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Zeca Baleiro traz seu baile descolado para São Paulo

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Por Fabian Chacur

Há 15 anos, quando já estava no primeiro escalão da música brasileira, o cantor, compositor e músico maranhense Zeca Baleiro criou o Baile do Baleiro. Trata-se de um show descontraído e para cima, no qual ele dá uma geral em canções de várias épocas que ele curte e que de uma forma ou de outra o influenciaram. O sucesso foi tanto que ele continua fazendo apresentações após esses anos todos. Mais uma delas rolará nesta quinta (1º/8) às 22h30 em São Paulo no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 70,00 (pista) e R$ 140,00 (mesa).

Zeca Baleiro (voz e guitarra), Tuco Marcondes (guitarra), Fernando Nunes (baixo), Adriano Magoo (teclados, acordeon e programações), Kuki Stolarski (bateria e percussão) e Hugo Hori (sax e flauta) é a escalação que estará em cena, um time afiado composto por músicos experientes e versáteis que encaram todos os rumos sonoros propostos por seu chefe.

O projeto deu tão certo que virou até um programa de TV com o mesmo título em 2016, exibido no Canal Brasil. Foram seis episódios, nos quais o autor de Samba do Approach interagiu com Hyldon, Blubell, Odair José, Edy Star, Guilherme Arantes e Zizi Possi, entre outros.

O repertório varia de show para show, e traz hits como A Noite Vai Chegar (Lady Zu), Fogo e Paixão (Wando), Mesmo Que Seja Eu (Erasmo Carlos), Nem Ouro Nem Prata (Ruy Maurity), Mulher Brasileira (Benito di Paula) e Fio Maravilha (Jorge Ben Jor). Ele também encaixa algumas autorais, entre as quais possivelmente Heavy Metal do Senhor e Babylon. Pra dançar e pular a noite inteira.

A Noite Vai Chegar (ao vivo)- Zeca Baleiro:

Luiz Ayrão celebra 50 anos de carreira com um álbum digital

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Por Fabian Chacur

Luiz Ayrão ficou conhecido nacionalmente primeiro como o autor de dois grandes sucessos de Roberto Carlos, Ciúme de Você e Nossa Canção, ainda nos anos 1960. Na década de 1970, foi a vez de o cantor tornar-se conhecido, interpretando hits próprios como O Lencinho, Os Amantes, Porta Aberta e Bola Dividida, entre outros. Como forma de celebrar 50 anos de uma carreira elogiável, ele lança nesta sexta (24) Um Samba de Respeito, trabalho com sete faixas que será distribuído pela Universal Music nas plataformas digitais, sem formato físico previsto.

A primeira música a ser divulgada traz o cantor e compositor ao lado de dois Zecas ilustres, o Pagodinho e o Baleiro, no delicioso samba de breque intitulado Tentação de Malandro. Ele dá uma geral sobre essa música:

“Esta é uma composição bem das raízes do samba de breque. O autor é o meu pai, com o qual, infelizmente, convivi apenas por 13 anos. Fala da reflexão de um bom malandro da década de 1940, diante de uma mulher irresistível, de seu homem, malandro mau e valente, e do poder despótico dos delegados de polícia daquela época”.

O álbum traz também Alcione e Diogo Nogueira em Um Samba Merece Respeito, Péricles (ex-Exaltasamba) em Oxitocina, Xande de Pilares (ex-Revelação) em No Cravo e na Ferradura, a formação atual dos Demônios da Garoa em Fina Ironia, o cantor e compositor mineiro Toninho Geraes em Pétalas de Rosa e o histórico cantor e compositor carioca Monarco em Pobre Passarinho, escrita pelo veterano sambista especialmente para Luiz Ayrão.

Tentação de Malandro– Luiz Ayrão, Zeca Baleiro e Zeca Pagodinho:

Baixe grátis EP de Natália Matos

Por Fabian Chacur

Está disponível para dowload legalizado e gratuito a partir desta terça-feira (1º) um EP com quatro faixas de Natália Matos. As músicas fazem parte do álbum de estreia da cantora e compositora paraense que chegará ao mercado fonográfico em maio. Esse trabalho tem o apoio do Programa Natura Musical, graças a edital de 2012 dedicado à cena musical paraense do qual Natália participou e foi devidamente selecionada entre os vencedores. Faça o download aqui.

Coração Sangrando, uma das músicas integrantes do EP, conta com a participação especial de Zeca Baleiro. Beber Você, Você Não Me Ama, Mas e Cio completam o trabalho. O álbum que sairá em maio traz um total de 11 faixas, assinadas pela própria intérprete e também por nomes conhecidos como Arnaldo Antunes, Rômulo Fróes, Kiko Dinucci, Felipe Cordeiro e Dona Onete, entre outros.

Natália Matos começou a ficar conhecida na cena musical ao participar de rodas de samba e choro em São Paulo, nas quais investia em músicas de Adoniran Barbosa e do repertório de Aracy de Almeida. Seus primeiros shows solos ocorreram em Belém em 2011. Seu trabalho busca misturar elementos de vários estilos da MPB e da música pop, além dos sons regionais oriundos do Pará, sem medo de flertar com o brega.

