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Tag: soul music anos 1960

The Temptations inclui parceria com Smokey Robinson em álbum

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Por Fabian Chacur

Smokey Robinson sempre teve uma bela e frutífera parceria com os Temptations, sendo autor de hits marcantes da banda como My Girl e Get Ready, entre outros. E eles voltaram a se encontrar em Temptations 60, álbum que celebra as seis décadas de estrada do grupo vocal que, embora inclua apenas um de seus fundadores, o grande Dr. Otis Williams, ainda se mantém digno e produtivo. A faixa que reúne essas lendas da soul music é a maravilhosa Is It Gonna Be Yes Or No, uma slow jam envolvente no melhor estilo da black music clássica.

Em press-release, Williams explica a motivação por trás desse trabalho: “Nosso novo álbum carrega consigo nosso legado, nosso amor pela música e nossa esperança de que, através de nossa música, possamos elevar os pensamentos e unir as pessoas. Acima de tudo, queremos que os fãs aproveitem e compartilhem com familiares e amigos ao redor do mundo. É um presente de agradecimento de nossos corações a todos os nossos fãs, passados, presentes e futuros”.

Temptations 60 traz 12 faixas, contando com produção e composições de gente do calibre do consagrado Narada Michael Walden e do artista de hip hop K.Sparks (que participa da faixa Let It Reign). Além do seu fundador, o The Temptations inclui em sua formação atual Ron Tyson (na banda há 39 anos), Terry Weeks (no time desde 1997), Willie Grant (há seis anos nos Temptations) e o recém-apresentado Tony Grant (ex-integrante do grupo Az Yet).

Is It Gonna Be Yes Or No (clipe)- The Temptations and Smokey Robinson:

Sarah Dash, 76 anos, do grupo Labelle e uma ativista social

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Por Fabian Chacur

Durante mais de um mês, pesquisei e ouvi inúmeras vezes o álbum Gonna Take a Miracle, da saudosa Laura Nyro (1947-1997) em parceria com o trio vocal feminino Labelle, com o intuito de fazer um texto celebrando os 50 anos de seu lançamento (leia aqui), que enfim foi publicado no último domingo (19). Pois, para minha imensa tristeza, uma das integrantes do grupo, Sarah Dash, nos deixou nesta segunda (20), aos 76 anos de idade.

Sem causa mortis revelada, embora alguns amigos tenham afirmado que a cantora havia se queixado de desconfortos físicos nos últimos dias, Dash recebeu homenagens nas redes sociais de várias pessoas, incluindo sua parceira de grupo, Pati LaBelle, que afirmou ter cantado com ela em um evento no último sábado (18). Ela também recebeu recentemente uma premiação de sua cidade natal, Trenton (Nova Jersey-EUA) por seu trabalho artístico e também social, pois apoiou várias causas humanitárias, incluindo auxílio a mães solteiras sem lar.

Sarah Dash nasceu em 18 de agosto de 1945 e deu seus primeiros passos como cantora profissional a partir de 1961, quando se uniu a Patti LaBelle e Nona Hendryx no grupo Patti Labelle And The Blue Belles. O grupo passou a década de 1960 inteira lançando trabalhos com menos repercussão do que mereciam, mas sem esmorecer. A partir de 1971, mudaram o nome do trio para Labelle, e gravaram o álbum ao lado de Laura Nyro.

Entre 1971 e 1977, o Labelle lançou seis álbuns próprios, e estourou com o quarto deles, Nightbirds (1974), que atingiu o 7º lugar na parada de álbuns americana e traz como grande atrativo o explosivo single Lady Marmalade (ouça aqui), 1º lugar nos EUA e rendendo ao grupo a capa da revista Rolling Stone.

Após a separação do Labelle, que ocorreu em 1977, Sarah estreou na carreira solo em 1978, com um hit nas discotecas americanas, Sinner Man. Até 1988, ela lançaria quatro álbuns individuais que não obtiveram o mesmo sucesso comercial dos tempos de seu grupo, mas a mantiveram na ativa.

