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Massonettos lança seu álbum de estreia com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Massonettos é ao mesmo tempo um duo iniciante, com pouco mais de um ano de existência, e veterano, pela experiência dos seus integrantes. Ricardo Massonetto (vocal, violão, bandolim, gaita, kazoo e percussão) integra há 13 anos a banda Doutor Jupter, uma das melhores do folk-rock brasileiro (leia mais sobre eles aqui), enquanto sua esposa Mariana Massonetto (vocal, percussão e efeitos sonoros) é sua parceira em inúmeras composições gravadas pelo grupo.

A dupla lançará seu autointitulado disco de estreia, disponível em CD e nas plataformas digitais, com show em São Paulo nesta sexta (11) às 21h no Teatro Bruta Flor (rua Augusta, nº 912- Cerqueira Cesar), com ingressos a R$ 15,00 (antecipado) e R$ 30,00 (no dia, saiba mais aqui).

Com uma sonoridade centrada no acústico mas com tempero elétrico proporcionado pelo integrante honorário do time, Brenno Rubem (guitarra, banjo e vocais), o duo investe em vocalizações deliciosas (com direito a intervenções solo também) e canções delicadas que no entanto volta e meia esbarram em temas pesados do difícil dia-a-dia desse país maluco chamado Brasil. O casal com quase 18 anos de vida conjunta agora também vai aos palcos graças ao desabrochar de Mariana nessa tarefa.

O repertório de Massonettos (o álbum) conta com dez canções autorais, sendo oito inéditas e duas gravadas anteriormente pelo Doutor Jupter e agora relidas à moda da dupla. O disco conta com participações especiais pontuais e bacanas, entre as quais a do consagrado Sizão Machado (contrabaixo) e de Brenno Rubem.

No show, além de todas as músicas do álbum de estreia, a dupla também promete algumas releituras de material alheio, entre as quais Sobradinho (Sá & Guarabyra, com direito a algumas atualizações na letra) e Balada do Louco (Mutantes). Boa chance de se ouvir, ao vivo, um dos melhores lançamentos de 2019 da música brasileira, especialmente no setor folk-country.

Milésima Vez (clipe)- Massonettos:

Tuia e Ricardo Vignini fazem show no Teatro J. Safra (SP)

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Por Fabian Chacur

Dois grandes amigos e dois grandes divulgadores do chamado rock rural. São eles Tuia Lencioni e Ricardo Vignini, colegas de geração que há mais de 20 anos investem em carreiras musicais ricas e repletas de bons momentos. Após participarem recentemente do excelente CD Nós do Rock Rural- Encontro de Gerações (leia a resenha aqui) ao lado de Zé Geraldo, Guarabyra e Tavito, eles fazem um show em dupla em São Paulo neste domingo (5) às 11h30 no Teatro J. Safra (rua Josef Kryss, nº 318- Barra Funda- fone 0xx11-3611-3042), com ingressos a R$ 5,00 (meia) e R$ 10,00 (inteira).

Além de Tuia (voz e violão) e Vignini (viola e violão), o show, intitulado 2 do Rock Rural, trará também os músicos Felipe Rosa (violão, bandolim e vocais) e Wanderley Jr. (teclados e violão). O repertório inclui composições próprias como Flor, Encontro e Colisão e Capuxeto e clássicos do rock rural como Senhorita (Zé Geraldo) e Espanhola (Sá & Guarabyra), só para citar dois deles. Um show para curtir, cantar junto e sair com a alma lavada.

Cantor qualificado e compositor inspirado, além de ótimo violonista, Tuia integrou o grupo Dotô Jeka e há um bom tempo investe em frutífera carreira solo (leia mais sobre ele aqui). Por sua vez, Ricardo Vignini é um ás das violas. Sim, no plural, pois ele toca várias versões desse instrumento musical, sempre com destreza e habilidade. Além da carreira solo, também integra o duo Moda de Rock e o grupo Matuto Moderno (leia mais sobre ele aqui).

Encontro e Colisão (ao vivo)- Tuia e Ricardo Vignini:

Nós do Rock Rural é a celebração a uma musicalidade belíssima

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Por Fabian Chacur

No início dos anos 1970, surgiu no Brasil uma nova sonoridade, misturando de forma sensível e criativa folk, country, rock, música caipira-rural e MPB, que passou a ser definida como rock rural. Dessa seara sonora, saíram nomes que se eternizaram na história da nossa música, e cujas obras prosseguem sendo apreciadas e inspirando novos talentos. É exatamente uma reunião de seminais representantes desse estilo que é flagrada no CD Encontro de Gerações, apropriadamente creditado a um grupo singelamente intitulado Nós do Rock Rural. Um lançamento da gravadora Kuarup que merece a denominação histórico, sem exagero.

