Por Fabian Chacur

Na noite desta quinta-feira (22), será realizada a final do reality show musical The X Factor, em sua primeira edição americana e com transmissão ao vivo para o Brasil a partir das 21h pelo canal a cabo Sony Entertainment Television. O programa foi ao ar pela primeira vez no dia 21 de setembro, e chega ao fim com tudo.

Embora tendo como figura chave o velho conhecido produtor musical britânico Simon Cowell, que durante anos foi o jurado mais polêmico de American Idol, a atração possui diferenças em relação ao concorrente, tanto na forma de seleção dos candidatos como na forma como os mesmos são selecionados.

Além de Cowell, estão na bancada a cantora e coreógrafa Paula Abdul (outra egressa de American Idol), o produtor e executivo da indústria fonográfica L.A. Reid e a cantora Nicole Scherzinger.

A principal diferença entre as atrações é que American Idol busca basicamente concorrentes jovens e em carreira solo, enquanto The X Factor abre o leque, permitindo grupos e cantores/cantoras acima de 30 anos.

A ideia não é escolher necessariamente quem possui a melhor voz, e sim aquele artista, grupo, dupla ou coisa que o valha que tenha um fator extra – carisma, simpatia, estilo etc – que o diferencie dos outros e possa torná-lo um sucesso em escala mundial.

Os três finalistas dessa primeira edição, que concorrem a um contrato de gravação no valor de cinco milhões de dólares, são bem distintos entre si.

Com apenas 18 anos, Melanie Amaro é dona de um vozeirão no melhor estilo Mariah Carey, Whitney Houston e Celine Dion. Gordinha e simpática, lembra uma Adele ianque. Sua vitória, no entanto, seria a vitória de uma artista com o perfil American Idol, o que deixaria os programas meio semelhantes demais, creio eu.

Com 28 anos, Chris Rene penou muito na vida, trabalhando com coleta de lixo e tendo de encarar uma clínica de reabilitação para se livrar das drogas, o que conseguiu por volta de fevereiro deste ano.

Ele investiu várias vezes em composições próprias na competição, e tem uma voz de timbre doce a la Al Green e Smokey Robinson. Como Simon definiu bem, não é o melhor cantor da competição em termos técnicos, mas possui forte carisma e consegue atrair a simpatia do público. Ele corre como uma espécie de azarão, mas já provou que é do ramo. Curiosidade: fará 29 anos justo no dia 25 de dezembro. Que presentão ganhará se vencer, heim?

Com 30 anos, o gordinho barbudo Josh Krajcik é um cantor de voz potente com forte tempero de rock, blues e soul. Uma espécie de Joe Cocker revisitado, que de quebra ainda toca bem piano.

Ao contrário dos reality shows musicais brasileiros, que ainda não revelaram alguém realmente talentoso e com estofo para encarar a dureza de uma carreira artista, esses três, assim como outros participantes eliminados em etapas anteriores, apresentam potencial impressionante.

Quem ganhar terá merecido, e certamente os outros, se tiverem equilíbrio e garra, conseguirão desenvolver uma carreira bacana.

Wild Horses (Rolling Stones), com Josh Kracjik:

I Have Nothing (Whitney Houston), com Melanie Amaro:

Were Do We Go From Here (composição própria), com Chris Rene: