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Djavan divulga datas de novos shows em SP

Por Fabian Chacur

Djavan lançou no final de 2012 Rua dos Amores, seu novo CD de inéditas, uma parceria de seu selo Luanda Records com a Universal Music (responsável pela distribuição do álbum). Em entrevista a Mondo Pop, ele falou sobre o trabalho e previu que em breve estaria em São Paulo para novos shows.

Pois as datas acabam de ser divulgadas. O cantor, compositor e músico alagoano apresentará o novo show na capital paulista nos dias 15 e 16 de março (sexta e sábado), sempre às 22h. O local será o Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955-fone 4033-5588 – www.ticketsforfun.com.br). Os ingressos custam entre R$ 35 e R$ 250 .

O espetáculo terá cenário e direção de arte a cargo de Suzane Queiróz, figurinos assinados por Roberto Stamato e lightning design (iluminação) de Binho Schaeffer. Uma grande atração é o retorno da banda de apoio com a qual ele não se apresentava há 15 anos.

Integram o time Carlos Bala (bateria), Glauton Campello (teclados e vocal), Jessé Sadoc (sopros), Marcelo Mariano (baixo e vocais), Paulo Calasans (teclados) e Torcuato Mariano (guitarra). O repertório inclui músicas do novo CD, como Já Não Somos Dois, Bangalô, Pecado e Ares Sutis, e também hits como Flor de Lis, Meu Bem Querer e Samurai.

Veja o clipe de Já Não Somos Dois:

Djavan volta às canções próprias em novo CD

Por Fabian Chacur

Após lançar seu primeiro álbum dedicado apenas a canções de outros autores, Ária (2010),e a fazer uma bem-sucedida turnê que gerou o DVD/CD Ária Ao Vivo (2011), Djavan está de volta aos trabalhos como autor de seu próprio repertório musical.

Rua dos Amores, lançamento do seu selo Luanda Records com distribuição a cargo da Universal Music, traz 13 músicas com a sua assinatura marcante. O álbum marca o retorno da banda com a qual tocava nos anos 80/90, e com quem não trabalhava há 15 anos.

Em entrevista exclusiva a Mondo Pop, o cantor, compositor e músico alagoano fala sobre o novo trabalho, seus projetos e outros temas ligados à música e à vida. Sobre o amor, tema básico das novas canções, ele não tem dúvidas ao defini-lo: “O amor é o sentimento mais nobre”.

Mondo Pop – Antes de falar do novo CD, gostaria que você fizesse um balanço de Ária, no qual foram gravadas apenas músicas de outros autores, algo inédito em sua vitoriosa trajetória artística.
DJAVAN – O Ária foi a realização de um projeto antigo, reeditando o início da minha carreira, quando eu era crooner. Para isso, eu tive de ficar sem compor nada nesse período. Não tinha um repertório pré-escolhido, ouvi muita coisa da riqueza incomensurável que é a MPB. Ficar sem compor é algo muito difícil para mim. Queria fazer um projeto como esse há pelo menos 10 anos.

Mondo Pop – E como rolou o retorno do Djavan compositor?
DJAVAN – A composição é a minha onda, minha forma de exteriorizar sensações. Inicialmente, achei que teria dificuldades para compor de novo, após quase cinco anos sem escrever nada, mas veio fácil. A canção Vive foi a primeira que escrevi nessa nova fase, fiz para a Bethânia e é única que não fiz especialmente para meu novo CD.

Mondo Pop – Como funciona o seu método de compor?
DJAVAN – Gosto de compor especialmente para cada novo disco. Comecei a compor esse repertório entre setembro e novembro de 2011. Comecei a gravar com cinco músicas prontas, e compus as outras durante as gravações. Gosto de gravar as músicas enquanto ainda estão quentes, quando não faz muito tempo que as escrevi.

Mondo Pop – Neste CD, você voltou a trabalhar com músicos como o Paulo Calasans, o Carlos Bala e o Torcuato Mariano, com quem você não tocava há anos. Como foi essa volta?
DJAVAN– Trazer esses músicos de volta foi um acerto incrível. Toquei durante dez anos com eles, só o Jessé Sadoc (trompete) nunca havia tocado comigo. Foi uma diversão, oito meses rindo pra caramba. Todos cresceram muito como músicos durante esses anos, viraram produtores. Pude criar pra caramba com eles, que captaram bem as minhas ideias.