Afinal, marcam presença neste álbum, gravado ao vivo no Sesc Vila Mariana (SP) em fevereiro de 2018, representantes seminais do rock rural. Guarabyra, do trio pioneiro Sá, Rodrix & Guarabyra e há 50 anos na estrada; Tavito, que após integrar o mítico grupo Som Imaginário investiu em carreira-solo nessa praia; e os excelentes discípulos Tuia Lencioni, ex-integrante do grupo Dotô Jeka que há quase 20 anos mostra grande talento em carreira individual, e o violeiro Ricardo Vignini, um músico absurdamente bom que além de trajetória individual também investe em projetos como o grupo Matuto Moderno e o duo Moda de Rock.

Se a reunião dos quatro já seria sensacional, a cereja do bolo foi a participação especial de Zé Geraldo, nosso trovador tupiniquim do mais nobre escalão. Não tinha como dar errado, e deu certíssimo. O formato é totalmente acústico, com violões e violas envenenadas (com alguma percussão aqui e ali) dando o tom para vocalizações arrepiantes. São 17 músicas, sendo cinco de Tuia, quatro de Guarabyra, quatro de Guarabyra, duas de Zé Geraldo e duas de Vignini. Todas escolhidas a dedo, e apresentadas de forma quente, despojada e com aquele clima de amigos tocando em volta de uma fogueira, em uma “casa no campo”.

Os artistas variam as formações, indo de momentos individuais a outros com os cinco no palco. Chega a ser covardia ver no set list maravilhas do porte de Senhorita, Casa no Campo, Dona, Rua Ramalhete, Sobradinho e Espanhola, notáveis cavalos de batalha do cancioneiro rock rural brazuca. E que se faça justiça: as músicas de Tuia, especialmente a magnífica Flor, só não viraram megahits em nível nacional porque, infelizmente, as rádios não dão mais os espaços que davam para esse tipo de canção nos anos 1970 e 1980. E temos também duas tour de force de Vignini na viola solo, Capuxeta e Alvorada.

As canções fluem de forma deliciosa, e o alto astral entre os participantes aparece nítido em cada uma delas. Um dos momentos mais bacanas é proporcionado por Tavito, quando erra a introdução de Começo, Meio e Fim, dá a volta por cima, começa tudo de novo e arrepia a todos no melhor estilo voz e violão solo. As vocalizações, o som das cordas, as melodias, temos aqui um verdadeiro banho de sensibilidade, provenientes dessa musicalidade tão bonita.

A parte triste fica por conta de ter sido provavelmente a última gravação de Tavito, que nos deixou há pouco. Mas não poderia sair de cena de forma mais digna. A reunião de amigos intitulada Nós do Rock Rural mostra nesse Encontro de Gerações que o rock rural continua mais vivo do que nunca, e pedindo passagem para amealhar ainda mais fãs por esse mundo afora. Um disco perfeito para espantar os maus fluidos de um tempo tão difícil como o que estamos vivendo atualmente. “Ah, coração, se apronta pra recomeçar…”

Rua Ramalhete (ao vivo)- Nós do Rock Rural:

Zé Geraldo e Francis Rosa vão tocar no Sesc Belenzinho (SP)

Zé Geraldo e Francis Rosa -foto de Guilhermina Pinacolada-400x

Por Fabian Chacur

Zé Geraldo e Francis Rosa se conheceram há aproximadamente quatro anos. A amizade gerou bons frutos, como composições, shows e o DVD Cantos e Versos. E é exatamente este último o gancho para apresentações em São Paulo nesta sexta (9) e sábado (10) às 21h30 na Comedoria do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Oriundo de Joanópolis (SP), Francis Rosa é um violeiro com sete CDs em seu currículo. A combinação do seu instrumento com o som rock-folk-rural de Zé Geraldo dá o tempero para o DV Cantos & Versos, que foi gravado ao vivo no Teatro Municipal de Vinhedo (SP). No repertório, Cidadão, Galho Seco, Como Diria Dylan, Hey Zé e Lírios, entre outras.

Os dois shows terão em cena Zé Geraldo (voz, gaita e violão), Francis Rosa (voz e violas), Jean Trad (guitarra, ex-Aguilar e a Banda Performática), Carlito Rodrigues (baixo), Carneiro Sândalo (bateria, fiel escudeiro de Zé Geraldo) e Juninho Serafranny (violão).

