Paulo Miklos lançou o seu primeiro álbum solo, autointitulado, em 1994. Desde então, alternou sua participação nos Titãs com alguns trabalhos individuais, até que em 2016 saiu da banda para se dedicar aos seus projetos na música e também como ator e em outras mídias. Enquanto se prepara para uma turnê de retorno provisório com os Titãs, ele lança seu 4º álbum, Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém, com shows nesta quarta (15), às 20h e 22h30, no Blue Note São Paulo (saiba mais aqui).
O novo álbum traz 12 músicas de sua autoria concebidas durante a pandemia e com um tempero romântico que marca sua incursão individual no mundo da música. O show trará várias das novas canções entremeadas por outras de seus trabalhos solo anteriores e algumas dos Titãs.
Nestes dois shows, Paulo Miklos se incumbirá de voz, guitarra e direção artística, tendo a seu lado uma banda composta por Michele Cordeiro (guitarra), Michele Abu (bateria) e Otavio Carvalho (baixo).
Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém (clipe)- Paulo Miklos:
Em 2006, Nasi gravou Onde Os Anjos Não Ousam Pisar, faixa que deu título ao álbum solo que ele lançou naquele mesmo ano. A composição até então inédita é do saudoso Zé Rodrix (1947-2009), em parceria com Etel Frota. Agora, chega a vez de o cantor do Ira! resgatar mais uma canção inédita destes mesmos autores. Trata-se de Coração Traidor, disponibilizada nas principais plataformas digitais através da Ditto Music.
Com produção a cargo de um colaborador constante do cantor, o músico Johnny Chaves, Coração Traidor é deliciosa, e tem uma certa semelhança com When The Saints Go Marching In, tradicional standard da música norte-americana. Mais um bom lançamento de Nasi, que divulgou recentemente músicas com sua banda paralela, Nasi & The Spoilers (leia mais aqui).
Como forma de celebrar os 35 anos de lançamento de um dos melhores álbuns da história do rock brasileiro, o impactante e ainda atual Pânico em SP, dos Inocentes, a gravadora Warner Music Brasil acaba de disponibilizar nas plataformas digitais e também em uma bela versão em CD no formato digipack uma edição especial para celebrar essa efeméride. Além das seis faixas contidas no lançamento original, temos como bônus versões ao vivo de Rotina e Expresso Oriente.
Grande expoente do punk rock brazuca ao lado do Cólera, o grupo fundado e liderado pelo genial Clemente já estava há cinco anos na estrada quando recebeu o convite da Warner para gravar este álbum. Ele foi concebido em um formato que estava em voga na época, o chamado “mini LP”, que trazia seis faixas e deveria ser vendido a preço um pouco mais acessível do que um LP convencional (o que, vale o registro, raramente ocorria). É o mesmo formato que gerou outro clássico do nosso rock, o também seminal O Concreto Já Rachou, da Plebe Rude.
Com produção de Branco Mello (Titãs) e Pena Schmidt, o álbum é dinamite pura, com direito a canções agressivas e extremamente bem construídas, nas quais Clemente nos apresenta letras que retratavam o dia a dia dos jovens da periferia, a opressão política no Brasil e exterior e também o desejo da garotada por diversão. Todas as faixas são clássicas, a partir de Pânico em SP, que já havia sido gravada no álbum independente Grito Suburbano (1982), que a banda dividiu com os grupos Cólera e Olho Seco.
Rotina, Ele Disse Não, Não Acordem a Cidade, Salvem El Salvador, Expresso Oriente e Pânico em SP são registros marcantes de uma época de ouro do rock brasileiro, clássicos imortais que servem como um bofetão na cara daqueles que insistem em dizer que o português não é uma boa língua para esse tipo de música. Se você tiver um letrista com o calibre do Clementão, é, sim, e como é!
O Biquini Cavadão lança nesta sexta (9) um novo single nas plataformas digitais. Trata-se de Nada é Para Sempre, canção escrita pela banda em parceria com Marcelo Hayena, cantor do grupo Uns e Outros. Esta é a primeira faixa a ser divulgada de seu novo álbum, Através dos Tempos, cujas outras faixas serão divulgadas aos poucos, nos próximos meses. A produção ficou a cargo de Paul Ralphes, que já havia trabalhado com o quarteto nos álbuns Biquini.com.br (1998) e Escuta Aqui (2000).