Mondo Pop- Você é um artista solo, mas sempre foi conhecido por trabalhar com ótimas bandas de apoio. Como é a sua interação com os seus músicos?
DJAVAN– Quero sempre que os músicos se sintam incluídos no trabalho, prezo muito a inclusão dos músicos, que eles se identifiquem com o projeto, sintam como se fosse um projeto deles. Não engesso os músicos nas gravações e costumo levar quem grava comigo para a estrada, para as turnês.

Mondo Pop- Você aceita opiniões deles?
DJAVAN – Sim, claro. Cada um precisa entender o que está gravando, haver uma integração entre nós, que eles gostem do que estão tocando. Com esse grupo mudei raríssimas vezes as ideias que tive, e absorvi as ideias deles. Procuro incentivá-los a trazer coisas novas para o trabalho. A diversão é o que mantém o interesse nas gravações, deixa os músicos à vontade.

Mondo Pop- Rua dos Amores inclui basicamente canções que falam de amor, tema bastante usado na música popular. Como você fez para não cair no banal?
DJAVAN – Parece até um disco temático sobre o amor, mas não surgiu assim. Procurei não me censurar, fiz o que vinha. As sensações geradas pelo amor, o amor adolescente, a incompatibilidade, o amor platônico etc. É um tema que move o mundo, não há um ser humano que não lide com o amor, o amor é o sentimento mais nobre, está sempre ali. Há quem tenha medo de abordá-lo por medo de cair no lado piegas. Adoro um desafio. Qualquer autor fala de amor desde o começo do mundo, é o centro da vida. Até bandas grunge falaram de amor em seus discos.

Mondo Pop – O CD Rua dos Amores é do seu próprio selo, a Luanda Records, mas desta vez é distribuído por uma gravadora multinacional, a Universal Music. Como rolou essa parceria?
DJAVAN– Desde o começo, venho gerindo a minha vida para ser independente. Criei a Luanda em 2001 em um momento difícil da indústria fonográfica. Muita gente na época achou que eu estava ficando doido. Procuro fazer tudo, arranjos, produção etc para que tudo saia do meu jeito. Gravadora, estúdio, tudo surgiu com esse objetivo. Adoro mergulhar o escuro, buscar o novo. Se eu morasse em um país menor, a distribuição seria fácil.

Mondo Pop – Você tentou distribuir seus discos na Luanda Music por conta própria. Como avalia essa experiência?
DJAVAN – Fiz dois ou três projetos com distribuição própria, e não foi tão bom. Em 2011, fiz uma parceria com a Biscoito Fino, mas não abrangeu o que eu precisava, pois sou um artista popular há muitos anos. Fiz contrato de distribuição com a Universal por um disco. Eles tem distribuição em todo o país. Não quero ninguém mandando em mim, sou eu quem banco os meus discos e gasto muito para fazer o que eu quero. E acho que está dando certo, sou amigo do Éboli (executivo da Universal Music) desde os tempos em que trabalhamos na Sony.

Mondo Pop – Luz, o álbum mais vendido de sua carreira e que marcou sua ascensão rumo ao estrelato, completou 30 anos em 2012. Como você avalia hoje aquele álbum, e também aquela fase em que você foi idolatrado no Brasil todo?
DJAVAN– Foi uma fase determinante para mim, fiquei popular em todo o país, e isso ajudou a impulsionar a minha carreira internacional, abriu esse mercado para mim. Desde então, faço turnês internacionais todo ano. O Lilás, que foi meu disco seguinte, levou-me a investir nos teclados, que ainda estavam chegando no Brasil. Levei muitas porradas da crítica, mas várias músicas ficaram, como Lilás, Esquinas. Vendeu bem. Quando escuto esses discos, vejo que eram ousados para aquela época.

Mondo Pop – Como será o repertório dos shows de divulgação de Rua dos Amores, e quando terá início essa nova turnê?
DJAVAN– Criar o roteiro para um novo show é muito difícil, ainda mais para quem tem uma carreira longa como a minha, com várias canções de sucesso. É preciso conciliar os clássicos, os lados B, Alegre Menina, dos anos 70 e que voltou com o remake de Gabriela… Vou colocar algumas músicas do novo CD, mas não todas. O pessoal gosta de cantar junto as músicas que conhecem, não tem jeito. A turnê começa em novembro pelo interior de São Paulo. Depois, Rio, Nordeste. Os meses de jaaneiro e fevereiro serão dedicados à América Latina, e em março de 2013, chegarei a São Paulo e Rio, às capitais.

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