A carreira do cantor, compositor e músico mineiro Zé Geraldo ultrapassa os 40 anos de atividades. No final dos anos 1970 e início dos 1980, emplacou hits como Milho aos Pombos, Cidadão e Como Diria Dylan, mostrando uma personalizada mistura de rock, folk, country e som rural brasileiro. Mesmo sem tanto apoio da mídia, conseguiu cativa um público fiel, que costuma lotar todos os seus shows.

Além de ótimos trabalhos solo repletos de músicas bacanas (entre as quais o ácido rock Como Diria Raulzito), ele fez algumas parcerias marcantes com o Duofel (o álbum Acústico, de 1996) e Renato Teixeira (o CD O Novo Amanhecer, de 2000). Aos 73 anos, continua firme, forte e ativo na cena musical brasileira.

O Jeito Desse Meu Lugar– Francis Rosa e Zé Geraldo:

Matuto Moderno comemora 20 anos de estrada com shows

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Por Fabian Chacur

Nada mais legal do que a miscigenação que marca o Brasil como país, especialmente em termos culturais. Na música, essa liberdade de misturar o tempo todo gerou frutos bem bacanas. O grupo Matuto Moderno exemplifica bem tal tendência, com sua fusão de música rural brasileira com a rebeldia e a energia crua do rock. Eles celebram 20 anos de carreira com shows em São Paulo de quinta a domingo (20 a 23), sempre ás 19h15, na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, nº 111- Centro- fone 0xx11-3321-4400), com entrada gratuita.

O Matuto Moderno tem como integrantes Ricardo Vignini (viola caipira), Zé Helder (viola caipira e vocal), Edson Fontes (vocal e catira), Marcelo Berzotti (baixo e vocal), André Rass (percussão) e Carlinhos Ferreira (percussão). Com cinco CDs lançados, eles provaram que viola caipira, catira e congado podem perfeitamente ser temperados com poderosos riffs roqueiros sem desvirtuar nenhuma dessas vertentes sonoras. O público conquistado, dos maiores, prova o acerto.

Nos shows em São Paulo, o grupo contará com as participações especiais do percussionista Carlinhos Ferreira e de um dos nomes mais criativos da música paulista. Trata-se do cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista André Abujamra, conhecidos por seus trabalhos com os grupos Os Mulheres Negras e Karnak. Ele, inclusive, tem uma música sua, em parceria com Ricardo Vignini, gravada pelo Matuto, a ótima Topada, do CD Matuto Moderno 5 (2013).

No repertório das apresentações, serão incluídas faixas extraídas de todos os álbuns da banda, entre elas Manacá, Curva de Rio, Topada e Ecologia Brasileira, além de algumas de André Abujamra, entre as quais Juvenar e Milho. Também serão realizadas homenagens aos saudosos Índio Cachoeira, Inezita Barroso e Pena Branca.

Curva de Rio (ao vivo)- Matuto Moderno:

Matuto Moderno apresenta a sua fusão em show em Osasco

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Por Fabian Chacur

Se há algo que o músico brasileiro sabe fazer com maestria é misturar ritmos diferentes e encontrar belas soluções sonoras. Se encaixa feito luva nesse caso o grupo Matuto Moderno, que há 18 anos investe em uma fusão de várias tendências da música rural brazuca com o rock universal. Eles se apresentam nesta sexta-feira (7) às 20h no Sesc Osasco-Tenda (avenida Sport Club Corinthians Paulista, nº 1.700- Jardim das Flores- Osasco- fone 0xx11-3184-0900), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Integrado atualmente por Ricardo Vignini (viola capira), Zé Helder (viola caipira e voz), Edson Fontes (voz e catira), André Rass (percussão) e Marcelo Berzotti (baixo e voz), o Matuto Moderno apresenta a sua releitura de ritmos marcantes da cultura rural brasileira como a catira, o pagode caipira e o rastapé com fortes elementos de rock no tempero, criando assim uma sonoridade que contém bastante modernidade, sem no entanto fugir demais das raízes desses estilos.

Com cinco CDs no currículo, sendo o mais recente Matuto Moderno 5 (2013), o grupo paulista já fez inúmeros shows, incluindo a Virada Cultural 2015 e até mesmo um no Canadian Music Week, além de parcerias com músicos como Andreas Kisser, do Sepultura e muito mais. Ricardo Vignini e Zé Helder também possuem o projeto Moda de Rock, com clássicos do rock transpostos para viola caipira, enquanto Edson Fontes integra o grupo Os Favoritos da Catira.