Em 1988, Sarah foi convidada por Keith Richards, que a conhecia desde os tempos em que Patty LaBelle And The Blue Belles abriu shows para os Rolling Stones nos anos 1960, para integrar sua banda Xpensive Winos. Ela não só participou de dois álbuns do cantor e guitarrista britânico, Live At The Hollywood Palladium (1991) e Main Offender (1992), como de quebra ainda marcou presença em Steel Wheels (1989), dos Stones.

A cantora também deu brilho ao trabalho de outros artistas, entre os quais Nile Rodgers (em seu disco solo Adventures in the Land of the Good Groove, de 1983), The O’Jays, David Johansen (do grupo New York Dolls) e The Marshall Tucker Band.

O Labelle teve dois retornos em termos de gravações. Um em 1995, quando gravaram a faixa Turn It Out para a trilha do filme To Wong Foo Thanks For Everything! Julie Newmar e um em 2008, mais robusto, que rendeu o álbum Back To Now, com boa repercussão e atingindo o 45º lugar na parada americana.

Sinner Man– Sarah Dash:

Marilyn McCoo & Billy Davis Jr. releem com classe hit dos Wings

marily mccoo e billy davis jr.

Por Fabian Chacur

Temos perdido tantos grandes nomes da música nos últimos tempos que é um alívio poder dar boas notícias a respeito de alguns deles. Neste caso, a dupla americana Marilyn McCoo & Billy Davis Jr., dois nomes de destaque da música pop americana nos anos 1960 e 1970 integrando o grupo The Fifth Dimension e como duo. Casados há mais de 51 anos e em plena forma, eles acabam de lançar um novo single, Silly Love Songs, já devidamente disponível nas plataformas digitais.

Trata-se de uma releitura muito bem feita e com tempero soul dançante de um grande hit dos Wings de Paul McCartney que foi lançado no ano de 1976 no álbum Wings At The Speed Of Sound. Uma bela escolha de cover, que o casal soube incorporar ao seu estilo com bom gosto e classe, suas marcas registradas.

Marilyn, nascida em 30 de setembro de 1943, e Billy, em 26 de junho de 1938, tornaram-se conhecidos no mundo do show business integrando o grupo vocal The Fifth Dimension, que entre 1968 e 1975 emplacou hits marcantes como Up, Up And Away, Wedding Bell Blues, Stoned Soul Picnic, (Last Night) I Didn’t Get To Sleep At All e Aquarius-Let The Sunshine In, entre outros.

Em 1976, após sair do grupo, lançaram como dupla o álbum I Hope We Get To Love In Time, que trouxe como destaque o single You Don’t Have To Be a Star (To Be In My Show), que atingiu o primeiro lugar na parada americana em janeiro de 1977. Naquele mesmo 1977, apresentaram um programa na TV americana, sendo o primeiro casal de negros a realizar tal feito por lá.

Nos anos 1980, embora continuassem casados, eles começaram a fazer trabalhos artísticos individuais. Ela apresentou por vários anos o programa Solid Gold e também atuou como atriz, enquanto Billy investiu na área da música cristã e como ator. No início dos anos 1990, participaram de uma bem-sucedida turnê de reunião da formação original do The Fifth Dimension.

Em 2004, o casal lançou em colaboração com o escritor Mike Yorkey a autobiografia Up, Up And Away…How We Found Love, Faith & Lasting Marriage In The Entertainment World. O álbum duplo ao vivo Live saiu em 2013, com 18 faixas divididas entre hits da dupla, do The Fifth Dimension e da soul music. Com o grupo e em dupla, ganharam 7 troféus Grammy, 15 discos de ouro e 3 de platina no disputado mercado fonográfico americano.

Silly Love Songs (lyric video)- Marilyn McCoo & Billy Davis Jr.:

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