Nada é Para Sempre é um pop rock melódico e energético e tem um tom positivo. Em press release enviado à imprensa, o vocalista Bruno Gouveia, que integra a banda ao lado de Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclados) e Álvaro Birita (bateria) dá uma geral sobre as intenções em torno do álbum:
“Quando sugeri que gravássemos um novo disco de inéditas, falei muito com a banda de fazermos um trabalho com alto astral. E Nada é Para Sempre é isto: um aviso de que, apesar de tudo, seguiremos em frente e superaremos tudo que estamos vivendo agora. A letra de Marcelo Hayena, cantor do Uns e Outros, me foi apresentada por telefone. Somos amigos há muitos anos e já compusemos juntos outras vezes para os discos deles, mas esta é a primeira vez que a recíproca ocorre”.
Lançada em 1987 como faixa do álbum Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, Comida (Arnaldo Antunes-Sergio Britto-Marcelo Fromer) é um dos maiores hits dos Titãs, e uma de suas composições mais emblemáticas. Neste ano, ela mereceu duas novas versões com a participação da banda, uma ao lado de Elza Soares (veja o clipe aqui) e, agora, uma que une o agora trio à Orquestra e Coral Anelo, de Campinas (SP), em projeto patrocinado pela Unimed Campinas.
Há 20 anos oferecendo aulas gratuitas de música na periferia de Campinas (SP), o Instituto Anelo possui atualmente uma orquestra, regida por Guilherme Ribeiro e um coral. Os mais de 40 integrantes dessas duas formações participaram da regravação de Comida e também do clipe, cujas imagens foram captadas de forma remota. A edição de imagens ficou a cargo de Julia Mazzotti Toledo, pianista e produtora, enquanto a mixagem de som teve como realizador o trumpetista Henrique Manchuria, ambos integrantes da orquestra.
“Eu nunca imaginei que a música fosse permanecer durante tanto tempo. Aliás, eu nunca imaginei que a gente fosse permanecer tanto tempo como banda e que as nossas canções fossem resistir ao tempo, não só essa como outras. É sempre uma surpresa agradável ver que o que você fez na juventude segue relevante, ainda faz sentido para muitas pessoas e é um recado pertinente”, diz Britto, um dos autores da canção.
A parceria entre os Titãs e o Instituto Anelo já rendeu outros frutos à entidade, como a doação por parte dos roqueiros de instrumentos e equipamentos musicais e também a cessão dos direitos da versão remix da música Epitáfio feita por eles em parceria com o DJ Alok.
Com o cenário de shows e festivais paralisado por causa da pandemia do novo coronavírus, os artistas estão investindo em novas formas de manter contato com seus fãs. As lives são uma delas. Outra atividade que tem se tornando frequente é a exibição, em redes sociais, de material inédito ou raro. O Biquini Cavadão se encaixa na segunda opção. O grupo carioca com 35 anos de estrada apresentará nesta quinta (9), a partir das 20h, em seu canal no Youtube (nesse link aqui) o show Ilustre Guerreiro ao Vivo.
Gravado ao vivo em 1º de dezembro de 2018 no Teatro Bradesco em São Paulo, o show flagra o início da turnê de divulgação do álbum Ilustre Guerreiro, no qual a banda carioca releu de forma personalizada oito composições de seu padrinho musical, Herbert Vianna. A tour invadiu 2019 e os levou a mais de 80 cidades pelo Brasil afora, além de duas performances nos EUA.
O show traz as músicas do álbum entremeadas com sucessos da banda como Zé Ninguém, Vento Ventania e Tédio. Em cena, Bruno Gouveia (vocal), Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclados) e Álvaro Birita (bateria) contam com o apoio de Marcelo Magal (baixo) e Walmer Carvalho (sax e flauta). Esta apresentação já foi exibida pelo canal a cabo Music Box Brasil.
Vale registrar que já está disponível nas plataformas digitais a versão em áudio do show, que tem como acréscimo mais três composições de Herbert Vianna em versões de estúdio- Fui Eu, Caleidoscópio e Quase Um Segundo.Na apresentação do show nesta quinta (9), serão entremeadas mensagens dos integrantes do grupo gravadas em suas casas durante o isolamento social.
Além de guitarrista há 35 anos do Biquini Cavadão, Carlos Coelho também é cantor, compositor, produtor e diretor de clipes, tendo também trabalhado com jingles e trilhas para filmes, TV e teatro. Ele acaba de lançar um clipe solo, We’ll Roll On, no qual canta, toca guitarra e baixo e de quebra se incumbe da produção e criação. As cenas são todas de animação, com direção de arte e motion design assinadas por Fabio Holtz e ilustrações muito legais de Otávio Bittencourt. O resultado é bastante elogiável.
