-lo.

Ouça a monumental Coqueiro Verde:

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