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Gilmelândia concorre com um samba-enredo na Peruche-SP

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Por Fabian Chacur

Pode uma estrela da axé music concorrer na disputa pelo samba-enredo de uma escola de samba paulistana? Claro! Ainda mais no Brasil, um país onde as misturas bacanas geram novos e belos frutos com muita frequência. E é isso o que está fazendo Gilmelândia, a Gil, ex-vocalista da Banda Beijo entre 1998 e 2001 e depois conhecida em carreira-solo, na banda Vixe Mainha e também como apresentadora de TV.

A cantora oriunda de Salvador defende, ao lado dos compositores Rodrigo de Oliveira (o Schumacker, que foi campeão com o samba de 2015 Karabá e a Lenda do Menino de Coração de Ouro), Mauricio Pito, Felipe Mendonça e Marcelo “Casa Nossa” Faria, o samba de número 7 na disputa para tentar ser eleito o samba-enredo do Carnaval 2017 da escola Unidos do Peruche, oriunda da Zona Norte Paulistana e uma das mais tradicionais da cidade.

A primeira apresentação ao vivo da concorrente foi no último dia 10, no qual Gil esteve ao lado dos intérpretes Darlan Alves, da X-9 Paulistana, e Fredy Viana, da Mancha Verde. A combinação deu um belo fruto: o samba passou para a segunda etapa do concurso. No próximo domingo (17), a cantora soteropolitana volta à quadra social da Peruche. A música conta até com clipe promocional, e está sendo bem recebida pela comunidade ligada à escola de samba.

Fica fácil entender a ligação de Gil com a escola. O enredo para 2017 da agremiação carnavalesca é “A Peruche no Maior Axé Exalta Salvador, Cidade da Bahia, Caldeirão de Raças, Cultura, Fé e Alegria”. Vale lembrar que o número de baianos e descendentes que moram na cidade de São Paulo é dos mais significativos. A cantora não esconde a felicidade por defender o samba e de quebra divulgar a sua cidade natal:

“Me sinto em casa na Peruche, todos me receberam muito bem, e é ótimo poder divulgar Salvador. Entrei nessa para ganhar”, afirma. O clipe promocional foi dirigido e editado por Piero Sbragia, com takes gravados no Pelourinho, ao lado de percussionistas do Olodum (que apoia o projeto) e nas praias. Os cantores de São Paulo foram flagrados no Beco do Batman, na Vila Madalena. Gilmelândia vem acompanhando de perto o carnaval paulistano desde 2014.

Veja o clipe promocional do samba:

Corciolli fará shows em quatro cidades

Por Fabian Chacur

Corciolli, o maior nome da música new age no Brasil, fará nas próximas semanas shows em quatro cidades brasileiras. As performances integram a programação do evento Yamaha Playnow, espécie de exposição interativa de produtos da célebre marca japonesa na qual as pessoas podem interagir com os instrumentos musicais expostos, sem restrições e se valendo de fones de ouvido especiais.

Os shows do tecladista e compositor paulistano serão sempre realizados às 19h, sendo que os instrumentos musicais estarão disponíveis para o público durante o horário de funcionamento dos locais do evento, todos shopping centers. O primeiro espetáculo será em Brasília, no dia 10 de abril, no Shopping Pátio Brasil. Londrina será o palco da segunda apresentação do músico, no dia 24 de abril no Boulevard Shopping Londrina.

Salvador (8 de maio, no Salvador Norte Shopping) e Curitiba (22 de maio, no Shopping Palladium) serão as outras datas programadas para o Yamaha Playnow. Além de Corciolli nos teclados, as performances terão a participação do violinista Leonardo Padovani, que além de seu instrumento habitual também tocará o er-hu, espécie de violino chinês de duas cordas.

Nascido no dia 8 de janeiro de 1968 (mesmo dia e mês de David Bowie e Elvis Presley, vale lembrar), Corciolli iniciou sua carreira solo em 1993 com o álbum Tudo Que Nos Une (All That Bind Us), lançado por sua própria gravadora, a Azul Music. Graças a trabalhos como Unio Mystica (1995), entre outros, ele se consolidou como o mais consistente artista brasileiro na chamada new age music.

O segredo de Corciolli é o fato de ele ter captado o melhor do conceito da new age, misturando elementos musicais de várias origens e também seguindo as melhores lições do rock progressivo: boas melodias, arranjos elaborados e eterna abertura para experimentações. Seus mais de 30 álbuns venderam em torno de dois milhões de cópias no Brasil e foram lançadas em mais de 40 países, nos quais possui público cativo.

De quebra o artista brasileiro já teve músicas suas incluídas em compilações das quais também faziam parte nomes consagrados como Hans Zinner, Vangelis Sarah Brightman, Yanni, Placido Domingo, Luciano Pavarotti e Diana Krall. Corciolli também participou de trilhas de filmes e novelas, além de organizado coleções de CDs para a revista Caras.