Viola Cósmica– Matuto Moderno:

Clipe reúne Tuia e Zé Geraldo na contagiante Ainda a Mosca

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Por Fabian Chacur

Se tivesse sido lançada nos anos 1970, a música Ainda a Mosca provavelmente se tornaria um grande hit nas programações das rádios de todo o Brasil. Como as coisas mudaram muito desde então, e não necessariamente para melhor, pouca gente já conhece esse verdadeiro petardo sonoro, gravado pelo ótimo cantor, compositor e músico Tuia em parceria com Zé Geraldo. Acaba de ser lançado um clipe para divulga-la. Imperdível é pouco.

Mesclando cenas das gravações em estúdio com outras colhidas em show ao vivo, o vídeo que ilustra Ainda a Mosca aposta na simplicidade e na limpeza de imagem, com ótimo resultado. Uma forma sem complicações de divulgar uma música com letra irônica e citando Mosca na Sopa, clássico de Raul Seixas. Esse country-folk rock mostra um casamento perfeito entre as vozes de Tuia e Zé Geraldo, e o resultado entra para a galeria do rock rural brasileiro.

Com mais de 20 anos de carreira, Tuia Lencioni se firmou como um dos grandes nomes do folk brasileiro, digno sucessor (e colega) de craques como Sá, Rodrix & Guarabira, Tavito e o próprio Zé Geraldo. Seu mais recente CD, Reverso Folk (leia a crítica de Mondo Pop aqui), é um dos melhores lançamentos da música popular brasileira em 2016. Vá conferir agora, você irá me agradecer!!!

Veja o clipe de Ainda a Mosca, com Tuia e Zé Geraldo:

Rock rural de Tuia atinge sua maturidade em Reverso Folk

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Por Fabian Chacur

O rock rural surgiu no Brasil no início dos anos 1970. Seu provável pai foi o trio Sá, Rodrix & Guarabira, que misturou com categoria rock, country, folk e música brasileira. Desde então, surgiram bons seguidores do estilo, como Renato Teixeira, Zé Geraldo, Tavito, Luiz Guedes & Thomas Roth etc. Tuia Lencioni é um dos bons nomes atuais do setor, e com seu novo CD, Reverso Folk, prova chegar à maturidade em termos musicais.

Com mais de 20 anos de estrada, Tuia foi anteriormente integrante da banda Dotô Jeka, onde ficou por uma década. Em 2011, lançou seu primeiro trabalho individual, o CD/DVD Tuia Ao Vivo. Em 2013, veio o CD gravado em estúdio Jardim Invisível (leia entrevista sobre o disco aqui). Para promover esses discos, muitos shows, que lhe permitiram ampliar seu público alvo e se aprimorar profissionalmente.

O resultado dessa estrada toda é visível e audível em Reverso Folk. Se os trabalhos anteriores já eram ótimos, esse aqui apresenta sutilezas diversas. Procura ir além do já rico universo do rock rural, flertando com o pop e não fechando portas estilísticas, o que é sempre uma atitude interessante por parte de um criador. A essência de sua veia musical, no entanto, permanece a mesma: um som romântico, positivo, pra cima, poético e sonhador. Coisa de quem sabe o que quer e sabe como fazer.

Três convidados mais do que especiais marcam presença no CD. Zé Geraldo brilha no irreverente rock Ainda a Mosca, uma evidente homenagem ao estilo cáustico do saudoso Raul Seixas. As harmonias vocais de Tavito se sobressaem na bela Vermelho Coração, e o pioneiro roqueiro rural Guarabira ajuda Tuia a mostrar uma nova faceta de Flor, canção que em sua versão original abre Jardim Invisível e que, nesta feliz releitura, curiosamente encerra Reverso Folk.

Com suas dez faixas, o novo trabalho de Tuia, que inaugura a sua parceria com a Sony Music, proporciona ao ouvinte um clima rural, harmônico e cativante em uma época tão conturbada e difícil como a atual, na qual irmãos brigam com irmãos por nada e muitos caçam os restos de nada para não passar fome. Que Reverso Folk possa inspirar coisas boas a todos, com sua doçura e sua incrível fé na vida.