We’ll Roll On foi composta em 2011 por Coelho em parceria com o neozelandês radicado nos EUA Simon Spire, que tem em seu currículo musical os álbuns All Or Nothing (2008) e Four-Letter Words (2012). Esta canção já havia sido gravada em 2014 pelo Biquini Cavadão em versão ao vivo e em português intitulada Vou Deixar Tudo Pra Traz (ouça aqui), do DVD Me Leve Sem Destino.
Coelho é acompanhado nesta gravação por Diogo Macedo (bateria) e Tay Cristelo (backing vocals), e dá à sua versão da música um clima mais de rock alternativo, sem no entanto perder a energia da gravação em português feita por sua banda. Ele tem mais de 250 composições gravadas pela sua banda e por outros artistas, além de ter participado de CDs e DVDs de Leila Pinheiro, Cidade Negra, Jammil e Uma Noites, Vinny e Buchecha, entre outros.
Quase todo grupo musical de grande sucesso tem em sua história algum ex-integrante que saiu do time bem na hora em que as coisas começaram a dar certo. Essa situação pode ser rotulada como “síndrome de Pete Best”, o célebre baterista que foi mandado embora dos Beatles logo quando eles iriam gravar o seu primeiro single, em 1962. Guardadas as devidas proporções, esse foi o papel exercido por Ciro Pessoa nos Titãs. O cantor, compositor e musico paulistano nos deixou na madrugada desta terça-feira (5), possivelmente vítima da Covid-19.
Nascido em 12 de junho de 1957, Ciro integrou a formação original dos Titãs em 1981, e se manteve no grupo até 1983, quando resolveu sair para se dedicar a outros projetos. Ele, no entanto, teve músicas com sua coautoria gravadas pela banda, os hits Sonífera Ilha, Babi Indio, Toda Cor, Dona Nenê e Homem Primata, além de Sonho Com Você, que lhe renderam direitos autorais.
Ciro voltou à tona em 1987 com uma banda que ele tocava paralelamente aos Titãs, a Cabine C, que lançou seu primeiro e único disco naquele mesmo ano. O LP tem como título Fósforos de Oxford, e foi o único lançado pelo selo RPM Discos, montado pela banda de Paulo Ricardo. Com pouca divulgação e distribuição, o disco passou meio batido.
Com uma sonoridade inspirada no pós-punk de bandas como The Cure, o disco não teve uma recepção muito favorável por parte da imprensa. O crítico Marcelo Orosco Velehov fez uma resenha ácida, com direito a uma frase que dizia mais ou menos isso: “a voz monocórdia de Ciro fez com que músicas já bastante parecidas entre si soassem como a mesma”.
Posteriormente, Pessoa investiu em outros projetos, incluindo trabalhos solo como No Meio da Rua Eu Grito Help (2003), e também teve músicas gravadas pelo Ira!, além de publicar nas redes sociais opiniões políticas polêmicas, incluindo elogios a um certo Olavo de Carvalho.
obs.: valeu pelo toque em relação ao fato de o Cabine C já estar na ativa quando Ciro Pessoa ainda estava nos Titãs, meu caro Raphael Rodrigues! Correção devidamente feita!
Há quase três anos, mais precisamente no dia 19 de maio de 2017, o grande Kid Vinil nos deixou (leia mais sobre ele aqui). Na época, ele preparava um retorno da banda que o tornou famoso nacionalmente, a Magazine. Abalados pela perda, os outros integrantes ficaram sem ação durante um bom tempo. Agora, como forma de dar prosseguimento ao legado do grupo, eles anunciam o seu retorno, marcada pelo lançamento de um novo single.
A nova música intitula-se Bafo de Jiboia, e segue a linha irreverente e sacudida que marcou a sua fase áurea, na década de 1980. O autor é o novo vocalista, Marcelo Papini, que tem no currículo os grupos Bombom (do hit Vamos a La Playa, versão em português do sucesso mundial do grupo espanhol Righeira em 1983) e Vexame (da cantora e atriz Marisa Orth).
Marcelo se une a Duca Belintani (guitarra e produção musical), Lu Stopa (baixo) e Trinkão (bateria). A faixa faz parte de um EP que a nova encarnação do Magazine promete lançar futuramente.
Vale lembrar que este é o segundo lançamento creditado à banda que não inclui Kid Vinil. O primeiro ocorreu em 1987, quando o saudoso roqueiro saiu do time e foi substituído por Pedrinho, um single lançado pela gravadora Continental com as faixas Pegue Seu Nariz e Nellie O Elefante (versão de Nellie The Elephant, do grupo Toy Dolls). E Duca Belintani é o autor (em parceria com Ricardo Gozzi) da biografia de Kid Vinil, Kid Vinil Um Herói do Brasil (2015).
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