Ouça Você Me Ama, Mas, com Natália Matos:

Zeca Baleiro ironiza República do Colê

Por Fabian Chacur

Você é músico e quer ter o seu trabalho badalado na mídia. Como fazer? Difícil, meu caro. Se você está perguntando, é sinal de que não faz parte da República do Colê, onde é bem difícil de se entrar e qualidade artística geralmente não significa rigorosamente nada como elemento de seleção.

A fórmula é antiga. O postulante precisa ser “filho de”, “parente de”, “amigo de” ou “indicado por”. Fazer parte da “tchurma”, sabe? Dessa forma, você conseguirá ver seus trabalhos entrando na pauta da mídia e sendo incensado nos jornais, revistas e sites mais badalados.

Esses contatos, que alguns apelidaram de “colê”, acabam levando seu trabalho a nomes importantes, que por tabela dão aval a essas figuras e abrindo suas portas a você. Resultado: mais um bebê de Rosemary surge no cenário musical.

Essa verdadeira República do Colê tornou-se tema da canção Mamãe no Face, de Zeca Baleiro, incluída em seu mais recente álbum, intitulado de forma sarcástica O Disco do Ano.

Na letra, Baleiro reproduz um hipotético papo com sua mãe, no qual cita o nome de publicações e padrinhos importantes para que um artista entre nessa máfia.

Talento é dispensável, o que certamente explica o fato de muitos deles nunca saírem dos círculos fechados dos “bacanas”. O povo definitivamente ainda não está preparado para apreciar o biscoito fino feito com chia orgânica, farinha de soja virgem e extrato natural de lichia e grapefruit por esses gênios supimpas, luminares dos sons e do vernáculo…

Essa é uma das razões pelas quais muita gente não respeita a crítica especializada em música. Afinal de contas, às vezes é difícil entender o porque certos artistas merecem tantos espaços. Ouvir Mamãe no Face pode ajudar o leigo a captar o espírito da coisa…

Veja o clipe de Mamãe no Face, de Zeca Baleiro:

Vanessa Bumagny leva a sério o termo MPB

vanessa bumagnyPor Fabian Chacur

O rótulo MPB surgiu em um determinado momento dos anos 60 como forma de denominar uma nova geração de cantores e compositores que faziam um estilo musical inspirado em bossa nova, a tradição da música brasileira (samba, ritmos nordestinos etc) e também nas novidades de então, ou seja, o rock dos Beatles, o soul de Ray Charles etc. Com o decorrer dos anos, ganhou uma conotação elitista que atingiu o seu auge durante a década de 90, quando surgiu o que alguns denominaram “nova MPB”. E o que seria isso? Simples: alguns artistas tentando retomar uma sonoridade do passado sem acrescentar nada a ela, e de forma pretensiosa e arrogante. No entanto, eles esqueceram que MPB significa música popular brasileira. Felizmente, Vanessa Bumagny não parece sofrer desse mal, como prova Pétala Por Pétala, seu segundo CD, que acaba de chegar às lojas. Uma mescla perfeita de sofisticação e acessibilidade. Ou seja, é bacana e elaborado, mas não cai na chatice. Graças a Deus!

Vanessa é paulistana, descende de portugueses e russos, e começou na área musical cantando em corais. Nos anos 90, apaixonada por Luiz Gonzaga, montou um grupo de forró. Depois, virou vocalista de apoio de Chico César, e logo começou a compor em parceria com ele e também com outro da mesma geração, Zeca Baleiro. Também viveu uns anos na Europa. Essa somatória de influências gerou o material que nos ofereceu em De Papel, sua excelente estreia em disco, em 2004. Nesses últimos cinco anos, fez inúmeros shows, atuou como atriz e preparou um novo CD, que finalmente vem à tona.

Pétala Por Pétala equivale a um banho de categoria por parte dessa moça de olhar enigmático e sensual. Sua voz doce e absurdamente afinada lembra o tom de Marisa Monte, Gal Costa e Vanessa da Mota, mas em nenhum momento soa como cópia de nenhuma delas. Como compositora, ela se vira com categoria tanto sozinha como em parceria. A produção de Zeca Baleiro ajudou bastante na elaboração da sonoridade basicamente acústica do disco, apostando no minimalismo e no “menos é mais”. Ao contrário do que acontece com freqüência nos discos de alguns expoentes da tal “nova MPB”, aqui a gente não cai no tédio. Os climas variam de canção para canção. A toada folk/portuguesa de Flor, o sabor quase jovem guarda de Triz, a sofisticação ambiciosa de Esquina do Encontro e o jeitão de hit popular da deliciosa Ciúme Não Mata são destaques de um disco que transpira trabalho minucioso, e cuidado com não cair na mesmice e na rotina. Pétala Por Pétala é um trabalho que deveria ser ouvido por todos que gostam de MPB que fuja da repetição de velhas idéias mal digeridas. Aqui, o material é de primeira linha.

Confira Ciúme Não Mata ao vivo:

http://www.youtube.com/watch?v=77BowrfTDao

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