Flor– Tuia e Guarabira:

A Cor do Dia– Tuia:

Tuia lança o CD Reverso Folk com convidados em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Tuia Lencioni volta com boas novidades para seus fãs. O cantor, compositor e músico paulista está lançando um novo CD solo, Reverso Folk, que marca sua entrada na Sony Music. Como forma de mostrar o novo repertório, ele chega a São Paulo para show nesta terça-feira (5) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 50,00 e convidados mais do que especiais a seu lado.

Entre outros, estarão presentes na apresentação deste talentoso nome do folk-pop, ou folk rural, ou rock rural, ou como você preferir (boa música é uma dessas alternativas) Zé Geraldo, um dos pilares desse estilo, Guarabyra, do mitológico trio Sá, Rodrix & Guarabyra, Tavito, do eterno hit Rua Ramalhete e tantas outras referências bacanas, e Landau, dessa nova geração do rock rural tupiniquim, estão nesse time.

A carreira de Tuia teve início como integrante do grupo Dotô Jeka, que durou dez anos e conseguiu boa repercussão com seu som bem concatenado e uma releitura precisa de Romaria, de Renato Teixeira. Depois, partiu para a carreira solo. Tuia ao Vivo (2010-CD e DVD) o colocou no cenário do rock rural, seguido pelo ótimo CD de estúdio Jardim Invisível (2013- leia mais sobre o álbum aqui).

Reverso Folk, que está disponível em CD e também no formato digital, é o início solo de Tuia em uma gravadora multinacional, e tem como primeira faixa de trabalho a deliciosa A Cor do Dia. O repertório também traz Ainda a Mosca (com Zé Geraldo), Vermelho Coração (com Tavito) e Flor (com Guarabyra). A produção foi feita entre São José dos Campos (SP), onde o artista mantém atualmente sua base, e São Paulo.

A Cor do Dia (clipe)- Tuia:

Moda de Rock II será lançado com show no Sesc Pinheiros

Moda de Rock II Foto Rita Perran-400x

Por Fabian Chacur

Moda de Rock- Viola Extrema , de Ricardo Vignini e Zé Helder, foi um CD tão surpreendente e bem-sucedido que era de se esperar que teria uma continuação. O primeiro volume trazia versões violeiras para clássicos rockers do naipe de Kashmir (Led Zeppelin), Norwegian Wood (Beatles), In The Flesh (Pink Floyd), Kaiowas (Sepultura) e Mr. Crowley (Ozzy Osbourne). Agora, quase cinco anos depois, chega a vez de Moda de Rock II, que será lançado em São Paulo com show neste domingo (17) às 18h no Sesc Pinheiros (rua Paes Leme, 195-Pinheiros-fone: 0xx11 3095.9400). Os ingressos custam de R$12,00 a R$ 40,00.

Moda de Rock II (que traz como subtítulo Viola Caipira Instrumental) nos oferece 12 releituras endiabradas de clássicos do rock de várias origens, entre eles Why Worry (Dire Straits), Refuse/Resist (Sepultura), Wasted Years (Iron Maiden), Raining Blood (Slayer) e Thunderstruck (AC/DC). A energia, a criatividade e o talento dos músicos permanece intacto. Uma sequência à altura do álbum que deu origem à série.

Helder e Vignini fizeram mais de 300 shows com esse projeto, com direito ao registro de um DVD com participações de Pepeu Gomes, Kiko Loureiro e Os Favoritos da Catira. Eles também tocaram ao vivo com Andreas Kissser, Lucio Maia e Renato Teixeira. Vale lembrar que o projeto surgiu de forma despretensiosa, com os dois músicos mostrando a seus alunos de viola o potencial desse seminal instrumento.

Além do Moda de Rock, os dois também são colegas na banda Matuto Moderno, que já lançou vários CDs bacanas. Zé Helder lançou recentemente seu terceiro CD individual, Assopra o Borralho, enquanto Ricardo Vignini tem no currículo gravações com o seu power trio de rock pesado Mano Sinistra e com o violeiro Indio Cachoeira , além de ter participado do CD Carbono, de Lenine, com direito a tocar com o artista pernambucano no Rock in Rio.

O show no Sesc Pinheiros tem tudo para ser histórico, pois contará com uma participação mais do que ilustre: a do guitarrista Robertinho do Recife, um dos melhores nesse instrumento no Brasil e no mundo e conhecido por seus trabalhos solo e também ao lado de Raimundo Fagner e inúmeros outros. Depois dessa estreia em São Paulo, a ideia do duo é levar esse show para o resto do país, se possível ampliando ainda mais o roteiro da turnê anterior.

Refuse/Resist– Ricardo Vignini e Zé Helder:

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