Veja vídeos e ouça músicas de Corciolli:

Baixe de graça música do bloco Ilê Aiyê

Por Fabian Chacur

A música Negras Perfumadas, do bloco afro Ilê Aiyê, já está disponível para download gratuito. A faixa faz parte do DVD Ilê Aiyê- Bonito de se Ver, que será lançado oficialmente no dia 3 de abril na Senzala do Barro Preto, em Salvador, sede da entidade. O projeto foi viabilizado graças ao patrocínio do programa Natura Musical. Baixe aqui.

O bloco afro Ilê Aiyê está comemorando 40 anos de existência, e foi o primeiro do gênero a surgir no país, mais especificamente em Salvador. Sua fusão de ritmos brasileiros e africanos gerou um estilo percussivo criativo e extremamente influente que incentivou o surgimento de outras entidades na mesma linha, como o Olodum, por exemplo. Cantores como Caetano Veloso ajudaram a divulgar o seu trabalho pelo resto do país, e abriu espaço para shows e gravações de discos, incorporando instrumentos harmônicos e vocais à marcante percussão.

Escrita por Lafayete, Marito Lima e Milton Boquinha e interpretada pela cantora Iracema, Negras Perfumadas fez bastante sucesso no Carnaval 2013, e é uma das 18 músicas incluídas no DVD Ilê Aiyê- Bonito de se Ver, gravado ao vivo em show realizado na Concha Acústica do mítico Teatro Castro Alves, em Salvador. O repertório traz vários sucessos dos anos 1970 do bloco afro, equivalendo a uma espécie de “o melhor da obra” da entidade cultural.

A direção musical do DVD ficou por conta do produtor Arto Lindsay (que já trabalhou com Caetano Veloso, Marisa Monte e muitos outros), enquanto a direção de imagens teve como diretor Pico Garcez. O vídeo conta com participações especiais de nomes como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Daniela Mercury, entre outros, tendo como base musical a banda Band’ Aiyê e a presença de cantores próprios.

Criado em 2005, o programa Natura Musical já deu apoio a mais de 220 projetos musicais e culturais dos mais diversos tipos, contemplando desde jovens revelações até artistas consagrados sempre a partir de editais de cunho nacional e agora também com focos regionais.

Ouça sucessos do bloco afro Ilê Aiyê:

O rock morreu? O Maglore prova que não!

Por Fabian Chacur

Nesta terça-feira (6), um jornalão paulistano publicou a culionésima matéria com aquela nefasta manchete “O Rock Morreu?”, tentando dar a entender que o rap é que é a bola da vez. Um horror!

Nada contra o rap, estilo musical que adoro. O problema é essa tola mania de tentar sobrepor um gênero musical a outro, tipo “o rock tem de morrer para o rap poder dominar”, “o sertanejo tem de morrer para o rock dominar” etc. Isso já encheu o saco! Burrice pura!

E sempre que isso ocorre, eu acabo de uma forma ou outra conhecendo alguma banda que prova de forma categórica que não, o rock não morreu e nem morrerá nunca enquanto existirem garotos dispostos a tocá-lo com categoria, garra e talento. Ou mesmo veteranos dignos com aquele espírito de eterna juventude, tipo Paul McCartney.

Curiosamente, conheci essa banda na mesma citada terça-feira, quando fazia hora na Fnac Paulista antes de conseguir pegar o busão para casa (pobre é foguete sem rumo!).

Enquanto fuçava uns livros sobre música, de repente ouvi uma banda tocando ao lado do Franz Café de lá e, pimba!, lá estavam os baianos do Maglore soltando o verbo. Pena que para umas trinta e poucas pessoas. Mas era a capacidade máxima por lá. Então, casa cheia.

Com apenas dois anos de estrada, o Maglore é formado por Teago Oliveira (vocal e guitarra), Leo Brandão (guitarra e teclados), Nery Leal (baixo) e Igor Andrade (bateria). Um time entrosadíssimo e que esbanja vigor.

Teago tem uma voz potente, apaixonada, daquelas que você consegue imaginar invadindo as ondas do rádio, TV, cinema, praças, festivais etc. E eles já estão aos poucos entrando nesse universo.

A cozinha rítmica segura formada por Igor e Nery e a versatilidade de Leo nos teclados e guitarra dão a liga certa para que Teago seja o, digamos assim, homem gol do Maglore.

As músicas dos caras, lançadas em Cores do Vento (EP) e Veroz (2011) são bem legais, mas destaco a sensacional Todos os Amores São Iguais, um belíssimo exemplar de power pop em pleno 2011.

Muitos farão de cara a comparação do quarteto baiano com o Los Hermanos, mas na verdade eles bebem da mesma fonte dos Camelos Brothers, com direito a Beatles, Badfinger, Keane, U2, Smiths e outras bandas desse mesmo alto calibre, além de MPB e muito mais. Souberam digerir essas influências e estão nos oferecendo material próprio muito bacana.

No show, tive a chance de ouvir o genial pot-pourry de Baby e Drão, de Caetano e Gil, também influentes em sua música.

O rock morreu? Pode esquecer, que bandas como a Maglore não irá deixar. Música boa é para sempre, e estilos musicais fortes, também. Aprendam, botocudos!

Todos os Amores São Iguais – Maglore:

Demodê – Maglore:

Enquanto Sós – Maglore:

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